Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Cadastramento de propriedades rurais termina em 5 de maio

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apresentou nesta segunda-feira (6) o segundo Relatório Estadual do Cadastro Ambiental Rural (CAR). No Litoral, 281 imóveis já estão cadastrados nos sete municípios. Guaratuba tem o maior número: 95. Guaraqueçaba, a maior área: 49.369,39 hectares. O objetivo do CAR, que será emitido no início de cada mês, é facilitar que a sociedade acompanhe o cumprimento de determinações do Novo Código Florestal (lei federal nº 12.651/2012). O prazo para o cadastramento das propriedades rurais termina em 5 de maio. O levantamento mostra que até 31 de março foram cadastrados 9,38% (50 mil) das mais de 532 mil propriedades rurais do Estado. A maioria dos cadastros (45.083) refere-se a propriedades de até 50 hectares e pouco mais de 3.600 propriedades têm área de 50 a 200 hectares. Os proprietários que não se cadastrarem terão dificuldades para conseguir linhas de crédito e financiamentos. Além disso, quem perder o prazo não terá benefícios previstos no Novo Código Florestal, como a suspensão de multas administrativas por corte irregular de vegetação no imóvel e a possibilidade de regularizar áreas de Reserva Legal. Apesar da baixa adesão, o Paraná é o quinto Estado brasileiro quanto ao número de cadastros já realizados, mesmo ocupando a segunda posição quanto ao número de propriedades rurais. O CAR é gerenciado pelo governo federal e no Paraná os cadastros serão homologados pelo IAP. O cadastramento é um registro eletrônico obrigatório em todo país e tem como objetivo promover a identificação, regularização ambiental e monitoramento das propriedades e posses rurais. “Nós atribuímos essa baixa adesão ao CAR ao receio dos proprietários rurais de exporem suas propriedades, o que é natural. Eles precisam entender que ao cadastrarem suas propriedades, terão segurança jurídica. Por meio de termos de compromisso, eles terão prazo para corrigir as irregularidades atuais”, explica o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. O Governo do Paraná enviou ao Ministério do Meio Ambiente o pedido para prorrogação do prazo para a realização CAR por mais um ano. O ofício foi entregue ao Ministério em 18 de março, mas ainda não há resposta sobre a prorrogação. ADESÃO - Os 10 municípios com mais adesões ao CAR até o fim de março são Assis Chateaubriand, Santa Helena, Altônia, Francisco Beltrão, Cascavel, Dois Vizinhos, Toledo, Missal, Londrina e Nova Aurora. A lista completa das adesões ao Cadastro Ambiental Rural nos 399 municípios do Estado pode ser consultado no site do IAP (www.iap.pr.gov.br) O CADASTRO – As inscrições no CAR devem ser feitas no endereço eletrônico www.car.gov.br . O proprietário ou posseiro rural pode pedir auxílio a entidades parceiras que atuam como multiplicadoras do CAR. Entre elas estão secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, Emater, cooperativas, federações e sindicatos rurais. Se durante o processo de análise do cadastro for constatado um passivo ambiental no imóvel, o proprietário será notificado para aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e corrigir o que for necessário. Assim, o registro mudará de Ativo para Pendente. A partir do momento em que o proprietário rural aderir ao programa ou firmar Termo de Compromisso com o IAP, o status do CAR da propriedade volta a ficar Ativo. O proprietário rural deverá alterar e atualizar o CAR sempre que houver qualquer mudança de natureza de posse e domínio do imóvel, assim como qualquer alteração de reserva legal. Caso alguma alteração seja feita sem a devida atualização do CAR, o proprietário ou detentor de posse do imóvel poderá sofrer sanções legais, que podem variar de infração ambiental a crime civil. DÚVIDAS FREQUENTES – Para sanar algumas dúvidas frequentes dos proprietários rurais, o IAP preparou uma lista de perguntas e respostas. Mais informações podem ser consultadas no site do IAP: http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1327

Morre bispo dom João Alves dos Santos

Faleceu às 2h30 da madrugada desta quinta-feira (9), no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, onde estava hospitalizado desde o dia 14 de março, o bispo de Paranaguá dom João Alves dos Santos. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João ocupava cargo de bispo referencial da Pastoral Afro-brasileira, e no Regional Sul 2, referencial da Pastoral Carcerária. O corpo de dom João está sendo velado até as 14h na igreja da Imaculada Conceição, sede da Província do Frades Menores Capuchinhos, na cidade de São Paulo. Em seguida, o corpo seguirá para a catedral diocesana de Nossa Senhora do Rosário, em Paranaguá, onde deve ser velado durante a sexta e o sábado, dias 10 e 11. No sábado, haverá celebração das exéquias, às 16h, e em seguida, o sepultamento ocorrerá na Cripta da Catedral Diocesana. Em nota, a presidência do Regional Sul 2 da CNBB agradeceu pela vida e missão de dom João Alves e por sua trajetória na diocese de Paranaguá, onde esteve por mais de oito anos. “Dom João Alves, seguindo as pegadas do Bom Pastor, doou sua vida pelo povo, mostrou-se incansável, dedicando-se, sobretudo ao mais pobres e na construção da comunhão junto aos bispos”, manifestou o Regional. Consulta de rotina O bispo deu entrada simplesmente para consulta de rotina. Foi detectado em primeiro instante uma infecção nos rins e a médica pediu que ele fosse internado imediatamente. Segundo fontes, ele nunca ficou doente nos nove anos em que esteve à frente da Diocese de Paranaguá. “Nunca pegou uma gripe, não reclamava de nada, sempre esteve bem”, informa o blog Miro Ferraz News. Aquele que serve Dom João Alves, 58 anos, era natural de Alto Alegre (SP). Ingressou na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos em dezembro de 1976, fez a primeira profissão religiosa no dia 1º de janeiro de 1978 e os votos perpétuos em abril de 1982. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário de São Francisco, em Nova Veneza (SP), além de cursos de especialização em espiritualidade, na Argentina. Foi ordenado presbítero, no dia 04 de dezembro de 1982. Durante sua trajetória no sacerdócio, exerceu funções de vigário paroquial na arquidiocese de Campinas (SP), superior da comunidade local, promotor e definidor vocacional, formador e professor na província dos Capuchinhos. Em 02 de agosto de 2006, foi nomeado bispo pelo papa Bento XVI. Escolheu como lema de seu episcopado “Como aquele que serve”. Estava como bispo de Paranaguá desde 2006. Como ficará a Diocese de Paranaguá Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira ao Rede Notícias, o secretário do Colégio de Consultores da Diocese de Paranaguá, padre Carlimar Gonçalves de Holanda, explicou como serão os trabalhos na Diocese com a morte de dom João. “A partir de agora a diocese será dirigida, em um período de aproximadamente 8 dias, por seis padres, que fazem parte do Colégio de Consultores. São eles: padre Antônio Konkel, pároco no município de Cerro Azul; padre Wilson Alexandre Pintenho, do Centro Diocesano de Formação (CDF); padre Marcos de Albuquerque, da Paróquia de Matinhos; padre Carlimar Gonçalves de Holanda, da Paróquia São Cristóvão de Paranaguá; padre Nilton Santos Lopes, de Bocaiúva do Sul e padre Paulo Valêncio Campos, da Matriz de Pontal do Paraná. Posteriormente será eleito um membro para se tornar administrador diocesano, que ficará no comando até que o papa Francisco nomeie o novo bispo – que pode ser escolhido no prazo de até um ano. Calendário de homenagens a dom João Dia 10 – Sexta-Feira 6h – Laudes (Caminho Neocatecumenal) 7h – Pe. Edilson Lima (Catedral) 9h- Pe. Wilson de Jesus Pereira (Seminário Diocesano) 11h- Pe. Marcos José de Albuquerque (Paróquia S. Pedro- Matinhos) 13h- Pe. Paulo Valencio (Paróquia S. José e S. Sebastião- Pontal do Paraná) 15h- Pe. Thiago Trigo (Paróquia S. Pedro e S. Paulo – Pontal do Paraná) 17h- Pe. Vilmar Serighelli (Colégio Diocesano Leão XIII) 19h- Pe. Eliel Venâncio (Paróquia S. João Batista- Paranaguá) 21h- Pe. Emerson Zella (Paróquia S. João Batista – Campina Grande do Sul) 23h00- Pe. Binu Joseph (Paróquia N. Sra. dos Navegantes- Paranaguá) Dia 11- Sábado 7h – Pe. Carlimar Holanda (Paróquia S. Cristovão – Paranaguá) 9h- Pe. José Delanhol (Paróquia S. Francisco de Assis- Guaratuba) 11h- Pe. Nilton Santos Lopes (Paróquia S. Antônio- Bocaiúva do Sul) 13h- Frades Capuchinhos de São Paulo 16h- Missa Solene de Exéquias (dom José Antônio Peruzzo – arcebispo Metropolitano de Curitiba) Fontes: Miro Ferraz News / CNBB / Diocese de Paranaguá / Jornalismo da Ilha Fotos: Debura Aquino / Arquivo pessoal

Doação de terreno para hospital chega à Câmara

Deu entrada na Câmara de Vereadores, na sessão desta segunda-feira (6), o projeto de lei que possibilita a construção de um hospital filantrópico em Guaratuba. A proposta foi apresentada inicialmente aos vereadores em reunião realizada na quinta-feira (2) na sede da Prefeitura e foi protocolado na Câmara no mesmo dia. Foi o principal assunto desta última sessão. O Projeto de Lei nº 1.380, de autoria da prefeita Evani Justus, desafeta duas áreas de 20.900 metros quadrados no bairro Piçarras. A desafetação muda a categoria do imóvel, que hoje é ocupado pelo Estádio Municipal Acir Braga e está enquadrado na categoria de bem de uso especial para bem dominial, que permite ser doado. As duas áreas serão destinadas, pelo projeto, à formação do “Campus da Saúde”, onde deverão instaladas equipamentos de saúde. Uma das áreas é doada à Fundação Pro-Hansen com a condição de que seja utilizada para o construir o Hospital do Litoral do Paraná. Esta condição está estabelecida no artigo 4º, que também define o porte da instituição: hospital de média e alta complexidade com total de 100 leitos, sendo 80 de internação, 10 leitos de UTI geral adulto e 10 de UTI neonatal – na apresentação feita aos vereadores, o representante da Fundação chegou a dizer que o hospital poderá ter um total de 120 leitos. O mesmo artigo, no parágrafo único, define as especialidades médicas que deverão ser implantadas. De baixa e média complexidade: clínica geral, cirurgia geral, ginecologia obstetrícia e pediatria. De alta complexidade: cardiologia, cirurgia cardiovascular, ortopedia, traumatologia, neurologia, neurocirurgia e oncologia. O artigo 5º estabelece o prazo de seis meses a partir do registro definitivo da escritura do imóvel para início das obras e de 30 meses para sua conclusão. As despesas de escritura e registro do imóvel serão de responsabilidade da Fundação Pró-Hansen (artigo 3º, parágrafo 1º), assim como a aprovação das plantas e projetos pelos órgãos competentes (artigo 6º). O artigo 7º assegura que o não cumprimento das obrigações implicará na revogação da doação, “independente de qualquer notificação e ressarcimento por parte do Município, retornando a área doada ao patrimônio público municipal, correndo às expensas da instituição donatária todas as despesas de desfazimento do negócio”. O artigo 8º define ainda a “retrocessão” se houver paralisação, interrupção, interdição ou descontinuidade das atividades por período superior a 120 dias, isolada ou cumulativamente” ou se “for dada ao imóvel destinação diversa” a do hospital. O PL 1380 foi encaminhado para análise das comissões. Um requerimento para realização de audiência pública sobre o projeto, apresentado em plenário, após o encaminhamento do projeto também deverá ser analisados pelas comissões. Proposições – Na sessão de segunda-feira foram aprovados diversas proposições dos vereadores com pedidos de obras e serviços: manutenção de ruas e estradas rurais, limpeza de galerias de águas pluviais, instalação de redutores de velocidade, regulamentação de estacionamento de motocicletas, implantação de banheiro masculino na enfermaria do Pronto Socorro, implantação do Cantinho do Idoso na Praça da Paz, manutenção do trapiche de Caieiras. Dois vereadores utilizaram a Tribuna para pronunciamentos: Itamar Junior e Almir Troyner. A sessão contou com a presença do vereador de Garuva (SC) Célio Luiz Budal, ex-vereador em Guaratuba. Projetos nas comissões O presidente da Câmara, Magalhães de Oliveira, solicitou uma reunião das comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e de Finanças e Orçamento (CFO) para analisarem os projetos que estão parados a espera de pareceres. As comissões Em virtude dos atrasos, todos os projetos já receberam pareceres jurídicos da Procuradoria da Câmara. A reunião foi marcada para a segunda-feira (13) e todos os vereadores podem participar. A CFO é composta pelos vereadores Mauricio Lense, Laudi Carlos de Santi Tato e Raul Chaves – o último solicitou sua saída. A CFO é formada por Sergio Alves Braga, Juarez Serafim Temóteo Galego e Fábio Luiz Chaves – o último também pediu para sair.

Estado de saúde de bispo dom João Alves é grave

O bispo diocesano de Paranaguá e responsável pela Pastoral Afro-Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Alves dos Santos, prossegue internado no hospital Santa Catarina, em São Paulo, é grave. Dom João Alves está sedado e respira com ajuda de aparelhos. Na nota, o vigário-geral da diocese de Paranaguá, padre Carlimar Gonçalves de Holanda, pede orações pela recuperação de dom João. “Diante do quadro clínico contamos com a oração de todos por ele e por nossa diocese de Paranaguá”, expressou padre Carlimar. Fonte: CNBB, com informações da diocese de Paranaguá

Aviso de mau tempo: ondas de 4 metros e ventos de 61 Km/h

A Capitania dos Portos do Paraná alerta aos navegadores sobre as condições do mar no litoral do Paraná que se formarão entre hoje (7) e amanhã (8). O Aviso de Mau Tempo emitido pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) inclui as regiões oceânica e costeira do Paraná. Segundo o CHM, na área oceânica, as ondas poderão alcançar entre 3 e 4 metros, com ventos de até 61 km/h. Na área costeira, para as próximas 48 horas, estão previstas ondas de 3 a 3,5 metros. A orientação da Capitania é que embarcações menores, como as de pesca, evitem a navegação nestas áreas, em virtude das ondas e do vento. A Capitania lembra os navegadores sobre a importância de cumprirem as normas de segurança e possuírem todos os itens de salvatagem, como coletes salva-vidas, boias e sinalizadores, além de manterem equipamentos de comunicação em ordem e informarem sobre seus destinos e o percurso que farão antes de saírem com suas embarcações.

Guaratuba faz exames e presta informações no Dia Mundial da Saúde

A Prefeitura de Guaratuba realiza uma Ação de Saúde e Cidadania em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, nesta terça-feira, dia 7 de abril. Equipes da Secretaria de Saúde vão atender das 9h às 16h, no pátio do supermercado Brasão do Centro. Serão feitos diversos exames e encaminhamentos para consultas: Detecção precoce e Aferição da Hipertensão Arterial, Diabetes e Glicemia Orientação para combate a dengue Testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites virais Encaminhamento para agendamentos de consultas Orientação da Vigilância Epidemiológica sobre hepatite, TB, HIV, DST.

Novas regras do seguro defeso já estão em vigor

Começaram a valer na quarta-feira (1) as novas regras para o seguro defeso do pescador e do , Registro Geral da Atividade Pesqueira. Entenda o que muda. Segundo dados de 2014 da Agência do Trabalhador, em Guaratuba, aproximadamente 650 pescadores recebem o seguro defeso de um salário-mínimo em um dos dois períodos de proibição da pesca. São cerca de 170 pescadores da baía, que recebem um salário-mínimo entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro, quando a pesca do camarão branco está proibida. O número de pescadores artesanais de mar aberto é de aproximadamente 480 pessoas, que recebem o benefício entre 1º de março e 31 de maio. As mudanças no seguro defeso fazem parte da Medida Provisória 665/ 2014, editada no final do ano passado. Não há necessidade dos pescadores se deslocarem aos postos do INSS, do Ministério do Trabalho ou à Superintendência da Pesca e Aquicultura dos seus estados para garantir o pagamento. Segundo a estratégia montada pelos Ministérios, o primeiro passo para receber o Seguro é procurar o Call Center número 135 do INSS. Lá, os pescadores poderão agendar o seu atendimento, se necessário. O que muda 1- Antes o pescador na época do defeso procurava a agência do Ministério do Trabalho e Emprego (Agências do Trabalhador) para requisitar o pagamento do seu Seguro. O pescador vai agendar o seu atendimento pelo telefone 135, receber uma senha com a data e o horário para ser atendido na agência mais próxima da sua residência. É preciso ficar atento a um ponto importante em que não houve mudança. O prazo para pedido do Seguro Defeso continua o mesmo. Vai de 30 dias antes do início do período, até o último dia do defeso. O pescador que requisitar o Seguro no último dia continuará tendo direito ao valor integral de todas as parcelas. 2 – Pela regra anterior, o pescador recebia a quantidade de parcelas equivalentes aos meses de Defeso. Agora, o limite é de 5 parcelas, independentemente da duração do defeso. 3 – Anteriormente o pescador podia receber mais de um Defeso durante o ano. Por exemplo: se um pescador da costa da Bahia estivesse autorizado a pescar camurim, que tem defeso entre os meses de maio a julho, e camarão rosa, cujo defeso é entre os meses de setembro a outubro; este pescador estaria autorizado a receber pelos dois Defesos na regra antiga. Agora, ele vai ter que escolher de qual espécie vai requerer o Defeso, uma vez que ele poderá receber um único seguro por ano. Dentro dos nossos registros históricos, isso impacta apenas 0,01% dos pescadores brasileiros. 4 – Antes, era proibido o acúmulo do seguro defeso com benefícios previdenciários. Como por exemplo, auxílio doença, aposentadoria, salário maternidade entre outros (exceto pensão por morte e auxílio acidente). Agora, pela MP 665/2014, fica vedado o acúmulo de benefícios previdenciários e também os assistenciais, como a prestação continuada do idoso, prestação continuada da pessoa com deficiência entre outros. Mantendo-se a exceção nos casos de pensão por morte e auxílio acidente. Para beneficiários de programas de transferência de renda com condicionalidades, como por exemplo, o Bolsa Família, a regra também mudou. O beneficiário deixará de receber temporariamente o benefício pelo período em que estiver recebendo o Seguro Defeso. Ao final do período em que recebe o Seguro Defeso, o pescador voltará a receber o Bolsa Família automaticamente, sem precisar se dirigir a nenhum órgão. 5 – Pela regra anterior, o pescador recebia o Seguro Defeso desde que tivesse um ano de Registro Geral de Pescador. Agora, o pescador deve ter, no mínimo três anos de Registro. 6 – Anteriormente, para receber o seguro defeso bastava pagar um mês de contribuição previdenciária. Agora, é preciso comprovar contribuição por 12 meses. Seja por meio de nota fiscal ou de recolhimento previdenciário. O recolhimento previdenciário pode ser feito em parcela única correspondente aos 12 meses. É importante deixar claro que o valor a ser pago é proporcional à produção de cada pescador. Mudanças no Registro Geral da Atividade Pesqueira No dia 1º foi publicado o Decreto 8.425, de 31 de março de 2015, que estabelece critérios para inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira. O Decreto, dentre outros dispositivos, estabelece três categorias de pescador profissional: exclusiva, principal e subsidiária. Exclusiva Pescador que tem a pesca como atividade profissional única. Principal Para quem a pesca é o seu principal meio de sustento, mas tem outro trabalho. Por exemplo, um pescador que no verão trabalha como condutor de turismo de pesca. Subsidiária Para quem a pesca não é o principal meio de vida. Exemplo: quem trabalha em uma peixaria e também pesca, mas a venda é o principal meio de sustento. Em função dessa nova classificação, as carteiras de pesca serão trocadas no decorrer do próximo ano. Hoje, na data de aniversário do pescador, ele já tem que comprovar o exercício da atividade. Nesta data já será emitida a carteira definitiva, com cada categoria especificada. Com a nova regra da MP 665/ 2014, apenas os pescadores que se enquadrarem na categoria Exclusiva terão direito a receber o Seguro Defeso. Como dito anteriormente, os pescadores não precisam correr para as Superintendências Regionais do MPA para trocar as suas carteiras. Neste primeiro ano, até que todas as carteiras sejam trocadas nas datas de aniversário dos pescadores, o INSS fará os batimentos necessários com os sistemas do Governo Federal, como por exemplo, o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), para verificar se o pescador tem outras atividades profissionais ou recebe outros benefícios que o inviabilize receber o Seguro Defeso. Apesar de não ter direito a Seguro Defeso, as categorias “principal” e “subsidiária” continuam tendo direito a todos os outros benefícios sociais e previdenciários que o estado brasileiro oferece aos trabalhadores.

Rebimar define com os pescadores o uso dos recifes artificiais

O Rebimar (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha), patrocinado pela Petrobras, realizará, nesta semana, reuniões com pescadores de Pontal do Paraná para definir o Plano de Uso dos Recifes Artificiais. As reuniões serão realizadas nas comunidades pesqueiras de Barrancos, Carmery, Shangri-lá, Ipanema, Atami e Pontal do Sul. O objetivo é construir, em conjunto com os pescadores artesanais, um documento que defina as principais formas de uso dos recifes e seus usuários. “A participação dos pescadores artesanais é fundamental. Precisamos que todos participem para que possamos entender melhor onde e como os pescadores utilizam as áreas de recifes. Trabalhando conjuntamente, teremos resultados muito melhores sobre o uso dos recifes, pois é somente eles podem nos dizer o que acontece lá”, relata Pedro Amadeus Weiser, técnico de Pesca da Associação MarBrasil. Cronograma das reuniões: Segunda-feira (6) Comunidade: Barrancos Local: Galpão Horário: 17h30 Terça-feira (7) Comunidade: Carmery Local: Camping Horário: 17h30 Quarta-feira (8) Comunidade: Shangri-lá Local: Colônia de Pesca Horário: 17h30 Quinta-feira (9) Comunidade: Ipanema Local: Escola Anita Miro Vernalha Horário: 17h30 Sexta-feira (10) Comunidade: Pontal do Sul Local: Vila dos pescadores Horário: 17h30 Fonte e foto: Mar Brasil

Prefeitura de Guaratuba oferece 17 vagas temporárias

A Prefeitura de Guaratuba abre inscrições nesta segunda-feira (6) para selecionar 10 agentes de endemias, 5 auxiliares de cuidador social e 2 cuidadores sociais. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de abril. Não serão cobradas taxas de inscrição. O Processo Seletivo Simplificado visa contratação temporária por 12 meses, podendo ser prorrogadas por igual período se houver necessidade. Os salários para auxiliares de cuidador social são de R$ 855,73 e de cuidador social de R$ 1.580,78. Ambos terão de trabalhar em plantões de 12 horas com 36 horas de folga, em períodos diurnos e noturnos. As inscrições devem ser feitas das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Secretaria Municipal de Bem Estar e Promoção Social, que fica na avenida Água Verde, 1092, no bairro Piçarras. Os salários-base dos agentes de endemias serão de R$ 855,73, acrescidos de R$ 158,00 e mais 20% de adicional de insalubridade para uma jornada de 40 horas semanais. As inscrições devem ser feitas das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Secretaria Municipal de Saúde, que funciona ao lado do Hospital Municipal de Guaratuba, na rua Capitão João Pedro, 188, Centro. Mais informações e editais do concurso no site oficial do Município http://www.guaratuba.pr.gov.br/portal/index.php/noticias/saude.html Alerta Vermelho A contratação dos agentes de endemias visa atender o programa de combate à dengue. Na segunda-feira (30), a prefeita Evani Justus decretou que o Município está em “alerta vermelho” em virtude da constatação da presença em Guaratuba e no município vizinho de Matinhos, de focos do mosquito Aedes aegypti, e ainda do registro de casos de dengue nos municípios catarinenses de Itapoá e Joinville. De acordo com relatório da Secretaria de Estado da Saúde divulgado na sexta-feira (27), desde agosto de 2014, 4.512 casos da doença já foram confirmados no Estado, sendo 4.152 autóctones e 360 importados. No Litoral, foram 29 casos notificados e apenas um confirmado – um caso importado verificado em Paranaguá. Paranaguá teve 22 notificações, Guaratuba, 3; Antonina, 2; Morretes e Pontal do Paraná, 1 cada. Apesar dos números tranquilizadores, o Litoral do Paraná é uma das regiões que apresenta as condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento e dispersão do mosquito da dengue. O volume de chuvas acima da média no mês de março motivam uma atenção ainda maior das autoridades sanitárias.

O insustentável desamparo das comunidades tradicionais

Reportagem do site oficial do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange sobre o flagrante de transporte de mais 12 mil folhas de guaricana mostra um dos resultados da mudança no modo de vida tradicional das comunidades rurais de Guaratuba.O produto apreendido foi extraído por um pai e seus dois filhos menores que deixaram de viver na área afastada no limite entre os municípios de Guaratuba e Matinhos e apenas voltam para colher as folhas destinadas aos mercados das grandes cidades. De acordo com estudo na comunidade rural de Rasgadinho citado no texto, o que era um recurso natural importante, e que por isto era preservado, passa a ser um mero produto vendável. Nos últimos anos, ocorreu um avanço significativo na criação de unidades de conservação e de políticas ambientais. Mas pouco se fez para proteger e atender as necessidades das comunidades tradicionais, na região e no país. Leia a reportagem: Fiscalização apreende folhas de guaricana cortadas dentro do PNSHL No dia 13 de março, 50 “malas” (fardos) contendo aproximadamente 12.500 folhas de palmeira guaricana (Geonoma sp., popularmente conhecida como “palha”), foram apreendidas dentro do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange (PNSHL) na região da estrada do Parati, na divisa entre os municípios de Matinhos e Guaratuba. Apesar de não constarem da recente Lista Nacional de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente, duas das espécies de guaricana aparecem na última lista da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul, de dezembro de 2014. Os frutos e sementes de tais espécies têm grande importância alimentar para a fauna nativa (Galbiati et al., 2009). Uma equipe do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange e pesquisadores se deslocava para um riacho, quando se deparou com um caminhão suspeito parado na estrada do Parati, bloqueando a via. O condutor do veículo foi abordado e, durante vistoria na carroceria, foi flagrada a carga de folhas de guaricana em seu interior. A equipe de fiscalização do Parque identificou quatro pessoas envolvidas na infração ambiental: além do proprietário do caminhão, que realizava o transporte da carga, estava presente o responsável pela extração da “palha”, acompanhado por dois filhos menores de idade, que o auxiliaram na extração e amarração das folhas de guaricana. Os envolvidos não residem nas redondezas, tendo feito uma longa viagem até a área específica do Parque de onde cortaram a “palha”. O responsável pela extração da “palha” já havia sido autuado por ilícito idêntico em 2014, na mesma localidade. Ele informou à equipe de fiscalização que estava na região há semanas e havia sido responsável, com a ajuda de seus filhos, pela retirada de aproximadamente 35.000 folhas. Considerando que cada estipe (“pé” de palmeira guaricana) apresenta em média 8 a 15 folhas (mas nem todas nas condições ideais de corte), calcula-se que o montante de ramos tenha sido proveniente de aproximadamente 5.000 “pés” de palmeiras guaricana. O proprietário do caminhão, por sua vez, era responsável por empreitar a mão de obra para obtenção do produto e por vendê-lo através de terceiros nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde abasteceria floriculturas (coroas fúnebres, arranjos florais) e empresas que fazem coberturas rústicas (quiosques, bangalôs etc). Foram lavrados dois autos de infração: um pelo transporte de produto de origem vegetal (folhas de guaricana), extraído no PARNA Saint-Hilaire/Lange sem autorização do ICMBio, e outro pela exploração comercial de subprodutos não madeireiros (folhas de guaricana) no PNSHL. Além disso, a equipe de fiscalização do Parque apreendeu o caminhão, bem como comunicou o Conselho Tutelar de Guaratuba sobre a participação dos adolescentes menores de idade no ilícito ambiental. As “malas” de folhas de guaricana foram doadas à FUNAI, a fim de serem distribuídas entre as aldeias indígenas existentes no litoral do Paraná e regiões próximas – sob critérios da Coordenação Técnica Local da Funai em Paranaguá. Para os indígenas, as folhas serão utilizadas para cobrir as casas de reza, presentes em cada aldeia. Aprofundando um pouco mais o tema Além da guaricana, o “esquema” da extração comercial de produtos vegetais de florestas envolve ainda a extração/retirada de outros produtos em florestas de diversas regiões do sul do Brasil. Entre eles, estão: samambaias, musgos, cipó-preto, bromélias e guaricana. Muitos desses produtos são provavelmente retirados de diversas Unidades de Conservação de proteção integral e de áreas particulares – neste último caso, com ou sem autorização ou consentimento por parte dos proprietários. E, na maioria das vezes, sem o manejo adequado que garantiria a “produção” sustentável de tais produtos florestais. Vários adolescentes menores de idade trabalham como extratores para ajudar os adultos da família. Não há qualquer relação formal trabalhista entre os envolvidos na cadeia de tais produtos. Apesar de muitos intermediários e o varejo terem bons lucros com a revenda destes produtos, tal “mercado” parece ser totalmente informal. De acordo com VALENTE (2009), que fez um estudo na comunidade rural de Rasgadinho (município de Guaratuba – PR), “quando havia a dependência da comunidade deste recurso para sua subsistência, certamente havia uma outra relação de importância com a escassez do mesmo. Já com a mudança de paradigma que tornou a palha não mais um recurso de uso doméstico, mas agora uma matéria prima vendável e de alto valor para o nível socioeconômico da comunidade, ao invés de esta preocupação aumentar e a comunidade passar a valorizar mais ainda este produto, a não regulamentação da atividade faz com que a comunidade não se identifique como uma sociedade extrativista”. Ainda, segundo a autora, “durante o período de estudo, observou-se um aumento na demanda pelo recurso. No primeiro ano da pequisa, segundo o relato dos extratores e do intermediário local, eram cortadas e