Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Posseiros denunciam ação de “jagunços” em Guaratuba

Moradores de uma ocupação irregular no bairro Cohapar II, em Guaratuba, denunciaram que “jagunços”, ou “capangas”, derrubaram duas casas no início da tarde desta segunda-feira (15), sem terem ordem da justiça. À noite, outras duas casas foram incendiadas. Segundo eles, a Polícia Militar foi chamada para impedir a ação, mas só apareceu depois que o proprietário solicitou “reforço”. A demolição No início da noite, cerca de 20 moradores da rua Engenheiro Beltrão, estiveram na Câmara de Vereadores para denunciar a violência e suposta ação ilegal. Eles chegaram no exato instante em que a sessão estava começando e foram embora antes que ela acabasse, depois de conversarem com a reportagem do Correio do Litoral.com e repassarem imagens do ocorrido. Segundo Adriane Pegorari, vice-presidente da Associação de Moradores do Cohapar II”, por volta das 13h, os “jagunços” chegaram armados de facões, revólveres e pistolas e fizeram a demolição de duas casas. Cercados pelos moradores, eles chegaram a apontar as armas e fazerem ameaças, conta. De acordo com ela, os moradores chamaram a Polícia Militar, mas os policiais chegaram acompanhados do dono e “nada fizeram” apesar de terem visto que havia pessoas armadas. Os “capangas” foram embora mas ameaçaram voltar “para terminar o serviço”. À meia-noite e 40 minutos, um dos moradores telefonou para o Correio do Litoral.com para dizer que uma casa estava pegando fogo. na manhã desta terça-feira ele contou que nas duas havia pessoas dormindo. Os ocupantes das casas acordaram assustadas e pediram ajuda dos vizinhos. Um dos incêndios foi contido, mas a outra casa foi completamente queimada, informa o morador. Ninguém viu que provocou os incêndios. Sem negociação Segundo os posseiros, os imóveis tem vários proprietários, mas um deles alega que tem 60 terrenos no local. Alguns deles já tentaram negociar com os donos. As casas demolidas eram ocupadas pelas famílias de William Sadi e Ricardo da Conceição. O primeiro conta que morava com a mulher e um filho há um ano e meio no terreno, adquirido há quatro anos. Segundo ele, a posse existe desde o final da década de 1990. “Uns dois meses atrás eu fui procurar o dono, que mora em Curitiba, na avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, para negociar o terreno. Ele disse que não podia me receber mas que depois me procuraria. Nunca mais soube nada dele até esta tarde”, diz William. O Correio do Litoral vai procurar o proprietário dos terrenos, a Polícia Militar e mais outras fontes.

Assinado contrato do esgoto em Matinhos e Pontal

O presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, anunciou que o contrato de parceria público-privada para ampliação das redes de esgoto de Matinhos e Pontal do Paraná foi assinado na semana passada. A informação, que ainda não foi divulgada oficialmente pelo governo estadual, foi dada na quinta-feira (10) durante a assinatura da ordem de serviço para obras na rede de abastecimento de água em Guaratuba. Locação de ativos As obras, estimadas em R$ 200 milhões, serão feitas através de locação de ativos, modalidade na qual a empresa constrói a rede e aluga para o Estado. Ao final do contrato, de 20 anos, todos os ativos (tubulações, estações etc) passam para o patrimônio da Sanepar. A empresa vencedora foi a Goetze Lobato Engenharia Ltda, que vai receber R$ 460.591.844,36, um desconto de 1,8% sobre o preço máximo de R$ 469.034.464,44. A abertura das propostas e declaração do vencedor foram feitas no dia 7 de junho. (Meses depois, o site do Sistema de Licitações da Sanepar alterou o nome da empresa para Saneamento Litoral Paraná SA (SLP), que é uma Sociedade de Propósito Específico criada apenas para existir durante o contrato. Veja: http://licitacoes.sanepar.com.br/SLI21100.aspx?wcodigo=1702013 De acordo com o governo, com a conclusão das obras, em 2017, Matinhos passará dos atuais 50,64% para 95% dos imóveis com sistema de esgoto. Em Pontal do Paraná o índice saltará de 25,80% para 84%. “As obras começam simultaneamente em Matinhos e em Pontal”, disse Ghignone. As obras A empresa vencedora terá prazo de quatro anos para assentar 500.063 metros de tubulação, executar 25 mil ligações prediais de esgoto, construir 29 estações elevatórias de esgoto, implantar as linhas de recalque, as instalações eletromecânicas, as obras elétricas e desenvolver os projetos executivos e os serviços de topografia. Em Matinhos, serão executados 250 mil metros de rede coletora de esgoto, 14 estações elevatórias, de Caiobá a Monções. Também serão remanejados 14.524 metros da rede existente e substituídas 979 ligações prediais de esgotos. Em Pontal do Paraná, serão executados 250.063 metros de rede coletora de esgoto e mais 15 estações elevatórias, distribuídas entre os balneários de Beltrame a Pontal do Sul.

Guaratuba faz parceria com Foz do Iguaçu no turismo

O município de Guaratuba inicia um intercâmbio com Foz do Iguaçu, principal polo de atração turística do Paraná. A intenção da prefeita Evani Justus é iniciar a parceria pela experiência de Foz na decoração de Natal e se estender à gestão do turismo. O Natal das Cataratas organizado pelo município promove uma série de atividades onde a iniciativa privada tem um papel muito importante. As atividades e promoções dos hotéis e restaurantes aqueceram o turismo no final do ano, época que já foi considerada a baixa temporada na cidade. Também teve um papel importante na mudança do perfil do visitante, ainda muito ligado às compras no Paraguai e na Argentina. A empresária iguaçuense Nelci Rafagnin vem desenvolvendo há anos um projeto de decoração natalina com produtos recicláveis – principalmente com garrafas PET – que funciona o ano todo e que reúne um trabalho social com as comunidades e com os catadores. A empresária tem prestado consultoria a diversas cidades, inclusive em Gramado, no Rio Grande do Sul. O vice-prefeito e secretário de Turismo e Cultura de Guaratuba, Vandir Esmaniotto, e sua equipe estão em Foz para conhecer estas experiências. Eles reúnem-se neste sábado (14) com Nelci Rafagnin. Na quinta-feira, a equipe de Guaratuba esteve na Secretaria Municipal de Turismo de Foz do iguaçu. O encontro foi divulgado no site oficial do município. Leia: A Secretaria Municipal de Turismo (SMTU) recebeu na manhã de quinta-feira, 12, a visita do vice-prefeito e secretário de Turismo da cidade de Guaratuba, Vandir Esmaniotto, que estava acompanhado da gestora cultural Debura Carvalho de Aquino e da diretora da Biblioteca Municipal, Marlene dos Santos. Os visitantes foram recebidos pelo secretário adjunto da SMTU, Celso Azevedo, pela diretora do departamento de desenvolvimento de Turismo, Valéria Mariotti e pelo assessor de gabinete, Alexandre Pacheco. O propósito da visita foi realizar uma troca de experiências, conhecer a atratividade local e principalmente, a estrutura aqui existente, visando levar para a cidade de Guaratuba o que Foz do Iguaçu tem desenvolvido com relação ao turismo. Na reunião, foram informados aos presentes sobre as principais ações praticadas pela SMTU, projetos, pesquisas, eventos e estrutura organizacional da secretaria. O vice-prefeito e secretário de Turismo de Guaratuba, Vandir Esmaniotto, explicou o interesse por Foz do Iguaçu. “A cidade é um polo turístico muito grande e muito forte e para nós é um grande exemplo e uma potência nesse segmento”, disse. “Colhemos dados e ideias que vamos testar em nossa região; as informações que estamos levando daqui são importantes e vamos procurar aperfeiçoar e nos comunicar muito mais com a Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu”, declarou. E finalizou: “nós só temos a agradecer por ser iniciada essa parceria”. Além das ações da SMTU, o vice-prefeito Vandir Esmaniotto tem interesse em informações sobre o Natal das Cataratas, para implantar ainda este ano em Guaratuba, nos moldes de Foz do Iguaçu.

Litoral do Paraná segue tendência nacional e reduz desigualdade

Seis dos sete municípios do Litoral do Paraná reduziram a desigualdade de renda entre 2000 e 2010. Apenas Morretes ficou na mesma. Os dados são de um levantamento feito pelos jornalistas José Roberto de Toledo e Amanda Rossi de “O Estado de S. Paulo” publicados neste sábado (3), com base em informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Correio do Litoral corrigiu alguns índices do jornal paulista tendo como base os indicadores publicados pelo Data Sus –http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/censo/cnv/ginipr.def Renda dos mais pobres cresceu mais que a dos ricos De acordo com a reportagem, na década, a desigualdade caiu em 80% dos municípios do Brasil. “O fato é ainda mais relevante porque reverteu uma tendência histórica. Na década anterior, a desigualdade medida pelo índice de Gini aumentara em 58% das cidades brasileiras”, informa a reportagem. O aumento da renda obtida no trabalho é o protagonista da queda da desigualdade nos municípios entre 2000 e 2010. Ele é responsável por 58% da redução, segundo o presidente do Ipea, Marcelo Neri. Outros 13% podem ser atribuídos ao Bolsa Família. Sem as políticas de transferência de renda, a desigualdade teria caído 36% menos. De 2000 a 2010, o rendimento domiciliar per capita cresceu 63% acima da inflação, na média dos 5.565 municípios. Foi um enriquecimento mais intenso do que nos dez anos anteriores, quando o ganho havia sido de 51%. Isso é importante porque uma forma perversa de reduzir a desigualdade é via empobrecimento geral. Se os ricos perdem mais do que os pobres, a desigualdade também cai. Foi o que aconteceu em grande parte do Brasil nos anos 1980, por causa da recessão. Nos dez anos seguintes, o alto desemprego comprometeu o salário dos trabalhadores e a renda voltou a se concentrar no topo da pirâmide. O índice de Gini do País cresceu, e a desigualdade aumentou em 58% dos municípios brasileiros. É o oposto do que aconteceu em 80% dos municípios do Brasil na década passada. Nos anos 2000, houve redistribuição da renda simultânea ao crescimento. O bolo aumentou para todos, mas a fatia dos pobres cresceu mais, em comparação à dos ricos. Em quase todo lugar, os ricos não ficaram mais pobres. Ao contrário. Mesmo descontando-se a inflação, o rendimento médio dos 10% mais ricos de cada município cresceu 60%, na média de todos os municípios ao longo da década passada. A desigualdade caiu porque a renda dos 20% mais pobres de cada município cresceu quase quatro vezes mais rápido do que a dos 10% mais ricos: 217%, na média. A distância que separava o topo da base da pirâmide caiu quase um terço. Ainda é absurdamente grande, mas o movimento está no sentido correto na imensa maioria dos municípios: o da diminuição. Em 2000, a renda dos 20% mais pobres de cada um dos municípios era, na média, de R$ 58 por pessoa. Os 10% mais ricos ganhavam, também na média municipal, R$ 1.484. A diferença era, portanto, de 26 vezes. Em 2010, a renda dos 20% de baixo chegou a R$ 103, enquanto a dos 10% de cima ia a R$ 1.894. Ou seja, os mais ricos ganham, em média, 18 vezes mais. A redução da desigualdade não foi total. Em 16% dos municípios, a distribuição de renda piorou. Principalmente no Norte”. (N.R. Mas também na cidade mais rica do Brasil: em São Paulo a concentração de renda aumentou de 0,61 para 0,62 no índice Gini).” Índice Gini O Índice de Gini aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Ele varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a completa igualdade – quando todos têm a mesma renda. Assim, quanto maior o índice, maior a desigualdade. O índice Gini do Brasil era de 0,59 em 2000 e foi para 0,53 em 2010, melhorando a cada ano. O índice Gini do Paraná em 2010 era de 0,49 e em 2011 já era de 0,46. Região permanece muito desigual No Litoral do Paraná, o maior avanço na redução da desigualdade entre 2000 e 2010 aconteceu em Matinhos. Na década, o índice Gini caiu de 0,5612 para 0,4922. Outra melhora significativa aconteceu em Guaraqueçaba, com redução de 0,5434 para 0,4959. O índice do município decorre do fato de a renda dos mais ricos ser menor que nas demais cidades. Guaratuba também melhorou bastante, mas permanece uma cidade muito desigual: passou de 0,6063 para 0,5583. Só melhor que Antonina, que baixou de 0,5816 para 0,5676. Pontal do Paraná melhorou de 0,5673 para 0,5124. Paranaguá melhorou de 0,5604 para 0,5235. Morretes permaneceu na mesma situação de acordo com os números aproximados de “O Estado de São Paulo”. No índice mais exato houve uma ligeira piora: de 0,5440 em 2000 foi para 0,5475 em 2010. Renda per capita Um outro dado confirma que o índice de desigualdade menor em Guaraqueçaba esconde uma triste realidade naquele município: a pobreza generalizada. A renda per capita de Guaraqueçaba era de R$ 307,80 em 2010. É menos da metade da renda na maioria das cidades da região. Matinhos novamente apresentava o melhor resultado, com renda per capita de R$ 814,03. Em seguida vinham Guaratuba (R$ 782,92) e Pontal do Paraná (R$ 782,87). Paranaguá apresentava um renda de R$ 765,85 por habitante, Morretes R$ 665,51 e Antonina R$ 572,38.

Dilma cria Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais

A presidente Dilma Roussef sancionou, na quinta-feira (20), a Lei nº 12.829/2013, criando o Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, em Pontal do Paraná. De acordo com a Lei, o parque foi criado para proteger os ecossistemas das ilhas, os ambientes marinhos nos limites do seu entorno, visando, ainda, a proteção e o controle de relevantes áreas de nidificação (ação de alguma espécie de animal de construir seus ninhos) de várias espécies de aves e de habitat de espécies marinhas. As mais de oito mil aves que vivem nos costões de rochas e pedras que formam as Ilhas dos Currais, e muitas outras espécies de animais que habitam o ecossistema estão, a partir de agora, protegidos por lei federal. Pesquisas do CEM da UFPR A Lei foi aprovada pelo plenário do Senado em 21 de maio. O objetivo do parque é proteger a vida existente nas áreas de águas límpidas, também propícias ao mergulho, e onde são realizadas pesquisas pelo Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná. No Brasil existem apenas outros dois parques nacionais marinhos: o Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia, e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável por esta Unidade de Conservação marinha, deverá elaborar o Plano de Manejo que terá de prever o controle dos ecossistemas do arquipélago. Redação do Correio do Litoral com informações do Ministério do Meio Ambiente / Luciene de Assis

Rede de esgoto privada em Matinhos e Pontal poderá sair por R$ 370 milhões

A Sanepar poderá ter um desconto de 20% no aluguel da rede de esgoto que será construída em Matinhos e Pontal do Paraná. Mesmo assim pagaria pouco mais de R$ 370 milhões à empresa que construir a obra avaliada em R$ 200 milhões, um lucro de 85%. A Sanepar calcula que com as obras, em 2017, Matinhos passará dos atuais 50,64% para 95% de atendimento com sistema de esgoto. Em Pontal do Paraná, o índice saltará de 25,80% para 84%. Menor preço As propostas da primeira licitação na modalidade de locação de ativos da empresa estatal foram abertas na sexta-feira (7). Das 15 empresas que retiraram o caderno de documentação da licitação, seis apresentaram propostas: Acma Construções Civis Ltda, Construtora Passarelli Ltda, DM Construtora de Obras Ltda, Goetze Lobato Engenharia Ltda, Itajuí Engenharia de Obras Ltda e Trail Infraestrutura Ltda. A licitação será decidida só após a avaliação técnica, econômica financeira e fiscal das concorrentes para saber se as empresas têm condições para cumprir todos os itens constantes do edital. A Itajuí saiu divulgando que apresentou o menor valor, de exatos R$ 371.777.009,00. Trata-se de um desconto de R$ 91 milhões sobre o valor máximo da licitação, ou 20% abaixo do teto. Segundo informações divulgadas pela Rádio BandNews Curitiba, o segundo menor preço, é R$ 83 milhões mais alto, ou seja, um desconto de apenas R$ 8 milhões. O nome da empresa não foi informado. Licitação De acordo com o edital de licitação 170/2013, o valor da obra é estimado em R$ 199.297.725,73. O valor total máximo admitido para a remuneração do contrato de Locação de Ativos, é de R$ 469.034.464,44. Este é o valor máximo do que será cobrado de aluguel dos ativos (rede e estações elevatórias), no prazo do contrato, que é de 20 anos, 240 meses. Ao final deste tempo, as obras são incorporadas ao patrimônio da Sanepar. Obras A vencedora da licitação terá prazo de quatro anos para assentar 500.063 metros de tubulação, executar 25 mil ligações prediais de esgoto e construir 29 estações elevatórias de esgoto. O edital prevê também, neste mesmo prazo, a implantação das linhas de recalque e das instalações eletromecânicas, além de obras elétricas, o desenvolvimento dos projetos executivos e os serviços de topografia. Em Matinhos, serão executados 250 mil metros de rede coletora de esgoto, 14 estações elevatórias, de Caiobá a Monções. Também serão remanejados 14.524 metros da rede existente e substituídas 979 ligações prediais de esgotos. Em Pontal do Paraná serão executados 250.063 metros de rede coletora de esgoto e mais 15 estações elevatórias, distribuídas pelos balneários de Beltrame a Pontal do Sul. Matéria recuperada do site antigo (2013)

Pesquisa ajuda preservar golfinho toninha

O ProToninhas, projeto realizado pela Associação MarBrasil em parceria com o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM/ UFPR), já apresenta resultados. O projeto é patrocinado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e visa a conservação da Toninha, que está entre as espécies de golfinhos mais ameaçadas do mundo. Na linha acadêmica o projeto conta também com o apoio de pesquisadores de outras universidades e do Projeto Toninhas, desenvolvido pela Univille (Universidade da Região de Joinville), em São Francisco do Sul, e patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental. Durante o andamento da iniciativa são realizadas entrevistas com pescadores, que relatam a ocorrência da espécie no litoral do Paraná, e realizada saídas de campo para avaliar a abundância e distribuição dos animais. Com estas informações, já se pode afirmar que a Toninha tem aparecido ao longo de todas as estações do ano na região entre a Ilha do Mel e a Ilha das Peças e na Baía de Laranjeiras. Tal fato era, até então, apenas uma hipótese dos pesquisadores do projeto. Os resultados obtidos destacam o litoral paranaense como uma importante área para a conservação da espécie. ''Na Ilha das Peças, 80% dos pescadores a identificam e, em Superagui, 40%. Entre estes, a maioria tem muitas informações sobre a Toninha e histórias de interação com os animais. As diferenças de conhecimento entre as comunidades tem relação com a área de pesca e de ocorrência'', relata Camila Domit, coordenadora do ProToninhas. A redução populacional da Toninha, deve-se, sobretudo, à mortalidade incidental por redes de pesca e degradação do seu habitat pela poluição. Os pescadores afirmam que acidentalmente elas já caíram em suas redes de pesca, porém, a maioria diz que isso não ocorre mais nos últimos anos. Além de ações com pescadores e expedições científicas, o projeto também atua com educação ambiental em escolas, procurando sensibilizar crianças e adolescentes quanto a Toninha e a necessidade de conservação do ambiente marinho. Uma história em quadrinhos está em fase final de elaboração e será um material de apoio na divulgação e sensibilização. Toninha ou Franciscana, cientificamente conhecida como Pontoporia blainvillei, é a espécie de golfinho mais ameaçada na América do Sul. Na busca de sua conservação muitas ações vêm sendo feitas por diversos projetos, comunidades e instituições governamentais do Brasil, Uruguai e Argentina. Uma delas é o Consórcio Franciscana (pontoporia.org).

Sanepar abre licitação para esgoto de Matinhos e Pontal

A Sanepar divulgou o edital 170/2013 da licitação para ampliar os sistemas de esgoto de Matinhos e Pontal do Paraná. As obras devem demorar dois anos e serão executadas por empresas que vão alugar as instalações para a Sanepar por 20 anos. O valor das obras é avaliado em R$ 199,2 milhões e o valor mensal de locação será de máximo R$ 2.112.901,60. É a primeira vez que a empresa contratará a execução de obras na modalidade de locação de ativos. “Ao contratar obras com locação de ativos, a Sanepar começa a adquirir velocidade e a encontrar caminhos na busca da universalização dos serviços de água de esgoto”, diz o presidente da Companhia, Fernando Ghignone. De acordo com a Sanepar, em 2017, Matinhos passará dos atuais 50,64% para 95% de atendimento com sistema de esgoto. Em Pontal do Paraná, o índice saltará de 25,80% para 84%. As obras A vencedora da licitação terá prazo de quatro anos para assentar 500.063 metros de tubulação, executar 25 mil ligações prediais de esgoto e construir 29 estações elevatórias de esgoto. O edital prevê também, neste mesmo prazo, a implantação das linhas de recalque e das instalações eletromecânicas, além de obras elétricas, o desenvolvimento dos projetos executivos e os serviços de topografia. Em Matinhos, serão executados 250 mil metros de rede coletora de esgoto, 14 estações elevatórias, de Caiobá a Monções. Também serão remanejados 14.524 metros da rede existente e substituídas 979 ligações prediais de esgotos. Em Pontal do Paraná serão executados 250.063 metros de rede coletora de esgoto e mais 15 estações elevatórias, distribuídas pelos balneários de Beltrame a Pontal do Sul. Aluguel de ativos A licitação na modalidade de locação de ativos é precedida da concessão do direito real de uso das áreas e da execução das obras. A empresa vencedora da licitação, e contratada, se torna responsável pelo aporte de recursos para a execução total das obras. A contratada deverá fornecer todos os materiais, equipamentos e a mão de obra necessária nos dois municípios. Concluído o empreendimento, a Sanepar assume o pagamento do valor mensal de locação, durante 20 anos. Ao término do contrato, as obras são incorporadas ao patrimônio da companhia.

Governo fará estudo único sobre ponte de Guaratuba e BR 101

O governador Beto Richa determinou que os técnicos do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) incluam a ponte sobre a baía de Guaratuba na licitação do projeto da BR 101. O edital de licitação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que deveria ser lançado em fevereiro deve ser publicado no próximo mês. Outra mudança, é que o traçado que estava sendo previsto da BR 101 no Paraná até a BR 116, na divisa com São Paulo, será estendido para fazer a ligação com o último trecho da 101 no estado vizinho. A BR 101 (Rodovia Governador Mario Covas) corta o litoral do Brasil entre Touros (Rio Grande do Norte) e São José do Norte (Rio Grande do Sul), mas é interrompida em um trecho entre os municípios paulistas de Peruíbe e Iguape e entre Cananeia (São Paulo) e Garuva (Santa Catarina). Ou seja, pula o Estado do Paraná. A inclusão do trecho paulista foi um pedido do governo federal, a quem o governo do Paraná vai doar o estudo. Isto pode indicar uma disposição de Brasília em realizar a obra. Também atrairá o interesse dos paulistas e de diversos grupos que seriam beneficiados pela rodovia. Urgência Segundo fonte do governo, o DER já tinha praticamente pronto o edital para licitar o EVTEA da rodovia e estava iniciando o estudo referencial para licitar o EVTEA da ponte no segundo semestre. A segunda licitação foi determinada pelo governador depois que ele foi cobrado pela prefeita de Guaratuba, Evani Justus, no dia 18 de janeiro. Uma semana depois ele telefonou ao deputado Nelson Justus para dizer que havia determinado urgência nos estudos da ponte. Após o Carnaval, reforçou o pedido e exigiu que o edital incluísse as duas obras. Análises e previsões Para técnicos do governo, a construção da ponte na baía sem outra via entre Santa Catarina e os municípios do litoral do Paraná poderá trazer ainda mais transtornos para Guaratuba. Técnicos também consideram que, com a BR 101 para receber o tráfego pesado e movimentar a economia da região, a ponte precisaria atender apenas a demanda do movimento entre Guaratuba e Matinhos e dos turistas de verão. Poderá ser uma construção menos grandiosa que a pretendida no governo anterior e não precisaria de desvios da estreita PR 412 entre os dois municípios. A realização de um estudo único e a inclusão do trecho paulista da rodovia, no entanto, aumentará o valor da licitação e deverá exigir mais tempo. Segundo técnico do próprio governo, depois do EVTEA e antes da licitação das obras serão necessários contratar projetos executivos das mesmas. A estimativa da fonte é que, “se tudo correr otimamente bem e todos conspirarem a favor de, pelo menos, uma das obras”, ela não começa antes de 2015.