Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Sanepar abre licitação para esgoto de Matinhos e Pontal

A Sanepar divulgou o edital 170/2013 da licitação para ampliar os sistemas de esgoto de Matinhos e Pontal do Paraná. As obras devem demorar dois anos e serão executadas por empresas que vão alugar as instalações para a Sanepar por 20 anos. O valor das obras é avaliado em R$ 199,2 milhões e o valor mensal de locação será de máximo R$ 2.112.901,60. É a primeira vez que a empresa contratará a execução de obras na modalidade de locação de ativos. “Ao contratar obras com locação de ativos, a Sanepar começa a adquirir velocidade e a encontrar caminhos na busca da universalização dos serviços de água de esgoto”, diz o presidente da Companhia, Fernando Ghignone. De acordo com a Sanepar, em 2017, Matinhos passará dos atuais 50,64% para 95% de atendimento com sistema de esgoto. Em Pontal do Paraná, o índice saltará de 25,80% para 84%. As obras A vencedora da licitação terá prazo de quatro anos para assentar 500.063 metros de tubulação, executar 25 mil ligações prediais de esgoto e construir 29 estações elevatórias de esgoto. O edital prevê também, neste mesmo prazo, a implantação das linhas de recalque e das instalações eletromecânicas, além de obras elétricas, o desenvolvimento dos projetos executivos e os serviços de topografia. Em Matinhos, serão executados 250 mil metros de rede coletora de esgoto, 14 estações elevatórias, de Caiobá a Monções. Também serão remanejados 14.524 metros da rede existente e substituídas 979 ligações prediais de esgotos. Em Pontal do Paraná serão executados 250.063 metros de rede coletora de esgoto e mais 15 estações elevatórias, distribuídas pelos balneários de Beltrame a Pontal do Sul. Aluguel de ativos A licitação na modalidade de locação de ativos é precedida da concessão do direito real de uso das áreas e da execução das obras. A empresa vencedora da licitação, e contratada, se torna responsável pelo aporte de recursos para a execução total das obras. A contratada deverá fornecer todos os materiais, equipamentos e a mão de obra necessária nos dois municípios. Concluído o empreendimento, a Sanepar assume o pagamento do valor mensal de locação, durante 20 anos. Ao término do contrato, as obras são incorporadas ao patrimônio da companhia.

Governo fará estudo único sobre ponte de Guaratuba e BR 101

O governador Beto Richa determinou que os técnicos do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) incluam a ponte sobre a baía de Guaratuba na licitação do projeto da BR 101. O edital de licitação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que deveria ser lançado em fevereiro deve ser publicado no próximo mês. Outra mudança, é que o traçado que estava sendo previsto da BR 101 no Paraná até a BR 116, na divisa com São Paulo, será estendido para fazer a ligação com o último trecho da 101 no estado vizinho. A BR 101 (Rodovia Governador Mario Covas) corta o litoral do Brasil entre Touros (Rio Grande do Norte) e São José do Norte (Rio Grande do Sul), mas é interrompida em um trecho entre os municípios paulistas de Peruíbe e Iguape e entre Cananeia (São Paulo) e Garuva (Santa Catarina). Ou seja, pula o Estado do Paraná. A inclusão do trecho paulista foi um pedido do governo federal, a quem o governo do Paraná vai doar o estudo. Isto pode indicar uma disposição de Brasília em realizar a obra. Também atrairá o interesse dos paulistas e de diversos grupos que seriam beneficiados pela rodovia. Urgência Segundo fonte do governo, o DER já tinha praticamente pronto o edital para licitar o EVTEA da rodovia e estava iniciando o estudo referencial para licitar o EVTEA da ponte no segundo semestre. A segunda licitação foi determinada pelo governador depois que ele foi cobrado pela prefeita de Guaratuba, Evani Justus, no dia 18 de janeiro. Uma semana depois ele telefonou ao deputado Nelson Justus para dizer que havia determinado urgência nos estudos da ponte. Após o Carnaval, reforçou o pedido e exigiu que o edital incluísse as duas obras. Análises e previsões Para técnicos do governo, a construção da ponte na baía sem outra via entre Santa Catarina e os municípios do litoral do Paraná poderá trazer ainda mais transtornos para Guaratuba. Técnicos também consideram que, com a BR 101 para receber o tráfego pesado e movimentar a economia da região, a ponte precisaria atender apenas a demanda do movimento entre Guaratuba e Matinhos e dos turistas de verão. Poderá ser uma construção menos grandiosa que a pretendida no governo anterior e não precisaria de desvios da estreita PR 412 entre os dois municípios. A realização de um estudo único e a inclusão do trecho paulista da rodovia, no entanto, aumentará o valor da licitação e deverá exigir mais tempo. Segundo técnico do próprio governo, depois do EVTEA e antes da licitação das obras serão necessários contratar projetos executivos das mesmas. A estimativa da fonte é que, “se tudo correr otimamente bem e todos conspirarem a favor de, pelo menos, uma das obras”, ela não começa antes de 2015.

Beto Richa determina prioridade ao projeto da ponte de Guaratuba

O governador Beto Richa determinou, no final da tarde desta quinta-feira (24), que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) dê “prioridade absoluta ao projeto da ponte sobre a baía de Guaratuba”. O governador telefonou ao deputado estadual Nelson Justus para confirmar que estava cumprindo a promessa feita uma semana antes. Na sexta-feira (18), durante a inauguração da escola de aviação EPA Flight Academy, no Aeroporto Municipal, a prefeita Evani Justus pediu que Beto Richa retomasse o projeto da ponte. Evani argumentou que a obra é uma necessidade urgente de Guaratuba e de todo o Litoral. Imediatamente, o governador determinou que o secretário de Infraestrutura e Logística, José “Pepe” Richa”, encaminhasse o assunto. Para Evani, a notícia confirma o compromisso do governador de resgatar as dívidas do Estado com o Litoral do Paraná e com Guaratuba em particular. “Estamos muito felizes com esta conquista que foi resultado da minha ‘impertinência’ de cobrar do governador, mas que é principalmente resultado da mobilização histórica de nossa cidade em favor da ponte”,disse a prefeita. “Também não podemos esquecer que o deputado Nelson Justus não largou do pé do governador até ele assinar a ordem. O importante é que a sociedade guaratubana continue mobilizada. Nós temos de fazer um movimento de todas as forças da sociedade: a administração municipal, os vereadores, a associação comercial, as associações de bairro e todas as entidades da sociedade civil e de todas as lideranças políticas”, concluiu Evani. Nelson Justus comemora a notícia e destacou que a ponte de Guaratuba conta com simpatia da maioria dos paranaenses. Mas ele defende que a mobilização que acontece em cada temporada de verão deve ser reforçada e mantida, sobretudo pelos guaratubanos. “Com uma parceria entre o município, o governo estadual e o governo federal, com deputados estaduais e federais, com as lideranças e a população de Guaratuba, eu não tenho dúvida que a obra da ponte vai acontecer logo”, disse o deputado. O presidente da Câmara, Mordecai de Oliveira, garantiu apoio da Câmara a convocação feita por Evani e Nelson Justus e disse que todos s vereadores estão juntos na mobilização. “Já tenho participado individualmente do movimento Ponte de Guaratuba, Já”. A Câmara está a disposição para sediar encontros do movimento e até podemos organizar audiências públicas para tratar do assunto”, disse o vereador.

Lobo-marinho precisou ser salvo da curiosidade em Guaratuba

Policiais florestais e bombeiros de Guaratuba tiveram de retirar uma fêmea de lobo-marinho da Praia Central, neste domingo (11) à tarde, para protegê-la da curiosidade excessiva dos banhistas. Se as pessoas não perturbassem tanto o animal, o indicado seria deixá-lo descansar da longa jornada. O animal estava pelo menos desde sexta-feira descansando nas areias da praia mais movimentada de Guaratuba. De acordo com relatos de banhistas, ele chegou a voltar para o mar, mas retornou. A reportagem foi ao local no domingo depois de uma leitora pedir a intervenção do Correio para que as autoridades retirassem do local. A Polícia Florestal informou que esteve no local diversas vezes, inclusive com biólogos do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná, localizado em Pontal do Paraná. Os técnicos informaram aos policiais que o animal estava saudável e que apenas necessitava descansar. A orientação dos especialistas foi para não removê-lo. Banhistas ouvidos pela reportagem confirmam que, no sábado e no domingo, os policiais orientaram as pessoas a não se aproximarem. Segundo testemunhas, o pequeno lobo-marinho foi alvo de brincadeiras e de perturbação. Pelo menos uma criança tentou tocá-lo e por pouco não foi mordida. Durante a madrugada, jovens teriam jogado cerveja no animal. Atendendo solicitação do Correio e de diversas pessoas que telefonavam para os números de emergência da PM e do Corpo de Bombeiros, os policiais florestais voltaram ao local no domingo à tarde e constataram a perturbação ao animal. Algumas pessoas jogavam água no animal numa tentativa de refrescá-lo. Outros chegavam bem perto para fazer fotos. Um homem tentou acariciá-lo e quase foi mordido. Outro chegou bem perto para “fazer uma sombra” e tentar amenizar o forte calor. Diante da situação, os policiais florestais acabaram decidindo levar o lobo-marinho para uma praia mais tranquila, longe da curiosidade humana. As pessoas não se afastaram nem mesmo durante o transporte até a caminhonete do Corpo de Bombeiros. A reportagem pode constatar que a operação foi bastante cuidadosa, sem provocar nenhum ferimento ou stress ao animal. Fêmea jovem O Correio entrou em contato com um dos membros da equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação do CEM, Gilberto Ougo. O estudante do último ano do curso de Oceanografia confirmou que a equipe esteve no sábado para conferir as condições do lobo marinho. De acordo com Ougo, trata-se de uma fêmea juvenil da espécie Arctocephalus australis (lobo-marinho-sul-americano) com aproximadamente 90 centímetros de comprimento – a fêmea adulta chega a medir 1 metro e 40 centímetros. Pelo exame visual da respiração foi verificado que o animal estava saudável, não estava magro, fraco, nem apresentava marcas de ferimentos ou contaminação com óleo. Gilberto Ougo explicou que a espécie habita os mares do Uruguai e da Argentina e é a espécie mais comum de ser encontrada nas praias do Brasil. O estudante confirma que, nos casos em que os animais estão em boas condições aparentes de saúde, o indicado e deixar que ele permaneça na praia para descansar até que ele decida voltar ao mar. Quando as pessoas perturbam os animais, eles acabam não conseguindo descansar. Lobo-marinho-sul-americano Também é chamado de lobo-marinho-do-sul, o Arctophoca australis é um mamífero carnívoro com ampla distribuição geográfica no hemisfério sul, sendo encontrado tanto na costa do Oceano Atlântico quanto do Pacífico. Na costa Atlântica da América do Sul, ocorre desde o extremo sul da Argentina e ilhas vizinhas (Ilha dos Estados e Ilhas Falklands) até a costa do Uruguai, onde existe a maior colônia reprodutiva da espécie na Ilha dos Lobos, com mais de 150.000 indivíduos. A reprodução acontece nestas colônias nos meses de outubro a dezembro. Como ajudar em casos de encalhe ou de animal descansando na praia: - Entre em contato com as instituições responsáveis - Não alimente o animal - Não tente devolver o animal para a água - Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados - Faça fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso - Colabore com a sensibilização e a conscientização da comunidade Proteja a sua saúde: -Os animais encalhados podem transmitir doenças aos seres humanos. Evite respirar o ar expirado pelos animais - Não se aproxime. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e causar ferimentos. Telefones: Laboratório de Ecologia e Conservação do CEM (Pontal do Paraná): 3511-8671 ou 9854-3710 Polícia Militar: 190 Denúncia Ambiental: 0800 643 0304 Matéria do CorreiodoLitoral recuperada no Correio Atlântico 

Em Brasília, UFPR Litoral mostra educação voltada às comunidades

Uma semana após o prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora (PDT), reclamar do enfoque da UFPR Litoral aos “índios e quilombolas”, a universidade mostra a importância do ensino integrado às comunidades locais, tendo como exemplo a atuação durante as enchentes de março de 2011. A UFPR Litoral mostrou o trabalho que desempenhou na ocasião no seu stand na exposição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que aconteceu de segunda (15) a domingo (21) em Brasília. O tema do encontro tem tudo a ver: Sustentabilidade, Erradicação da Pobreza e Economia Verde. No stand da UFPR Litoral, os visitantes puderam conhecer a sua proposta educacional, além de ações e projetos desenvolvidos pela comunidade acadêmica. Um exemplo que foi apresentado é a atuação de estudantes, professores e técnicos no episódio das enchentes e deslizamentos de 2011 e que tiveram como desdobramento cinco projetos construídos em conjunto com a população local. Outro projeto exposto é o Laboratório Móvel de Divulgação Cientifica (LabMóvel), que promove a educação científica pela interação de professores e estudantes universitários com a comunidade das escolas públicas do Litoral do Paraná. Ciência do laboratório para a comunidade No campus da UFPR Litoral, pelo quarto ano consecutivo, o Labmóvel também promoveu localmente a Semana de Ciência e Tecnologia. No ano passado foram mais de três mil visitantes, estudantes de escolas de toda a região. Este ano a Semana contou com a exposição energia e sustentabilidade e a feira de ciência, na qual os colégios que se inscrevem concorreram a prêmios como viagens para conhecer centros de ciência e bolsas de iniciação científica júnior. Para desenvolver essas atividades, como as mostras de ciência, o Labmóvel conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Dalmora quer dividir despesas na UFPR com todas prefeituras do Litoral

A prefeitura de Matinhos não esclareceu oficialmente o rompimento unilateral do acordo com a UFPR, mas o blog particular do assessor de imprensa informa que o prefeito Eduardo Dalmora quer dividir as despesas do convênio com os demais municípios do Litoral. Em entrevista a rádio, o prefeito dá a entender que rompimento foi resposta a críticas e diz que está “cheio de ouvir falarem de índios e quilombolas”. De acordo com informações divulgadas pelo Facebook pelo diretor da UFPR Litoral, Valdo Cavallet, o prefeito teria retirado os funcionários que realizam serviços de manutenção e vigilância da universidade. Os serviços fazem parte do convênio assinado, em 2004, entre a UFPR, o governo estadual e a prefeitura. Segundo Cavallet, não houve nenhum explicação ou comunicado oficial sobre a decisão. A UFPR Litoral tem aproximadamente 2.000 alunos. Destes, a maioria são do Litoral, sendo aproximadamente 600 estudante de Matinhos. O Correio do Litoral entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura na quarta-feira (17) pela manhã mas não obteve resposta. O site oficial do município também não divulgou nenhum esclarecimento. O outro lado Nesta quinta-feira (18), o assessor de imprensa Douglas Gabriel da Silva publicou em seu blog pessoal “Douglas Gerasom – A Voz de Matinhos” a informação de que não se tratava de um rompimento, mas sim de “um pedido de alterações no instrumento ora vigente, em especial no que tange ao rateio dos custos de pagamento do consumo de água, luz, telefone, manutenção, vigilância e conservação do imóvel que serve de sede ao campus da UFPR Litoral”. Segundo o blog, “ é intenção da ‘futura administração’ propor aos demais municípios participes o rateio em cotas iguais das despesas acima informadas, dividindo entre si, de forma justa e equânime, um ônus financeiro que vem sendo suportado exclusivamente pelo município de Matinhos”. O assessor justifica: “Como o próprio nome já diz UFPR Litoral, nada mais justo que os outros seis municípios do Litoral que também se beneficiam Paranaguá, Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Pontal do Paraná, ajudem arcar com os custos”. O blog ainda informa que a intenção foi comunicada ao reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, no dia 11 de outubro. Leia o documento. “Cheio de conversas sobre índios e quilombolas” Em entrevista à Rádio Ativa FM, no dia 9 de outubro, Dalmora reclamou de críticas que estaria recebendo, dando a entender que viriam de pessoas da UFPR. “Eu fico escutando as bobagens de que o nosso município não faz nada, não paga nada. Então, daqui pra frente, nós vamos tirar, não vamos pagar”. Na entrevista, Dalmora diz que as despesas do município com a universidade variam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. Dalmora reclama da atuação da UFPR na Clínica de Fisioterapia e na gestão do Centro Cultural. O prefeito também critica a atenção que que a UFPR Litoral dá às comunidade tradicionais da região. “Esse negócio de falar de índio, de quilombola, eu estou cheio de ouvir estas conversas, isto é coisa do passado”, declarou. Ouça o áudio da entrevista na íntegra abaixo ou neste link: https://docs.google.com/file/d/0B61toNRheZ0pYnFxOXk2OVc2djQ/edit?pli=1

Dalmora rompe acordo e retira funcionários da UFPR Litoral

O prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora (PDT) rompeu unilateralmente o convênio com a Universidade Federal do Paraná e retirou os funcionários que o município cedia ao Setor Litoral da instituição. O motivo, segundo comentários de professores e alunos no Facebook: “retaliação politiqueira” por causa de críticas à sua administração. Segundo o diretor da UFPR Litoral, Valdo José Cavallet, “o que o prefeito fez foi um rompimento unilateral que fere todos os acordos assinados entre as partes”, como afirma pelo Facebook. “Não recebemos ainda nenhum comunicado oficial da Prefeitura Municipal de Matinhos. Por enquanto só as ações: retirada do serviço de limpeza e dos vigilantes”, informa Cavallet. A UFPR Litoral foi criada em 2004 em parceria entre o governo federal, o governo estadual e a prefeitura de Matinhos. Como informa o site da universidade, a parceria acontece nos seguintes termos: O governo federal provem vagas de servidores professores para a graduação, o ensino profissionalizante e para a contratação dos técnicos administrativos. É ele que libera e compromete recursos para a expansão da nova unidade, incorporando na planilha orçamentária também as novas vagas criadas para estudantes. O governo estadual participa com a reforma das áreas desapropriadas e com a ampliação da área física incorporada. Também contribui com recursos para estruturação dos laboratórios, da biblioteca e das estruturas de apoio. O governo municipal de Matinhos contribui com a segurança e limpeza dos espaços da universidade. Segundo Cavallet, “pelo acordo assinado e publicado em Diário Oficial, as partes teriam que comunicar oficialmente as saídas da cooperação com seis meses de antecedência. Isso é fundamental para que haja tempo para o serviço público providenciar outras alternativas e cumprir a legislação que rege a matéria. Lamentável a atitude unilateral e extemporânea do Dirigente Municipal. Claro que teremos dificuldades imediatas com a postura do dirigente local, mas haveremos de superar isso também. Na cooperação com os outros seis municípios do Litoral, com a cooperação do Governo do Estado e do Governo Federal, todos signatários da parceria, continuaremos avançando”. De acordo com informações divulgadas pelo Facebook, Dalmora estaria descontente com  “a formação crítica e a emancipação intelectual e política dos estudantes” e com as consequentes críticas à sua administração. “Acima de possíveis desencontros pessoais existe uma população e programas em execução. Governar sem levar em conta o bem público está acima de qualquer atribuição do cargo”, afirma Cavallet. Ainda de acordo com o diretor, “a UFPR Litoral tem atualmente mais de 2 mil estudantes, entre graduação e pós graduação, presenciais e a distância. A imensa maioria são do Litoral e dessa maioria o maior contingente é de Matinhos”. Também pelo Facebook, a secretária de Educação de Matinhos, Alda Mara Correa, disse que a situação era “delicada”, mas não quis dar explicações: “Sei que é uma situação bem complicada e delicada, mas nesse momento não é hora de me pronunciar. Acredito que tudo se encaminhará de forma positiva”, declarou. O Correio do Litoral solicitou, no início da manhã desta quarta-feira (17), à Assessoria de Comunicação da prefeitura, uma explicação de Eduardo Dalmora.

A prefeita reeleita de Guaratuba, Evani Justus (PSD), cancelou a tradicional carreata da vitória, que acontecia no sábado seguinte à eleição, e deu um recado claro para acabar com as especulações sobre mudanças na administração. “A vitória já está comemorada. Agora nós temos que continuar trabalhando”, disse na quarta-feira (10), em entrevista coletiva à imprensa em seu gabinete. Na terça-feira (9), Evani concedeu entrevistas às rádios Litorânea AM e Alternativa FM. Ela dedicou sua vitória ao filho Rafael e à nora Michele, que morreram vítimas de câncer nos meses entre o período pré-eleitoral e a campanha. Rafael, morto no dia 31 de julho, deixou uma carta à mãe pedindo para ela continuar trabalhando como prefeita e também para buscar a reeleição. Nas três entrevistas, Evani procurou ressaltar que, mesmo durante a campanha e diante do sofrimento pessoal, sempre esteve focada na administração do município. “Quero mostrar para a população guaratubana que valeu a pena uma reeleição: a continuidade do trabalho, dos apoios do governo estadual e do governo federal. Até àqueles que não me honraram com voto, não tem problema, continuarei trabalhando por todos, sem exceção”, disse. bandeira1Evani elogiou a campanha republicana de oposição feita pelo PPS e seus aliados (PDT, PV e PPL). Respondendo aos repórteres, Evani comentou os ataques que recebeu do candidato José Ananias e de alguns de seus aliados. O nome do candidato não foi citado nas perguntas nem nas respostas, mas não restou dúvida de quem estavam falando. “Aos que fizeram maldades peço que parem e veja que não vale a pena. Tentem ser pessoas melhores para si mesmos. Todos um dia vão ter de partir e no dia do acerto final com Deus vai pesar o que a gente fez nesta vida terrena”, respondeu. A respeito das calúnias, Evani disse que irá denunciar seus autores na Justiça. “Vão ter de provar tudo o que disseram. Quem não tem dignidade pode soltar palavras ao vento. Eu tenho um nome a zelar, por mim e por minha família”, avisou. “Fiquem calmos” Sobre mudanças na administração, a prefeita deixou claro que elas devem acontecer somente para a próxima gestão. “Fiquem calmos. Não adianta o pessoal sair nomeando. Eu tenho compromissos com meu grupo político e com os partidos que me apoiam. Também tem muita gente que foi parceira nesta campanha. Lá pelo final de novembro, nós vamos sentar e decidir como foi na campanha e como foram feitos os nossos projetos: em grupo. É assim que nós vamos planejar a nossa futura gestão”. Nas entrevistas, Evani fez questão de destacar o papel do Partido dos Trabalhadores e de seu vice, o petista Vandir Esmaniotto. “O Vandir trabalhou incansavelmente e vai trabalhar junto comigo por Guaratuba”. Na quarta-feira de manhã, Esmaniotto também deu entrevistas às duas rádios locais. Ele agradeceu a confiança da prefeita, do PT e do deputado estadual Nelson Justus (DEM), principal articulador da aliança vitoriosa. Vandir fez questão de dizer que está a disposição da prefeita para a missão que ela determinar mas que almeja cargos.

Todos os prefeitos eleitos no Litoral do Paraná

Veja a lista completa de votos dos candidatos a prefeito eleitos e derrotados nos sete municípios do Litoral do Paraná. O ex-prefeito Mário Roque (PMDB) foi eleito prefeito de Paranaguá com 43,29% dos votos. Ele teve 35.555 votos válidos.O segundo colocado foi André Pioli (PT), com 19.996 votos (24,35%).  Alceuzinho Maron (PSDB) obteve 16.572 votos (20,18%). A candidata do prefeito José Baka Filho (PDT), Professora Elvira (PDT) ficou em quarto lugar com 3.864 (4,71%). Pastor Reinaldo (PTC) teve 3.367 votos (4,1% ) e Vera Teles (PRTB) com 2.770 votos (3,37%). Em Matinhos, Eduardo Dalmora (PDT) conseguiu ser o primeiro prefeito reeleito de Matinhos. Ele conquistou 12.939 votos (65,74%). Cida Santos (PSDB) teve 6.387 votos (32,45%) e Elton Pereira (PTdoB) teve apenas 356 votos (1,81%). Em Guaratuba, a prefeita Evani Justus (PSDB) também conquistou a primeira reeleição do município. Ela obteve 9.526 votos (46,46%). Em segundo lugar ficou José Ananias (PMDB), com 7.983 votos (38,93%). Em terceiro ficou Betinho Jamur (PPS), com 1.731 votos (8,44%). Em Pontal do Paraná, o vencedor foi Edgar Rossi (PHS), com 7.304 votos (55,8%). Marcos Casquinha (PMDB) teve 5.622 (42,95%). Sandro Pereira teve apenas 163 votos (1,25%). Em Antonina, João Domero (PSC) elegeu-se com 5.133 (41,12%). Em seguida ficaram Zé Paulo (PMDB) 3.351 votos (26,84%), Monica Peluso (PSDB) com 2.767 votos (22,17%) e Jeferson Fonseca (DEM) com 1.232 votos (9,87%). O ex-prefeito Helder Fonseca (PSDB) venceu em Morretes com 4.962 votos (43%). Em segundo ficou o atual vice-prefeito Osmair Costa “Marajá” (PSC) com 3.236 votos (28,04%). O atual prefeito, Amilton de Paula (PT) ficou em terceiro lugar, com 3.231 votos (28%). Em último ficou Pazinatto Filho (PV), com apenas 110 votos (0,95%). Em Guaraqueçaba, Lilian Ramos (PSDB) obteve 3.469 votos (59,41%) e venceu o aual prefeito Haroldo Barriga (DEM), que teve 2.370 votos (40,59%).

Evani Justus conquista primeira reeleição da história de Guaratuba

A prefeita de Guaratuba, Evani Justus (PSDB), venceu a eleição com 46,5% dos votos. A primeira mulher a governar o município superou o tabu de os eleitores nunca reelegerem um prefeito na cidade. O empresário Vandir Esmaniotto (PT) foi eleito vice-prefeito.Em segundo lugar ficou José Ananias (PMDB), 38,9% dos votos. Betinho Jamur (PPS) obteve 8,4%. Houve 3,6% de votos nulos e 2,53 de votos em branco.Compareceram 20.502 eleitores (80,5%) de um total de 25.483 inscritos. Evani conseguiu superar três ex-prefeitos que estavam aliados: Ananias (dois mandatos), Miguel Jamur (cinco mandatos) e Everson Kravetz (um mandato). “Acabou o tempo dos coronéis e da política da intimidação”, disse Evani após a vitória. Além da popularidade inegável de Ananias, a prefeita enfrentou uma campanha de agressões e ameaças de retaliação promovidas por Ananias. O próprio candidato chegou a perseguir uma carreata de Evani para dirigir ofensas a ela. Funcionários públicos e pessoas que trabalharam na campanha de Evani eram constantemente ameaçados de perseguição. De positivo, a campanha de Ananias contava com aliados aguerridos. Alguns candidatos a vereador das coligações de Evani acabaram mudando de lado. A vantagem de votos de Evani acabou sendo bem menor do que apontavam as pesquisas realizadas pela imprensa de Curitiba. Sondagem da Rádio Banda B feita uma semana antes da eleição, indicava que Evani teria 48,2% dos votos, Ananias 26,8% e Betinho 8%. A pesquisa mostrou que havia 14,4% de indecisos e que 2,6% não votaria em nenhum dos candidatos. 77% de renovação na Câmara  Na Câmara houve uma grande renovação. Dos 13 eleitos, apenas três são vereadores atualmente: Laudi Carlos de Santi Tato (PT), Sergio Alves Braga (PSB) e José Carlos Gonçalves “Joia” (PSD). Os escândalos de diárias e um aumento de salário ilegal que os vereadores concederam a si mesmo, desencadearam o movimento de “100% de Renovação na Câmara”. Houve 77%. O atual presidente, Paulo Eder de Araujo (PSC) também sofreu desgaste ao agredir um jornalista do Correio do Litoral.com durante cobertura sobre o aumento dos salários. Ele acabou sendo o único a não concorrer à reeleição. A prefeita conseguiu conquistar uma maioria folgada na futura Câmara. As quatro coligações que a apoiaram elegeram 10 dos 13 novos vereadores. Um dos eleitos da situação, Joia, apoiou Ananias e responde a processo por infidelidade. A primeira suplente é Ana Maria Correia (PTdoB), que responde ao mesmo processo. Se os dois forem expulsos de seus partidos, assume Ilson Rhoden Fleck (PR). O mais votado foi o ex-vereador Mordecai Magalhães de Oliveira (DEM), com 741 votos – 3,77% dos votos válidos. Ananias pode ficar inelegível até 2018 Além da derrota nas urnas, Ananias ainda aguarda julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de um recurso contra sua inelegibilidade. O ex-prefeito teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral de Guaratuba, recorreu e perdeu no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), recorreu ao TSE e ainda não foi julgado. Na divulgação oficial do TSE, os votos dados a Ananias aparecem como nulos. Ananias foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa (Lei das Inelegibilidades). Ele teve as contas de quando era prefeito em 2003 reprovadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara de Vereadores. A Justiça Eleitoral considerou que as irregularidades foram insanáveis e que houve dolo (intenção de cometer). Se o TSE mantiver a decisão, ele ficará inelegível por oito anos a partir da reprovação das contas, que foi em 2010.