Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Litoral recebe Jogos de Inverno e Jogos Indígenas em julho

Neste mês de julho, o Litoral inteiro recebe os Jogos de Aventura e Natureza – Festival de Inverno. As provas acontecem em Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná. O circuito de eventos é organizado pela Secretaria de Estado do Esporte e conta com o apoio das federações esportivas de cada modalidade e das prefeituras. Para a região litorânea, os jogos representam também um incentivo econômico, através do turismo. Serão dezenas de modalidades, como basquete 3x3, beach soccer, caiaque polo, canoagem slalom, corrida de aventura, futebol americano, surfe, pesca esportiva, vôlei de praia, skate e punhobol. A programação traz várias novidades como o teqball, o popular futmesa; o X1, um jogo de futebol com apenas um jogador de linha e um goleiro em cada time; natação em águas abertas; polo aquático; trail run; e esportes à motor. 2ª etapa dos Jogos Indígenas Como parte dos JAN, Paranaguá vai receber a 2ª etapa dos Jogos Indígenas do Paraná. O evento acontece no Aeroparque, nos dias 7, 8 e 9 de julho. Aproximadamente 400 indígenas participarão de uma das 10 modalidades. Os jogos incluem corridas de tora, arremesso de pedra, arremesso de lança, zarabatana, arco e flecha, luta corporal e cabo de guerra. Também tem futebol. A 1ª edição foi em Londrina e depois de Paranaguá haverá mais 3 etapas. Festival das Famílias Paranaguá também recebe o Festival das Famílias. O objetivo destes jogos é atender crianças, jovens, adultos, idosos e o paradesporto. Será nos dias 8 e 9 de julho. Serão ofertadas oficinas como Rugby, Flag Football, Skate, Teqball, Patinação, Beach Tennis, entre outras. Gincanas como “qual seu talento”, “desafio TikTok”, “pet mais lindo”, torneios relâmpagos, jogos de mesa (batalha naval, cara a cara, jogo da velha, pega vareta e uno) e competição indígena, além de atividades de palco como zumba, axé, sertanejo, kangoo jump, Treino Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) e shows de bandas locais também marcam presença.

1ª TRANSpirar: Corrida pela Diversidade é neste sábado

Com apoio das prefeituras e empresários de Matinhos e de Pontal do Paraná, evento da UFPR Litoral defende a saúde e combate o preconceito. Acontece neste sábado, dia 1º de julho, em Matinhos, um dos eventos esportivos mais esperados do Litoral: a "1ª TRANSpirar: Corrida pela Diversidade". O nome Trans é de transexual. A ideia é combater o preconceito, a transfobia e a LGBTfobia. A corrida será na praia e está sendo organizada por estudantes do curso de Educação Física, com apoio de estudantes de outros cursos, das prefeituras de Matinhos e de Pontal do Paraná, das AMPECs (Associações das Micro e Pequenas Empresas) das duas cidades e da Bratti Run Brasil, organizadora de corridas. A prova tem corrida de 5 km ou uma caminhada de 2,5 km, percorrendo a orla da Praia Brava de Caiobá, com largada e chegada na UFPR Litoral, na Rua Jaguariaíva, 512, em Caiobá. O I TRANSpirar tem por objetivo mobilizar as pessoas quanto à importância da corrida de rua para a saúde e o bem-estar, bem como estimular o respeito à diversidade de gênero e combater o preconceito. O público-alvo é toda a comunidade do Litoral e de outras regiões. As inscrições devem ser feitas no neste formulário: https://docs.google.com/…/1FAIpQLScQiTKjsnIjlE…/viewform

Fechamento de ruas em Guaratuba para instalação da estrutura da Festa do Divino

Nesta terça e quarta (27 e 28) a avenida 29 de Abril no trecho entre a avenida Vieira dos Santos e a travessa Maria Bastos, no Centro de Guaratuba, está temporariamente fechada para o início da montagem das estruturas da Festa do Divino 2023. Durante o período de instalação, a travessa Maria Bastos, na Praça Central, terá seu sentido invertido. A Secretaria Municipal da Segurança Pública e Trânsito prestará orientação ao trânsito no local. As informações são da Prefeitura Municipal.

Gripe aviária: Paraná suspende transporte de aves do Litoral, que tem 3º caso suspeito

Prefeituras divulgaram alertas para evitar contato com aves mortas ou debilitadas e sobre sintomas A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) suspendeu por 90 dias a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral, impedindo que cheguem a outras regiões do Estado. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (26), após uma reunião de órgãos públicos com produtores rurais, sociedade e entidades representativas para tratar das ações para conter o avanço da gripe aviária no estado.  O Estado tem dois casos confirmados e um suspeito, todos no Litoral e em aves silvestres da espécie trinta-reis-real (Thalesseus maximus). O primeiro, em Antonina, foi confirmado na noite de sexta-feira (23). Outra amostra, colhida no dia 22 em Pontal do Paraná, também foi confirmada. Um caso suspeito é da Ilha do Mel, em Paranaguá. A amostra foi enviada ontem para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo,onde foram confirmados os outros dois casos. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o governo estadual está atento à produção e ao status sanitário do Paraná. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as pessoas que tiveram contato com as aves infectadas, assim como pessoas próximas, estão sendo monitoradas. O superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas, informou que o órgão está disponibilizando R$ 200 milhões para que os estados possam intensificar as ações de vigilância. Segundo a Adaptar, todas as medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento. A infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Segundo o órgão, assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo Recomendações Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br, por meio da plataforma e-Sisbravet. Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas. DOENÇA – A Influenza Aviária (H5N5) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente. A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.

Brasil estoca no solo 70 anos de emissões de CO2 – Mata Atlântica tem maior estoque médio

Estudo coloca em evidência alguns biomas que muitas vezes são preteridos no discurso ambiental, como a Mata Atlântica que têm aí os maiores estoques de carbono por unidade de área. Foto: Correio do Litoral Mapeamento do MapBiomas indica que o Brasil estoca no solo o equivalente a 70 anos de emissões de dióxido de carbono ( CO2) do país. A entidade avalia que esta informação reforça a necessidade de preservação da cobertura de vegetação nativa dos biomas brasileiros. O  CO2 é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.  Do total de 37,5 bilhões de toneladas (gigatoneladas - Gt) de carbono orgânico do solo (COS) existentes no Brasil em 2021, quase dois terços (63%) estão estocados em solos sob cobertura nativa estável (23,4 Gt COS). Apenas 3,7 Gt COS estão estocados em solos de áreas que foram convertidas para uso antrópico – ocupação pelo homem – desde 1985. Mata Atlântica e Pampa apresentam os maiores estoques médios de carbono orgânico do solo por hectare, na comparação com os demais biomas, média de 50 tonelada por hectare (t/ha) e 49 t/ha, respectivamente, enquanto na Amazônia este valor é de 48 t/ha. Os menores estoques são encontrados na Caatinga (média de 31 t/ha). Já em termos absolutos, Amazônia lidera, com 19,8 Gt COS. Entre 1985 e 2021 a quantidade de carbono estocado no solo coberto por floresta no Brasil reduziu de 26,8 Gt para 23,6 Gt, o que representa uma perda de 3,2 Gt, quantidade maior que todo o estoque da Caatinga em 2021 (2,6 Gt) e equivale a quase seis anos de emissões de gases de efeito estufa do Brasil. Preservação De acordo com informações do MapBiomas, o solo é um dos quatro grandes reservatórios de carbono do planeta, junto da atmosfera, dos oceanos e das plantas, que absorvem carbono no processo de crescimento. O solo que estoca esse carbono orgânico, quando em estado de degradação, pode liberar o elemento para a atmosfera na forma de gás carbônico e metano, agravando as mudanças do clima. Segundo a professora Taciara Zborowski Horst, uma das coordenadoras do mapeamento, esse levantamento é inovador em muitos aspectos e mostrou que é possível fazer mapeamento em larga escala, para o Brasil inteiro, olhando para as mudanças que acontecem no solo. Ela acrescenta que isso só é possível graças aos dados e cobertura do Mapbiomas. “A gente conseguiu mostrar nesses mapas como as mudanças e o uso, como as decisões que são tomadas em relação ao planejamento territorial, afetam esse recurso solo. E também a gente coloca em evidência alguns biomas que muitas vezes são preteridos no discurso ambiental, como a Mata Atlântica que têm aí os maiores estoques de carbono por unidade de área. Existe um patrimônio abaixo do solo da Mata Atlântica que a gente precisa preservar”. Horst ressalta que, quando se discute qualquer tipo de política pública voltada para a preservação do bioma, é muito importante estar ciente de que a necessidade de preservação não é só acima do solo. “Abaixo do solo, a gente tem um estoque gigantesco de carbono que a gente tem que preservar e direcionar esforços para que a agricultura siga estocando carbono e evitar ao máximo a emissão disso para a atmosfera.” Ela alerta que o uso desse solo com elevado estoque de carbono pela agricultura e a conversão para pastagem colocam um risco de emissão desse carbono para a atmosfera. Segundo a pesquisadora, essa versão está sujeita a muitos aprimoramentos, mas é um avanço importante no mapeamento digital de solos e oferece subsídios valiosos para a conservação e uso sustentável do solo no Brasil. O objetivo é atualizar anualmente os dados do levantamento, que tem potencial para planejamento territorial, recuperação de áreas e aumento do estoque de carbono no solo. “A gente espera poder contribuir principalmente para planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas que vão estar ligadas a melhoria de solo e principalmente à mitigação das mudanças climáticas”, finalizou. Fonte: Agência Brasil / Camila Boehm