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Gripe aviária: Paraná suspende transporte de aves do Litoral, que tem 3º caso suspeito

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) suspendeu por 90 dias a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral, impedindo que cheguem a outras regiões do Estado. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (26), após uma reunião de órgãos públicos com produtores rurais, sociedade e entidades representativas para tratar das ações para conter o avanço da gripe aviária no estado. 

O Estado tem dois casos confirmados e um suspeito, todos no Litoral e em aves silvestres da espécie trinta-reis-real  (Thalesseus maximus). 

O primeiro, em Antonina, foi confirmado na noite de sexta-feira (23). Outra amostra, colhida no dia 22 em Pontal do Paraná, também foi confirmada. Um caso suspeito é da Ilha do Mel, em Paranaguá. A amostra foi enviada ontem para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo,onde foram confirmados os outros dois casos.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o governo estadual está atento à produção e ao status sanitário do Paraná.  Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as pessoas que tiveram contato com as aves infectadas, assim como pessoas próximas, estão sendo monitoradas. O superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas, informou que o órgão está disponibilizando R$ 200 milhões para que os estados possam intensificar as ações de vigilância. 

Segundo a Adaptar, todas as medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento. A infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Segundo o órgão, assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo

Recomendações

Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br, por meio da plataforma e-Sisbravet.

Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

DOENÇA – A Influenza Aviária (H5N5) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente.

A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.

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