Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Documentário mostra remoção forçada de comunidade avá-guarani na ditadura

A Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) recebeu, na última quinta-feira (27), o lançamento do documentário do documentário “Sarambi-pá remoção forçada. O caso de Simão Tupã Retã Vilialva”. A obra é uma produção do projeto de extensão “Memória do Sarambi – Unila”, Cimi Regional Sul e Comissão Guarani da Verdade, e conta a história de remoção forçada de indígenas avá-guarani durante a ditadura militar, tendo como foco a família Vilialva. A família morava no tekoha Ocoy/Jacutinga e foi convidada para uma festa do “Dia do Índio” na Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras. Servidores da Funai levaram a família até a festa, com a promessa de trazê-la de volta ao tekoha, o que nunca aconteceu. Um dos membros da família, Simão Tupã Retã Vilialva, de 16 anos, decide retornar ao tekoha percorrendo cerca de 300 quilômetros a pé. Quando chega na região, encontra a aldeia debaixo d’água, no recém criado Lago de Itaipu. “Este documentário tem o objetivo de dar visibilidade a mais esse crime de remoção forçada no período da ditadura militar, cometido contra os Avá-Guarani, e contribuir para que haja uma justa reparação”, aponta o texto de convite para o lançamento do filme. https://youtu.be/UgT8LIOdXAI Fonte: Correio do Paraná / Unila e Brasil de Fato

TCE exige que Appa corrija processo do Moegão

Appa tem mais mais uma licitação em desacordo com a Constituição Federal, lei federal, lei estadual e regulamento de licitações da própria entidade Foto: Rodrigo Felix Leal/Seil O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) determinou que, em até 30 dias, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) elabore plano de ação para implementar oito recomendações emitidas pela Corte a fim de corrigir fragilidades detectadas na contratação de empréstimo para a realização das obras do chamado "Moegão" no cais leste do Porto de Paranaguá. O prazo passará a contar a partir do trânsito em julgado da decisão, da qual cabe recurso. Esta decisão ocorreu após uma fiscalização do TCE nos editais das licitações nº 14/2021 (licitação pública) e 35/2021 (pregão presencial) publicados pela APPA. O Tribunal também fiscalizou os procedimentos para obtenção de um empréstimo, com o objetivo de “incentivar o aprimoramento da utilização dos recursos públicos destinados às obras” do Moegão. Esta fiscalização dedicou-se a: 1)) avaliar a conformidade dos atos e procedimentos relacionados aos editais das licitações para o cumprimento das exigências legais, formais e ao princípio da economicidade; 2) avaliar se os estudos técnicos preliminares contribuem para assegurar a viabilidade econômico-financeira das contratações; 3) verificar a existência de estudos que contribuam para assegurar a capacidade de solvência da APPA após o endividamento pretendido. Usurpação da competênciaO relatório da fiscalização foi revelador de conjunto de impropriedades, de interpretação equivocada de normas, deficiência de controle interno e usurpação de competência, razão pela qual o TCE entendeu necessário a adoção de providências, que para mitigação do descumprimento da legislação e o regramento processual, materializado na forma da ausência de aprovação de contratação de empréstimo financeiro pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), da ausência de inclusão da operação de crédito na Lei Orçamentária Anual e da ausência de apresentação de Matriz de Risco, nos termos da pretensão constante do protocolo nº 17.283.368-3, em desacordo com o art. 165, §5º da Constituição Federal de 1988; art. 42, X, da Lei Federal nº 13.303/2016; art. 1º da Lei Estadual nº 15.452/2007; e arts.146, XIV, parágrafo único, 166, V, e 253, XII e §1º, do Regulamento Interno de Licitações e Contratos da APPA (RILC/APPA). O TCE apontou a existência de três oportunidades de melhoria, em relação às quais foi feita a indicação de oito recomendações para não tornar a APPA potencialmente uma empresa inadimplente com seus compromissos e perder sua capacidade de investimentos. Entre as oito medidas a serem tomadas para evitar isso, chama atenção a necessidade de realizar o estudo técnico-analítico que demonstre o potencial de continuidade da Appa, mediante a evidenciação de sua real situação patrimonial, considerando os valores decorrentes da operação pretendida e todos os compromissos financeiros já assumidos pela entidade. Esta é uma condição indispensável para uma correta tomada de empréstimo financeiro de grande monta, como o deste caso do Moegão. IrregularidadesAs irregularidades foram além da falta do estudo. A omissão do processo de licitação foi além: sequer se preocupou na defesa da segurança económica da APPA, omitiu-se e institucionalizar controle, para que este seja implementado de forma contínua nos futuros projetos da estatal, assim como garantir as boas práticas gerenciais adotadas em favor da boa governança da APPA. O mercado vê agora em mais uma licitação com impropriedades indicadas pelo TCE, motivo de preocupação com a sanidade financeira da APPA, que nas últimas décadas sempre foi uma referência de bom pagador. Com mais essa licitação cheia de impropriedades, a APPA corre o risco de ver os planos de investimentos e os custos de manutenção sem recursos financeiros para a sua execução. Uma gestão não pode quebrar por décadas o caixa do segundo maior porto do Brasil. Por isso é indispensável que a APPA trabalhe no aprimoramento das técnicas de avaliação, a fim de poder assegurar com clareza se os projetos são viáveis ou não, e de garantir o bom andamento e saúde financeira da entidade.

Universitários do Litoral se unem em defesa da reforma agrária

A 10ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária reúne três instituições da região, no 1º Jura Unificado do Litoral do Paraná. Unespar, IFPR Paranaguá e UFPR Litoral recebem palestras, debates e um feira de produtos naturais.  A edição de 2023 acontece no final do Abril Vermelho realizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que sofreu um ataque generalizado da mídia, ruralistas e de políticos. As jornadas que acontecem por todo o Brasil soam como um apoio à luta do Movimento dos Sem Terra. O evento de abertura do Jura Litoral 2023 foi na terça-feira (25) na UFPR Litoral, em Matinhos, com um debate sobre a Atualidade da questão agrária no Brasil. Participaram os professores Lauro Duvoisin (Unespar), Roberto Martins (IFPR), Vaniely dos Anjos França, quilombola do Quilombo São Pedro, no Vale do Ribeira, município de Eldorado (SP), graduada em Educação do Campo pela UFPR. Continua neste sábado (29) com um dia de Vivência no Assentamento do MST Comunidade Agroflorestal José Lutzemberg, em Antonina, hoje (29). Na quarta-feira ( 3), o Jura Litoral prossegue no campus de Paranaguá da Unespar. Às 19h será realizada uma palestra sobre “A atualidade da questão agrária brasileira”, com Marcelo Varella, professor da UFPR Litoral e membro do Núcleo de Defesa dos Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais (Nupovos), que tem sede no IFPR Paranaguá. Na quarta-feira da semana que vem (10), também na Unespar e no mesmo horário, haverá uma palestra sobre “A questão agrária e a soberania alimentar”. Os palestrantes serão a professora Viviane Camejo, da UFPR Litoral, e Sara Wandenberg, militante do MST. A feirinha de produtos da reforma agrária acontece o dia todo neste último evento do 1º Jura Unificado do Litoral do Paraná. * De acordo com o Grupo Margem da Unespar Paranaguá, outros campus da universidade também estão fazendo o Jura unificado com outras instituições pela primeira vez: Campo Mourão, União da Vitória e Paranavaí.

TCP é finalista do concurso de responsabilidade socioambiental

Premiação aconteceu durante 16º Seminário Ecobrasil, realizado no Rio de Janeiro Participaram do evento, da esquerda para direita, a supervisora saúde da TCP, segurança e meio ambiente, Carolina Kalinowski de Souza, o coordenador saúde, segurança e meio ambiente da TCP, Felipe de Lima Formiga, e a analista de projetos institucionais da TCP, Maitê Carlim Moura. Nos dias 26 e 27 de abril, o Terminal de Contêineres Paranaguá (TCP) participou do 16º Seminário Nacional sobre Indústria Marítima e Meio Ambiente (Ecobrasil), promovido pela revista Portos e Navios, na cidade do Rio de Janeiro. Durante o prêmio de Responsabilidade Ambiental, a TCP recebeu menção honrosa como finalista pelo projeto Troca Solidária. Ao todo, foram inscritos 22 projetos de empresas dos segmentos de portos e terminais, estaleiros, empresas de navegação, fabricantes e mineradoras. O objetivo da Troca Solidária é conscientizar as comunidades insulares da região de Paranaguá a praticarem a separação de resíduos sólidos recicláveis, reduzindo a poluição do meio ambiente e garantindo uma nova fonte de renda para as famílias. “É por meio de projetos como este que auxiliamos a introduzir conceitos de educação ambiental, incentivamos a preservação da natureza e a sustentabilidade na região”, destaca o gerente institucional, Allan Chiang. O recolhimento do material é feito pelo mercado flutuante, embarcação que passa uma vez por mês nas comunidades. Cada material reciclado é pesado e convertido em dinheiro social para as famílias que participam do programa. Esta moeda é usada para a compra de alimentos, além de itens de higiene e limpeza disponíveis na embarcação, que comercializa produtos com preços até 40% abaixo do valor regular de mercado. O material reciclado vai para a Associação de Catadores e Recicladores Nova Esperança, localizada na Ilha de Valadares. Desde o início do projeto, mais de 332 toneladas foram recicladas e 338 famílias foram beneficiadas. O programa atua nas comunidades de Europinha, Eufrasina, Amparo, Piaçaguera, São Miguel, Ponta de Ubá e Ilha dos Valadares e já realizou mais de 5.000 atendimentos. “A TCP estimula o desenvolvimento social do litoral paranaense por meio de apoio a projetos locais. Desde 2012, já apoiamos 232 projetos socioambientais e, a cada ano, estamos evoluindo neste conceito”, conclui Chiang. Prêmio Responsabilidade Socioambiental O prêmio Portos e Navios de Responsabilidade Socioambiental foi criado para incentivar ações, que promovam a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social nas áreas de abrangência de indústrias e empresas com atividades marítimas. Esta é a terceira edição do prêmio, a primeira após a pandemia, e estão representadas as áreas de portos e terminais, empresas de navegação, estaleiros, fabricantes e mineradoras.

Visite Guaratuba o ano todo

Aos 252 anos completados neste dia 29 de abril, a cidade tem grandes desafios. Entre eles atrair visitantes fora da temporada e desenvolver um turismo e outras atividades sustentáveis que gerem renda para a população o ano todo são os grandes desafio do município. Opções de lazer é que não faltam.