Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Justiça Federal suspende corte de restinga em Matinhos

Ação questiona autorizações do Instituto Água e Terra por divergências entre o previsto no projeto e o executado, além da "falta de clareza sobre quantificação e classificação das espécies suprimidas", segundo MPF. Fotos: Arquivo Em ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), a 11ª Vara Federal de Curitiba concedeu liminar para suspender a supressão da vegetação de restinga na orla de Matinhos, autorizada pelo Instituto Água e Terra (IAT), do Governo Paraná. A decisão judicial vai de acordo com o ato administrativo do Ibama ( Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que já havia suspendido preventivamente o corte da vegetação. Na ação, o MPF destaca a importância da vegetação de restinga para se evitar erosões nas praias, que é justamente o que se busca com a execução da obra de engorda da areia. A restinga tem papel fundamental na estabilização dos sedimentos e na manutenção da drenagem natural, sendo a principal responsável pela fixação das dunas e dos manguezais. Além disso, o Bioma Mata Atlântica, do qual a restinga suprimida faz parte, é reconhecido como um dos hotspots de biodiversidade mais ameaçados do mundo. De acordo com o Código Florestal, a supressão da vegetação de restinga pode ser admitida somente em caráter excepcional, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social e em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. Mas, segundo o órgão ministerial, nenhum desses requisitos está presente no caso concreto. Para o MPF, há confusão e falta de clareza do IAT sobre a quantificação e classificação das espécies suprimidas. “Ora se fala em vegetação exótica, ora se fala em vegetação nativa, mas sem indicação de quais sejam umas ou outras. Portanto, a atuação ambivalente no licenciamento, ora os réus atuando como requerente, ora como órgão licenciador, violam, assim, os princípios da impessoalidade e moralidade, em situação de suspeição”, destaca a ação. “Apesar de os réus terem afirmado que implementariam um ‘Plano para Recuperação da Área de Restinga’, e foi com base nesse pressuposto que as autorizações foram expedidas, a restinga nativa foi extraída de forma agressiva, com uso de trator de esteira, de uma forma oposta ao que era previsto no citado Plano de Recuperação, que determinava um transplante manual”, detalha o MPF na ação. O órgão ministerial chegou a pedir esclarecimento ao IAT sobre a quantidade de espécies que haviam sido transferidas ao viveiro de mudas e, por conseguinte, sobrevivido, porém, essa informação não foi repassada ao MPF. Mérito – No mérito do processo, o MPF requer que o Poder Judiciário condene os réus a não mais autorizar supressões do tipo, propondo algumas balizas técnicas para que os danos não se repitam. Destaca-se ainda que o Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) – representado pelo Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema Litoral) e pela 2ª Promotoria de Justiça de Marinhos – ingressou no polo ativo na ação e o Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (Cedea) passou a configurar como amicus curiae.

Pontal do Paraná realiza pedalada familiar

Neste domingo (26), pela manhã, acontecerá em Pontal do Paraná a 1ª Pedalada Familiar Bratti Run, com um percurso de 12 km. A saída será às 8h em frente ao Colégio Paulo Freire, no balneário Praia de Leste, e seguirá até o calçadão do balneário Ipanema, voltando para a frente do colégio. É importante levar água para se hidratar, protetor solar, boné ou chapéu e conferir que os pneus da bicicleta estejam calibrados. As inscrições devem ser feitas pelo link - https://docs.google.com/.../1FAIpQLSc.../viewform

Artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba terão incentivo e marca coletiva

Artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba vão participar do programa Vocações Regionais Sustentáveis do Paraná (VRS) e poderão usar a marca coletiva Rota Caiçara. O programa é desenvolvido pela Invest Paraná – órgão de captação de negócios do Estado vinculado à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (SEICS) –, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável, para agregar valor aos produtos tradicionais do povo do Paraná e colocá-los de maneira competitiva no mercado. A parceria vai beneficiar artesãos cadastrados no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que poderão usar em suas produções o rótulo da Rota Caiçara, uma das linhas de trabalho do programa VRS-Mata Atlântica, que reúne os três muncípoos. A adesão ao projeto também oferece aos profissionais uma série de orientações para o maior aproveitamento do potencial de geração de renda e desenvolvimento com a comercialização do artesanato. Dessa maneira, os artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba farão parte da cadeia de turismo da região, podendo comercializar sua produção com uma marca conjunta. Para isso, serão estabelecidos padrões para que possam utilizar a marca e com ela divulgar seus produtos no mercado.  A Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda deve formalizar nos próximos dias um termo de adesão ao VRS. O esboço do plano de ações a ser executado foi elaborado pelo Conselho de Economia Solidária da SETR, tendo como principal objetivo o desenvolvimento sustentável nos três municípios. Além do artesanato, a SETR também pretende aplicar políticas para melhorar a qualificação dos produtores e empreendedores da região, também com cooperação da Invest Paraná.

Dois jovens são mortos em Paranaguá, que chega a 22 homicídios no ano

Reprodução: QAP Litoral Notícias Dois jovens foram mortos a tiros, na noite deste domingo (19), em Paranaguá. Eduardo Alves da Cunha, de 17 anos, morador na Vila Guarani, e Rian Rickelme Pereira Martins, de 16 anos, morador no Jardim Araça, entram nas estatísticas como 21º e 22º homicídios ocorridos na cidade somente em 2023. Os dois foram assassinados por volta das 20h40, em frente a uma residência na rua Artur Bernardes, na Vila Portuária. Segundo testemunhas, após os tiros, uma motocicleta preta, com duas pessoas, foi vista saindo do local em alta velocidade. Os policiais encontraram os jovens caídos e ao lado dos corpos havia duas armas falsas – simulacros, na linguagem policial. O Samu foi chamado e acabou constando a morte dos jovens. Também foram encontrados estojos de munição calibre 9mm espalhados pela rua, que foram recolhidos pela equipe da Criminalística. Testemunhas informaram que um homem levou uma bicicleta que estava com os rapazes.