Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Catadores de Pontal do Paraná ganham prêmio nacional

A Associação Municipal dos Coletores de Resíduos Sólidos de Pontal do Paraná (Amcorespp) participa desde 2021 de um projeto chamado “Reciclaixinha”, que foi iniciado com 15 catadores autônomos, sendo bonificados de acordo com o volume coletado de embalagens longa vida.

Evento em Caiobá mostra paradesporto em sua melhor fase no Paraná

Foto: Clóvis Santos Paratletas de diferentes idades e modalidades participaram neste sábado (11) de um projeto promovido pelo Governo do Paraná para realização de modalidades paralímpicas nas areias da praia de Caiobá, em Matinhos. O Projeto Vivência Paradesportiva Inclusiva foi realizado dentro da programação do Verão Maior Paraná. A programação incluiu partidas de futebol para cegos na areia, vôlei sentado, surfe, bodyboarding e beach tennis dentro da estrutura montada para o Verão Maior Paraná. As atividades iniciaram a partir das 9h e se estenderam até o fim da tarde. Atletas paralímpicos e outros aposentados participaram dos jogos ao lado de outros amadores, com inscrições abertas ao público diretamente no local. Duas cadeiras anfíbias também foram disponibilizadas para que as pessoas com dificuldade de locomoção pudessem viver a experiência de estar no mar de maneira segura. Segundo o secretário de Estado do Esporte e coordenador do Verão Maior Paraná, Hélio Wirbiski, a iniciativa faz parte da estratégia estadual de valorização do paradesporto, iniciada em 2019. “É uma vivência paradesportiva mirando o PARAJAPS (Jogos Abertos Paradesportivos), que são competições organizadas anualmente pelo Governo do Estado, reunindo milhares de paratletas”, afirmou. “Fizemos também um convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro para fazer um treinamento aos professores da rede estadual de ensino para que eles possam saber como receber crianças com deficiência e lidar com elas para que possam se tornar paratletas ou ao menos ter uma experiência melhor em relação à prática esportiva na escola”, completou Wirbiski. Cego desde os três anos de idade, Mário Sérgio Fontes, outro responsável pela iniciativa, sempre se envolveu com o esporte. Ele foi o primeiro profissional de educação física cego do Brasil e representou o País nos Jogos Paralímpicos de Nova York (1984) e Seul (1988). Também foi aos Jogos de Atenas (2004) como coordenador da seleção de futebol de 5, e em Pequim (2008) como dirigente. Na Paralimpíada do Rio (2016), atuou como representante brasileiro da Federação Internacional de Esportes para Cegos, além de ter carregado a tocha paralímpica. Atualmente, Fontes é coordenador estadual de paradesporto, vinculado à Secretaria do Esporte, e considera que o Paraná vive o melhor momento da sua história em relação ao tema. “Desde que iniciei a minha militância no paradesporto na década de 1980 hoje é o momento mais promissor porque nesse governo ele é tratado como prioridade”, disse. “Recentemente foi criada a diretoria de Paradesporto e estamos implantando a educação paralímpica nas escolas estaduais, para que os estudantes, mesmo aqueles que não são deficientes, possam conhecer as modalidades paradesportivas, mostrando que o esporte é feito para todos e as pessoas com deficiência não podem ficar de fora disso”, concluiu. Um dos alunos de Fontes quando ainda era criança é Tiago Paraná, que perdeu a visão aos cinco anos e atualmente é atleta de seleção brasileira de futebol de cegos e também participou do jogo de exibição ao lado de outros paratletas. Para ele, um evento como esse ajuda a tornar a modalidade mais conhecida do grande público . “Muita gente frequenta a praia nessa época de calor, o que ajuda o público a conhecer outras modalidades além do esporte convencional e perceber que o deficiente pode fazer, já que muitos de nós nos dedicamos exclusivamente a isso. Desde que eu perdi a visão, fiz natação paralímpica, atletismo e golbol até me encontrar no futebol que sempre foi o meu sonho”, contou. Ele está em fase de preparação para jogar o mundial da categoria na Inglaterra, em agosto, e os jogos Parapan-Americanos em novembro, no Chile, que dá vaga às paralimpíadas de Paris em 2024. Foto: Clóvis Santos NOVAS PROMESSAS – Silmara França é técnica paradesportiva da Associação Paralímpica de Paranaguá, que é parceira da iniciativa do Governo do Estado. Ela levou um grupo de 15 crianças e jovens da APAE ao evento, Segundo ela, o projeto de inclusão esportiva é um estímulo importante para os paratletas e as equipes envolvidas. “No geral, as pessoas que estão na praia nunca viram ações deste tipo, então é algo que nos motiva muito por dar mais visibilidade, além de ser um momento de diversão, promovendo a integração entre atletas profissionais, referências no esporte, e outros que estão apenas iniciando”, declarou. Um dos membros da associação do município do Litoral é André Luiz Matias. Com apenas 16 anos, ele já foi campeão brasileiro sub-17 e sub-20 nas provas de arremesso de peso e disco, além de praticar o lançamento de dardo em categorias para pessoas com paralisia cerebral. “Eu comecei graças a um amigo meu que indicou e até a professora me encontrar eu não sabia que eu podia ser um paratleta. O esporte tem me feito uma pessoa mais disciplinada e dedicada e eu acredito que ao verem como é estar junto com pessoas com deficiência os outros podem ver do que elas são capazes e que não existem limitações na vida delas”, opinou a jovem promessa paranaense. PARADESPORTO – Nos últimos anos, graças a investimentos públicos como distribuição de kits paradesportivos aos municípios, o Paraná se tornou uma potência nessas modalidades. Outra ação de sucesso é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta, e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo. Em breve, Curitiba também será sede do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passarão a ser desenvolvidas as modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas. Foto: Clóvis Santos Foto: Clóvis Santos Foto: Clóvis Santos

Reforma da Previdência é aprovada em 1º turno

O projeto deve voltar ao plenário depois de 10 dias para próxima discussão e votação Foto: Christian Rizzi - Câmara Foz As discussões que tratam do regime de previdência do funcionalismo público municipal prosseguem. Após intensas reuniões entre Executivo, Legislativo, Sindicato dos Professores (Sinprefi) e Sismufi, uma alteração na Lei Orgânica do Município recebeu parecer favorável da Comissão Mista, que foi lido na sessão extraordinária desta quinta-feira (9) e o projeto entrou em 1ª discussão. O projeto discutido altera regras apenas para futuros servidores que entrarem no serviço público após aprovação dessa lei. A matéria não se refere aos servidores que estão hoje no funcionalismo. O projeto foi aprovado por 14 votos favoráveis e um contrário: do vereador Galhardo (Republicanos). O Projeto de Emenda à LOM altera dispositivos do art. 76, da Lei Orgânica do Município, que trata do regime de previdência dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas do Município, adequando as regras para a concessão de aposentadoria aos servidores municipais, entre elas a aposentadoria compulsória para 75 anos, já alterada por meio da Emenda Constitucional nº 88/2015 – Lei Complementar Federal nº 152/2015 e Lei Complementar Municipal n355/2021, e as regras gerais de aposentadoria que serão aplicadas aos servidores que vierem a ingressar no serviço público após a publicação desta Emenda, em consonância com o Projeto de Lei Complementar que aprova e regulamenta a Reforma da Previdência no âmbito do RPPS – Regime Próprio de Previdência do Município. Durante a discussão em plenário, a vereadora Yasmin Hachem (MDB) se posicionou: “Esse é um projeto que não trata de ninguém que se encontra no serviço público hoje. Diz respeito tão somente a quem entrar no funcionalismo depois. Isso é pra deixar claro porque todo esforço que a Câmara tem feito na negociação, estamos nos empenhando em melhorar a regra de transição para quem está hoje”, explicou a vereadora ao se referir aos outros projetos que tratam da reforma da previdência e ainda estão em debate e diálogo com os sindicatos. O vereador Kalito (PSD) acrescentou: “temos de deixar muito claro que essa mudança que estamos votando hoje estamos falando de responsabilidade fiscal, saúde financeira do município e isso é uma forma de contemplar lá na frente, que possamos ter os recursos necessários, para cumprimos com as obrigações previdenciárias”. Segundo o projeto, os servidores vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS – do Município de Foz do Iguaçu que vierem a ingressar no serviço público municipal após a publicação desta Emenda à Lei Orgânica, poderão se aposentar: I - por Incapacidade Permanente para o Trabalho, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente de trabalho ou moléstia profissional, na forma da Lei; compulsoriamente, aos 75 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, na forma da Lei; voluntariamente, observadas as seguintes condições: a) 62 anos de idade, se mulher; e 65, se homem;b) 10 anos de efetivo exercício no serviço público;c) 5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria;d) 25 anos de tempo mínimo de contribuição.O requisito de idade será reduzido em 5 anos para o Professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério, na educação infantil e/ou no ensino fundamental. Fonte: Diretoria de Comunicação da Câmara

Oncinhas são soltas em recinto no Refúgio de Itaipu

Os dois filhotes de onça-pintada (Panthera onca) nascidos no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), de Itaipu Binacional, no dia 29 de novembro, deixaram o berçário e foram soltos, na manhã desta sexta-feira (3), pela primeira vez no recinto dedicado à conservação da espécie. O espaço, com 2 mil metros quadrados, faz parte do roteiro de visitação do Complexo Turístico Itaipu (CTI). Nena e os filhotes. Foto: Rubens Fraulini/Itaipu. As oncinhas são fêmeas, melânicas (coloração preta), e ficarão no recinto com a mãe, Nena, pelos próximos 30 dias. Depois, o espaço será ocupado alternadamente pelo pai, Valente. Ambas estão bem de saúde: a mais pesada está com 6,6 quilos (nasceu com 980 gramas); a menor, com 6,4 quilos (nasceu com 908 gramas). O médico veterinário Pedro Teles, da Itaipu, explicou que a liberação no recinto, 65 dias após o nascimento, reproduz o comportamento natural da espécie. “Na natureza, esses animais também começam a sair da toca com cerca de dois meses, para acompanhar a mãe nas caçadas, atravessando rio, e outras atividades”, indicou. A separação dos filhotes da mãe será com aproximadamente um ano e meio. Após esse período, os animais serão encaminhados para outros espaços de conservação ou projetos de reprodução. A ideia em discussão com órgãos ambientais, de acordo com Teles, é usar as oncinhas para uma etapa de transição entre a criação em cativeiro e a soltura na natureza. “Não elas, mas talvez os filhos delas e as gerações seguintes possam ser animais de vida livre.” “A onça-pintada é uma espécie bastante ameaçada, principalmente a população de Mata Atlântica, de onde veio o pai dessas oncinhas (Valente). Por isso, é importante reproduzir continuadamente, criar um estoque genético, para que no futuro possamos devolver essa espécie à natureza com segurança”, completou. Turismo A liberação dos filhotes no recinto das onças-pintadas pegou de surpresa a primeira família de turistas que passou pelo local, ainda na manhã desta sexta-feira. “A gente esperava ver a onça, mas não os filhotes. Para nós é um grande prazer. E é importante que as crianças saibam que existem instituições que mantêm e preservam esses animais”, comentou Maikel Vieira, eletricista de Nova Prata (RS), que visitava o Refúgio pela primeira vez. Ele estava acompanhado de toda a família: a filha Livia, de 6 anos, e o filho Murilo, de 14; a mulher Katiane e os sogros Divino e Lidia Muraro. “Achei legal . E não fiquei com medo!”, garantiu a pequena Livia. O monitor Fernando Nunes, do CTI, disse que o recinto das onças é o que mais chama a atenção dos turistas que visitam o Refúgio – ao lado do recinto das harpias, em manutenção – e que a notícia dos novos filhotes já começou a se espalhar. “A onça-pintada é realmente um animal espetacular, uma atração do passeio, e muitos visitantes perguntam se vão ver os filhotinhos. A gente explicava que estavam sob cuidados, que viriam em um momento oportuno. Agora chegou a hora.” A gerente de Negócios do CTI, Silvana Gomes, avalia que a presença dos filhotes vai impulsionar a visitação ao Refúgio Biológico, assim como as calhas do vertedouro (abertas desde o dia 14) tiveram impacto positivo na procura pela visita à usina hidrelétrica de Itaipu. Em janeiro, por exemplo, o passeio Itaipu Panorâmico teve aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. “Então são muitas as possibilidades de visita, para conhecer as novidades e saber um pouco mais sobre a usina e suas ações ambientais”, afirmou. Como visitar Para quem quer ver as oncinhas, as visitas ao Refúgio Biológico estão abertas de quarta a segunda-feira (só é fechado às terças, para manutenção dos espaços). O passeio dura aproximadamente 2h30, incluindo uma caminhada leve. Moradores de municípios lindeiros ao Lago Itaipu não pagam ingresso. Ao todo, o Complexo Turístico Itaipu oferece atualmente cinco opções de passeio: além do Refúgio, Itaipu Panorâmica (a mais procurada), Itaipu Especial (com parte do roteiro dentro da área industrial), a Itaipu Iluminada (sempre às sextas-feiras e sábados) e o Itaipu By Bike. Mais informações e reservas podem ser feitas no site do CTI: www.turismoitaipu.com.br.