Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Pontal do Paraná realiza pedalada familiar

Neste domingo (26), pela manhã, acontecerá em Pontal do Paraná a 1ª Pedalada Familiar Bratti Run, com um percurso de 12 km. A saída será às 8h em frente ao Colégio Paulo Freire, no balneário Praia de Leste, e seguirá até o calçadão do balneário Ipanema, voltando para a frente do colégio. É importante levar água para se hidratar, protetor solar, boné ou chapéu e conferir que os pneus da bicicleta estejam calibrados. As inscrições devem ser feitas pelo link - https://docs.google.com/.../1FAIpQLSc.../viewform

Artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba terão incentivo e marca coletiva

Artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba vão participar do programa Vocações Regionais Sustentáveis do Paraná (VRS) e poderão usar a marca coletiva Rota Caiçara. O programa é desenvolvido pela Invest Paraná – órgão de captação de negócios do Estado vinculado à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (SEICS) –, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável, para agregar valor aos produtos tradicionais do povo do Paraná e colocá-los de maneira competitiva no mercado. A parceria vai beneficiar artesãos cadastrados no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que poderão usar em suas produções o rótulo da Rota Caiçara, uma das linhas de trabalho do programa VRS-Mata Atlântica, que reúne os três muncípoos. A adesão ao projeto também oferece aos profissionais uma série de orientações para o maior aproveitamento do potencial de geração de renda e desenvolvimento com a comercialização do artesanato. Dessa maneira, os artesãos de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba farão parte da cadeia de turismo da região, podendo comercializar sua produção com uma marca conjunta. Para isso, serão estabelecidos padrões para que possam utilizar a marca e com ela divulgar seus produtos no mercado.  A Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda deve formalizar nos próximos dias um termo de adesão ao VRS. O esboço do plano de ações a ser executado foi elaborado pelo Conselho de Economia Solidária da SETR, tendo como principal objetivo o desenvolvimento sustentável nos três municípios. Além do artesanato, a SETR também pretende aplicar políticas para melhorar a qualificação dos produtores e empreendedores da região, também com cooperação da Invest Paraná.

Dois jovens são mortos em Paranaguá, que chega a 22 homicídios no ano

Reprodução: QAP Litoral Notícias Dois jovens foram mortos a tiros, na noite deste domingo (19), em Paranaguá. Eduardo Alves da Cunha, de 17 anos, morador na Vila Guarani, e Rian Rickelme Pereira Martins, de 16 anos, morador no Jardim Araça, entram nas estatísticas como 21º e 22º homicídios ocorridos na cidade somente em 2023. Os dois foram assassinados por volta das 20h40, em frente a uma residência na rua Artur Bernardes, na Vila Portuária. Segundo testemunhas, após os tiros, uma motocicleta preta, com duas pessoas, foi vista saindo do local em alta velocidade. Os policiais encontraram os jovens caídos e ao lado dos corpos havia duas armas falsas – simulacros, na linguagem policial. O Samu foi chamado e acabou constando a morte dos jovens. Também foram encontrados estojos de munição calibre 9mm espalhados pela rua, que foram recolhidos pela equipe da Criminalística. Testemunhas informaram que um homem levou uma bicicleta que estava com os rapazes.

PF apreende 53,5kg de cocaína em navio no Porto de Paranaguá

A Polícia Federal apreendeu, na noite deste domingo (19), uma carga de aproximadamente 53,5kg de cocaína escondidos na carga de um navio atracado no Porto de Paranaguá. A droga estava acondicionada em compartimentos de bateria de máquinas retroescavadeiras. Foi encontrada numa inspeção de rotina por cães farejadores da polícia e tinha como destino, em princípio, o Porto de Montevidéu, no Uruguai. Após ser recolhido, o material foi então arrecadado e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Paranaguá. Fonte e fotos: Comunicação Social da Polícia Federal em Paranaguá/PR

Pescadores vão testar equipamento que pode ajudar a salvar toninhas

Pesquisadores e pescadores de três estados se unem em um projeto inédito com alarmes acústicos em redes de pesca para redução de captura acidental de toninhas Renan Paitach: testes tiveram bons resultados, mas resta entender como o pinger irá funcionar em situações reais de pesca | Foto: Toninhas do Brasil A toninha (Pontoporia blainvillei) é o golfinho costeiro em maior risco no Brasil e está listada como “criticamente em perigo de extinção” na Lista de Espécies Ameaçadas do ICMBio. A principal ameaça à espécie é a captura acidental em redes de pesca (bycatch), ou seja, a captura não intencional. Para reduzir a pesca acidental, o Projeto Toninhas do Brasil – de forma inédita, conforme destacam – vai testar em diferentes realidades de pesca artesanal, os alarmes acústicos em redes. Reunindo pesquisadores e instituições de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, os esforços de pesquisa e conservação do projeto se voltam para a realização de um projeto piloto com pingers.  Pinger é o nome de um pequeno aparelho movido a bateria que, quando acoplado às redes de pesca emite um sinal ultrassônico que alerta os golfinhos da ameaça das redes, evitando assim o bycatch. De acordo com o Projeto Toninhas, estes dispositivos já foram testados pelo em experimentos controlados e, de acordo com o coordenador de pesquisa Renan Paitach, apresentaram resultados satisfatórios, com grande potencial para auxiliar na conservação da toninha. “Quando o pinger está ligado, as toninhas se mantêm a uma distância de no mínimo 100m, e quando ele é desligado elas retornam à área poucos minutos depois. Agora nos resta entender como o pinger irá funcionar em situações reais de pesca, considerando aspectos operacionais e socioeconômicos”. Nesta fase, o desafio é o acompanhamento do experimento em diferentes realidades pesqueiras artesanais ao longo da costa. De forma contínua, pescadores de cinco comunidades irão utilizar pingers em suas redes, que serão monitoradas nos próximos dois anos. Os pescadores que participarão dos testes com os alarmes acústicos são de Laguna/SC (Farol de Santa Marta), Matinhos/PR (Praia dos Pescadores), Mongaguá/SP (Vila São Paulo) e Ubatuba/SP (Lázaro; Picinguaba). Para a bióloga Marta Cremer, coordenadora geral do Toninhas do Brasil, o experimento configura um grande avanço em prol da conservação da espécie. “Desde seu surgimento, Toninhas do Brasil tem direcionado esforços na busca de alternativas para conservação, sempre levando em consideração as necessidades das comunidades locais. Quando a captura é acidental, ou seja, não desejada, pensar em alternativas que reduzam essas interações são benéficas para todos, dos animais aos pescadores”. Entretanto, a pesquisadora pondera que medidas efetivas para a conservação da toninha não são simples e devem conciliar diferentes estratégias, como o uso de tecnologias para a redução das capturas acidentais, o ordenamento pesqueiro e outras iniciativas de políticas públicas. Tendo isto em vista, o escopo de ação do Projeto conta ainda com um diagnóstico da cadeia produtiva do pescado, arenas de diálogo com pescadores e outros atores sociais, curso de formação para professores da primeira infância e um plano de comunicação estratégica. Se somadas todas as atividades, ao longo dos três estados, o Projeto que conta com a parceria da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, deve atender ao menos 14 comunidades e contribuir efetivamente com a construção de uma proposta participativa de mitigação das capturas incidentais de toninhas para uma pesca mais sustentável. Toninha, o golfinho invisível Foto: Projeto Toninhas A toninha, cientificamente conhecida como Pontoporia blainvillei, é um pequeno golfinho endêmico do Oceano Atlântico Sul Ocidental, ocorrendo somente nas águas do Brasil, Uruguai e Argentina. De hábitos costeiros, as toninhas são encontradas em profundidades de até 50 metros, formando pequenos grupos familiares. Esta característica faz com que a espécie seja vulnerável à intensa pressão exercida pelas atividades humanas, sobretudo a pesca, que é mais intensa próximo à costa, sendo a captura acidental em redes de emalhe o principal risco à conservação da espécie. A toninha encontra-se na categoria “vulnerável”, segundo a Lista Internacional de Espécies Ameaçadas (IUCN, 2017). No entanto, no Brasil a espécie passou de “vulnerável” para “criticamente em perigo” de extinção em apenas dez anos. Entre agosto/2015 e outubro/2020 foram registradas 2.696 toninhas mortas nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A população total de toninhas estimada para essa porção do litoral é de menos de 7.000 indivíduos. O alto risco de seu desaparecimento somado ao comportamento da espécie, mais discreto, que não costuma saltar, tem feito muitos pesquisadores e simpatizantes chamarem a toninha de “golfinho invisível”. Tal alcunha, além de referir-se às características da espécie, lança luz à discussão do quão pouco conhecida é a toninha e o risco do seu desaparecimento antes mesmo que este quadro mude.

Após sete anos, usina de Itaipu abre duas calhas do vertedouro

Segunda calha foi aberta e será fechada neste domingo (19). Vertimento prosseguirá na calha esquerda. Última abertura simultânea para o escoamento do excedente de água havia sido em março de 2016. Fotos: Rafa Kondlatsch | Itaipu Binacional Depois de quase sete anos, a usina hidrelétrica de Itaipu, na região de Foz do Iguaçu, voltou neste domingo (19) a abrir duas calhas do vertedouro, ao mesmo tempo. A última abertura simultânea para o escoamento do excedente de água que chega ao reservatório havia sido em março de 2016. O vertimento pela calha central começou durante a madrugada, mas deve durar pouco. A previsão é que ela seja fechada ainda nesta tarde. Aberta desde 14 de janeiro, a calha esquerda seguirá vertendo pelos próximos dias. A operação deste domingo foi necessária em virtude do alto volume de chuvas registrado nas bacias incrementais de Itaipu, responsável pelo aumento da afluência ao reservatório, e pela redução da carga de energia durante o feriado de carnaval. Pela calha esquerda podem verter até 10 milhões e 600 mil litros de água por segundo (10.600 m3/s). No sábado (18), o vertimento chegou a 10.500 m3/s. Com a necessidade de aumentar esse volume, foi preciso abrir a segunda calha, por motivos técnicos. Não há perspectiva de abertura das três calhas. Juntas, as calhas central e esquerda chegaram a escoar 12 milhões de litros de água por segundo (12.000 m3/s) por volta do meio-dia deste domingo. Foram 9.500 m3/s na calha esquerda e mais 2.500 m3/s, pela central. O volume equivale a oito vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. Na quarta-feira (15), a binacional acionou a Comissão Especial de Cheias, para acompanhar a situação hidrológica do Rio Paraná e preparar assistência às comunidades ribeirinhas, especialmente no Paraguai. Todos os dias é emitido um boletim sobre a condição do rio. O documento está disponível no site da Itaipu, pelo endereço: https://www.itaipu.gov.br/sites/default/files/HIDROLOGIAPY/BH.pdf Às 7 horas deste domingo, o Rio Paraná estava na cota 109,60 metros acima do nível do mar, segundo a estação hidrométrica de Itaipu na região da Ponte da Amizade. Para mitigar danos, a Assessoria de Responsabilidade Social da margem direita (paraguaia) está prestando toda assistência aos atingidos, desocupando casas no bairro de San Rafael, em Ciudad del Leste, e transferindo famílias e seus mobiliários para abrigos. Turismo Os visitantes que passarem pelos atrativos de Itaipu neste feriado prolongado do carnaval poderão conferir o vertedouro aberto. O Complexo Turístico Itaipu (CTI) espera receber 10 mil pessoas, entre os dias 18 e 22 de fevereiro. No sábado (18), primeiro dia do feriadão, já passaram pelo CTI 2.468 turistas. A maioria de nacionalidade brasileira (2.249), mas também um grupo de 93 israelenses, e muitos outros estrangeiros. O movimento foi mais intenso à tarde. A Visita Panorâmica, que permite um giro pela usina e parada no Mirante do Vertedouro, recebeu 1.652 pessoas, com saídas a cada 15 minutos.