Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Guaratuba tem aula de defesa pessoal feminina

A Secretaria do Esporte e do Lazer de Guaratuba oferece aulas de defesa pessoal feminina. As aulas começam na próxima terça-feira (22) no Ginásio de Esportes Governador José Richa, localizado na rua José Nicolau Abagge. O horário será das 8h30 às 9h30, às terças e quintas. Para informações e inscrição:Telefone: (41)3472-8650Email: [email protected]

Prefeitura de Garuva mantém recomendação contra uso do rio São João

Foto: Prefeitura de Garuva A Prefeitura de Garuva (SC) informa que relatório da análise das águas e da fauna do rio São João, elaborado pelo município a partir de amostras coletadas entre os dias 16 e 17 de fevereiro, apontam a presença de substâncias químicas dentro dos parâmetros de segurança permitidos pelo Ministério da Saúde. “Foram analisados parâmetros de uma longa lista de substâncias que oferecem algum risco à saúde humana se estiverem acima da concentração máxima permitida, segundo critérios fixados pelo Ministério da Saúde”, informa a prefeitura. Entre os produtos detectados, foram constatadas a presença de cromo, arsênio e alumínio, por exemplo. Caso essas substâncias estivessem acima do limite, a água seria considerada imprópria. Essas substâncias podem ser decorrentes de outros acidentes com produtos químicos, no Rio São João. A Secretaria de Saneamento Ambiental ainda analisa possíveis riscos oferecidos pela combinação de diferentes substâncias na água, mesmo que estejam dentro do limite permissível pela legislação vigente. Por este motivo, o município irá continuar com a recomendação para a não utilização da água para consumo, banho e pesca, seguindo a Portaria nº 1.002/2018, do Ibama. De acordo com esta portaria, um cronograma de novas análises de água, solo e fauna do rio São João serão realizados até o mês de agosto, para então, ser emitido laudo técnico para liberação ou não da utilização das águas do rio. “Ressaltamos que a captação e distribuição de água, não ocorre no rio São João e por este motivo, não há riscos à saúde, na água fornecida aos consumidores do município”, diz a prefeitura. A Secretaria de Saneamento Ambiental emitirá, até o final do mês de março, o relatório conclusivo sobre o acidente ocorrido no último dia 16 de fevereiro. Interdições O rio São João nasce em Guaratuba, na Serra do Mar, segue para Garuva e retorna a Guaratuba, desembocando na baía. No trecho do rio São João em Guaratuba esteve interditado pelo Instituto Água e Terra (IAT), entre 13 de fevereiro de 2021 e 25 janeiro de 2022 devido a um derramamento de um fungicida em um afluente na Serra do Mar. Poucos dias depois da liberação, no dia 16 de fevereiro, outro acidente na BR-376 provocou contaminação no rio com uma substância contendo ácido sulfúrico residual. O rio foi novamente interditado pelo IAT. A interdição pelo Ibama, órgão federal, está em vigor desde 2018. No dia 6 de abril daquele ano, houve um acidente no Km 675 da BR-376, entre as localidades do Rio Bonito e Pedra Branca do Araraquara, em Guaratuba. Foram derramados cerca de 30 mil litros de óleo diesel e 7 mil litros do produto Osmose K33 (Arseniato de Cobre Cromatado), produto utilizado na preservação e tratamento de madeira bruta, com elevada toxidade. A Portaria  nº 1.002/2018 foi assinada no dia 11 de abril.

Mestre Aorelio fala sobre a caxeta e fandango no Museu Paranaense

Foto: Marco Novack O luthier e mestre da cultura caiçara Aorelio Domingues vai compartilhar com o público do Museu Paranaense (MUPA), na quinta-feira (17), conhecimentos tradicionais sobre a fabricação de instrumentos (luteria) vinculados à madeira caxeta, uma espécie nativa da Mata Atlântica. A caxeta está intimamente conectada à musicalidade caiçara: é a principal matéria-prima de instrumentos musicais e de tamancos utilizados no fandango – música e dança típicas da cultura predominante das regiões litorâneas do Sul e Sudeste do Brasil e patrimônio imaterial brasileiro. A conversa “Vegetal que vira música: a caxeta e os instrumentos caiçaras” vai abordar diferentes facetas desta matéria-prima e técnicas centenárias da marcenaria desenvolvidas nas comunidades tradicionais do Litoral Sul e Sudeste. Durante o bate-papo, Aorelio Domingues vai dar um enfoque especial aos instrumentos musicais produzidos a partir da caxeta, incluindo demonstrações de características de cada um tocando ao vivo músicas que pertencem à Folia do Divino. Ele também vai abordar as relações ecológicas envolvidas no manejo tradicional da planta dentro das comunidades litorâneas do Paraná e os impasses da continuidade dessa relação secular em um meio repleto de proibições e restrições ambientais. Muito leve e extremamente fácil de cortar, aplainar e lixar, a madeira é usada há muitas gerações na fabricação artesanal de todo tipo de objetos. Diversos utensílios produzidos com caxeta estão, inclusive, presentes no acervo do MUPA: violas, rabecas e arcos, machetes e adufos. Esse evento integra a programação geral do Programa Público “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas”, promovido pelo Museu. Para acompanhar a programação completa, que segue até maio deste ano, acesse essa página. SOBRE O CONVIDADO – Aorelio Domingues nasceu em 1977, em Paranaguá. Cursou Licenciatura em Desenho na Faculdade de Belas Artes do Paraná. Aprendeu a construir instrumentos aos nove anos com seu avô, Rodrigo Domingues (fandangueiro), e desde então vivencia o universo da cultura popular produzindo arte, dançando e tocando as tradicionais músicas do povo caiçara. Músico e construtor, é mestre premiado pelo Ministério da Cultura por suas atividades no Fandango, Boi-de-Mamão, terço cantado e na Folia do Divino Espírito Santo. Também é diretor artístico da Associação de Cultura Popular Mandicuera e fundador, idealizador e músico da Orquestra Rabecônica do Brasil. Palestra demonstrativa “Vegetal que vira música: a caxeta e os instrumentos caiçaras”, com o luthier e mestre da cultura caiçara Aorelio DominguesQuinta-feira, 17 de março, às 19hLocal: Museu Paranaense (MUPA) – Rua Kellers, 289, Alto São Francisco – CuritibaEntrada gratuita, sem necessidade de inscrição, e sujeita à lotação do espaço