Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

O som do silêncio

Amanhã, 29 de junho, completam 30 dias da morte do jornalista Fábio Campana.

Comunidade do Cubatão um ano após o ciclone bomba

Um pouco da história de quatro famílias e como elas superaram essa adversidade 2020 - antes2021 - depoisCapacidade regenerativa da natureza mediada pelo ser humano. A grande comunidade do Cubatão, município de Guaratuba, nela compreendida as comunidades de Rasgado, Rasgadinho, Limeira, Caovi, Pai Paulo, Taquaruvu, Rio do Melo, Vitório e Ribeirão Grande/Canavieiras, tem cerca de 600 unidades familiares. Este número não se refere aos estabelecimentos agropecuários e sim às unidades produtivas, pois um estabelecimento pode abrigar até cinco famílias de agricultores familiares (IBGE, 2006). O município de Guaratuba, com área total de 1.325,883 km2, tem no Cubatão sua maior área agrícola, sendo o maior produtor de banana do estado do Paraná, com produção, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em 2019, de 82.500 toneladas, gerando uma receita de R$ 69.862.650,60 (VBP/Seab, 2019). São aproximadamente 70 milhões de reais circulando no município contribuindo para a geração de emprego, renda e qualidade de vida das famílias guaratubanas, no incessante desafio de conciliar a relação sociedade e natureza O Cubatão está inserido na Unidade de Conservação – UC, Área de Proteção Ambiental – APA de Guaratuba. O fenômeno meteorológico ocorrido entre os dias 30/06 e 01/07 de 2020, completa um ano, e seus efeitos ainda são sentidos, sobretudo porque ocorreu em um período no qual se enfrentava as complicações decorrentes da pandemia da covid-19, cuja dificuldades impostas ao consumo. Inclusive de alimentos como a banana, em razão de não ser considerada um gênero de primeira necessidade, com os impactos sobre a economia, muitas pessoas tiveram de concentrar suas compras nos alimentos essenciais e as frutas deixaram de ser. O ciclone bomba, com ventos que, de acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), alcançaram velocidade de mais de 100 km/h, ocasionou diversos prejuízos, entre eles queda de árvores na rede elétrica, acarretando quebra do fornecimento de energia às famílias, casas e barracões destelhados, além de alguns que desabaram. Contudo o maior estrago foi sobre a produção de banana, com perdas de 90% no caso da banana nanica, também conhecida como caturra (Musa spp, subgrupo Cavendish), maior variedade plantada, além de perdas sobre as palmáceas e diversas outras culturas. Os agricultores familiares participantes de programas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), foram abruptamente afetados. O objetivo do texto é dialogar a respeito da capacidade de regeneração da vida, sobretudo das pessoas que vivem no campo e são afetadas pelos desastres naturais e suas capacidades de regeneração, com suas trajetórias de vida memoráveis. O desejo seria visitar cada um dos moradores, porém não seria um texto. Aqui, conta-se, brevemente, a história de quatro encantadoras famílias, cada uma com suas particularidades no contorno das adversidades numa vida entrelaçada na agricultura e na superação de obstáculos – pois, como se não bastasse, no dia 28/05 deste ano, a região foi atingida, novamente, por fortes ventos, e algumas culturas que começavam a regenerar-se caíram novamente. FAMÍLIA STOLF João Stolf – no bananal entre cafés, abelhas e beijinhos (flor) – ambiente saudável e diversificado Tão receptiva e acolhedora família. O Sr. João Stolf é aquele tipo pacato, hospitaleiro e um profundo contador de história, para quem gosta da vida rural, como eu, ouviria por tempo indeterminado. João Stolf, 70 anos, nasceu em Rodeio-SC, tem descendência italiana, iniciou os trabalhos no campo desde muito cedo, começando pela cultura do fumo e outras para o consumo familiar como milho, arroz, feijão, mandioca etc. Em 1972, passou a dedicar-se à cultura do arroz, posteriormente à cultura da banana, aproximadamente no ano de 1981. São 40 anos de trabalho dedicados ao cultivo da banana, imagine o quanto ele conhece sobre a atividade. Ele começou a trabalhar com a banana ainda em Rodeio, porém em 1987, em busca de terras e condições melhores para trabalhar com a cultura da banana, encontra no Cubatão o espaço ideal para implementar seu projeto e mudou-se juntamente com a família para a região. João fala das muitas mudanças por que passou a agricultura. Quando ele iniciou como arroz utilizava cavalo na produção e o processamento era todo manual, “uma saca de arroz produzida daquela forma deveria custar R$1.000,00” era muito trabalho embutido. Depois veio a tobata (micro trator) e hoje desfrutam das muitas inovações tecnológicas no cultivo. João conta com as filhas Elaine e Daniela no estabelecimento agropecuário. Aliás, existe uma particularidade encantadora nesta família quanto à distribuição dos papéis familiares entre homens e mulheres. Ela não segue o “padrão” do campo brasileiro na disposição das funções. Na família Stolf, Elaine, a primogênita, assumiu o papel administrativo dos negócios da família – é bonito ver como João se refere à filha, com louvor ao trabalho dela e o que contribuiu para formar. ELAINE STOLF Agricultura, amor e esperanças gestadas de pai pra filha, pra netas… Tarefa difícil falar de Elaine Cristina Stolf Correa, um ser tão encantador, 37 anos, engenheira agrônoma. Trabalha com agricultura desde muito cedo, vindo a assumir a gestão administrativa e produtiva do estabelecimento familiar de forma integral após a graduação, podendo colocar em prática os conhecimentos adquiridos na propriedade e na comunidade. No ciclone bomba, os Stolf tiveram perdas na produção em torno de 50%. Devido ao fato de produzirem banana prata (Musa spp subgrupo prata), ainda que as bananeiras não tenham tombado, os cachos sofreram avarias, que para a comercialização, em função da aparência dos frutos, os preços são reduzidos drasticamente. Além de que, para a safra seguinte haverá queda na produção decorrentes dos danos às folhas. Ela, como

Matinhos e UFPR avançam no projeto de testagem em massa

O prefeito de Matinhos, Zé da Ecler, recebeu na última quarta-feira (23) o professor da Universidade Federal do Paraná – setor Litoral Luciano Fernandes Huergo para tratar da testagem em massa para a covid-19 no município.

Litoral tem mais 2 mortes e 111 novos casos de covid

O informe Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) deste sábado (26) confirma mais 2 mortes por covid-19 no Litoral, ambas em Paranaguá. Já são 966 óbitos, com uma mortalidade de 322,2 / 100 mil habitantes.

Guaratuba anuncia a vacinação de 45+ a partir de segunda-feira

A Prefeitura de Guaratuba anunciou a vacinação das pessoas com 45 anos ou mais a partir de segunda-feira (28), com cadastro de agendamento. A população em geral, de 18 a 49 anos, já pode fazer o cadastro no site https://vacinas.guaratuba.pr.gov.br e aguardar a disponibilidade de doses e a confirmação do seu agendamento pela Secretaria Municipal da Saúde. No portal, a pessoa pode consultar a data em que sua vacina ficou agendada, que depende do avanço da vacinação nas faixas etárias e da chegada de novas doses dos imunizantes contra a Covid-19. Também é possível conferir qual o público está sendo vacinado. A vacinação na Central de Vacinas do ginásio do Parque Municipal (Piçarras) ocorre das 8h às 20h, de segunda-feira a sexta-feira. Os grupos que podem tomar a vacina, com agendamento:• Pessoas acima de 45 anos;• Trabalhadores da saúde;• Pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades;• Gestantes e puérperas;• Pessoas com deficiência permanente - 18 anos a 59 anos;• Trabalhadores da educação do ensino básico (creche, pré- escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) - 18 anos a 59 anos;• Trabalhadores da Assistência Social (Cras, Creas, Casas / Unidades de Acolhimento) - 18 anos a 59 anos;• Profissionais de Educação Física que tenham inscrição no conselho;• Trabalhadores das empresas que prestam serviços aos hospitais (entregas, manutenções);• Caminhoneiros (veja abaixo os documentos comprobatórios);• Profissionais aquaviários (veja abaixo os documentos comprobatórios);• População em situação de rua (colaboração do Creas). A cidade espera recuperar o terreno na vacinação do público geral em relação ao restante da maioria das cidades do Litoral, onde a vacinação está bem mais adiantada.