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Bebê lontra é recuperado e ganha um novo e distante lar

A equipe do Programa de Monitoramento das Praias no Paraná (PMP-BS) relatou na semana passada o atendimento de filhote de lontra-neotropical (Lontra longicaudis) que não tem condições de retornar para a natureza. Mas a história teve um final feliz graças ao empenho de uma equipe da Itaipu Binacional.

A equipe do Programa de Monitoramento das Praias no Paraná recuperou em Pontal do Paraná um filhote de lontra-neotropical que não tem condições de retornar à natureza.

A história foi publicada, nesta terça-feira (23), na página do Facebook do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC/CEM/UFPR), que é responsável pelo PMP-BS no Estado. No dia 16 maio, eles foram informados que a lontra havia sido encontrada em Guaratuba. “A equipe de biólogos, médicos veterinários e oceanógrafos que realizaram o atendimento verificaram que o animal estava em boa condição de saúde e sem ferimentos”, informa o LEC.

“Entretanto, por se tratar de um filhote de cerca de dois meses, indefeso sem a presença da mãe e sem condições de sobreviver sozinho, foi encaminhado ao Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha da UFPR (que fica no balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná). Nos primeiros dias, foi mantido sob cuidados intensivos que incluíram conforto térmico e sonoro, suporte nutricional, enriquecimento ambiental, vermifugação entre outros.”

“Aos poucos começou a se alimentar sozinho, nadar e explorar o ambiente. Entretanto, na ausência da mãe, o filhote não aprende os comportamentos básicos para sobrevivência na natureza como caçar e evitar predadores e outros perigos.”

“Por isso, nosso filhote será transferido para um lar permanente, em um refúgio de vida silvestre onde ficará protegido e receberá os cuidados necessários priorizando o seu bem-estar.”

Refúgio Biológico da Itaipu – Em outra postagem, na quarta (24), a coordenadora do LEC, a bióloga Camila Domit, informa que o Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, estruturou um espaço e equipe para ser a nova casa do filhote. A bióloga lamenta o animal não poder retornar à natureza, mas explica que “a conservação ex-situ (fora do seu ambiente natural) é uma boa alternativa para animais resgatamos nesta condição”.

Em contato com o Correio após a publicação, Camila Domit informa que “a lontra bebê já foi transferida no final da semana passada para o refúgio, seguindo todas as recomendações técnicas e licenças ambientais”.

Redação do Correio com informações do LEC/CEM/UFPR

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