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Distribuição de Ivermectina provoca fila em Paranaguá

Fotos: Agora Litoral

A Prefeitura de Paranaguá começou nesta sexta-feira (17) a distribuir parte do lote comprado do remédio Ivermectina e lotou o Ginásio de Esportes Albertina Salmon.

Do lado de fora, se formou uma longa fila que nem sempre respeitava o distanciamento entre as pessoas e também contrariou a orientação de isolamento, duas das medidas mais indicadas para evitar a proliferação do coronavírus até o surgimento da vacina ou de um remédio comprovado.

De acordo com a Prefeitura, todas os cuidados estão sendo tomados, mas a imprensa local denunciou aglomerações. O próprio site do Município, ao alertar para as pessoas levarem os documentos exigidos, que já no início do dia, “muitas pessoas começaram a chegar”.

Para receber o medicamento, as pessoas têm de apresentar o cartão do SUS, comprovante de residência RG e CPF. “Nesta primeira etapa receberão a medicação moradores de Paranaguá com doenças preexistentes e pessoas acima de 40 anos”, explica. “A entrega de medicação ocorrerá no Ginásio Albertina Salmon por aproximadamente 30 dias inclusive aos fins de semana”, informa.

O uso de Ivermectina como “tratamento preventivo” à Covid-19 é defendida por alguns médicos, propagandeada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas criticada por especialistas e organizações de pesquisa. A própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alertou que o medicamento não tem eficácia comprovada: “Até o momento, não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19 no Brasil”. O órgão federal responsável por autorizar a comercialização de medicamento explica que “as indicações aprovadas para a ivermectina são aquelas constantes da bula do medicamento”. Ou seja, contra vermes, parasitas e piolho.

A Prefeitura de Paranaguá anunciou que adquiriu 1,4 milhão de unidades de Ivermectina e pagou aproximadamente de R$ 3 milhões. Os gastos com a Ivermectina e outros tipos ainda não suficientemente testados, em lugar de outros investimentos contra a pandemia, também são outro motivo de críticas de médicos, pesquisadores e instituições, como a Sociedade Brasileira de Infectologia.

Foto: Prefeitura de Paranaguá
Imagem: Rádio Ilha do Mel
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