Em pé de guerra, Pontal tem reunião para defender rodovia
A Aciapar realizará na noite desta quinta-feira (8), às 19h30, uma reunião sobre a Faixa de Infraestrutura na sede da entidade, na avenida Santa Mônica, 485, em Praia de Leste.
Segundo a Aciapar, a reunião contará a participação do professor da UFPR, Eduardo Gobbi, apresentado como autor do projeto, e Glauco Lobo, coordenador técnico do DER-PR. Confira o evento no Facebook.

Não se trata de um debate, mas de uma mobilização em defesa da obra. Na convocação, a Aciapar diz que o edital de licitação da obra está prestes a ser lançado e que “precisamos estar mobilizados contra as mentiras contadas pela ONGs para tentar impedir o desenvolvimento de Pontal”.
A nova rodovia, paralela à PR-412, terá cerca de 20 quilômetros e será margeada por um canal de drenagem. As duas obras vão de Praia de Leste até a Ponto do Poço, onde está sendo construído um porto e bem em frente à Ilha do Mel.
“Salve a Ilha do Mel”
Em janeiro, diversas ONGs ambientalistas lançaram um manifesto criticando a Faixa de Infraestrutura e ainda o Porto Pontal, que será viabilizado com a nova rodovia. Além do impacto da rodovia e do canal no meio ambiente do município, os ambientalistas criticam os reflexos do futuro porto na Ilha do Mel.
O site Salve a Ilha do Mel foi lançado para mobilizar as pessoas e pressionar o governo estadual contras os dois projetos. De acordo com os ambientalistas a aprovação da rodovia pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral (Colit) foi “abusiva, antidemocrática e ilegal”.
“Só a construção da rodovia, destruiria 500 hectares de Mata Atlântica, ou cinco milhões de metros quadrados! E isso na região que concentra a maior área contínua do bioma no Brasil em bom estado de conservação”, diz o site. “As obras também expulsariam comunidades tradicionais que ocupam a região há séculos. A pesca tradicional seria comprometida e as pessoas obrigadas a deixar o local”.
O formulário do site para pressionar as autoridades por e-mail já havia sido enviado por mais de 72 mil pessoas até a manhã desta quinta-feira (8).
Porto Pontal entra na briga
O Porto Pontal Paraná também reagiu pela Internet. Em sua página no Facebook, diz que trata-se de “um projeto muito bem elaborado em todos os seus estudos ambientais aprovados pelos órgãos oficiais e tem previsão para começar suas obras, ainda no segundo semestre de 2018”. A meta, diz, é começar a operar antes de 2020.
O texto afirma que o futuro porto não aumentará o tráfego de navios que já existem função do Porto de Paranaguá, pois os navios maiores que o novo terminal receberá, “muitos desses navios menores serão retirados de linha”.
No mesmo tom em que a discussão vem sendo conduzida em Pontal do Paraná, a empresa afirma: “Estamos enfrentando algumas resistências de pessoas muito bem empregadas, que não largam seus Iphones e que não moram e não votam no Pontal do Paraná e muitos nem na região, mas que se aproveitam das luzes dos empreendimentos para ficarem nas mídias sociais criticando, fazendo filminhos etc… Alguns desses críticos inclusive vem nos oferecer serviços e quando negamos se tornam nossos maiores inimigos. Acreditem … isso é verdade”.