Estudantes apresentam soluções para enfrentar as mudanças climáticas nos oceanos
Alunos de cinco escolas de Paranaguá, Antonina e Pontal do Sul participaram do Desafio Rebimar: eles foram estimulados a criar projetos para o combate às mudanças e emergências climáticas.
Com duração de 20 dias, o desafio contou com seis etapas. Vinte jovens chegaram ao estágio de desenvolvimento de projetos, cuja premiação ocorreu no último dia 9 de novembro, no Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAE-UFPR).
Resultados e Premiação
O grupo vencedor do desafio foi o do Colégio Estadual Rocha Pombo, de Antonina-PR. Composto por dois meninos e duas meninas, o grupo teve como tema a conservação dos manguezais. “Como os meninos são pescadores e as meninas também são de famílias que fazem a captura do caranguejo no mangue, eles produziram vídeos em realidade aumentada da perspectiva de quem entra no mangue”, explica Marjorie Ramos, técnica do Rebimar e uma das coordenadoras do desafio. “A ideia deles é que quem assista os vídeos tenha a visão da importância da conservação que os pescadores têm”.
Em segundo lugar ficou o grupo do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga e, em terceiro, o Colégio Bento Munhoz, ambos de Paranaguá. Os temas foram “acidificação dos oceanos” e “lixo no mar”, respectivamente.
Os premiados receberam vouchers para compra de livros em valores que chegam até 200 reais para os primeiros colocados. Já a entrega dos troféus será feita em grande estilo litorâneo, na Ilha do Mel. Os estudantes passarão o dia na ilha em visita guiada.
Parceria Rebimar e UFPR em ação
O desafio faz parte do projeto LabMóvel, uma parceria entre Universidade Federal do Paraná e Rebimar. Criado em 2006, o projeto tem como objetivo tornar a ciência móvel, ou seja, levá-la para fora da universidade e dos laboratórios.
Idealizador do projeto e do desafio, o vice-reitor da UFPR, Rodrigo Reis, afirma que a iniciativa faz parte de um processo de inclusão social e do exercício da cidadania. “O estudante que entende melhor o território onde ele está inserido, seja do ponto de vista científico, social ou político, tende a ser mais ativo e consciente com este espaço”, opina.
Já o coordenador das ações ambientais do LabMóvel, Emerson Joucoski, considera a experiência do desafio importante porque estimula estudantes a participarem de atividades em grupo e fora de sala de aula. “Isso faz com que todos aprendam a trabalhar no coletivo, compartilhando ideias e sentimentos. As atividades fazem com que eles percebam como é complexo e necessário lidar com as questões ambientais”, assinala.