Correio do Litoral - Notícias do Litoral do Paraná

O Ministério da Agricultura instalou nesta quarta-feira (16) as câmaras temáticas da Pesca e da Aquicultura. Elas reúnem representantes do governo e do setor privado para analisar o cenário das duas cadeias produtivas e propor medidas para fortalecê-las, seja no aprimoramento da legislação ou em aspectos econômicos. De acordo com o secretário nacional de Pesca e Aquicultura, Marlon Cambraia, a instalação das duas câmaras é importante para aproximar esses setores das políticas públicas traçadas pelo Ministério da Agricultura. Os representantes da Câmara Setorial da Pesca definiram quatro temas prioritários para este ano: gestão pesqueira, processamento e indústria, infraestrutura e fomento, propostas de projetos de lei e debates sobre pendências do setor. Já os integrantes da Câmara Setorial de Aquicultura estabeleceram como prioridades estes assuntos: comercialização e competitividade, licenciamento ambiental, crédito e fomento, sanidade, difusão e geração de novas tecnologias e águas da União. Nesta quinta-feira (17), o Ministério vai instalar a Câmara Setorial da Carcinicultura (criação de camarões).

Professores das escolas estaduais do realizam nesta quinta-feira (17) um dia de mobilização em defesa da Educação Pública. Em Guaratuba, eles promovem uma manifestação na Praça Central, a partir das 15h. O evento acontece em todo o país e em algumas cidades também mobiliza os professores municipais. Na rede estadual do Paraná acontece paralisação das aulas desde a manhã. O ato faz parte da campanha salarial dos professores que ainda não conseguiram um acordo com o governo estadual.

Prosseguem nesta semana os bloqueios em trechos das BRs 376 e 101 por causa de obras. O aviso da concessionária Autopista Litoral Sul vale até o domingo (20). Veja onde: Paraná BR-376/PR: São José dos Pinhais: - No km 617,450: obras de implantação de trevo, transversal às pistas de sentido norte e sul; com bloqueio de acostamento; - No km 633: obras de implantação de trevo, transversal às pistas de sentido norte e sul; com bloqueio de acostamento; - Entre o km 634 e 635, nas faixas de aproximação e saída da praça de pedágio: obras de recuperação de pavimento na pista sul, com bloqueio de faixa. Tijucas do Sul: - No km 637,2: obras de implantação de viaduto, transversal às pistas de sentido norte e sul; com bloqueio de acostamento; - No km 644: obras de implantação de viaduto, transversal às pistas de sentido norte e sul; com bloqueio de acostamento; - No km 648,3: obras de implantação de trevo, transversal às pistas de sentido norte e sul; com bloqueio de acostamento. Guaratuba: - No km 663,2, obras de implantação de viaduto, transversal às pistas de sentido norte e sul; com desvio do fluxo da pista sul para norte, que passa a operar com faixas de rolamento – duas para cada sentido. Santa Catarina BR-101/SC: Garuva: - No km 8,8, obras de construção de passarela transversal às pistas norte e sul; - No km 9, obras de manutenção no sistema de drenagem da pista sul, com desvio de tráfego para pista norte, que opera em duplo sentido de direção entre os quilômetros 8,8 e 9,4; - No km 11, obras de reforço e ampliação da ponte sobre o Rio Cupim na pista norte. Joinville: - No km 20,3, obras de reforço e ampliação da ponte sobre o Rio Pirabeirabinha na pista sul; - No km 20,6, obras de reforço e ampliação da ponte sobre o Rio Pirabeiraba na pista sul; - No km 51,5, obras de construção de trevo em desnível transversal às pistas norte e sul; com desvio para pista operacional no sentido sul em segmento de 500 metros. Trânsito do sentido norte opera com desvio. Araquari: - No km 65, obras drenagem no pavimento na pista sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego. Piçarras: - Entre o km 102 e o km 103, obras de microrrevestimento na pista sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego; - No km 103,8, obras microrrevestimento na pista norte; com bloqueio de uma faixa para o tráfego. Penha: - Entre o km 104 e o km 107, microrrevestimento na pista norte; com bloqueio de uma faixa para o tráfego; - Entre o km 104,5 e o km 105,5, obras de microrrevestimento na pista sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego; - No km 109,2, obras de implantação de trevo em desnível transversal as pistas norte e sul; - Entre o km 112 e km 113,3 obras de fresagem e recomposição na pista norte; com bloqueio de uma faixa para o tráfego; obras no período noturno; Itajaí: - Entre o Km 120 e o Km 121,7 obras de fresagem e recomposição no sentido norte; com bloqueio de uma faixa para o tráfego; obras no período noturno. Balneário Camboriú: - Entre o Km 135,3 e o Km 136,3, obras de construção de via marginal no sentido norte; - No km 139,1, obras de construção de trevo em desnível transversal às pistas norte e sul; com interdição parcial da via marginal norte. Itapema: - Entre o km 148,7 e o km 149,7, obras de construção de via marginal na pista sul; com bloqueio de acostamento. Tijucas: - No km 164,2, monitoração da ponte sobre o Rio Tijucas; com bloqueio de acostamento. Governador Celso Ramos: - No km 174, obras implantação de barreira de concreto nas pistas norte e sul; com bloqueio de uma faixa para o tráfego. Biguaçu: - No km 188, obras de reforço e ampliação da ponte sobre o Rio São Miguel, na pista sul. Obra opera com desvio, sendo duas faixas para cada sentido. Contorno Rodoviário de Florianópolis: (Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça) - Entre o km 177 e o km 184,5, obras de construção das pistas no trecho norte; - No km 182,5, obras de implantação de passagem superior –tipo viaduto; - Entre o km 211,5 e o km 218, obras de construção das pistas no trecho intermediário; - No km 212,1, obras de implantação de passagem superior –tipo viaduto; - No km 213,7, obras de implantação de passagem inferior –tipo galeria; - No km 215,4, obras de construção de trevo de interseção com a rodovia SC-281; - No km 216,6, obras de implantação de passagem superior –tipo viaduto.

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) definiu um calendário para pagamento do seguro-defeso aos pescadores artesanais. Pelo cronograma publicado nesta sexta-feira (11), o seguro-defeso será pago de acordo com o número final do PIS de cada trabalhador. As parcelas estarão disponíveis para saque, em lotes semanais de acordo com a regra a seguir: Final NIS/PIS 1º dia 1 e 2 2º dia 3 e 4 3º dia 5 e 6 4º dia 7 e 8 5º dia 9 e 0 O pagamento do benefício do Seguro-Defeso é efetuado mediante crédito em Conta Simplificada ou Conta Poupança, em favor de beneficiário correntista da Caixa Econômica Federal, sem qualquer ônus para o pescador, podendo, a requerimento do pescador, ser efetuado em espécie, mediante a utilização do Cartão Cidadão ou a apresentação de documento de identificação civil.

Protesto deste dia 13 em Guaratuba reúne cerca de 50 pessoas. Os manifestantes percorreram a avenida 29 de Abril entre a Praça Central e a Praia Central. Em cima de um minitrio elétrico, dividiram o microfone o advogado Júlio Araújo e o vereador Maurício Lense (PPS). Os dois representam dois grupos antagônicos de oposição à administração municipal, do PSDB, que não participou nem incentivou a manifestação. Araújo apoia o pré-candidato Carlos Carvalho (PSB) e Lense é pré-candidato a prefeito. Curiosamente, o PT local discute qual dos dois candidatos vai apoiar. Os petistas de Guaratuba organizam uma caravana para participar, na sexta-feira (18), em Curitiba, do ato de apoio ao governo, à presidente Dilma e ao ex-presidente Lula. Também pretender realizar uma manifestação na cidade, no dia 31, conforme calendário da frente Brasil Popular. Também participaram do ato deste domingo alguns pré-candidatos a vereador. Um deles levou uma faixa com críticas aos atuais membros da Câmara. Entre as figuras conhecidas, participou também o ex-deputado e radialista Algaci Tulio. Segundo as postagens no Facebook, os organizadores buscaram dar um caráter suprapartidário ao ato. Nas convocações, houve quem dissesse que não era contra nenhum partido, mas contra a corrupção. Na manifestação, cartazes e faixas mostravam apoio ao juiz Sergio Moro e à Operação Lava Jato e oposição à presidente Dilma Roussef. O ato terminou, como de praxe, com os manifestantes cantando o Hino Nacional. Fotos: Facebook Julio Araujo e Tavinho Akawan

O professor Renato Bochicchio tomou posse, nesta quinta-feira à noite (dia 10), como novo diretor da UFPR Litoral, Campus Matinhos pelos próximos quatro anos. Ele substitui o professor Valdo José Cavallet, que foi o principal formulador da educação inclusiva e transformadora desenvolvida no Setor Litoral. Cavallet foi o primeiro a falar na solenidade e emocionou todos os presentes no balanço que fez nos últimos dez anos. Em uma analogia náutica, disse que larga o timão que comanda o leme e assume um remo na embarcação. Valdo anunciou que planeja escrever quatro livros sobre a experiência de ensino implantada na UFPR Litoral. O ex-diretor também foi homenageado pelos oradores que o sucederam. O professor Luis Eduardo Cunha Thomassim é o novo vice-diretor. Bochicchio disse que estará sempre aberto ao diálogo tanto com a comunidade universitária quanto com os agentes públicos e privados interessados em colaborar para o desenvolvimento da região. “Vamos dialogar, mas também agir, em benefício do Litoral do Estado, que é um dos mais ricos e diversos patrimônios do País”, comentou. Ele também destacou o momento simbólico da sua posse. “No momento em que nossos representantes são questionados, a Universidade Pública tem o dever de se manifestar. O Setor Litoral da UFPR tem muito a colaborar neste processo por meio de projetos pautados na nossa realidade e no nosso público”, disse o novo diretor, que elogiou a gestão de Cavallet. “Deixo meu reconhecimento a você pelo seu trabalho. E agradeço pela liberdade que me deu de conduzir as coisas junto contigo. Avançamos em muitos aspectos”, comentou. Ele fez ainda algumas reivindicações à Reitoria: mais estrutura física, mais professores e, ainda, a instalação de moradia para os estudantes. “Isso é estratégico para eles”, disse Bochicchio, que também defendeu a ampliação do campo de estágio para os alunos. Projeto ousado e desafiador O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, elogiou o projeto “ousado, desafiador e inovador” do Setor Litoral. Disse que os avanços conquistados na região só se tornaram realidade devido à liderança de Cavallet e do empenho de seus colaboradores. “O Valdo sempre foi além do convencional. Seu DNA estará sempre neste projeto, que tem nosso total apoio e foi fundamental para o desenvolvimento da região”. Zaki lembrou que a Reitoria sempre teve participação ativa no Setor Litoral. “Nós sempre participamos de todas as questões e debates ligados a esta unidade”, comentou. O reitor também considera necessário criar um espaço de moradia para os estudantes e disse que projeto com este objetivo já está em andamento. “Temos consciência de que isso será bom para todos. Não podemos permitir que alunos se evadam daqui. Eles precisam ter condições de estudar”, disse. O reitor lembrou ainda que a UFPR é uma das poucas universidades brasileiras que oferecem mais de um benefício aos alunos por meio do Probem (programa de assistência a estudantes em situação de fragilidade econômica) e disse que manifesta total apoio à gestão que se inicia. “A parceira e o diálogo que temos vão continuar. Tenham a certeza de poder contar sempre conosco, até o final da nossa gestão”, disse. Marco histórico Luis Thomassim destacou vários aspectos importantes relacionados ao Setor Litoral da UFPR. “Esta unidade representa um marco histórico no combate à desigualdade social no País, diferente do que vivemos no passado, quando as Universidades estavam menos presentes nas vidas das pessoas”, disse. Comprovando a importância da UFPR para o Litoral, ele lembrou que mais de 70% dos cerca de dois mil estudantes do setor são egressos da região e afirmou que muitos foram os primeiros de suas famílias a estudar em uma universidade pública. O novo vice-diretor reafirmou seu compromisso com o avanço pedagógico do Setor Litoral e disse que foi testemunha dos avanços e da ampla participação da comunidade ocorrida desde a criação da unidade. “O nosso setor só existe porque a comunidade tem compromisso ético com as causas emergentes”. Thomassim manifestou ainda seu interesse de estreitar o diálogo e sua aproximação com a comunidade local, em todas as áreas. “Vamos revitalizar os espaços democráticos”, afirmou. Valdo Cavallet disse que ainda está elaborando um balanço da sua gestão, mas fez num agradecimento especial a todos que o apoiaram no seu mandato, inclusive os colaboradores da UFPR Litoral falecidos. “São pessoas que têm e sempre tiveram vários pontos em comum: o amor, a paixão e a vontade de mudar”. Ele disse que está à disposição da nova direção. “Não me dou o direito de me aposentar. Tenho orgulho de ser servidor público”, disse. “Continuarei por aqui no espaço de quem quer avançar. É lá o meu lugar. Vou empurrar o barco para a frente junto com todos da UFPR Litoral”. Posse prestigiada A posse foi prestigiada pelos pró-reitores Edelvino Razzolini Filho (Administração); Rita de Cássia Lopes (Assuntos Estudantis) e Deise Picanço (Cultura); e ainda pelo superintendente de Infraestrutura da UFPR, Álvaro Pereira. Participaram da solenidade, também, o diretor do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, professor Ricardo Marcelo Fonseca; o diretor do Setor de Ciências Humanas, professor Eduardo Salles de Oliveira Barra; e o diretor do Centro de Estudos do Mar, Maurício Noemberg. A posse foi prestigiada ainda por autoridades públicas municipais: o vice-prefeito de Guaratuba, Vandir Esmaniotto (representando a prefeita Evani Justus); o chefe de Gabinete da Prefeitura de Matinhos, David Antonio Pancotti (representando o prefeito Eduardo Dalmora); e o secretário de Planejamento de Morretes, Carlos Alberto Gnatta Neto (representando o prefeito Hélder Teófilo dos Santos). Com informações da Assessoria de Comunicação da UFPR / Aurélio Munhoz Edição e fotos: CorreiodoLitoral.com

Os municípios do Litoral participam neste sexta (11) e sábado (12) do Salão Paranaense de Turismo, em Curitiba. As cidades ocupam um espaço conjunto cedido pela Paraná Turismo. O evento está na sua 22ª edição e é promovido pela Abav-PR (seção estadual da Associação Brasileira das Agências de Viagens). Acontece no centro de convenções Expo Unimed, no bairro campo Comprido. Participam diversos municípios do Paraná em estandes regionais que trazem a 12ª Mostra das Regiões Turísticas do Paraná. Entre os expositores, há hotéis, companhias aéreas, de cruzeiros marítimos, operadores e diversas empresas do trade turístico do Paraná, estados vizinhos e de países do Cone Sul. A expectativa é receber cerca de 5.000 pessoas, incluindo paraguaios, argentinos, uruguaios, além de caravanas do interior o Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Além dos estandes, onde acontecem as visitas e contatos entre operadores, turistas e destinos, o evento conta com diversos workshops de qualificação profissional, empresarial e de gestão pública do turismo. A importância de marcar presença De acordo com o secretário de Turismo e Cultura de Guaratuba, Vandir Esmaniotto, a importância de marcar presença nestes eventos já pode ser sentida nas últimas temporadas e, também na presença de visitantes em Guaratuba fora do verão. Ele e a assessora da secretaria, Debura Aquino, receberam retorno de diversos operadores contatados nas últimas feiras, sobretudo no Festival de Turismo das Cataratas, que é realizado em Foz do Iguaçu, em 2013 e 2014. Os materiais de divulgação elaborados pelo técnico Mario Natalino fizeram grande sucesso no evento. O sucesso de Guaratuba nos dois últimos festivais animou os demais municípios do Litoral. A prefeita Evani Justus e o prefeito de Paranaguá, Edison Kersten, organizaram um pool para os municípios para colocar uma “ilha” (estande maior e posicionado estrategicamente) para mostrar os atrativos das sete cidades da região. Paranaguá – A Fundação Municipal de Turismo (Fumtur) de Paranaguá também participou do Espaço Gastronômico do salão com o prato típico barreado. O estande da Fumtur foi nomeado como "Nelson Uberna", em homenagem ao falecido funcionário da Fundação, morto em 2014.

“As pessoas de Antonina (na realidade, todas as pessoas que encontramos no Brasil), eram gentis, extremamente hospitaleiras e educadas; geralmente vivendo com parcimônia, suas aspirações não iam muito além das suas possibilidades. A paisagem montanhosa descortinada do porto de Antonina é alguma coisa de admirável; não vi nenhum outro lugar no mundo mais verdadeiramente grandioso e agradável como aquele. O clima, também, é perfeito e saudável. O único médico do local, quando lá estávamos, usava um velho casaco desgastado, por falta de clientela. Antonina é um porto desejável. Quando estávamos lá, tínhamos entretenimentos musicais a bordo. Ver a exibição de belos dentes brancos por estes doces cantores brasileiros era bom para a alma de um marinheiro lançado ao mar. Para o benefício do escritor, uma ninfa cantou uma música que fez todos rirem muito. Cantada no idioma nativo, eu não entendia nada, mas é claro que ri com o resto, e eles riram mais ainda; achei então que fosse à minha custa. Apreciei isso também, tanto ou mais do que se os areítos fossem em meu favor.”(1) (Slocum 2001, p. 22; com correções minhas.) Como se entende deste fragmento, sob o encanto de uma ninfa antoninense, anônima, Slocum se divertiu com essa ‘gozação’, preferindo isso ao puxa-saquismo. Slocum não foi o único marinheiro encantado por uma ninfa daquela baía; mais recentemente, cinco ou seis marujos holandeses, temporariamente engajados em trabalhos de dragagem no porto de Antonina, acabaram dragando sereias, que logo pediram em casamento, antes que elas pudessem escapar em novo mergulho.(a) Slocum não se casou, pois já tinha esposa, que estava a bordo com ele. O Carnaval de Antonina, notoriamente o mais autêntico carnaval do litoral paranaense: o que seria sem a presença das ninfas e dos sátiros daquela localidade no fundo da baía?! Digo, sem exagero, que só quem já nasceu encantado pode ser considerado imune aos encantos de Antonina. Gostei muito o livro de Slocum do qual tirei o fragmento de abertura desta carta: o livro é muito bem escrito e o conteúdo é fascinante. Na minha opinião, a obra merecia ser lido por todos os moradores do litoral brasileiro, particularmente os paranaenses, pois algumas das mais notáveis aventuras relatadas aconteceram nos municípios de Antonina e Guaraqueçaba, como se pode ver na Tabela 1. Foi em Guaraqueçaba que o navio mercantil de Slocum, o clíper Aquidneck, encalhou num banco de areia e naufragou e onde ele, com a ajuda da sua família (a esposa e dois filhos) e alguns moradores locais, construiu o pequeno veleiro Liberdade, com o qual voltaram aos Estados Unidos, pela rota mostrada na Tabela 2. Segundo Carneiro 1974, este encalhamento do Aquidneck aconteceu na baía dos Pinheiros, que é a parte da baía situada entre a Ilha de Superagui, o norte da Ilha das Peças e o continente. Leia a Carta 166 na íntegra (com as tabelas e outros detalhes) no site do autor: http://www.andredemeijer.net/2016/03/09/carta-166-ninfas-na-mata-atlantica/

O desembarque de produtos pesqueiros em comunidades de Paranaguá, Antonina e em Pontal do Paraná cresceu 11,7 % em 2015. Já os produtos da pesca contabilizados em dúzias, como por exemplo os crustáceos, tiveram um crescimento de 36,6% em comparação com o ano anterior. Os dados foram apontados pelo Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira, desenvolvido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e apresentados esta semana em Antonina. A programa está construindo o primeiro banco de pesca que aponta a realidade da atividade no litoral do Paraná. Para isso, funcionários fazem diariamente a coleta de dados em sete locais onde chegam os pescados que serão comercializados. O resultado do monitoramento é apresentado em Seminários promovidos semestralmente para os pescadores. Os locais monitorados são o Mercado Público de Antonina, Portinho, Praia dos Polacos, Ponta da Pita, Vila dos Pescadores de Pontal do Sul, Mercado Público de Paranaguá, Ilha dos Valadares e Vila Guarani. Números - De acordo com o banco de dados da Appa, em 2014 foram desembarcadas 395,5 toneladas de pescado nos locais monitorados. Em 2015 o volume atingiu a marca de 442 toneladas. O volume de produtos comercializados em dúzias, como ostras e outros crustáceos, totalizou 73,5 mil dúzias em 2015. Já em 2014 haviam sido contabilizadas 53,8 mil dúzias de crustáceos. Entre as espécies desembarcadas pelos pescadores estão o camarão sete-barbas, pescada membeca, baiacu, tainha, camarão-branco, corvina, bacucu, carne de siri, pescada branca, linguado, bagre, pescada e salteira. De acordo com os dados do Registro Geral da Pesca (RGP), publicados no portal do Ministério da Pesca e Aquicultura, a cidade de Antonina possui 742 pescadores profissionais, Paranaguá conta com 720 pescadores e Pontal do Paraná possui 186 pescadores registrados. Até então, a última publicação sobre o estoque pesqueiro do Litoral havia sido publicada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, em 2011. “Os resultados apresentados pelos monitoramentos da pesca e de animais marinhos como os golfinhos (cetáceos), por exemplo, que são considerados bioindicadores ambientais, demostram a eficácia do controle e da proteção da flora e da fauna em nossos ecossistemas”, afirmou o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Segundo ele, este é o primeiro banco de dados para monitoramento da pesca feito pelo Porto de Paranaguá e que permite contabilizar os dados de todas as colônias de pescadores existentes nas áreas de abrangência do Porto. Seminários – Para 2016 a Appa prevê a realização de 16 Seminários de Pesca, quatro a mais do que em 2015 quando foram ministrados 12 Seminários. Para esta edição foi incluído a Ilha do Mel no cronograma, onde serão promovidos seminários para as comunidades de Nova Brasília, Ponta Oeste e Encantadas. Esta semana, os Seminários da Pesca aconteceram nas comunidades de Portinho, Mercado Público de Antonina. Na próxima semana a Appa promove Seminários para as comunidades da Praia dos Polacos, Ponta da Pita. Em todos estes locais é feita a coleta de dados no Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira. Os pescadores recebem informações sobre legislação pesqueira, petrechos autorizados e períodos de defeso.

O ex-chefe do escritório regional do IAP em Paranaguá, Matomi Yasuda, e um servidor do órgão foram condenados por crime ambiental por causa da concessão de licença prévia ambiental a uma empresa. Yasuda nega as acusações. As condenações, da 2ª Vara Criminal de Paranaguá, são resultado de denúncia criminal proposta pela 2ª Promotoria de Justiça. De acordo com o MP, em setembro de 2011, o então chefe do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) teria autorizado a emissão de licença prévia para a empresa Agroport Comércio de Importação e Exportação Ltda, que trabalhava com defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos de solo. “O servidor denunciado fez a vistoria no local e seria o responsável pela elaboração do documento, que não atendia a dispositivos técnicos e legais”, afirma a denúncia. Conforme o Ministério Público, os denunciados, “mesmo sabendo que a empresa (...) vinha funcionando e exercendo atividades potencialmente poluidoras, sem a indispensável Licença de Operação, deixaram de providenciar a lavratura de auto de infração ambiental e termo de embargo em razão da infração e permitiram que a aludida empresa continuasse a exercer ilegalmente as suas atividades”. Em junho de 2012, o chefe do IAP foi exonerado das funções. Em agosto daquele ano, o MP-PR oficiou o novo responsável pelo órgão em Paranaguá, dando conta da situação irregular do estabelecimento, que funcionava sem licenças de instalação e operação. A Promotoria de Justiça diz foi informada então de que o IAP havia autuado a empresa por “fazer funcionar empreendimento potencialmente poluidor (armazém de varredura de fertilizantes e salvados) sem licença de operação”. O ex-chefe do IAP foi condenado a três anos e 11 meses de detenção em regime aberto e 230 dias e a pagar multa de 1/3 do salário-mínimo vigente à época. O servidor, a três anos e sete meses de detenção e 190 dias e multa de 1/10 do salário-mínimo. Cabe recurso da decisão. O outro lado Em conversa pela rede social, Matomi Yasuda, nega as acusaçõese informa que irá vai recorrer da sentença. Ele afirma que nunca esteve na empresa, pois a visita cabe ao fiscal. “Leio o resumo e estando tudo 'ok' é liberada a licença”, afirmou. “Em relação à anuência do município na Licença Prévia (LP), realmente é um dos requisitos, mas foi umas das condicionantes da LP trazer a Licença de Instalação (LI)”, disse. “O município tem 30 dias para fazer a anuência, bem como a anuência do Colit (Cosnelho do Litoral), mas nunca respeitam este prazo. No caso do Colit só pediam anuência em casos mais complexos, pois lá não tem funcionários”, explica. De acordo com Yasuda, o Ministério Público cancelou a LP da empresa, mas a empresa acabou conseguindo a documentação. “Hoje, a empresa está pedindo LAS (Licença Ambiental Simplificada), conforme o próprio IAP, para resíduos de varredura que é o que foi pedido na minha época. Só ainda não obtiveram a Licença Prévia porque solicitaram complementação para armazenagem de fertilizantes, o que não foi pedido na minha época. Também já tem a anuência do município”, comentou. Yasuda já anunciou que é pré-candidato a vereador em Paranaguá e alega que sofre perseguições “de alguns membros” do Ministério Público. O Correio do Litoral não conseguiu contato com o servidor condenado.