Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Guaratuba faz exames e presta informações no Dia Mundial da Saúde

A Prefeitura de Guaratuba realiza uma Ação de Saúde e Cidadania em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, nesta terça-feira, dia 7 de abril. Equipes da Secretaria de Saúde vão atender das 9h às 16h, no pátio do supermercado Brasão do Centro. Serão feitos diversos exames e encaminhamentos para consultas: Detecção precoce e Aferição da Hipertensão Arterial, Diabetes e Glicemia Orientação para combate a dengue Testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites virais Encaminhamento para agendamentos de consultas Orientação da Vigilância Epidemiológica sobre hepatite, TB, HIV, DST.

Novas regras do seguro defeso já estão em vigor

Começaram a valer na quarta-feira (1) as novas regras para o seguro defeso do pescador e do , Registro Geral da Atividade Pesqueira. Entenda o que muda. Segundo dados de 2014 da Agência do Trabalhador, em Guaratuba, aproximadamente 650 pescadores recebem o seguro defeso de um salário-mínimo em um dos dois períodos de proibição da pesca. São cerca de 170 pescadores da baía, que recebem um salário-mínimo entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro, quando a pesca do camarão branco está proibida. O número de pescadores artesanais de mar aberto é de aproximadamente 480 pessoas, que recebem o benefício entre 1º de março e 31 de maio. As mudanças no seguro defeso fazem parte da Medida Provisória 665/ 2014, editada no final do ano passado. Não há necessidade dos pescadores se deslocarem aos postos do INSS, do Ministério do Trabalho ou à Superintendência da Pesca e Aquicultura dos seus estados para garantir o pagamento. Segundo a estratégia montada pelos Ministérios, o primeiro passo para receber o Seguro é procurar o Call Center número 135 do INSS. Lá, os pescadores poderão agendar o seu atendimento, se necessário. O que muda 1- Antes o pescador na época do defeso procurava a agência do Ministério do Trabalho e Emprego (Agências do Trabalhador) para requisitar o pagamento do seu Seguro. O pescador vai agendar o seu atendimento pelo telefone 135, receber uma senha com a data e o horário para ser atendido na agência mais próxima da sua residência. É preciso ficar atento a um ponto importante em que não houve mudança. O prazo para pedido do Seguro Defeso continua o mesmo. Vai de 30 dias antes do início do período, até o último dia do defeso. O pescador que requisitar o Seguro no último dia continuará tendo direito ao valor integral de todas as parcelas. 2 – Pela regra anterior, o pescador recebia a quantidade de parcelas equivalentes aos meses de Defeso. Agora, o limite é de 5 parcelas, independentemente da duração do defeso. 3 – Anteriormente o pescador podia receber mais de um Defeso durante o ano. Por exemplo: se um pescador da costa da Bahia estivesse autorizado a pescar camurim, que tem defeso entre os meses de maio a julho, e camarão rosa, cujo defeso é entre os meses de setembro a outubro; este pescador estaria autorizado a receber pelos dois Defesos na regra antiga. Agora, ele vai ter que escolher de qual espécie vai requerer o Defeso, uma vez que ele poderá receber um único seguro por ano. Dentro dos nossos registros históricos, isso impacta apenas 0,01% dos pescadores brasileiros. 4 – Antes, era proibido o acúmulo do seguro defeso com benefícios previdenciários. Como por exemplo, auxílio doença, aposentadoria, salário maternidade entre outros (exceto pensão por morte e auxílio acidente). Agora, pela MP 665/2014, fica vedado o acúmulo de benefícios previdenciários e também os assistenciais, como a prestação continuada do idoso, prestação continuada da pessoa com deficiência entre outros. Mantendo-se a exceção nos casos de pensão por morte e auxílio acidente. Para beneficiários de programas de transferência de renda com condicionalidades, como por exemplo, o Bolsa Família, a regra também mudou. O beneficiário deixará de receber temporariamente o benefício pelo período em que estiver recebendo o Seguro Defeso. Ao final do período em que recebe o Seguro Defeso, o pescador voltará a receber o Bolsa Família automaticamente, sem precisar se dirigir a nenhum órgão. 5 – Pela regra anterior, o pescador recebia o Seguro Defeso desde que tivesse um ano de Registro Geral de Pescador. Agora, o pescador deve ter, no mínimo três anos de Registro. 6 – Anteriormente, para receber o seguro defeso bastava pagar um mês de contribuição previdenciária. Agora, é preciso comprovar contribuição por 12 meses. Seja por meio de nota fiscal ou de recolhimento previdenciário. O recolhimento previdenciário pode ser feito em parcela única correspondente aos 12 meses. É importante deixar claro que o valor a ser pago é proporcional à produção de cada pescador. Mudanças no Registro Geral da Atividade Pesqueira No dia 1º foi publicado o Decreto 8.425, de 31 de março de 2015, que estabelece critérios para inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira. O Decreto, dentre outros dispositivos, estabelece três categorias de pescador profissional: exclusiva, principal e subsidiária. Exclusiva Pescador que tem a pesca como atividade profissional única. Principal Para quem a pesca é o seu principal meio de sustento, mas tem outro trabalho. Por exemplo, um pescador que no verão trabalha como condutor de turismo de pesca. Subsidiária Para quem a pesca não é o principal meio de vida. Exemplo: quem trabalha em uma peixaria e também pesca, mas a venda é o principal meio de sustento. Em função dessa nova classificação, as carteiras de pesca serão trocadas no decorrer do próximo ano. Hoje, na data de aniversário do pescador, ele já tem que comprovar o exercício da atividade. Nesta data já será emitida a carteira definitiva, com cada categoria especificada. Com a nova regra da MP 665/ 2014, apenas os pescadores que se enquadrarem na categoria Exclusiva terão direito a receber o Seguro Defeso. Como dito anteriormente, os pescadores não precisam correr para as Superintendências Regionais do MPA para trocar as suas carteiras. Neste primeiro ano, até que todas as carteiras sejam trocadas nas datas de aniversário dos pescadores, o INSS fará os batimentos necessários com os sistemas do Governo Federal, como por exemplo, o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), para verificar se o pescador tem outras atividades profissionais ou recebe outros benefícios que o inviabilize receber o Seguro Defeso. Apesar de não ter direito a Seguro Defeso, as categorias “principal” e “subsidiária” continuam tendo direito a todos os outros benefícios sociais e previdenciários que o estado brasileiro oferece aos trabalhadores.

Rebimar define com os pescadores o uso dos recifes artificiais

O Rebimar (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha), patrocinado pela Petrobras, realizará, nesta semana, reuniões com pescadores de Pontal do Paraná para definir o Plano de Uso dos Recifes Artificiais. As reuniões serão realizadas nas comunidades pesqueiras de Barrancos, Carmery, Shangri-lá, Ipanema, Atami e Pontal do Sul. O objetivo é construir, em conjunto com os pescadores artesanais, um documento que defina as principais formas de uso dos recifes e seus usuários. “A participação dos pescadores artesanais é fundamental. Precisamos que todos participem para que possamos entender melhor onde e como os pescadores utilizam as áreas de recifes. Trabalhando conjuntamente, teremos resultados muito melhores sobre o uso dos recifes, pois é somente eles podem nos dizer o que acontece lá”, relata Pedro Amadeus Weiser, técnico de Pesca da Associação MarBrasil. Cronograma das reuniões: Segunda-feira (6) Comunidade: Barrancos Local: Galpão Horário: 17h30 Terça-feira (7) Comunidade: Carmery Local: Camping Horário: 17h30 Quarta-feira (8) Comunidade: Shangri-lá Local: Colônia de Pesca Horário: 17h30 Quinta-feira (9) Comunidade: Ipanema Local: Escola Anita Miro Vernalha Horário: 17h30 Sexta-feira (10) Comunidade: Pontal do Sul Local: Vila dos pescadores Horário: 17h30 Fonte e foto: Mar Brasil

Prefeitura de Guaratuba oferece 17 vagas temporárias

A Prefeitura de Guaratuba abre inscrições nesta segunda-feira (6) para selecionar 10 agentes de endemias, 5 auxiliares de cuidador social e 2 cuidadores sociais. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de abril. Não serão cobradas taxas de inscrição. O Processo Seletivo Simplificado visa contratação temporária por 12 meses, podendo ser prorrogadas por igual período se houver necessidade. Os salários para auxiliares de cuidador social são de R$ 855,73 e de cuidador social de R$ 1.580,78. Ambos terão de trabalhar em plantões de 12 horas com 36 horas de folga, em períodos diurnos e noturnos. As inscrições devem ser feitas das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Secretaria Municipal de Bem Estar e Promoção Social, que fica na avenida Água Verde, 1092, no bairro Piçarras. Os salários-base dos agentes de endemias serão de R$ 855,73, acrescidos de R$ 158,00 e mais 20% de adicional de insalubridade para uma jornada de 40 horas semanais. As inscrições devem ser feitas das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Secretaria Municipal de Saúde, que funciona ao lado do Hospital Municipal de Guaratuba, na rua Capitão João Pedro, 188, Centro. Mais informações e editais do concurso no site oficial do Município http://www.guaratuba.pr.gov.br/portal/index.php/noticias/saude.html Alerta Vermelho A contratação dos agentes de endemias visa atender o programa de combate à dengue. Na segunda-feira (30), a prefeita Evani Justus decretou que o Município está em “alerta vermelho” em virtude da constatação da presença em Guaratuba e no município vizinho de Matinhos, de focos do mosquito Aedes aegypti, e ainda do registro de casos de dengue nos municípios catarinenses de Itapoá e Joinville. De acordo com relatório da Secretaria de Estado da Saúde divulgado na sexta-feira (27), desde agosto de 2014, 4.512 casos da doença já foram confirmados no Estado, sendo 4.152 autóctones e 360 importados. No Litoral, foram 29 casos notificados e apenas um confirmado – um caso importado verificado em Paranaguá. Paranaguá teve 22 notificações, Guaratuba, 3; Antonina, 2; Morretes e Pontal do Paraná, 1 cada. Apesar dos números tranquilizadores, o Litoral do Paraná é uma das regiões que apresenta as condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento e dispersão do mosquito da dengue. O volume de chuvas acima da média no mês de março motivam uma atenção ainda maior das autoridades sanitárias.

O insustentável desamparo das comunidades tradicionais

Reportagem do site oficial do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange sobre o flagrante de transporte de mais 12 mil folhas de guaricana mostra um dos resultados da mudança no modo de vida tradicional das comunidades rurais de Guaratuba.O produto apreendido foi extraído por um pai e seus dois filhos menores que deixaram de viver na área afastada no limite entre os municípios de Guaratuba e Matinhos e apenas voltam para colher as folhas destinadas aos mercados das grandes cidades. De acordo com estudo na comunidade rural de Rasgadinho citado no texto, o que era um recurso natural importante, e que por isto era preservado, passa a ser um mero produto vendável. Nos últimos anos, ocorreu um avanço significativo na criação de unidades de conservação e de políticas ambientais. Mas pouco se fez para proteger e atender as necessidades das comunidades tradicionais, na região e no país. Leia a reportagem: Fiscalização apreende folhas de guaricana cortadas dentro do PNSHL No dia 13 de março, 50 “malas” (fardos) contendo aproximadamente 12.500 folhas de palmeira guaricana (Geonoma sp., popularmente conhecida como “palha”), foram apreendidas dentro do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange (PNSHL) na região da estrada do Parati, na divisa entre os municípios de Matinhos e Guaratuba. Apesar de não constarem da recente Lista Nacional de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente, duas das espécies de guaricana aparecem na última lista da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul, de dezembro de 2014. Os frutos e sementes de tais espécies têm grande importância alimentar para a fauna nativa (Galbiati et al., 2009). Uma equipe do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange e pesquisadores se deslocava para um riacho, quando se deparou com um caminhão suspeito parado na estrada do Parati, bloqueando a via. O condutor do veículo foi abordado e, durante vistoria na carroceria, foi flagrada a carga de folhas de guaricana em seu interior. A equipe de fiscalização do Parque identificou quatro pessoas envolvidas na infração ambiental: além do proprietário do caminhão, que realizava o transporte da carga, estava presente o responsável pela extração da “palha”, acompanhado por dois filhos menores de idade, que o auxiliaram na extração e amarração das folhas de guaricana. Os envolvidos não residem nas redondezas, tendo feito uma longa viagem até a área específica do Parque de onde cortaram a “palha”. O responsável pela extração da “palha” já havia sido autuado por ilícito idêntico em 2014, na mesma localidade. Ele informou à equipe de fiscalização que estava na região há semanas e havia sido responsável, com a ajuda de seus filhos, pela retirada de aproximadamente 35.000 folhas. Considerando que cada estipe (“pé” de palmeira guaricana) apresenta em média 8 a 15 folhas (mas nem todas nas condições ideais de corte), calcula-se que o montante de ramos tenha sido proveniente de aproximadamente 5.000 “pés” de palmeiras guaricana. O proprietário do caminhão, por sua vez, era responsável por empreitar a mão de obra para obtenção do produto e por vendê-lo através de terceiros nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde abasteceria floriculturas (coroas fúnebres, arranjos florais) e empresas que fazem coberturas rústicas (quiosques, bangalôs etc). Foram lavrados dois autos de infração: um pelo transporte de produto de origem vegetal (folhas de guaricana), extraído no PARNA Saint-Hilaire/Lange sem autorização do ICMBio, e outro pela exploração comercial de subprodutos não madeireiros (folhas de guaricana) no PNSHL. Além disso, a equipe de fiscalização do Parque apreendeu o caminhão, bem como comunicou o Conselho Tutelar de Guaratuba sobre a participação dos adolescentes menores de idade no ilícito ambiental. As “malas” de folhas de guaricana foram doadas à FUNAI, a fim de serem distribuídas entre as aldeias indígenas existentes no litoral do Paraná e regiões próximas – sob critérios da Coordenação Técnica Local da Funai em Paranaguá. Para os indígenas, as folhas serão utilizadas para cobrir as casas de reza, presentes em cada aldeia. Aprofundando um pouco mais o tema Além da guaricana, o “esquema” da extração comercial de produtos vegetais de florestas envolve ainda a extração/retirada de outros produtos em florestas de diversas regiões do sul do Brasil. Entre eles, estão: samambaias, musgos, cipó-preto, bromélias e guaricana. Muitos desses produtos são provavelmente retirados de diversas Unidades de Conservação de proteção integral e de áreas particulares – neste último caso, com ou sem autorização ou consentimento por parte dos proprietários. E, na maioria das vezes, sem o manejo adequado que garantiria a “produção” sustentável de tais produtos florestais. Vários adolescentes menores de idade trabalham como extratores para ajudar os adultos da família. Não há qualquer relação formal trabalhista entre os envolvidos na cadeia de tais produtos. Apesar de muitos intermediários e o varejo terem bons lucros com a revenda destes produtos, tal “mercado” parece ser totalmente informal. De acordo com VALENTE (2009), que fez um estudo na comunidade rural de Rasgadinho (município de Guaratuba – PR), “quando havia a dependência da comunidade deste recurso para sua subsistência, certamente havia uma outra relação de importância com a escassez do mesmo. Já com a mudança de paradigma que tornou a palha não mais um recurso de uso doméstico, mas agora uma matéria prima vendável e de alto valor para o nível socioeconômico da comunidade, ao invés de esta preocupação aumentar e a comunidade passar a valorizar mais ainda este produto, a não regulamentação da atividade faz com que a comunidade não se identifique como uma sociedade extrativista”. Ainda, segundo a autora, “durante o período de estudo, observou-se um aumento na demanda pelo recurso. No primeiro ano da pequisa, segundo o relato dos extratores e do intermediário local, eram cortadas e

Ibama apreende 600 kg de peixe sem nota fiscal em Guaratuba

O Ibama Paraná apreendeu na madrugada desta quinta-feira (2) 600 Kg de pescados sem comprovação de origem, durante atividade de fiscalização no ferryboat que faz a travessia da baía de Guaratuba. A ação de fiscalização contou com o apoio da Polícia Federal e faz parte da Operação Brasiliensis, onde o Ibama tem atuado para coibir crimes ambientais relacionados à captura, transporte, armazenamento e outros ilícitos relacionados com atividade de pesca, especialmente no período de defeso do camarão, compreendido entre os dias 1º de março a 31 de maio. Em decorrência da não apresentação de nota fiscal para o pescado, oriundo do município de Itajaí no Estado de Santa Catarina, toda a carga foi apreendida e doada para entidades beneficentes do litoral do Paraná. Além da apreensão do pescado irregular, houve a apreensão do caminhão utilizado na infração e aplicação de multa no valor de R$ 17.000,00. O Superintendente do Ibama no Paraná, Jorge Augusto Callado Afonso, destaca “a importância da apresentação da nota fiscal na compra, armazenamento e transporte de produtos pesqueiros, como garantia de origem do produto.” Ainda de acordo com o superintendente, a ação realizada faz parte das atividades de fiscalização federal previstas para o Paraná em 2015. Fonte: Ibama-Paraná

Hospital em Guaratuba prevê 120 leitos, 20 UTIs e 7 especialidades

A prefeita Evani Justus e a Fundação Pró-Hansen apresentaram, nesta quinta-feira (2), aos vereadores, o projeto de um hospital filantrópico em Guaratuba. A intenção é construir um hospital geral com ambulatório e atendimento de medicina básica, de média e de alta complexidade. Entre as especialidades previstas terá cardiologia, oncologia, neurologia, ortopedia, traumatologia, dermatologia e pediatria. Outras especialidades poderão se incluídas se houver demanda. A apresentação dos detalhes do projeto foi feita pelo presidente do Conselho Administrativo da Fundação, Wanderlei Garcia Donini. De acordo com ele, além da medicina, a instituição pretende atuar em ensino e pesquisa e ajudar na formação e qualificação profissional com cursos, estágios e residências médicas. O projeto do hospital prevê um a´rea construída de 8.000 metros quadrados, com 120 leitos, sendo 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – 60% deles destinados a pacientes do SUS. Deverão ser investidos R$ 50 milhões no empreendimento, boa parte bancada por instituições internacionais como o Banco Mundial. A despesa mensal estimada é de R$ 2 milhões, que deverão ser pagas pela parte do SUS e por convênios médicos. Donini calcula que o licenciamento da obra e ainda de órgãos como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária poderá levar um ano. A partir deste prazo se inicia a licitação da obra, necessária por ser uma instituição filantrópica. O início de funcionamento do hospital deve acontecer em três anos, prevê o administrador. A construção do hospital depende primeiramente da doação de um terreno de 20 mil metros quadrados, equivalente à quase metade da área de 41 mil metros quadrados onde fica o Estádio Municipal Acir Braga, no bairro Piçarras – entre a avenida Mafra e rua Paranavaí e entre as ruas Tocantins e Randolfo Bastos. A outra metade da área, será destinada ao “Campus da Saúde”, para instalação de empresas e instituições ligadas ao setor. A doação precisa ser aprovada pelos vereadores. O secretário de Segurança Pública e Assuntos Jurídicos, Jean Colbert Dias, explicou que o projeto que será enviado à Câmara prevê prazos após a transferência da área, para a Fundação iniciar as obras e para o funcionamento do hospital. Em caso de descumprimento, a área e todos os investimentos passam para o Município.

Projeto para estradas rurais atende agricultura e dez comunidades

A Prefeitura de Guaratuba continua consertando os estragos provocados chuvas na área rural em um projeto que vai melhorar muito as condições de acesso para as comunidades da região. O projeto de Recuperação da Trafegabilidade das Estradas Rurais é realizado em convênio entre a prefeitura e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O trabalho é executado com as máquinas do PAC pela equipe da Secretaria de Obras, com acompanhamento e apoio da Secretaria de Pesca e Agricultura. Os recursos foram conseguidos em virtude de Guaratuba ser um importante produtor rural, sendo o principal do Estado no cultivo de banana. A manutenção das estradas é fundamental para escoamento da produção além de elas serem as únicas vias de acesso para diversas comunidades. No projeto apresentado ao governo estadual, a a Secretaria de Pesca e Agricultura explicou a importância da manutenção permanente, sobretudo nos meses de mais chuva, costumeiramente março e agosto. Dez comunidades atendidas Ao todo serão recuperados e mantidos 46 quilômetros, em quatro trechos: 1) Do Caovi, na divisa com Santa Catarina (Garuva), até o local da balsa do rio Furado, num trecho de 23 km. 2) Da Escola do Cubatão até o início da trilha ecológica, com 6 km. 3) Do rio Cubatão até a foz do Ribeirão Grande, com 20 km. 4) Estrada da Limeira até o limite com o município de Morretes, com 7 km. O projeto vai atender dez comunidades: Caovi, Pai Paulo, Taquaruvu, Vitório, Cubatão, Cubatãozinho, Rasgado, Rasgadinho, Ribeirão Grande e Limeira. De acordo com o secretário de Pesca e Agricultura, Paulo Pinna, o trabalho poderá ser concluído em 90 dias. Territórios da comunidade pesqueira A Secretaria de Pesca e Agricultura também está promovendo a regularização de dois portos públicos na Barra do Saí. Após realizar o levantamento topográfico, a Prefeitura já está encaminhando a documentação à Superintendência do Patrimônio da União no Paraná. O trabalho vai garantir os definitivamente espaços à comunidade pesqueira contra a especulação imobiliária e a crescente urbanização do bairro.

Conceição de Itanhaém: 483 anos de idade

Para uns trata-se da segunda cidade fundada no Brasil. Outros apenas a incluem entre as cinco ou dez primeiras, já que não há fonte precisa para determinar se realmente São Vicente foi a primeira, ou São João Batista de Cananéia, São Francisco do Sul ou mesmo Angra dos Reis…Historiadores também divergem, apontando Pedro Namorado como sendo o conquistador daquele sítio ameno tomado dos guaranis. Há, no entanto, quem assevere que foram os castelhanos João Rodrigues e Antonio Soares, por volta de 1549 que ali iniciaram a povoação fincando a cruz no pé do outeiro. Paulino de Almeida e Pedro Taques, entre outros historiadores gabaritados, inclusive frei Vicente do Salvador, assinalam que o português Martim Afonso de Souza na sua passagem pelo litoral da Capitania de São Vicente foi quem escolheu aquele despraiado formoso à beira da última curva do rio que os bugres chamavam de ita nha y em, ou no vernáculo, pedra que canta, e lá determinou fosse erguida a ermida no alto da penha em louvor a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, cedendo o sagrado nome para a povoação. O que importa é que 22 de abril de 1532 é considerada a data oficial de fundação daquela que por seus primados naturais e tantos encantos ao longo de seus 483 anos, tem acolhido prazerosamente incontáveis turistas que a visitam o ano inteiro para gozar das praias e das belezas que a circundam, desde o pé da Serra do Mar, no seio da Mata Atlântica, até os grotões por onde serpenteiam seus rios, ribeirões, cachoeiras e lagos, passando por suas encantadoras ilhas e ilhotas de seu tricotado litoral. Apinhada o ano inteiro, sempre soube receber os que a procuram para conhecer seus encantos e as incontáveis relíquias de sua rica história que se confunde com a epopeia paulista e brasileira. Ao longo desses séculos tem recebido carinhosamente os anônimos turistas e igualmente migrantes que para lá se dirigem estabelecendo seus domicílios. É sabido que Anita Malfati, Antonio Volpi, Tarsila do Amaral, artistas plásticos e letrados, entre os quais, Paulo Bonfim que empresta seu nome à biblioteca municipal, iguais a tantos, também adotaram ali como seus principais domicílios. Vale recordar que Hans Staden também marcou sua passagem e estadia pela Vila, como outros ilustres personagens que se deixaram envolver pela cordialidade de seus caiçaras e encanto de tão bucólico sítio. Naqueles confins da Praia Grande, berço de destacados filhos, abrigou desde a tenra história os devotos missionários jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, que por la estiveram antes de desbravarem o sertão e subirem a serra e no então desconhecido planalto de Piratininga, às margens do Anhembi erguer a escola dedicada à São Paulo e plantarem a semente da pujante capital ainda no século XVI. Conceição de Itanhaém indicam os assentos oficiais a partir de 1625 durante a governança da condessa de Vimeiros, Mariana de Souza Guerra, herdeira de Martim Afonso de Souza tornou-se cabeça de Capitania, tendo ampla jurisdição desde Cabo Frio ao norte, estendendo-se pelos sertões do Vale do Paraíba e atingindo a Ilha do Mel, ao sul. Nesse período fausto e de enérgico poder político, que Sorocaba, Iguape e Paranaguá foram fundadas por ordem da já donatária da Capitania, como assinalam forais, mapas, sesmarias, e atas da Câmara de São Vicente que registram Taubaté e Pindamonhangaba entre outras tantas vilas, fundadas e desmembradas da então pujante Conceição de Itanhaém. Uma progressista Vila que fora Capital de tão imenso território e ainda hoje segue sua história, salientando-se pela importância e estratégia. Foi na Vila erudita e cultural que em 1888, sob a liderança de Beneticto Calixto de Jesus, talvez o mais ilustre de seus filhos, historiador, antropólogo, pintor e grande pensador que correu o mundo registrando o nome de sua cidade natal através de seus escritos, telas e infinidades de afrescos, ilustres personagens da sociedade, criaram a Associação Cultural Gabinete de Leitura, que em poucos anos, já dispunha de acervo de livros, documentos, mapas e promovia espetáculos teatrais, cursos e toda iniciativa voltada para as letras e artes, sendo apontada como a primeira biblioteca erguida no país fora dos limites da Corte. A importância da Vila era tamanha que no início do último século, Rui Barbosa enfrentando os perigosos cinquenta quilômetros de praia arenosa e suas marés oscilantes na memorável Campanha Civilista, lá chegou de automóvel para visitar companheiros de seu partido e a sede do município que se estendia desde Xiririca e Iporanga no sudoeste, até o boqueirão da Praia Grande. E merece registro igualmente que a Câmara de Vereadores de Conceição de Itanhaém foi a primeira a ser instalada e funcionar regularmente no Império do Brasil. Por isso e por mais isso e tudo isso teço respeitosas considerações. Curvo-me à história viva de tão precioso relicário do passado colonial para qual fui conduzido ainda na tenra primeira infância pelas mãos firmes e sábias de meus pais que me oportunizaram conhecer. E nesse tempo de festa que abril é para Itanhaém abraço os filhos naturais ou como eu, que adotaram e foram adotados pela Vila, que se trata de recanto risonho, ou como consta nas armas de seu brasão, Angulus Ridet. Longe desse sítio inesquecível, resta-me apenas, distante como estou lavrar algumas letras memoráveis, a par de manter hasteada sua bandeira e vê-la tremulando radiante e alegre no desterro que as imposições inquestionáveis do destino nos impõe. Do meu jardim, distante e saudoso, comemoro admirando as armas expostas no centro do fundo azul da tradicional bandeira, a vendo tremular, espalhando o brilho da magnitude que espelha e representa. Parabéns Conceição de Itanhaém! ________________________________________________ Roberto J. Pugliese Foi diretor da 83ª Subsecção da OAB-SP por 10 anos. Foi fundador do Lions Clube Itanhaém-Praia. Membro da Academia Itanhaénse de Letras. Foi assessor jurídico da Câmara Municipal da Estância Balneária de

PF e PM apreendem 400 kg de maconha que iriam para Matinhos

Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado das Polícias Militar e Federal apreenderam, na tarde de segunda-feira (30), 400 kg de maconha que seriam levados para Matinhos. Foram presos quatro homens – dois irmãos paraguaios de 25 e 21 anos que transportavam a droga e outros dois, moradores de Matinhos de 30 e 23, que seriam os compradores. A identidade dos presos não foi divulgada. A droga estava escondida no tanque de combustível de um caminhão. Segundo as informações repassadas pelo oficial da PM integrante do grupo, capitão Alexandre Lopes Dias, os policiais receberam informações de que haveria uma negociação de drogas num posto de combustíveis na BR 277 próximo ao acesso da PR 508 (Alexandra-Matinhos), e monitoraram o local até a chegada dos suspeitos. Em dado momento, um Honda Civic estacionou no local, dois homens desceram e foram falar com a dupla que estava num caminhão, com placas do Paraguai. As equipes anunciaram a abordagem e vistoriaram os veículos, encontrando no tanque de combustíveis do caminhão a maconha, que após pesada somou os 400 kg da droga. Os quatro presos, a droga e os veículos foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal de Paranaguá.