Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Vereadores votam reajuste para os servidores de Guaratuba

Os vereadores aprovaram, na manhã deste sábado (28), em sessão extraordinária, reposição salarial de 5,385% para os servidores efetivos da Prefeitura e da Câmara. Os dois projetos de lei terão de ser votados em segundo turno na próxima sessão, segunda-feira (30). Durante a sessão também foram aprovados dois projetos do Executivo. Em segunda votação, foi aprovado o PL 1.351, que autoriza o município a participar do Consórcio Intergestores Paraná Saúde. O consórcio reúne municípios e tem apoio da Secretaria de Estado da Saúde para compra conjunta de medicamentos da farmácia básica. Em primeira votação, o PL 1.356 amplia o prazo para a prefeitura pagar requisições de pequeno valor – artigo 2º da Lei Municipal nº 1.402/2010. O projeto entra em segunda discussão na próxima segunda. Ainda foram apreciados três vetos da prefeita Evani Justus. Foi mantido os vetos aos projetos de lei 553 (que institui a coleta seletiva de lixo tecnológico). Também mantido o veto parcial às mudanças feitas na Câmara ao PL 1.345, sobre a avaliação anual dos servidores. Foi derrubado o veto ao PL 565, que instituiu o Dia Municipal do Diabetes. Fonte: Câmara Municipal de Guaratuba

Leitora identifica corpo encontrado em Guaratuba

Leitora do Correio do Litoral.com identificou o corpo da mulher encontrado em Guaratuba como sendo de Micheline Cordeiro de Oliveira, moradora de Barra do Sul (SC). Na manhã desta sexta-feira, o marido reconheceu o corpo. Segundo Paola Fantoni, as tatuagens divulgadas pelo Correio são idênticas a de Micheline, de 35 anos. “Meu Deus essa é a moça desaparecida de Balneário Barra do Sul Chelle D Oliveira, reconheci a tatuagem dela”, comentou no site na noite desta quinta-feira. O perfil da dona de casa desaparecida desde o dia 8 de junho no Facebook é Chelle D Oliveira (https://www.facebook.com/micheline.o.cordeiro). A coincidência já havia sido verificada por familiares. Segundo o jornal Notícias do Dia, de Joinville, o marido de Micheline viajou na noite desta quinta-feira (26) para Guaratuba para confirmar as suspeitas. Ele deverá seguir para o Instituto Médico Legal, que fica em Paranaguá, para fazer o reconhecimento. O ND divulgou imagens da tatuagem de Micheline que coincidem com a do corpo. De acordo com o jornal, a possível vítima estaria em processo de separação do marido, Cleverson Cordeiro, e teria viajado com um namorado, identificado apenas pelo primeiro nome, Gabriel. Na manhã desta sexta-feira (27), Cordeiro esteve no IML e reconheceu o corpo pelas tatuagens, roupas e um anel. As mensagens que “Chelle” publicou no Facebook mostram o espírito dela nos últimos dias. No dia 5 de outubro, três dias antes de desaparecer, postou: “Fechar ciclos, arrancar o mal pela raiz, tirar do lado quem faz mal. Daqui pra frente, só o que me faz bem quero por perto. Nada que me prenda, me maltrate, que me sufoque, que me põe pra baixo. Nem que doa, isso vai mudar. Tô precisando sacudir a poeira, dar a volta por cima e começar de novo. Menos máscaras, mais leveza. Respirar fundo e tentar ser feliz. Hora de me renovar.” No dia 1º de junho, publicou um texto que demonstra uma disposição que pode ter sido decisiva para seu destino: “Quando seu passado chamar, não atenda. Ele não tem nada a dizer”. O Correio do Litoral.com entrou em contato com a Delegacia de Guaratuba no início da manhã desta sexta e conversou com o investigador Airton Antonio de Assis que já havia lido a matéria do ND e vai reforçar a investigação em contato com a Delegacia de Barra do Sul e com a leitora do Correio. Ele agradeceu a divulgação das imagens pelo Correio assim como por diversos veículos de comunicação. Barra do Sul fica a 40 quilômetros de Joinville. Durante a manhã, o Correio conversou pela Internet com diversos amigos e conhecidos de Micheline. Todos consideram que a identificação é inequívoca: é ela mesmo. Contaram que ela tinha um casal de filhos, era uma boa mãe, boa vizinha, uma pessoa carinhosa com todos. Soubemos o número do telefone celular do marido (apesar de ela ter se colocado como "solteira" no Facebook), mas decidimos não ligar. Mais informações obteremos com as autoridades. No início da noite, a jornalista Rosana Ritta, editora do jornal Notícias do Dia postou o seguinte comentário nesta matéria: “Olá, pessoal do Correio, além de ser a jornalista que descobriu o fato, sou amiga da Micheline desde que ela casou com o Cleverson há 18 anos e fico muito triste em ter sido a primeira a identificar seu corpo graças a esta coincidência das tatuagens, aliás, fui eu quem deu a notícia da morte a ele. Parabéns pelo trabalho sério de vocês e obrigado pelo crédito. Vou retribuir.” As imagens do corpo  Fotos de Micheline

Pescadores de Itapoá e S. Francisco fazem acordo de R$ 65 milhões com Norsul

Um acordo no valor de R$ 65 milhões com a Norsul vai render indenizações para cerca de 2.300 pescadores de São Francisco do Sul e Itapoá. em Santa Catarina. Pelo acordo acabam os processos que tramitavam na Justiça desde o fim de 2008, quando uma barcaça carregada com 344 bobinas de aço afundou na baía da Babitonga e ocasionou vazamento de óleo nas praias próximas. A audiência que firmou o acordo ocorreu na quarta-feira (18) e contou com a presença dos advogados dos pescadores e da empresa responsável pelo acidente. Para Emerson Souza Gomes, do escritório Pugliese e Gomes Advocacia, um dos escritórios responsáveis pela ação, o acordo é benéfico a todos. “Este processo constitui um marco histórico na luta pela preservação da natureza. Não só pelos valores das indenizações e da repercussão social, mas também pelo estímulo à prevenção de acidentes ecológicos”, diz o advogado. Texto: Carolina Spricigo / PalavraCom

Cislipa faz novo teste seletivo para o Samu/Litoral

O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa), realiza teste seletivo com 14 vagas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As inscrições devem ser feitas entre os dias 30 de junho e 4 de julho, na Subsede Administrativa do Consórcio (rua Noêmio Gabriel Sima, nº. 138, prédio do Provopar, Praia de Leste, Pontal do Paraná). Não haverá taxa de inscrição. Podem participar da seletiva, candidatos de nível médio e superior. Há oportunidades pra as funções de condutor de veículo de emergência, rádio-operador, técnico auxiliar de regulação médica, técnico de enfermagem, técnico de informática, enfermeiro e farmacêutico. Os profissionais vão atuar em regime de 20, 36 e 44 horas semanais, com remunerações que variam de R$ 915,00 a R$ 1.800,00. Prova Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetivas, eliminatórias e classificatórias, na data provável de 10 de julho de 2014. O teste seletivo terá validade de um ano, com possibilidade de ser prorrogado. Samu/Litoral Os contratados vão atuar nas Bases Descentralizadas e Central de Regulação do Samu nos municípios de Pontal do Paraná, Paranaguá, Morretes, Matinhos, Guaratuba, Guaraqueçaba e Antonina. O serviço do Samu/Litoral é custeado em parceria entre o governo federal, governo estadual e prefeituras. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) é um serviço de atendimento médico brasileiro, utilizado em casos de emergência que funcionam 24 horas por dia. O Samu/Litoral realizou 10.313 atendimentos nas Bases Descentralizadas (ambulâncias Bravos suporte básico) tripulada por um técnico em enfermagem e um motorista socorrista, no período de março de 2013 a março de 2014 e 2.301 atendimentos pela Central de Regulação – (ambulância Alfa - UTI Móvel) tripulada por um enfermeiro, um médico intervencionista e um motorista socorrista. Destes atendimentos, foram registrados nas bases descentralizadas: 951 atendimentos a Antonina, 1.647 atendimentos a Guaratuba, 1607 atendimentos a Matinhos, 810 atendimentos a Morretes, 3727 atendimentos a Paranaguá (Paranaguá/Guaraqueçaba) e 1571 atendimentos a Pontal do Paraná. Dos 2301 atendimentos da Ambulância Alfa da Central de Regulação, foram realizados 159 atendimentos a Antonina, 281 atendimentos a Guaratuba, 66 atendimentos a Guaraqueçaba, 259 atendimentos a Matinhos, 134 atendimentos a Morretes, 1212 atendimentos a Paranaguá e 190 atendimentos a Pontal do Paraná.

Informe do Município de Guaratuba

As atividades da semana. Nova iluminação do Ginásio José Richa A Secretaria de Esporte e Lazer de Guaratuba iniciou na terça-feira (24), o campeonato de Futsal dos Náuticos, no Ginásio de Esportes José Richa. Os jogos acontecem todas as terças-feiras, à noite, sob nova iluminação do ginásio. Alimentos doados A secretária de Bem Estar e Promoção Social Nilsa Borges recebeu esta semana o organizador do evento de som automotivo Advox Fest Car, Adilson Pereira de Souza, os alimentos arrecadados entre os participantes. O Advox Fest Car acontece no dia 25 de maio, na Chácara do Cotia. Fonte e fotos: Comunicação Social da Prefeitura de Guaratuba

Encontro mostra realizações da Educação Ambiental no Litoral

Acontece sexta (27) e sábado (28), na UFPR Litoral, em Matinhos, o I Colóquio de Educação Ambiental. Haverá pausa para o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. O evento está sendo organizado pelo curso de Especialização em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis. Além dos alunos do curso, professores de educação básica, estudantes de graduação e pós-graduação de toda a região vão apresentar pesquisas e projetos Os certificados de participação serão entregues no sábado das 15h às 16h30. Para acessar o ensalamento e os horários das apresentações dos trabalhos clique aqui. Cronograma Geral Sexta-feira e sábado (Manhã) 8h30 - apresentação 9h - apresentação 9h30 - diálogos 10h15 - intervalo 10h45 - apresentação 11h15 - diálogos Sexta-feira (Tarde) 13h30 - apresentação 13h50 - apresentação 14h15 - diálogos 15h30 - intervalo 16h - apresentação 16h20 - apresentação 16h40 - diálogos Sábado (Tarde) 13:00 as 15:00 - Intervalo Jogo Seleção Brasileira. 15h00 - apresentação 15h20 - apresentação 15h40 - diálogos 16h30 - apresentação 16h50 - apresentação 17h10 - diálogos Fonte: UFPR Litoral

Advogados de pescadores do Litoral são presos em Curitiba

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (25), em Curitiba, os advogados Levi de Andrade e Jorge Luiz Mohr. Os dois atuam no caso dos pescadores do Litoral do Paraná que buscam na Justiça indenização no caso do rompimento do Poliditudo Olapa e do acidente com o navio Norma, ambos em ocorridos em 2001. Para vários jornalistas, a assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que só confirmaria os nomes dos detidos durante a entrevista coletiva que acontecerá na tarde desta quinta-feira. As imagens em frente ao escritório de Levi Andrade e os mandados de prisão publicado no jornal “Eco Paranaguá & Litoral” não deixam dúvidas. Ao repórter Oswaldo Eustáquio, da Gazeta do Povo, a polícia adiantou que a prisão foi realizada pela delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC). Gazeta do Povo No mês de abril, a Gazeta do Povo publicou uma série de reportagens que revelou que pelo menos 18 pescadores não receberam os valores referentes as suas indenizações. Os valores foram sacados no banco pelos procuradores, mas o dinheiro não chegou as mãos dos pescadores. Após as denúncias, dezenas de pessoas se dirigiram ao Ministério Público (MP), para reclamar que também não receberam suas devidas indenizações. O MP abriu procedimento investigatório contra advogados de dois escritórios de advocacia e foram registrados na delegacia de Polícia Civil de Paranaguá pelo menos 50 novos boletins de ocorrência. Processos Os processos milionários que envolvem este caso causaram uma série de acusações entre os escritórios de advocacia envolvidos, que respondem também a processos disciplinares na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR). Operação Arrastão Nesta quinta-feira (26) a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) falou das prisões e das buscas em escritórios de advocacia realizadas em Paranaguá e Curitiba, que levou o nome Operação Arrastão. O delegado-titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira, confirmou os nomes dos advogados Levi de Andrade, 54 anos, e Jorge Luiz Mohr, 62 anos. A policía acrescentou que Andrade é agente aposentado da Polícia Federal. “Eles utilizavam meios ilegais de captação de clientes de outros escritórios de advocacia, com o intuito de obtenção de vantagem patrimonial ilícita”, afirmou o delegado. Oliveira explicou que os acusados assediavam as vítimas de acidentes ambientais, formados principalmente por pescadores dos municípios de Paranaguá, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba, através de palestras, cultos evangélicos e reuniões em centros comunitários e vilas de pescadores. “As promessas feitas eram de aumentar o valor das indenizações fixadas pela Justiça e agilização no pagamento. O grupo estava agindo desde meados de 2013. Estima-se, inicialmente, que o golpe está em torno de R$ 2 milhões”, afirmou o delegado, destacando que centenas de procurações foram apreendidas nos escritórios. Com informações de Oswaldo Eustáquio / Gazeta do Povo Foto: Eco Paranaguá & Litoral

Comunidades tradicionais litorâneas lutam para não desaparecer

Comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras que vivem no litoral entre o Rio de Janeiro e São Paulo correm o risco de desaparecer. Elas sofrem com a grilagem de terras na Serra do Mar, com o turismo de escala e com a falta de políticas públicas, como educação e infraestrutura. Para chamar a atenção sobre esses grupos, o Fórum das Comunidades Tradicionais de Angra, Paraty e Ubatuba lança sábado (28) a campanha "Preservar é resistir- Em defesa dos territórios tradicionais". Será em Ubatuba. De acordo com o integrante do fórum Vagner do Nascimento, um dos principais problemas na região é a sobreposição de unidades de conservação nas comunidades. Ele diz que a situação “engessa” a população e desassocia o homem da natureza, fator que garantiu a sobrevivência desses grupos até hoje. Na região, moradores e especialistas querem a recategorização das unidades para parque estadual ou reserva extrativista - modalidade criada pelo ambientalista Chico Mendes. O vice-presidente da Associação de Moradores do Pouso da Cajaíba, na Reserva da Juatinga, Francisco Xavier Sobrinho, explica que, na prática, morar em uma reserva significa ficar impedido de usar a natureza para sobreviver. Não se pode construir casas de barro, prática agroecológica, as tradicionais canoas caiçaras - esculpidas em um único tronco -, plantar e pescar. “ Precisamos resistir para continuar aqui e assegurar o que temos para as novas gerações”, disse. Na divisa dos estados, o fórum destaca que a legislação atual prejudica as comunidades quilombolas Cambury e Fazenda Caixa, dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina e do Parque Estadual da Serra do Mar. Em ambas, as práticas culturais são reprimidas. “Ou seja, a pessoa vive na pobreza em um território rico porque está impossibilitada de viver com dignidade, conforme suas gerações passaram”, observou Vagner. Mais próximo da cidade histórica de Paraty, o fórum denuncia que a sobreposição de unidades não permite a chegada de energia elétrica e a pavimentação de estradas, para não causar impacto ambiental. A situação afeta comunidades caiçaras na costa e indígenas da Aldeia Araponga. Vivendo em uma área apertada, o grupo tem dificuldade de acesso à água, a serviços de saúde, está superlotada e tem problemas com o descarte adequado de lixo. “Os indígenas têm o território, que originalmente é deles, ameaçado pela especulação imobiliária para a abertura de novas áreas para condomínios e pousadas”, acrescentou o integrante do fórum. Outro problema causado pela especulação imobiliária é a restrição imposta por condomínios de luxo a caiçaras de praias como a do Sono, que perderam o acesso ao mar. Agora, precisam passar por dentro do condomínio, em um carro cedido pelos administradores para chegar aos barcos. O turismo na costa e em áreas de berçários de peixes, como o Saco do Mamanguá, também avança e está entre as preocupações, em defesa da pesca artesanal. Para mostrar como vivem, as comunidades fizaram um vídeo de cerca de dez minutos que lançam junto com a campanha “Preservar é resistir”, na festa de São Pedro Pescador, sábado (28). Reportagem: Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil – Edição: Graça Adjuto Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

PT do Litoral conclui curso e prepara campanha de Dilma e Gleisi

Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) do litoral do Paraná concluíram neste mês o Curso de Formação para Dirigentes. O terceiro e último encontro foi no dia 14, no antigo Clube Nordestino em Paranaguá. A notícia foi publicada no Jornal dos Bairros nesta quarta-feira (25). O evento contou com a participação dos deputados estaduais do partido Péricles de Mello e Tadeu Veneri e do deputado federal Ângelo Vanhoni, além da secretária de Mulheres de Curitiba, Roseli Isidoro e de Vanda Santana, do Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual do PT. O vereador antoninense Antonio Yukiyoshi Osaki “Tiba” (DEM), participou do evento, acompanhado da esposa Rozane Osaki, que entregou a Angelo Vanhoni, uma cesta com produtos da Associação de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (Aspran). O encontro faz parte de um projeto da Secretaria Estadual de Formação Política do PT do Paraná e tem como foco a organização partidária, depois de definidos os diretórios municipais após o Processo de Eleição Direta (PED) realizado no ano passado em todo país. O curso foi dividido em três etapas. A primeira foi no dia 5 de abril, em Matinhos, com a participação de aproximadamente 80 lideranças. Os palestrantes foram o deputado estadual Péricles Mello e o jornalista Roberto Salomão. A segunda foi no dia 10 de maio, em Pontal do Paraná. Entre os palestrantes, o deputado Tadeu Veneri; a secretária estadual de Organização do PT, Zuleide Maccari, e Mara de Costa, da mesma secretaria; a secretária estadual de Mulheres do PT, Antonia Passos de Araújo “Toninha”; Carlos Augusto de Jesus “Carlinhos”, secretário Estadual de Combate ao Racismo, e Almira Maciel do mesmo setorial; e Carlos Emar Mariucci Junior, secretário estadual da Juventude do PT do Paraná. O curso é promovido pelo Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual, que tem dois membros do Litoral: Vanda Santana (Antonina) e Guilherme Zavataro (Guaratuba). Os dois trabalham em conjunto com as comissões executivas municipais e principalmente com as secretarias municipais de formação. Além da qualificação dos dirigentes e militantes, a intenção do encontro é integrar os diretórios municipais e as propostas e lutas na região. Após o encontro as lideranças reuniram-se para decidir a estratégia de campanha da pré-candidata ao governo Gleisi Hoffmann e da presidente Dilma Rousseff. A primeira iniciativa foi a criação de um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do Litoral, com representantes dos sete municípios. Participação decisiva das mulheres Encerrado o Encontro Regional de Formação para Dirigentes, Roseli Isidora, secretária de Mulheres de Curitiba, reuniu-se com um grupo de formadoras de opinião na sede social do Sindicato dos Consertadores de Paranaguá. Acompanhada de Vanda Santana do Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual do PT, militantes do partido de diversas cidades do litoral, a secretária da Mulher falou do objetivo de formar um grupo suprapartidário de mulheres para atuar nas campanhas majoritárias de Gleisi e Dilma. Presente ao encontro, a vereadora petista de Morretes, Flávia Rebello Miranda, aprovou a iniciativa e defendeu a realização de um trabalho mais efetivo e mais próximo do litoral da senadora durante a campanha. Flávia disse que é preciso aproximar os eleitores da região da senadora Gleisi. “Gleisi é a produtora artesanal, é a pescadora do litoral, é a empresária, a produtora rural, a agricultora, a médica, a professora e todas as mulheres representadas no governo”, defendeu a vereadora. A jovem empresária, proprietária do Jornal dos Bairros, Jéssica Ketyscia Fernandes, disse é preciso focar com mais intensidade, na divulgação das ações do Governo Federal nas cidades do litoral, pois entende que muitas pessoas não te conhecimento e acabam acreditando ser ações do Governo do Estado ou prefeituras. Ela citou, como exemplo, as casas aos desabrigados na cidade de Antonina, onde o governador Beto Richa, fez a entrega e sequer citou que os recursos vieram do Ministério das Cidades. Antes do encerramento do encontro, Rozane Osaki, esposa do vereador antoninense Antonio Yukiyoshi Osaki, o Tiba do DEM, entregou para Roseli Isidoro, uma cesta com produtos da Associação de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (Aspran). Roseli Isidoro prometeu realizar um novo encontro com as mulheres em Paranaguá, desta vez, com a presença da senadora Gleisi. A reunião com Gleisi Hoffmann aconteceu neste dia 25 de junho. Com informações do Jornal dos Bairros (Paranaguá) Foto: Jornal dos Bairros – www.jornaldosbairroslitoral.com.br

Carta 151. Descalço – resenhas

Há um mês recebi como presente de um amigo os seguintes livros: Van Roosmalen, M.G.M. 2013. Barefoot through the Amazon – On the path of evolution. http://www.amazon.com Print version: 1-498. Paperback https://www.createspace.com/4177494 Van Roosmalen, M.G.M. 2013. A shaman’s apprentice: traditional healing in the Brazilian Amazon.http://www.amazon.com Print version: 1-155. Paperback https://www.createspace.com/4232714 Van Roosmalen, M.G.M. & T. Van Roosmalen . 2013. On the origin of allopatric primate species and the principle of metachromatic bleaching.http://www.amazon.com Print version: 1-145. Paperback https://www.createspace.com/4549738Destes três, os primeiros dois já li. Foram escritos numa linguagem popular-científica e gostei tanto a leitura que resolvi escrever uma resenha do livro mais volumoso: o primeiro. O terceiro livro foi estruturado como artigo científico e merece ser resenhado por algum especialista da área, seja primatólogo ou zoólogo geral. Como pesquisador obrigado pelas circunstâncias a viver de recursos mínimos, eu normalmente não me encontro em condições para viajar pelo país imenso, para participar em congressos na minha área. Mas, procuro aproveitar sempre quando um destes congressos ocorre em Curitiba. Desde a minha chegada ao Paraná em 1979, tanto o Congresso Nacional de Botânico quanto o Congresso Nacional de Zoologia têm ocorrido duas vezes no capital paranaense: o de Botânica em 1985 e 2005 e o de Zoologia em 1988 e 2008, sempre nos meses de janeiro ou fevereiro. Ao visitar estes congressos costumava verificar se havia algum participante da minha terra natal. Assim, em 1985 encontrei em Curitiba os botânicos holandeses Ben ter Welle (especialista em dendrologia) e Pieter Baas, ambos eles cientistas de renome internacional. E no congresso de 1988 encontrei o mastozoólogo(a) e botânico Marc van Roosmalen, que veio convidado para participar na mesa redonda “Interações entre mamíferos e plantas”. Ao nos se conhecermos, logo foi combinado para juntos fazermos uma excursão na Serra do Mar após do encerramento do congresso. Assim, ele poderia conhecer alguns macacos nativos da Mata Atlântica antes da sua volta para Manaus. A ideia inicial era pegar o trem e descer na Estação Marumbi, para ali começarmos a nossa caminhada. Mas houve um imprevisto: os funcionários da rede ferroviária estavam em greve. Assim, optamos por pegar o ônibus que passa pela Estrada de Graciosa, para descer no alto da serra e ali pegar o magnífico ‘Caminho de Graciosa’. Assim teríamos uma boa chance de ver tanto o macaco-prego quanto o bugiu-ruivo, juntos constituindo dois terços de todos os macacos nativos então conhecidos do Sul do Brasil.(b) No dia marcado chegamos a Rodoferroviária quase ao mesmo tempo, por volta das 7:15 h: ainda deu tempo para ir tomar um copo de café antes de o ônibus sair (horário 7:45 h). Acontece que a nossa conversa fluía tanto que nos esquecemos do tempo: vimos o ônibus sair abaixo do nosso nariz! Marc logo se mostrou uma pessoa de iniciativa: correu para um taxista, que ele pediu para rapidamente alcançar o nosso ônibus. Não sei se aquele motorista nos entendeu errado, ou propositalmente errou o caminho. Percebi muito tarde que estávamos indo em direção a Paranaguá, percorrendo a BR-277! Descemos no primeiro posto de gasolina, para ali pedir carona aos motoristas e, paralelamente, aguardar um ônibus. Sendo sábado de verão, todos os carros estavam lotados e, ao mesmo tempo, só passou ônibus “direto” (não para no ponto). Após de duas horas de espera, num calor intenso e no meio do barulho do tráfego, finalmente parou um ônibus “intermediário”. Este nos levou até Paranaguá, pois já tínhamos desistido do plano de ver macacos. Ficamos duas horas na bela cidade histórica e voltamos para Curitiba, pois queria que Marc conhecesse a minha morada: a Reserva Natural Cambuí, no vale do rio Iguaçu, situada ao caminho do aeroporto. No fim da tarde ainda tivemos de correr de bicicleta, da Reserva até o ponto de táxi mais próximo, para Marc não perder o avião para Manaus, pois tinha passagem para o voo das 18:45 h. O que mais me lembro daquele dia (6 de fevereiro de 1988) é que, apesar de muita coisa der errado, Marc nunca perdeu o bom humor. Morri de rir das histórias que ele contou do seu tempo de hippie, quando morava com macacos numa casa-barco em um canal de Amsterdã. No meio das risadas falamos também um pouco do trabalho e descobrimos um ponto de encontro entre a macrofauna dele e os macrofungos meus: Marc tinha visto na Amazônia um jabuti comendo cogumelos. Alguns meses depois da visita de Marc escrevi para ele, fazendo uma brincadeira mórbida, estilo holandês: pedi se ele podia me mandar pelo correio o conteúdo estomacal daquele jabuti. Ele não respondeu (talvez nem recebesse a mensagem; e-mail ainda não existia) e aí se encerrou o nosso contato, por completo. Como a maioria dos holandeses dentro e fora do Brasil, sofri muito com a via-crúcis que Marc teve de percorrer mais tarde e que, em 2007, culminou com a sua prisão em Manaus,(c)sob acusações terríveis. Considerei tendenciosas as notícias na imprensa nacional (houvera exceções), infelizmente até um artigo na revista Veja (“A Lei da Selva”), em que ele foi descrito como um potencial assassino. O Marc que eu conheci em 1988 não faria mal nem a uma mosca! Recentemente li um livro (Betto et al. 2011) em que Frei Betto comenta que, na fase posterior do seu aprisionamento durante a ditadura militar, ele foi colocado numa cela com presos comuns, incluindo assassinos, na provável esperança dos seus algozes de que ele fosse morto por um companheiro de cela. Marc também foi jogado numa cela comum, tendo os mesmos suspeitos que Betto teve a respeito dos seus condenadores (Van Roosmalen 2010). Sendo ambientalista, Marc tinha acusado gente poderosa, principalmente em Manaus. Lendo o capítulo Preserving the Amazon, uma das partes mais importantes do livro Barefoot through the Amazon, fica bastante claro que Marc tinha