Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Alep lembra 80 anos do Levante do Gueto de Varsóvia

“Denunciar os horrores do nazismo é fundamental para estarmos atentos às ameaças contra a democracia e aos direitos humanos", alerta o deputado Goura (PDT), proponente da manifestação no Grande Expediente

Morretes realiza concurso público com 34 vagas imediatas

A Prefeitura de Morretes lançou na semana passada o Edital de Concurso Público com vagas para 30 cargos/funções, sendo 34 vagas imediatas, com níveis de escolaridade de ensino Médio ou Superior e salários entre R$ 1.302,00 e R$ 8.000,00. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de junho. A taxa de inscrição varia de R$ 80,00 (ensino médio) a R$ 120,00 (ensino superior). A prova será no dia 30 de julho. O último concurso público para servidores efetivos realizado em Morretes foi em 2015. Confira o edital do concurso no final deste txto ou no link abaixo:https://www.morretes.pr.gov.br/uploads/concurso/EDITAL-0012023-CP-FINAL.pdf e no site do Instituto Omni: http://www.omniinstituto.org.br, empresa responsável pela elaboração do Edital do Concurso Público e por todas as fases do processo seletivo. Confira os cargos:Agente Comunitário de Saúde, Advogado, Agente de Turismo, Agente de Combate às Endemias, Agente Social, Assistente Administrativo, Assistente Social, Contador, Enfermeiro, Farmacêutico, Fiscal de Vigilância Sanitária, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Fiscal de Posturas, Fiscal de Obras, Fiscal de Meio Ambiente, Mãe Social, Médico Clínico Geral, Médico Clínico Geral – Saúde da Família, Nutricionista, Odontólogo, Procurador, Professor I, Professor II, Psicólogo, Psicopedagogo Institucional, Técnico em Enfermagem, Técnico em Radiologia, Técnico em Higiene Dental e Veterinário.

Secretaria de Educação de Matinhos oferece oficina sobre cultura afro-brasileira

A Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura de Matinhos oferece uma oficina gratuita para professores interessados no ensino de cultura africana e afro-brasileira. Será nesta segunda-feira (22), às 18h30, na Escola Municipal Wallace Thadeu de Mello e Silva. Uma segunda edição da Oficina já está programada para o mês de agosto e acontecerá na UFPR Litoral. A Oficina "Xirê da Educação" tem como base a Cartilha Pedagógica “Candomblé” – volume 2, produzida pela Olma (Observatório Nacional Luís Mendes de Almeida) em parceria com o Núcleo de Artes da UFPR Litoral. A Oficina irá debater temas como o racismo estrutural, racismo religioso, bem como conhecimentos da cultura afro-brasileira, para construção de estratégias metodológicas e de planos de ensino sobre a cultura africana e afro-brasileira nas escolas, conforme determina a Lei 11.645/2008. Esta oficina compõe o Projeto de Pesquisa de Milah Gouveia, arte-educadora formada pela UFPR Litoral e atualmente mestranda em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná (PPGE-UFPR), na Linha de Pesquisa Licores – Linguagem, Corpo e Estética na Educação. A Oficina oferecerá roda de conversa, palestra e atividades formativas, e será certificada pelo PPGE-UFPR. * Xirê é uma palavra yorubá que significa roda, ou dança para a evocação dos orixás conforme cada nação.

Mapeamento identifica conservação de manguezais da Grande Reserva Mata Atlântica

Pesquisadores de diferentes áreas se uniram para avaliar a saúde desses importantes ambientes de transição entre o mar e a costa, na região da Grande Reserva Mata Atlântica Foram mapeados 48,8 hectares de manguezais | fotos: Gabriel Marchi. Pela primeira vez, pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento se reúnem para entender como está a saúde dos manguezais na linha de costa, na área conhecida como Grande Reserva Mata Atlântica. A pesquisa envolve trabalho de campo, nos bosques de mangue, e um mapeamento aéreo feito por drones equipados com câmeras altamente tecnológicas e imagens de satélite. Os indicadores apontam as áreas mais conservadas e as mais impactadas pela presença humana e pela poluição. A parceria envolve cientistas do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (Rebimar), iniciativa patrocinada pela Petrobras e pelo Governo Federal, e pesquisadores do Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais da Universidade Federal do Paraná (Lageamb/UFPR). O resultado são novos mapas, mais precisos, e que indicam também o vigor da vegetação, com uma precisão inédita da região que vai do nordeste de Santa Catarina, passando pelo Paraná, até o sul de São Paulo. “É um produto inovador. Todos os mapeamentos que foram feitos até então usavam uma escala média, mais generalizada. Desta vez, estamos fazendo um mapeamento bem mais refinado dos manguezais”, explica Otacílio Paz, geógrafo do Lageamb. “O tempero adicional é aplicar os índices de qualidade dessa vegetação, para saber como está a saúde desse manguezal e comparar por setores em cada região da Grande Reserva Mata Atlântica”, completa o pesquisador. A geógrafa Laura Beatriz Krama é responsável pelo processamento digital de imagens de satélite e pelo aerolevantamento com drones. “Utilizamos as imagens do satélite CBers 4A, disponibilizadas gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Trabalhando com elas, chegamos numa resolução espacial de 2m. Essas imagens são utilizadas tanto no mapeamento, quanto para obtermos valores referentes aos índices de vegetação dos manguezais”, explica Laura. Ao todo, foram mapeados 48.861,391 hectares de manguezal, sendo 41% encontrados no Complexo Estuarino de Paranaguá, 31% na região de Cananéia-Iguape, 16% na Baía de Babitonga e 12% na Baía de Guaratuba. Ela explica que o drone utilizado no mapeamento possui uma câmera multiespectral acoplada, ou seja, além de alcançar detalhes visíveis aos olhos humanos, como as câmeras convencionais, também é capaz de realizar a leitura do espectro infravermelho próximo da vegetação. “A tecnologia permite maior detalhe e precisão nos locais de monitoramento. Conseguimos ter exatidão de centímetros”, detalha. Laura Krama realizando aerolevantamento de drone em Guaraqueçaba, Paraná. Foto: Gabriel Marchi. As técnicas aplicadas avaliam e caracterizam a cobertura vegetal em uma determinada área de acordo com a sua reflectância, ou seja, como a luz solar é refletida pela vegetação. Assim é possível medir o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI), que corresponde ao vigor vegetativo, e o Green Leaf Index (GLI) – em tradução livre: Índice Folha Verde – que demonstra o teor de clorofila da vegetação. Os valores variam de -1 (para matéria morta) a 1 (vegetação em saúde ideal). “Os resultados apontam que os manguezais da Baía de Guaratuba, do Complexo Estuarino de Paranaguá (PR) e da região de Cananéia-Iguape (SP) possuem valores médios de cerca de 0,52. A maior diferença foi apresentada na Baía de Babitonga (SC), que resultou num valor de aproximadamente 0,48, indicando ser a região de manguezal menos saudável da Grande Reserva Mata Atlântica”, avalia Laura. Um resultado surpreendente surgiu ao separar a área entre setor sul (mais impactado pela presença urbana e portuária) e norte (mais preservado, no município de Guaraqueçaba). Os índices de vegetação indicaram que manguezais do setor norte apresentaram valores inferiores ao setor sul, contrariando a hipótese inicial de que os manguezais da região de Guaraqueçaba apresentariam maior vigor vegetativo. Ainda serão feitas analises mais aprofundadas para identificar fatores como o fluxo e tipo de sedimento de cada setor que podem ter influenciado nos resultados. A oceanógrafa e coordenadora de flora de manguezais no REBIMAR, Sarah Charlier Sarubo, explica que esse mapeamento facilita muito os estudos de flora, da saúde e dos estoques de carbono dos manguezais. “Ele consegue mapear a biomassa aérea, que é toda aquela parte das árvores acima do solo, com troncos e folhas. O trabalho de geoprocessamento serve como uma ferramenta para nós, por apresentar os dados de forma mais visual e permitir uma escolha mais assertiva dos locais para monitoramento”. Mas ela lembra que há ainda a biomassa abaixo do solo, que são as raízes e o estoque de carbono dentro do solo do manguezal que é muito grande. Para isso, as equipes de pesquisa do REBIMAR continuam o trabalho em solo, estabelecendo parcelas de monitoramento, identificando e medindo as árvores, registrando imagens da fisionomia do bosque, assim como coletando amostras do sedimento para avaliar a salinidade. “Com estes dados é possível avaliar a condição de saúde do bosque, além de calcular as estimativas do estoque de carbono contido na biomassa aérea. Nosso próximo objetivo é avaliar o estoque de carbono presente no solo para ter um panorama mais completo da contribuição dos manguezais da Grande Reserva na mitigação das mudanças climáticas”, explica Sarubo. A pesquisadora Sarah Sarubo colhendo amostras de sedimentos de manguezal. Foto: Gabriel Marchi. Para Otacílio Paz, a ideia é dar ferramentas e gerar dados de baixo custo para a tomada de decisão em gestão territorial. “Identificar, por exemplo, áreas que precisam ser recuperadas, monitoradas ou de outra

Carta 285. Abril: o grande mês de voo para as borboletas da baixada litorânea

Dedico esta carta a Ronald Noël Dellaert  (28/10/1956 a 23/04/2023), com quem convivi praticamente diariamente do primeiro dia da pré-escola ao último dia do último ano do ensino fundamental. Ronald tinha o caráter mais constante de todos os colegas da turma: estava  sempre bem-humorado e, ao contrário de muitos, não fazia brincadeiras de mau gosto. De todos os  ex-colegas escolares, ele foi o único que  continuava me acompanhando no Brasil e – através de ‘likes’ frequentes no Facebook –, também me estimulava.  Ronald tem permanecido fiel à nossa terra natal, Flandres da Zelândia, que ele sempre manteve como região de residência. Dali ele fazia o reconhecimento da Europa toda (e das cervejas  europeias: ele foi um conhecedor), na bicicleta esportiva, até o seu último suspiro. Também para ele, abril se tornou o mês do grande voo.   (André de Meijer, 16/05/2023)  Ik draag deze brief op aan Ronald Noël  Dellaert (28-10-1956 tot 23-04-2023), met wie  ik een vrijwel dagelijks omging vanaf de eerste  dag in de kleuterschool tot de laatste dag van  de lagere school. Van alle klasgenoten had  Ronald het constantste karakter: hij was altijd  goed gehumeurd en, in tegenstelling tot velen,  haalde hij nooit rotstreken uit. Van alle oud klasgenoten was hij de enige die me in Brazilië  bleef volgen en - via frequente ‘likes’ op  Facebook) -, me bovendien aanmoedigde. Ronald is onze geboortestreek Zeeuws Vlaanderen als woonoord altijd trouw  gebleven. Van daaruit verkende hij Europa (én  de Europese bieren: hij was een kenner) op de  sportfiets, tot aan zijn laatste ademtocht. Ook  voor hem werd april de maand van de grote vlucht.  Impulsionado pelo recente surgimento de um excelente e original guia para a identificação de borboletas, já resenhada na minha circular anterior (“Carta 284”), no último mês tenho me dedicado com energia renovada à observação de  borboletas do litoral norte do Paraná, onde resido desde 2003. O guia referido, de Zamoner & Barbosa (2022), surgiu  na época mais apropriada do ano, pois as principais estações de voo para borboletas são: o verão, no planalto de Curitiba, e o outono, na baixada litorânea. 

Juçaí divulga Festa da Juçara em Rio Novo do Sul/ES

A Juçaí, marca de produtos à base do fruto da palmeira juçara, com sede em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, divulga a Festa da Juçara, no município de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, no dia 27 de maio, Dia da Mata Atlântica. Fotos: Divulgação A empresa procurou o Correio do Litoral para divulgar a marca e o evento devido ao conteúdo do jornal e pelo alcance das publicações. Além de apresentar seus produtos na feira, a empresa promove caminhada sustentável e educativa para fortalecer a importância da conservação da juçara, espécie nativa da região ameaçada de extinção  Município localizado no sul do Espírito Santo, Rio Novo do Sul é considerado a capital capixaba da juçara, sendo o principal produtor do estado e destino certo do fruto. É da juçara (Euterpe edulis) que é extraído, de forma sustentável, o açaí produzido fora da região amazônica – o fruto da juçara tem mais vitaminas e antioxidantes que o açaí do Norte do país. A exploração comercial do fruto, como polpa ou suco, evita a derrubada das árvores para extração do palmito, o que ameaça a sobrevivência da espécie. “Com seu incrível valor biológico, cultural e histórico, a Mata Atlântica é uma das florestas mais biodiversas do mundo e um tesouro natural que merece a devida proteção. Nascemos com a missão de conservação da palmeira-juçara. Da plantação à venda, da colheita à produção, buscamos incorporar a sustentabilidade em tudo que fazemos. Abraçamos a causa de conservar a palmeira-juçara e dedicamos a ela toda a nossa energia. Por isso, o incentivo a este evento interativo que ensina na prática sua importância à população – ressalta Roberto Haag, diretor-geral da Juçaí. Para conscientizar a população local da importância da palmeira na região, a Juçaí promoverá uma caminhada esportiva educativa e sustentável, com paradas explicativas sobre a espécie, sua conservação e produção de açaí na região. Com inscrições gratuitas, cerca de 250 participantes sairão do centro do município de Rio Novo do Sul em direção à comunidade de São Vicente, percorrendo a chamada “Rota da Juçara”, com cerca de 8km de extensão. Ao longo do percurso, ocorrerá a distribuição de mudas da palmeira para o plantio em área determinada pela comissão organizadora e em cada ponto explicações sobre a importância da conservação da espécie para a região. Ao final do evento, os inscritos terão a possibilidade de conhecer a região onde é feito o plantio para colheita dos frutos de forma comercial sustentável. Haverá ainda um café da manhã com gastronomia regional de juçara, produzido por agroindústrias do município. Cada participante levará para casa, como uma lembrança desse dia especial, uma muda de palmeira para plantio na sua propriedade – se tornando agente de mudanças do ciclo de sustentabilidade promovido pela Juçaí, o açaí feito com o fruto da juçara.