Petrobras apoia novos projetos socioambientais no Paraná

A Refinaria Presidente Vargas (Repar) sediou, nesta quarta-feira (28), evento de assinatura simbólica de dois projetos selecionados por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
O “Comunidades e cooperativas plantando e produzindo sustentabilidade” será executado pela Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná (Fecafes). Vai receber R$ 7,8 milhões.
Já o “Observatório Climático” será executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). O objetivo é incentivar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas por meio da adoção da chamada “infraestrutura natural”. Terá R$ 4,2 milhões em recursos
Litoral é palco da maioria dos projetos
Ao todo, 11 projetos foram contemplados no Programa Petrobras Socioambiental no Paraná. Juntos, eles somam cerca de R$ 33 milhões em investimentos da companhia. Entre eles, sete no Litoral: Budiões (R$ 580 mil), Meros do Brasil (R$ 1,4 milhão), Olha o clima, Litoral! (R$ 1,5 milhão), Rebimar (R$ 2 milhões), Entre mangues e caranguejos (R$ 2,8 milhões), já vigentes; Mantas (R$ 1,2 milhão) e Toninhas do Brasil (R$ 2 milhões) estão em fase de contratação.
Além disso investe nos projetos “Centro de Esporte e Educação do Paraná” (R$ 3,5 milhões), realizado nos municípios de Araucária e Campo Largo; e “Despertar para a autonomia II” (R$ 6 milhões), em Araucária e Curitiba.
Entre mangues e caranguejos

Outro projeto conduzido pela SPVS – o Entre Mangues e Caranguejos – foi contemplado por meio da chamada de edital do Programa Floresta Viva, financiado pela Petrobras junto com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), mas gerido e monitorado pelo FunBio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).
Ele será implementado na Reserva Natural Papagaio-de-Cara-Roxa, uma das três Reservas Naturais mantidas pela SPVS, localizada no município de Guaraqueçaba, no litoral norte do Paraná — uma das regiões de maior relevância ecológica do bioma Mata Atlântica.
A iniciativa tem como eixo principal a restauração de áreas degradadas por antigas atividades de criação de búfalos em áreas de manguezal, promovendo a regeneração da vegetação nativa e a recuperação de funções ecológicas vitais. Para execução das atividades, a SPVS conta com o apoio financeiro da iniciativa Floresta Viva, pelo Edital Manguezais do Brasil, gerido pelo Funbio, com recursos destinados pela Petrobras e BNDES.
Além da restauração ecológica, contempla ações de educação ambiental, monitoramento da fauna, engajamento comunitário e fortalecimento de políticas públicas voltadas à conservação dos ecossistemas costeiros. Os manguezais, considerados berçários da biodiversidade marinha, exercem funções fundamentais na contenção de cheias, na proteção contra a erosão e na captura de carbono.
A região abriga espécies ameaçadas, como o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), e comunidades tradicionais que dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência. O projeto busca, portanto, conciliar conservação ambiental e inclusão social em um dos territórios mais sensíveis do litoral paranaense. O projeto contará com investimento de R$ 2,8 milhões nos próximos quatro anos.
Fontes: Petrobras e SPVS