Quem tem artrose no joelho pode trabalhar? Entenda!
Quem tem artrose no joelho pode trabalhar? Saiba como lidar com a condição no ambiente laboral e quais são os seus direitos

A artrose é uma doença que afeta milhões de brasileiros, especialmente nas articulações do joelho. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas convivem com essa condição no país.
Um ortopedista de joelho em Goiânia salientou que o desgaste da cartilagem pode limitar movimentos básicos, como caminhar e agachar. Essas limitações físicas muitas vezes impactam a capacidade de trabalho.
Profissionais que lidam com essa condição enfrentam desafios diários para realizar suas atividades. No entanto, é possível continuar ativo com adaptações adequadas no ambiente laboral.
Além disso, existem direitos trabalhistas e benefícios previdenciários que podem ajudar. Conhecer essas opções é essencial para garantir qualidade de vida e manter a produtividade.
A seguir, vamos explorar como é possível conciliar a doença com uma rotina profissional.
O que é artrose no joelho e como ela afeta a vida profissional?
A degeneração da cartilagem articular, conhecida como artrose, é uma condição que impacta diretamente a mobilidade.
Essa doença causa o desgaste progressivo das articulações, principalmente nos joelhos, levando a sintomas como dor crônica, rigidez e redução da amplitude de movimentos.
Entendendo a artrose e seus sintomas
Entre os principais sinais da artrose estão a dor ao subir escadas, inchaço nas articulações e dificuldade para ficar em pé por longos períodos.
Esses sintomas podem variar de acordo com o estágio da doença, tornando tarefas simples cada vez mais desafiadoras.
Impacto da artrose nas atividades laborais
Profissões que exigem esforço físico são as mais afetadas. O desgaste das articulações pode dificultar atividades como carregar peso ou permanecer sentado por horas.
Com o avanço da doença, a capacidade laboral diminui progressivamente, exigindo adaptações no ambiente de trabalho.
Como lidar com a artrose no ambiente de trabalho
Conviver com limitações físicas no trabalho exige planejamento e apoio. Com as adaptações certas, é possível manter a produtividade e garantir conforto durante a jornada laboral.
O primeiro passo é identificar as necessidades específicas e buscar soluções que facilitem as atividades diárias.
Adaptações e ajustes no local de trabalho
Equipamentos ergonômicos, como cadeiras ajustáveis e mesas com altura regulável, são essenciais. Pisos antiderrapantes também ajudam a prevenir acidentes. Além disso, intervalos regulares para alongamento podem reduzir a rigidez e a dor.
Outra medida importante é a solicitação de mudança de função, caso a atual exija esforço físico excessivo. Um laudo médico detalhado é fundamental para negociar essas adaptações com o empregador.
Importância do diálogo com o empregador
Manter um diálogo aberto com o empregador é crucial. Ele deve estar ciente das limitações e das necessidades de saúde do colaborador. Isso evita mal-entendidos e possíveis demissões por justa causa.
Após um afastamento para tratamento, o trabalhador tem direito à estabilidade temporária no emprego. Esse período é fundamental para garantir uma reintegração segura e eficiente ao ambiente de trabalho.
Direitos trabalhistas para quem tem artrose no joelho
A legislação brasileira oferece proteção aos trabalhadores que enfrentam limitações físicas. Esses direitos garantem suporte para manter a produtividade e a qualidade de vida, mesmo em casos de doenças crônicas.
Estabilidade no emprego durante o tratamento
Após um afastamento superior a 15 dias por motivo de saúde, o trabalhador tem direito à estabilidade de 12 meses no emprego.
Esse período é essencial para garantir a continuidade do tratamento sem preocupações com demissão.
Além disso, a empresa não pode dispensar o funcionário de forma discriminatória por sua condição de saúde. Caso isso ocorra, o empregador pode enfrentar multas e ações judiciais.
Direito a adaptações e benefícios
O processo de readaptação profissional é um direito garantido por lei. Ele inclui exames ocupacionais e ajustes nas funções, sempre com preservação salarial. Redução de jornada sem perda de remuneração também é um benefício previsto.
Essas medidas ajudam a garantir que o trabalhador possa continuar ativo, mesmo com limitações físicas. O diálogo com o empregador é fundamental para implementar essas adaptações de forma eficiente.
Benefícios previdenciários para portadores de artrose
Portadores de condições crônicas podem contar com apoio do INSS para garantir qualidade de vida. Entre os principais benefícios previdenciários estão o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Esses recursos são essenciais para quem enfrenta limitações físicas significativas.
Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
O auxílio-doença é destinado a quem está temporariamente incapaz de trabalhar. Para solicitar, é necessário comprovar carência de 12 meses e apresentar laudos médicos que atestem a incapacidade.
Já a aposentadoria por invalidez é voltada para casos de incapacidade permanente, comprovada por perícia médica.
Ambos os benefícios exigem a realização de uma perícia médica. O auxílio-doença é temporário, enquanto a aposentadoria por invalidez é permanente.
Escolher o benefício adequado depende da gravidade da condição e do prognóstico médico.
Como solicitar os benefícios do INSS
Para solicitar os benefícios previdenciários, é necessário reunir documentos como laudos médicos, exames de imagem e, em caso de acidente de trabalho, a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
O agendamento da perícia pode ser feito pelo site Meu INSS ou pelo telefone 135. Após a perícia, o INSS tem até 60 dias para analisar o pedido.
O valor do benefício é calculado com base na média salarial do trabalhador. É importante ficar atento aos prazos e preparar toda a documentação necessária para evitar atrasos.
Perícia médica e a comprovação da incapacidade
A perícia médica é uma etapa crucial para comprovar a incapacidade e garantir benefícios previdenciários. Esse processo exige documentação detalhada e preparação adequada para evitar contratempos.
O INSS solicita exames específicos, como ressonância magnética e radiografias comparativas, além de um relatório médico que descreva as limitações laborais.
Preparação para a perícia médica
Para se preparar, é importante apresentar exames atualizados, com menos de seis meses. O laudo médico deve descrever de forma clara as limitações, como a impossibilidade de ficar em pé por mais de duas horas.
Além disso, é recomendável levar testemunhas que possam confirmar as dificuldades enfrentadas no dia a dia.
Documentos necessários para o processo
Entre os documentos exigidos estão RG, CPF, carteira profissional e prontuários médicos. O uso do código CID M17 (gonartrose) na documentação é essencial para comprovar a condição. A organização desses materiais facilita o processo e aumenta as chances de aprovação.
Ação judicial e garantia de direitos
A justiça pode ser o caminho para garantir direitos previdenciários negados indevidamente. Em muitos casos, os recursos administrativos não são suficientes para resolver problemas como a recusa de benefícios ou valores abaixo do esperado.
Quando isso acontece, a ação judicial se torna uma alternativa eficaz. Entre os motivos mais comuns para recorrer à justiça estão a negativa indevida de benefícios e o pagamento de valores inferiores ao devido.
Essas situações exigem a intervenção do Poder Judiciário para assegurar que os direitos sejam respeitados.
O processo judicial pode ser iniciado em três instâncias: Juizado Especial Federal, Tribunal Regional Federal (TRF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Quando recorrer à justiça
Recorrer à justiça é recomendado quando os recursos administrativos não resolvem a situação. Em 73% dos casos, essas solicitações são negadas, o que torna a ação judicial necessária.
Além disso, é possível solicitar uma liminar para receber o benefício de forma antecipada, enquanto o processo está em andamento.
Processo de ação judicial contra o INSS
O processo judicial contra o INSS envolve a apresentação de documentos como laudos médicos e exames atualizados.
Em 85% dos casos, uma nova perícia judicial é necessária para comprovar a incapacidade. Os honorários advocatícios costumam ser de 25% do valor da causa, e o prazo prescricional para requerer benefícios retroativos é de 10 anos.
Mantendo a qualidade de vida com artrose no joelho
Manter uma boa qualidade de vida é essencial para quem enfrenta desafios relacionados ao desgaste articular.
Tratamentos multidisciplinares, como fisioterapia aquática e acupuntura, podem reduzir a dor em até 40%, segundo estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia.
Atividades de baixo impacto, como hidroginástica e ciclismo, são excelentes opções para fortalecer as articulações sem sobrecarregá-las.
O uso de órteses e palmilhas sob medida também contribui para o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade.
Além disso, avanços em tratamentos, como infiltrações com ácido hialurônico, oferecem resultados promissores.
Uma alimentação rica em ômega-3 e outros anti-inflamatórios naturais pode complementar o cuidado com a saúde.
Por fim, o acompanhamento psicológico é fundamental para lidar com as limitações crônicas. Com o tempo e as adaptações certas, é possível viver bem e manter uma rotina ativa.