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Lembrando Marielle Franco, Mulheres do Litoral cobram respeito aos direitos conquistados

No último sábado, 9 de março, vários grupos de mulheres ligados a movimentos sociais organizados participaram do evento “1º Festival Marielle Vive”, na praça Fernando Amaro, em Paranaguá.

Apresentações artísticas, músicas com letras de resistência e críticas ao “Status quo” da sociedade foram intercaladas com falas sobre as principais pautas feministas. Feminicídio e violência contra as mulheres, machismo, racismo e Lgbtfobia, reforma previdenciária, ameaças aos direitos conquistados feitas no atual governo, visibilidade para as demandas das mulheres Indígenas e para as mulheres com deficiência, situação das trabalhadoras, entre outros assuntos.

O nome do Festival foi escolhido para lembrar o primeiro ano da morte da vereadora carioca, Marielle Franco, executada em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro. Negra, mãe, trabalhadora e moradora da periferia, Marielle ficou conhecida pela sua luta contra as opressões e pelos direitos civis. Sua figura tem sido uma referência internacional nas lutas pela proteção e pelos direitos das mulheres.

“Recebemos críticas por usar o nome de Marielle no evento organizado para marcar o Dia Internacional da Mulher aqui no litoral”, conta Ana Coutinho uma das organizadoras. “Consideramos que tais críticas são fruto da falta de visão e de sensibilidade para as questões e os reais problemas das mulheres, mostrados e tratados em todo o mundo”, comentou.

No festival estiveram as bandas “Taiobas Resiste”, “Araçá não é goiaba”, a cantora Ana Paula interpretou clássicos da MPB com letras do universo feminino. A Drag Déborah Black fez uma performance e houve a apresentação de um trio de Dança Cigana.

O evento seguiu por toda a tarde, no final do dia, durante a apresentação do grupo de Maracatu “Baque Mulher” de Matinhos, começou uma forte chuva e o evento foi encerrado. Faltava a apresentação da Drag Hillary Banks, de Jéss Gonçalves e as falas do MST e do Instituto Peito Aberto.

As organizadoras agradecem os artistas, as ativistas e todo o público presente. Consideram que o evento alcançou seu objetivo, pretendem manter o formato e preparar futuras edições deste festival.

Fonte: Giolete Babinski

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