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Início de verão sem morte ou afogamento grave em área protegida

Fonte e fotos: Bombeiros / PMPR

Um jovem de 19 anos morreu afogado na Curva do Félix, no rio São João, em Morretes, no último dia 22. Foi a única morte até o momento desde o início da Operação Verão, com o reforço de guarda-vidas nas praias e principais locais de banho do Litoral. Nas semanas de calor que antecederam o verão, morreram diversas pessoas. Em um único final de semana de novembro, houve quatro mortes.

O balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros aponta que não houve mortes por afogamentos ou afogamentos graves em áreas protegidas por guarda-vidas entre as 8 horas do dia 20 e às 7 horas desta segunda-feira (30).

No mesmo período do ano passado, haviam ocorrido quatro afogamentos graves, os quais culminaram em três mortes e uma hospitalização. Com um efetivo de 650 bombeiros militares e civis e atuação em 91 postos destes profissionais, a atenção dos guarda-vidas está voltada a cada passo ou a cada nova braçada dos banhistas.

Nos primeiros dez dias do Verão Maior 2019/2020, além dos salvamentos, foram feitas 15,3 mil orientações e 7,4 mil advertências a pessoas em risco de afogamento. Enquanto o número de orientações praticamente se manteve no mesmo período da temporada passada, quando foram 15,4 mil orientações, o de advertências reduziu quase 17%, tinham sido 9 mil.

“Logo no início da operação, no dia 22, tivemos um afogamento muito grave na Curva do Félix, em Morretes, que levou a vítima à morte. Além dele, já atendemos outros dois afogamentos moderados que ocorreram neste local, o qual é sinalizado como uma região de perigo e não deve ser usada para banho”, afirmou o comandante do 8.º Grupamento do Corpo de Bombeiros, major Jonas Emmanuel Benghi Pinto.

Houve ainda outra ocorrência de afogamento grave em Pontal do Paraná. “Soubemos de um caso, também em uma área não protegida por guarda-vidas, que o afogamento culminou na hospitalização da vítima”.

Resgates – Desde o início do Verão Maior 2019/2020, já foram retiradas da água 206 pessoas com afogamentos leves, que estavam com dificuldade para saírem sozinhas.

Este número é 19,2% menor do que o registrado no mesmo período da última temporada, quando foram 255 resgates. “Nestes casos, os banhistas nem chegaram a se afogar de fato, mas precisaram ser resgatadas. Normalmente, eles ocorrem em locais de aumento de profundidade, ou seja, com buracos, ou com correntes de retorno”, explicou o major.

Segundo ele, a corrente de retorno é forte, estreita e rápida. Geralmente, é formada em regiões de águas rasas e com bancos de areia sedimentados aos lados dela (onde as ondas quebram). Ao voltar para o mar, as águas formam uma corrente por onde retornam rapidamente e levam consigo o que estiver naquela área (coisas ou pessoas). Sendo assim, se alguém decidir nadar ali, pode ser carregado, ter dificuldades para voltar e, por isso, é possível que precise ser resgatado pelo guarda-vida.

Prevenção – É somente seguro que o veranista nade em locais entre duas bandeiras de cores vermelho sobre amarelo (com estas duas cores na mesma bandeira), as quais sinalizam a área protegida por guarda-vidas. “Se a pessoa for para onde estão as bandeiras pretas, que indicam que não há proteção nessa área, está se sujeitando aos riscos de afogamentos”, alertou o major.

Outra forma de saber da presença dos guarda-vidas é por meio do aplicativo “Bombeiros Paraná”, disponível gratuitamente nas lojas Play Store e App Store. “Usando o aplicativo, o cidadão vai ter acesso aos mapas e poderá saber onde estão os postos de guarda-vidas mais próximos, além de muitas outras informações necessárias aos banhistas, veranistas e comunidade em geral”, explicou o comandante do 8º GB. O aplicativo abrange não apenas o Litoral, mas também a Região Metropolitana, a Capital e o interior do Estado, de acordo com a localização do smartphone do usuário.

Aumentam incidentes com águas vivas e caravelas

Os incidentes com águas-vivas ou caravelas foram multiplicados quase quatro vezes. Nestes dez primeiros dias de Verão Maior, já foram registrados 1.253 acidentes deste tipo.

Já no mesmo período da última temporada, foram 356 casos. “É importante sempre lembrar que as pessoas que não são profissionais da área jamais devem tocar nestes animais, ainda que eles estejam na areia e pareçam mortos. A queimadura pode ser grave”, explica o major.

Porém, no caso de ocorrer um acidente e a pele queimar ao encostar em um destes animais, é importante buscar ajuda rapidamente. “A queimadura por água-viva ou caravela deve ser lavada com a própria água do mar ou vinagre, nunca com água doce. Se estiver em um local onde há posto de guarda-vidas, peça ajuda. Se for necessário, eles mesmos encaminharão para atendimento médico”, afirma.

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