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Assembleia debate terceirização e retirada de direitos dos trabalhadores

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promove na próxima segunda-feira (11), às 9h, uma audiência pública com o tema “Terceirização como forma de retirar direitos”, no Plenarinho da Casa.

O objetivo do evento proposto pela Bancada de Oposição, é discutir os impactos da terceirização no mundo do trabalho, tanto no setor público quanto no privado, e denunciar os prejuízos que esse modelo tem trazido para milhares de trabalhadores paranaenses e brasileiros.

O debate vai reunir pesquisadores, representantes sindicais, autoridades e parlamentares para analisar como a terceirização tem sido utilizada, em muitos casos, como uma estratégia de cortar salários, enfraquecer direitos históricos e dificultar a organização coletiva dos trabalhadores.

O deputado Arilson Chiorato, líder da Bancada de Oposição e presidente do PT-PR, destaca que a discussão é essencial diante de um cenário de aumento da precarização no mercado de trabalho.

“A gente está vendo uma verdadeira ofensiva contra os direitos dos trabalhadores. A terceirização, na prática, tem sido usada para cortar gastos às custas de salários menores, menos segurança e menos direitos. Essa audiência é uma forma de dar visibilidade ao que está acontecendo e construir junto com os sindicatos, movimentos e especialistas uma reação a esse processo de precarização que está se espalhando por várias categorias”, afirma o deputado Arilson.

Além do debate presencial, a atividade será transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Assembleia Legislativa.

Palestrantes confirmados

  • Mariana Bettega Braunert, socióloga, professora da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e pesquisadora do GETS/CNPq (Grupo de Estudos Trabalho e Sociedade). Vai apresentar a palestra “Reflexão sobre as terceirizações no setor elétrico do Paraná”, destacando o impacto na área de energia e serviços públicos.
  • Maria Aparecida Bridi, professora da UFPR, doutora em sociologia, vice-presidenta da ABET (Associação Brasileira de Estudos do Trabalho), coordenadora da REMIR (Rede de Estudos e Monitoramento das Reconfigurações do Trabalho) e do GT-Clacso. Sua fala abordará os novos sujeitos do trabalho e as transformações nas formas de contratação, especialmente diante da digitalização e da plataformização.
  • Sandro Silva, economista e Supervisor Técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Paraná. Vai tratar de “Terceirização: conceito, legislação, impactos e as negociações coletivas”, trazendo dados e experiências práticas.

Participações confirmadas

Já confirmaram presença na audiência os deputados Ana Júlia Ribeiro, Arilson Chiorato, Luciana Rafagnin, Professor Lemos e Renato Freitas,todos do PT. Representantes de diversas entidades sindicais e movimentos de trabalhadores também estarão presentes:

  • Deonísio Schmidt, presidente da Fetec-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná)
  • Márcio Kieller, presidente da CUT-PR (Central Única dos Trabalhadores)
  • Regiane Soldani, diretora de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos da UGT-PR (União Geral dos Trabalhadores)
  • Nelson Silva de Souza, presidente em exercício da Força Sindical Paraná
  • Alexandre Silva, presidente da CTB-PR (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
  • Elias Jordão, secretário de Políticas Sociais da CONTRAF-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro)
  • Walkiria Mazeto, presidenta da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná)
  • Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT)


Audiência Pública: “Terceirização como forma de retirar direitos”
Data: 11 de agosto (segunda-feira)
Horário: das 9h às 12h
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) – Curitiba
Realização: Bancada de Oposição na Alep
Transmissão: Canais oficiais da Assembleia Legislativa

A audiência é aberta ao público e deve reunir trabalhadores, dirigentes sindicais, juristas, estudantes e movimentos sociais. Todos estão convidados a participar e fortalecer esse espaço de escuta, denúncia e articulação em defesa dos direitos trabalhistas.

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