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Dalmora diz que vai recorrer e oferece bens de mais de R$ 1,3 milhão como garantia em ação

Foto: Arnaldo Alves / Arquivo AENotícias
Foto: Arnaldo Alves / Arquivo AENotícias

O prefeito de Matinhos disse que vai oferecer bens no valor superior a R$ 1.3 milhão na ação contra ele e outros réus.

Em duas decisões distintas, a Justiça determinou a suspensão de aumentos de 2012 e a extinção de dez cargos comissionados na Câmara de Matinhos.

Em decisão liminar divulgada nesta sexta-feira (13), a Vara Cível determinou a suspensão da Lei Municipal 1.561/2012, que concedeu aumento nos subsídios dos secretários municipais da cidade.

Também foi decretada a indisponibilidade de bens do prefeito Eduardo Dalmora, do vice-prefeito Gentil Rodrigues Arzão e de sete vereadores e ex-vereadores em R$ 1.331.522,30. A determinação judicial atende ação civil pública por ato de improbidade administrativa apresentada em outubro também 2ª Promotoria de Justiça da Comarca.

O Ministério Público ajuizou a ação questionando a promulgação da lei, que garantiu aumento nos vencimentos dos agentes políticos em período vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (180 dias antes da eleição de 2012).

De acordo com o MP, a eventual condenação por ato de improbidade administrativa pode culminar em sanções como a devolução dos valores desviados ao erário, suspensão dos direitos políticos, multa e afastamento da função pública.

O caso também ainda será julgado no mérito. Cabe recurso da decisão liminar.

Dalmora fala

Eduardo Antonio Dalmora em comentário divulgado por sua assessoria disse que “ainda não foi notificado a respeito dos fatos, e que assim que for notificado oficialmente, entrara com os recursos cabíveis”.

A assessoria informou que o aumento concedido em Matinhos aconteceu em outros municípios. Dalmora antecipou que entrará com recurso, e “se for o caso”, disponibilizara bens no valor referente aos R$ 1.331.522,30 como garantia até o final do processo. O valor oferecido pelo prefeito abrange todos os réus da ação. “Sou um fiel cumpridor da lei e após recursos, defesa e os trâmites legais, acatarei o que for decidido pela justiça”, declarou.

Comissionados na Câmara

Na última terça-feira (10), a Vara Cível de Matinhos também julgou procedente ação civil pública da 2ª Promotoria e determinou a extinção de cargos comissionados da Câmara Municipal. A ação do Ministério Público foi ajuizada em 2013 e buscava a redução do número de cargos de livre nomeação. Na época, havia 38 funções comissionadas e 25 efetivas na Câmara.

A decisão também considera inconstitucional alguns pontos da Lei Municipal 1583/2013, criada para atender a recomendação do MP para adequação dos cargos no legislativo municipal.

Atualmente são 25 cargos comissionados e 25 efetivos na Câmara. A Justiça determina a extinção a função de assessor parlamentar II, que soma dez cargos.

A Câmara ainda não se pronunciou sobre a decisão.

 

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