Correio do Litoral
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Nova reunião tentará destravar revisão do Plano Diretor de Guaratuba

A proposta da Prefeitura de Guaratuba para regularizar loteamentos não causou uma boa primeira impressão nos técnicos dos órgãos ambientais e organizações ligadas ao meio ambiente. Um modelo de regularização através de compensação ambiental foi apresentado no dia 9 de maio, em encontro da agenda da revisão do Plano Diretor. Tratou-se de uma “reunião técnica”, mas que era aberta ao público. Donos de grandes áreas e um advogado de grandes proprietários estavam presentes. A proposta vai voltar à mesa de discussão em uma reunião fechada entre a equipe da Prefeitura e representantes dos órgãos ambientais e de organizações que têm relação com o tema, entre eles o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério Público e Universidade Federal do Paraná. ONGs ambientais como a Associação MarBrasil, que tem assento no decisivo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit), também acompanham o assunto. Plano Diretor – A discussão tem sido a parte mais espinhosa das discussões prévias da revisão do Plano Diretor, que está a cargo da Secretaria de Urbanismo. Após a série de reuniões que começou em março, a Prefeitura deverá elaborar os projetos que serão submetidos a audiências públicas. O Plano Diretor de Guaratuba é de 2005 e sofreu algumas alterações em 2009 e 2012. Só foi homologado pelo Colit em 2014, já em cima do prazo de dez anos em que precisava ser revisto. Invasões – Na regularização de loteamentos, a Secretaria de Urbanismo passou a tarefa para a Secretaria de Meio Ambiente. Nas discussões também participaram procuradores do Município, mas nas duas reuniões que o Correio do Litoral acompanhou não teve nenhum membro da Secretaria de Habitação. Por telefone, o secretário de Habitação, Gabriel Gonçalves, informou que não foi convidado para participar das reuniões. O diretor-geral da Secretaria,  Edmundo Sadzinski Junior, disse que participou de uma reunião que tratou do assunto. (Atualizado no dia 17/5) No entendimento da equipe da Prefeitura, o licenciamento ambiental de imóveis que estão impedidos de serem ocupados são a forma mais eficaz de combater as invasões de propriedades e a devastação da Mata Atlântica. Qual é o plano da prefeitura para os loteamentos? Os loteamentos do Município foram em sua grande maioria aprovados antes da Lei de Parcelamento do Solo (lei federal 6766/79). Eles não têm licenciamento ambiental, entre outras exigências que passaram a ser feitas. Alguns ficam em mangues e até dentro de unidades de conservação, como o Parque Estadual do Boguaçu. Outros são verdadeiros bairros que, mesmo sem licenciamento, já foram parcialmente ocupados e têm imóveis construídos. No meio deles, existem lotes ou conjunto de lotes cobertos de mata, mas que, segundo os técnicos da Prefeitura poderão ter a vegetação suprimida, nos termos da Lei da Mata Atlântica (lei nº 11.428). São estas "ilhas" que a Prefeitura quer regularizar. Coube ao engenheiro civil e geógrafo Sérgio Sidor, da Secretaria do Meio Ambiente, desenvolver um modelo para regularização destas áreas. Ele elaborou um projeto de compensação ambiental que, “respeitadas as legislações que envolvem o tema, seriam passíveis de licenciamento”, segundo explicou. Jardim Jiçara – O exemplo usado para o licenciamento foi o loteamento Jiçara, que fica no bairro Carvoeiro. Segundo a proposta, a maior parte dos lotes (659.400 m2) ficariam intactos. Outros 342.600 m2 de “ilhas” cobertas de árvores em meio a uma região desmatada e quase toda habitada receberiam licença para suprimir a vegetação. Como forma de compensação, os proprietários teriam de entregar para preservação áreas equivalentes a 30%: 114.200 m2. Elas seriam transformadas em parques municipais ou simplesmente em bosques que teriam de ser mantidos pelos donos que fizerem a compensação. Lotes com vegetação preservada para servirem de compensação não faltam na cidade, inclusive nas proximidades, como pode ser visto pelo mapa abaixo. O potencial construtivo destas áreas seria transferido para áreas centrais com a comercialização ocorrendo diretamente entre empreendedores com interesse em construir e que necessitem comprar potencial e os proprietários das áreas preservadas. Restrições – Na reunião desta terça-feira, os técnicos ambientais já apontaram alguns obstáculos na implantação do modelo: leis estaduais são mais restritivas que a Lei da Mata Atlântica, a proximidade de uma unidade de conservação (Parque Boguaçu) e a necessidade de um levantamento mais detalhado do estágio de regeneração das matas que se pretende derrubar. Até a eficácia da medida no combate às "invasões" foi objeto de questionamento. Para a Prefeitura, eventuais problemas no licenciamento das áreas propostas podem ser contornadas com mudanças nas metragens e outras adaptações na hora de implantar o modelo na prática. Sidor ressaltou ao Correio do Litoral que o licenciamento poderá ocorrer “onde o estágio da vegetação atender o estabelecido na lei, seja ela, federal, estadual ou municipal, sempre lembrando que, nestes casos, prevalece a legislação mais restritiva”. De acordo com os técnicos do Município, o importante é definir os critérios de regularização. “O loteamento Jardim Jiçara foi apenas um exemplo de aplicação do modelo que pode perfeitamente ser replicado para a cidade toda”, argumenta Sidor. “Para a elaboração do projeto é fundamental um levantamento detalhado dos estágios da vegetação no perímetro urbano da cidade”, explicou.

Em Guaratuba, só um terço das crianças foram vacinadas contra gripe

Com pouco mais de 10 dias para o fim da campanha de vacinação contra a gripe, o índice geral de vacinação dos grupos de risco em Guaratuba é de 61,40%. A campanha vai até o dia 26 de maio. “A preocupação no momento é com o grupo que apresenta menor índice de vacinação, o grupo das crianças de 6 meses a menores que 5 anos, já que foram vacinadas apenas 35,92%”, informa o site do Município, que detalha o alcance de cada grupo. Dos grupos de gestantes e puérperas (45 dias após o parto), foram vacinados 44% e 47%. O grupo dos idosos foi o que mais compareceu, somando 77% do grupo até agora. O Dia D de mobilização nacional contra a gripe aconteceu no sábado, dia 13. Veja quem recebe a vacina contra a gripe pelo SUS: • Crianças de 6 meses a menores que 5 anos; • Gestantes; • Puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto); • Idosos (acima de 60 anos); • Profissionais da saúde; • Povos indígenas; • Pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional; • Portadores de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade; • Professores de escolas públicas ou privadas Fonte: Prefeitura de Guaratuba

Guaratuba terá um Batalhão de Operações Aéreas da PM

"O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) que sempre vem ao litoral durante a temporada agora ficará fixo em Guaratuba", diz Prefeitura. A informação foi divulgada na sessão da Câmara desta segunda-feira (15) pelo vereador Laudi Tato, reconduzido ao cargo de líder do prefeito Roberto Justus, e foi confirmada nesta terça-feira pelo site do Município De acordo com a Prefeitura, será instalado no aeroporto da cidade um batalhão de formação de pilotos e centro de treinamento das forças militares (Choque, Rone, Bope etc). O tenente coronel Adonis Nobor Furushi, representante do Alto Comando do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas, esteve na última sexta-feira (12), juntamente com o prefeito Roberto Justus, com os secretários de Segurança Pública (Jacson Braga) e Administração (Edilson Kalat), no Aeródromo Municipal, no bairro Mirim, tratando da proposta de ceder ao batalhão dois hangares, um para funcionar como alojamento e outro para abrigar as aeronaves da Polícia Militar. Guaratuba já dispõe de hangares livres no aeródromo no bairro Mirim, o que adianta o processo de instalação do batalhão que já poderá estar funcionando com base fixa em Guaratuba no início da próxima temporada. As forças militares como o Choque, Rone, Bope, Tigre virão de outras cidades do Paraná e, possivelmente, até de outros estados para fazer o treinamento em Guaratuba. A vinda do batalhão de operações aéreas também fortalecerá Guaratuba na área da segurança, uma vez que movimentará o setor policial com treinamentos de ações táticas, salvamento aquático, resgate na mata, entre outras atividades utilizando-se de helicópteros. Além de dar suporte aéreo aos policiais lotados no 9º Batalhão de Polícia, os dois helicópteros e mais uma aeronave permanecerão o ano todo na cidade, a disposição 24 horas por dia, auxiliando, por exemplo, no resgate médico-hospitalar para remoção de pacientes a outras cidades. Fonte: Prefeitura de Guaratuba

O saibro de cada rua

Em Itapoá, urbanizar ainda significa “abrir”, “patrolar”, “ensaibrar”, “valetear” e “manilhar” ruas. “Ensaibramento” ainda é assunto frequente nas sessões do Legislativo. Não há vereador que não faça, ou não tenha feito, duas, três ou mais indicações ao Executivo para ensaibramento de ruas, especialmente as das bases eleitorais tradicionais e, os recém-eleitos se ainda não as fizeram, certamente farão. Houvesse uma estatística, tipo ranking, provavelmente o ensaibramento lideraria as indicações do Legislativo. Em resumo: haja saibro para tanta indicação. Itapoá é carente em obras de infraestrutura. A malha viária surgiu sem muito planejamento; as ruas entre os loteamentos são desencontradas; a maioria tem revestimento primário que não suporta o crescente tráfego de veículos. Isso sem falar em drenagem, canalização, bocas-de-lobo e mais recentemente, construção de calçadas nos imóveis frontais as vias pavimentadas. Com um agravante: a cidade foi implantada em áreas com declividade inferior a 5%, o que impõe sérias restrições à urbanização, face as dificuldades para escoamento das águas superficiais. Detalhe não observado pelos “loteadores” ou, mais provável, não considerado. Não se sabe, ou não se tem, ou não se divulga, informações precisas sobre a extensão das vias públicas não revestidas em Itapoá. Alguns falam em 700/800 quilômetros. A maioria sem pavimentação, com revestimento precário e outras nem isso. Muitas não têm sequer esgotamento para as águas superficiais. Quando chove e não precisa muito, ficam alagadas e intransitáveis. Sabe-se também que não é possível ensaibrar todas as ruas a curto prazo, como muitas vezes se deseja. Não há material e recursos suficientes. Assim, de indicação em indicação, o saibro vai chegando ao sabor da pontualidade ou dos interesses políticos. O que também deixou de ser novidade há muito tempo. Funciona mais ou menos assim: o vereador faz uma indicação amparada em abaixo-assinado dos moradores, algumas com fotografias da rua, às vezes nem isso; mediante um requerimento com justificativas resumidas é apresentada e votada em plenário na Câmara de Vereadores; aprovada, e todas são, segue ao Executivo para providências. Procedimento simples e rápido, porém sem muito resultado. Mal se sabe quais “‘indicações” são ou serão “‘atendidas”. Após o “encaminhamento”, elas estacionam no setor de obras da prefeitura. Quando a demora é muita, o vereador alega ao eleitor que fez a sua obrigação, levando o “problema” ao setor competente. Quando acontece o ensaibramento, divulga-se nas redes sociais, enaltecendo a presteza do edil proponente. O processo poderia ter outro ordenamento. Ser precedido por levantamento das ruas que, bairro a bairro, precisariam ser ensaibradas. Seguido de um cálculo da quantidade de material necessário, custos envolvidos e previsão orçamentária. Estabelecer-se-ia então uma programação anual para ensaibramento das ruas em cada bairro. Uma questão de se definir prioridades. O processo poderia, também, ser democratizado, envolvendo a população na deliberação das prioridades. Executivo, vereadores e moradores estabeleceriam em conjunto às prioridades de cada bairro. Uma forma efetiva de transpor para a prática o discurso da administração participativa. Está mais do que na hora de parar com a improvisação, mudar a história tão conhecida nas administrações municipais do “para que simplificar se podemos complicar”. Itapoá (outono), 2017

Floresta do Palmito ficará maior e mais protegida

A Floresta Estadual do Palmito vai aumentar de tamanho e terá uma categoria de uso mais restritiva. A proposta será apresentada à população no próximo dia 23 em uma consulta pública promovida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Prefeitura de Paranaguá. O objetivo do Governo do Estado é somar aproximadamente 1.200 hectares aos 530 já protegidos e tornar o local mais restritivo quanto às atividades que podem ser realizadas. Com isso, a Unidade de Conservação deixa de ser da categoria de Uso Sustentável passando a ser de Proteção Integral. Uso indireto – Quando classificadas como de “Uso Sustentável” o objetivo é conciliar a conservação daquele ambiente com o uso sustentável dos recursos naturais ali pertencentes. Já nas Unidades de Conservação classificadas como de “Proteção Integral” é permitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, como pesquisa científica e turismo ecológico, por exemplo. É durante a Consulta Pública que a população poderá esclarecer dúvidas e se posicionar em relação ao tema. “Mais que uma obrigação legal, a consulta pública dá oportunidade de construção participativa do processo, iniciando a apropriação social da Unidade de Conservação”, afirma o chefe do Departamento de Estratégias de Conservação, Francelo Mognon. Fauna e flora – Para embasar as informações e apresentações que serão feitas, o IAP publicou em seu site, os estudos técnicos referentes a fauna e flora local, os limites da ampliação, justificativas técnicas, entre outros. Os estudos podem ser acessados AQUI A Floresta Estadual do Palmito localiza-se no Km 4,3 a margem da PR 407 (Estrada das Praias) no Município de Paranaguá. Foi criada em junho de 1998 com o objetivo de diminuir a exploração ilegal e predatória de palmito nativo, garantir a sustentabilidade local dessa espécie e proporcionar uma opção de lazer à população. Gerenciada pelo IAP, seus 530 hectares promovem a conservação da Floresta Atlântica. As trilhas da Floresta Estadual do Palmito são atrações turísticas. Com 6,5 quilômetros de extensão, a estrada que passa no interior desta Unidade de Conservação chega até ao rio dos Correais, que tem 25 metros de largura. No entorno deste rio, podem ser admiradas áreas formadas por manguezais, com sua fauna e flora características. Ao longo da estrada se pode observar, além do palmito, a vegetação composta por várias espécies de árvores de grande porte e ambientes formados por orquídeas e bromélias. Também é possível observar a fauna nativa, como o cachorro-do-mato, tamanduá-mirim, gato-do-mato-pequeno, entre outros. Consulta Pública sobre a Floresta Estadual do Palmito Data: 23 de maio Horário: 19h às 22h Local: Teatro Raquel Costa, rua 15 de Novembro, 87 – Centro Histórico, Paranaguá Fonte e imagens: IAP

Alunos da UFPR e ONG Sea Shepherd fazem limpeza de praias

Quarenta e cinco alunos da UFPR (32 de Curitiba e 13 do Setor Litoral) recolheram lixo, neste final de semana, de uma ação de recolhimento do lixo nas praias de Caiobá e Matinhos. A ação foi feita em parceria com o Sea Shepherd Conservation Society – ONG de proteção da vida marinha baseada nos Estados Unidos que possui escritórios na Austrália, Canadá, Inglaterra, Holanda, França e África do Sul. Integrantes do Clube de Ações Voluntárias da UFPR, os alunos recolheram no local 20 sacos de lixo de 100 litros. O material – formado basicamente por garrafas PET, latas, vidros e outros materiais plásticos – foi levado para reciclagem. Foi a primeira ação dos alunos deste porte em parceria com a Sea Shepherd, mas o grupo pretende realizar outras, também no Litoral do Estado. Durante a coleta de lixo, os voluntários constataram outro problema: a existência de muitas clareiras nas restingas – vegetação característica da costa. “Isso denuncia que as restingas sofrem impacto do ser humano. Pensamos em fazer uma ação no local para combater este problema”, diz Camila Canedo Lorenzetti, aluna do 6º período de Enfermagem e uma das representantes do Clube de Ações Voluntárias da UFPR. O grupo também recebeu de moradores do Litoral a sugestão de que os voluntários desenvolveram uma atividade de conscientização com os frequentadores das praias. Atividades Os alunos que participaram da atividade pertencem aos seguintes cursos: Enfermagem, Física, Engenharia Mecânica, Geologia, Educação Física, Química, Biologia, Zootecnia, Administração, Economia, Ciência da Computação, Engenharia Ambiental, Psicologia, Engenharia de Produção, Farmácia, Gestão Ambiental (Setor Litoral), Agroecologia (Setor Litoral), Linguagem e Comunicação (Setor Litoral). O Clube de Ações Voluntárias da UFPR surgiu no início de 2015. Todas às sextas-feiras, são promovidas reuniões para o planejamento e discussão de ações e pautas. O clube desenvolve várias atividades. Entre elas, visitas a lares de crianças e idosos, arrecadações de agasalho no inverno, parcerias com ONGs de animais e a organização do cachorro-quente solidário (a preparação e distribuição de alimentos para moradores de rua do centro de Curitiba). Também planeja e executa doações de sangue a cada quatro meses, promove intervenções na UFPR sobre o Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul, realiza atividades em datas comemorativas (Dia das Crianças) com alunos dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), organiza oficinas de brinquedos a partir de material reciclável, faz o acolhimento e direcionamento dos calouros no banho de lama da Universidade e promove o abraço solidário (atividade para humanizar os estudantes). Litoral pode seguir exemplo de Palotina A Reitoria da quer aproximar mais a UFPR dos municípios do Litoral nos quais possui unidades e também das cidades situadas na sua área de abrangência. Com este objetivo, o reitor Ricardo Marcelo Fonseca e a vice-reitora, Graciela Inês Bolzon de Muniz, receberam hoje os prefeitos de quatro cidades da região: Marcelo Roque (Paranaguá), Marcos “Casquinha” (Pontal do Paraná), Roberto Justus (Guaratuba) e Ruy Hauer (Matinhos). O reitor propôs a aproximação aos prefeitos com base na experiência bem sucedida desenvolvida em Palotina. No final, ficou acertado que o grupo voltará a se reunir, na primeira quinzena de junho, (possivelmente, no campus de Matinhos/Caiobá ou no CEM), para formar um grupo de trabalho destinado a avançar a proposta. Articulador da reunião, o diretor de Apoio aos Campi Avançados da UFPR, Helton José Alves, disse que o encontro foi muito produtivo. “O reitor apresentou aos prefeitos todos os projetos que a UFPR desenvolve em Palotina, falou da interação positiva que existe a Universidade, a prefeitura e a comunidade e citou ainda as ações de mobilidade acadêmica que ocorrem. ”A UFPR quer motivar os prefeitos do Litoral a fazerem o mesmo”, explicou. Entre as parcerias que podem ser feitas, está o transporte de estudantes para os campus da UFPR. Fonte: UFPR

O futuro incerto do palmito juçara

Peter Moon | Agência Fapesp – Há um conjunto de fatores que parecem afetar a sobrevivência da palmeira juçara, da qual se extrai o palmito de melhor qualidade – e por isto mesmo o mais valorizado. Além da forte pressão do corte ilegal da juçara e a destruição da Mata Atlântica, a extinção de aves e as mudanças no clima podem levar a espécie à extinção na natureza. O fenômeno de extinção de animais é chamado pelos cientistas de defaunação. A perda de espécies animais responsáveis pela dispersão das sementes e as mudanças climáticas são geralmente ignoradas na conservação da flora. Esses dois fatores foram detectados ao longo de anos de pesquisa pelo biólogo Mauro Galetti e sua equipe do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. O palmito pode ser extraído do caule de diversas espécies de palmeiras, mas as comumente encontradas para consumo são as da juçara, da pupunha e do açaizeiro (ou açaí). A palmeira juçara (Euterpe edulis) é nativa da Mata Atlântica, enquanto que as outras espécies são da Amazônia. Uma diferença entre as três espécies é que a juçara possui um único tronco, enquanto as demais formam touceiras. Assim, ao se extrair o palmito, a palmeira juçara morre, enquanto a pupunha e o açaí rebrotam do tronco principal, a exemplo do que ocorre com as bananeiras. Outra diferença importante é que a juçara demora de 8 a 12 anos para produzir um palmito de qualidade, enquanto o da pupunha pode ser extraído decorridos apenas 18 meses do plantio. Logo, a extração do palmito juçara incorre necessariamente na derrubada dos indivíduos adultos, preferencialmente aqueles de maior porte (as palmeiras podem atingir 20 metros de altura). Quando se derrubam os indivíduos adultos, há menos plantas para produzir sementes a ser dispersadas para germinar. A população declina e pode até se extinguir localmente. É por todos esses motivos que a palmeira juçara está incluída na Lista Vermelha das espécies da flora do Brasil sob risco de extinção, elaborada pelo Centro Nacional de Conservação da Flora. A preservação da juçara está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica. Sua semente e seu fruto servem de alimento para mais de 48 espécies de aves e 20 de mamíferos. Tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, enquanto cotias, antas, catetos, esquilos e muitos outros animais se beneficiam das suas sementes ou frutos. Os frutos são ricos em gordura e antioxidantes, por isso são tão procurados pelos animais. Pesquisadores da Unesp constataram que a diminuição acelerada das populações das aves dispersoras de sementes, devido à fragmentação ou destruição dos habitats ou pela captura ilegal, é a principal causa por trás da perda na variabilidade genética da juçara. E quando se perde variabilidade genética, a espécie se torna mais frágil para enfrentar desafios futuros, como as mudanças climáticas que afetam o planeta. Em estudo publicado na Conservation Genetics, pesquisadores da Unesp, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Estadual de Santa Cruz concluíram que o padrão atual da diversidade genética em E. edulis na Mata Atlântica é uma combinação da mudança do clima nos últimos milhares de anos e da ação humana, como a destruição dos habitats e a extinção das aves dispersoras de sementes. Neste trabalho os pesquisadores detectaram que a diversidade genética da palmeira juçara foi reduzida por mudanças climáticas ao longo dos últimos 10 mil anos (processo histórico natural) e que hoje esse processo pode ser explicado pela extinção das grandes aves frugívoras (processo antrópico, isto é, resultante da atividade humana). Essa descoberta levou os pesquisadores a tentar entender como as aves frugívoras afetam o processo de diferenciação genética da juçara. Pesquisas conduzidas no laboratório do professor Galetti já haviam confirmado que havia uma relação entre a redução do tamanho das sementes da juçara (que varia naturalmente de 8 a 14 milímetros de diâmetro) e a extinção local de aves grandes que dispersam suas sementes. Em trabalho publicado na revista Science em 2013, os pesquisadores investigaram 22 áreas de Mata Atlântica distribuídas entre Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e sul da Bahia. Eles constataram que nas áreas onde havia aves frugívoras grandes, como tucanos (Ramphastos spp.), jacus (Penelope spp.) e jacutingas (Aburria jacutinga), as sementes de juçara eram maiores, podendo ultrapassar os 12 milímetros. Já naquelas áreas onde predominavam apenas espécies menores e dotadas de bicos menores, como os sabiás (Turdus spp.), o diâmetro das sementes de juçara não ultrapassava os 9,5 milímetros. Em outras palavras: nas áreas de Mata Atlântica onde a população de tucanos, jacus, arapongas (Procnias nudicollis) e jacutingas foi extinta localmente pela caça, as sementes maiores deixaram de ser dispersadas, pois são muito grandes para frugívoros pequenos como sabiás, que só conseguem engolir as sementes pequenas. Sementes que não são consumidas pelas aves não germinam, ou seja, a juçara depende das aves para manter sua população. Tal diferença no tamanho das sementes pode parecer pequena, mas não é. Ela é importante para a conservação da palmeira. “Isso porque sementes menores perdem mais facilmente água por ter menor superfície e isso torna as palmeiras mais sensíveis ao aumento dos períodos de seca, que deve aumentar sua frequência com as mudanças climáticas”, explica Galetti. Os pesquisadores constataram que nas florestas próximo a Rio Claro onde predominam juçaras com sementes pequenas, após a severa estiagem de 2014, elas simplesmente não germinaram. “A pressão seletiva causada pela defaunação é tão forte que em algumas áreas bastaram 50 anos para as sementes maiores de juçara desaparecerem. Seria tal seleção perceptível no nível genético? Foi exatamente esta constatação que levou ao nosso novo trabalho”, disse a bióloga Carolina da

Três homicídios no final de semana em Guaratuba

Cristophor Lee dos Santos Pereira e Vinícius Cabral foram mortos a tiros, na noite deste sábado (13), no bairro Cohapar, em Guaratuba. Natália Caroline Ferreira Braga levou um tiro na coxa e é a única testemunha conhecida dos homicídios. Segundo ela informou à Polícia, um desconhecido invadiu a casa onde estavam, na rua rua Engenheiro Beltrão e atirou nos três. Natália foi encaminhada ao Pronto Socorro Municipal e em seguida transferida ao Hospital Regional do Litoral. Ela tem 22 anos, veio de Arapongas há pouco tempo para morar em Guaratuba junto com Cristophor e a filha pequena de ambos. Vinícius também morava Arapongas. A notícia do duplo homicídio foi dada em primeira mão no Facebook pelo Jornal de Guaratuba, que fez fotos das duas vítimas. O jornal relatou que eles receberam diversos tiros na cabeça e no peito. Menino de 15 anos morre com quatro tiros Na noite de domingo (14), por volta das 22h, Mateus Santana, de 15 anos, foi morto com quatro tiros, na rua Ortigueira, no mesmo bairro Cohapar. A informação também foi divulgada pelo Jornal, que já contabiliza 17 homicídios ocorridos em Guaratuba neste ano.

Família morre em acidente na SC-416

No carro estavam sete pessoas – Foto: PMRv/Divulgação Dois adultos e três crianças morreram em um acidente na noite deste sábado (12) na SC-416, em Itapoá (SC). Todos estavam em um veículo Gol, com placas de Quedas do Iguaçu, onde estavam sete pessoas que retornavam da cidade de Laranjeiras, na região Centro-Oeste do Paraná. Morreram o motorista Gilson Pedro Mineiro, de 39 anos, sua esposa, Mariluz Araujo, 30 anos, e dois filhos do casal estão entre os mortos. A quinta vítima era um sobrinho deles, Wesley Pereira dos Santos de 17 anos. Outras duas crianças, um menino de 11 anos e uma menina de 13, sobreviveram e foram levados em estado grave para um hospital em Joinville. O casal e os filhos moravam em Itapoá. O acidente aconteceu por volta das 19h, no km 18, próximo ao acesso ao distrito de Saí Mirim e entrada do Porto de Itapoá. Motociclista morre ao ser derrubado pelo vento – De acordo com o site G1 Santa Catarina, na manhã deste domingo (14), um motociclista de 25 anos morreu na mesma rodovia. “De acordo com a PMRv (Polícia Militar Rodoviária), com os ventos fortes ele teria tombado da moto e batido contra uma pedra. Com informações de A Notícia, Tribuna de Itapoá, G1 SC, Portal Cantu, e PMRv – Edição: Correio do Litoral

Paranaguá declara emergência contra Aedes aegypti

Foi publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (11) o decreto n.º 291, que declara situação excepcional de emergência na saúde pública de Paranaguá, para execução de ações necessárias ao combate da proliferação do mosquito Aedes aegypti. A justificativa é que há possibilidade de agravamento da situação envolvendo doenças transmitidas pelo vetor como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. O decreto tem prazo de 90 dias e pode ser prorrogado por mais 90 dias. Tem como base as atribuições legais conferidas ao chefe do Poder Executivo e também tem como base o Plano Nacional de Diretrizes de Combate à Dengue (PNCD) e o informe técnico 37, da Secretaria de Estado da Saúde (sesa), atualizado no dia 9 deste mês, que afirma que a cidade é de alto risco para doenças tropicais transmissíveis pelo vetor. No último boletim da Dengue da Sesa, Paranaguá aparece com 35 casos de dengue e Guaratuba com 1 caso confirmado – e nenhum nos demais municípios do Litoral. Paranaguá tem 10 casos confirmados de chikungunya e 1 de zika. Com o decreto será possível realizar a entrada em imóveis abandonados ou os que seus proprietários se neguem a autorizar o trabalho dos agentes de endemias para verificação de criadouros. Também será possível realizar aquisição de bens, obras e serviços, com dispensa de licitação, desde que tenham anuência do Comitê Municipal de Mobilização contra a Dengue. Outros municípios Outros municípios limítrofes também atingidos com índices de infestação do vetor Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde fica autorizada a viabilizar convênios de colaboração com outros municípios. Assim, poderá ter a disponibilização de máquinas, equipamentos e pessoal, com objetivo de conter os avanços da doença nas cidades já atingidas, evitando-se com isso a proliferação do mosquito transmissor, bem como com instituições hospitalares, Governo do Estado e órgãos de saúde pública no nível Estadual e Federal, a fim de assegurar o sucesso da campanha em nível regional. Fontes: Prefeitura de Paranaguá e Sesa – Edição: Correio do Litoral