Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

TCE desaprova contas do aterro sanitário de Pontal do Paraná

A falta de apresentação do Plano de Aplicação e do Plano de Ação impossibilitou a análise da prestação de contas do Consórcio Intermunicipal para Aterro Sanitário de Pontal do Paraná, do exercício de 2007. A irregularidade das contas foi determinada pela Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), em sessão do dia 2 de setembro. O relator do processo, conselheiro Durval Amaral, acatou os pareceres da Diretoria de Contas Municipais e do Ministério Público, que opinaram pela desaprovação das contas de 2007. As contas são de responsabilidade de Rudisney Gimenes (foto), ex-prefeito de Pontal e ex-presidente do consórcio. Além da falta dos planos, o relator considerou prejudicada a verificação da existência de autorização nos atos de orçamento para abertura de crédito especial. Pelas irregularidades e pelo atraso na entrega da prestação de contas, o ex-presidente da entidade recebeu multas, com base no Artigo 87, Inciso III, Parágrafo 4º, e Inciso III, Alínea “a”, da Lei Complementar nº 113/05, no valor total de R$ 1450,96. Cabe recurso da decisão no prazo de 15 dias, a partir da publicação no Diário Eletrônico do TCE, acessível no endereço www.tce.pr.gov.br. Processo nº: 597860/08 Acórdão nº: 4944/14 – Primeira Câmara Assunto: Prestação de Contas Municipal Entidade: Consórcio Intermunicipal para Aterro Sanitário de Pontal do Paraná Interessado: Airton De Souza, Rudisney Gimenes Relator: Conselheiro Durval Amaral Fonte: TCE

Guaratuba discute mudanças no IPTU e Dia da Consciência Negra

A Câmara Municipal de Guaratuba aprovou nesta segunda-feira (15) parecer pela legalidade do Projeto de Lei Complementar 9/2014, de autoria do Executivo, que atualiza a Planta Genérica de Valores (PNV). Também foi aprovado parecer favorável ao Projeto de Lei nº 569, que institui o Dia Municipal da Consciência Negra, de autoria do vereador Almir Troyner. Os dois projetos devem entrar na Ordem do Dia da próxima sessão e precisam ser aprovados em dois turnos. O PLC 9/2014 atualiza os valores venais dos imóveis e define critérios para lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). De acordo com a justificativa, ele corrige distorções e amplia a justiça fiscal. O projeto atraiu um grande público à sessão. Houve vaias, aplausos, mas a sessão transcorreu com calma. O presidente da Câmara, Mordecai Magalhães, assegurou que os vereadores vão analisar aprofundadamente o projeto e suas consequências antes de votarem. Alguns vereadores já começaram os estudos na manhã desta terça-feira (16), fazendo questionamentos a uma equipe técnica da prefeitura. A nova PNV prevê fatores de valorização e de desvalorização dos imóveis. Imóveis em áreas nobres terão aumento significativo no imposto. Os vereadores presentes verificaram discrepãncias na atual planta, como o caso de terrenos de um loteamento no Jardim Eliane que estão sendo vendidos por valores entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, mas pagam IPTU sobre valores venais de R$ 1.753,19 e R$ 2.191,49. A análise prossegue nos próximos dias. Para entrar em vigor no exercício de 2015, a Planta Genérica de Valores tem de ser publicada até o dia 30 de setembro. Eventuais alterações nas alíquotas do imposto podem ser feitas até o final deste ano. Fonte e foto: Câmara Municipal de Guaratuba

Governo federal libera R$ 650 mil por causa de chuvas em Guaraqueçaba

O Ministério da Integração Nacional liberou nesta segunda-feira (15) recursos para Guaraqueçaba executar obras de reconstrução de danos causados pelas chuvas deste ano. A liberação foi feita pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do MI. São exatos R$ 618.126,74 que foram empenhados a título de Transferência Obrigatória. A transferência será feita em parcela única. A prefeitura deverá apresentar prestação de contas no prazo de 30 dias após a execução das obras e serviços pedidos pelo Plano de Trabalho apresentado ao Ministério da Integração e que foi aprovado. A decisão foi através da Portaria nº 233, de 12 de setembro e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (15). Leia aqui: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=29&data=15/09/2014

Da praia ao Cubatão, Guaratuba mostra seus mundos na Olimpíada de Língua Portuguesa

Dois mundos distintos vão representar Guaratuba na etapa estadual da 4º Olimpíada de Língua Portuguesa. Conhecida por suas praias, o município possui uma das mais extensas e importantes áreas rurais em todo o Paraná. Com o título “Do Morro ao Cristo”, a aluna Taynara Maísa Bietkoski Clarinda, do Colégio Estadual Zilda Arns, foi a escolhida no gênero Memória Literária. Andrielle Novaes Umlauf, da Escola Municipal Joaquim Gabriel de Miranda, na localidade rural do Cubatão, vai concorrer no gênero Poema com o título do tema geral da Olimpíada: “O Lugar Onde Vivo”. Os dois trabalhos foram selecionados, na quinta-feira (11). Alunos do 5º e 6º ano escreveram poemas. Alunos do 7º e 8º, memórias literárias. A Comissão Julgadora Municipal foi composta pelas professoras Vera Regina Lobo Leomil, Isabel Cristina Silveira Jammal Guidini e Vânia Lucia Bonetto Merkle. Segundo a professora Adriana da Silva Machado, responsável pela OLP em Guaratuba, “a qualidade das produções proporcionou às professoras avaliadoras uma tarde de deleite com cada detalhe descrito nos trabalhos”. Para garantir a isenção, as normas da Olimpíada Nacional estabelecemos que os avaliadores têm acesso aos textos pelo portal da Olimpíada não sabem o nome da escola, do estudante ou do professor, já que estes dados não aparecerão para eles, mesmo que recebam o texto impresso. A secretária Municipal da Educação, Regina Lúcia Ferraz Torres, acompanhou a finalização da escolha dos textos. Próximas etapas – A Comissão Julgadora Estadual começa a analisar os textos no dia 25 de setembro. O resultado deve sair até o dia 10 de outubro. No dia 28 de outubro começa a Etapa Regional, que vai até o dia 20 de novembro. A Comissão Julgadora Nacional fará a seleção dos melhores trabalhos entre os dias 24 e 28 de novembro. A premiação acontecerá no dia 1º de dezembro. Leitura e escrita As Olimpíadas de Língua Portuguesa foram criadas em 2002. Nos anos pares acontece o concurso de produção de textos que premia as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. Nos anos ímpares, desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educativos. A elaboração dos textos é precedida por oficinas de leitura e escrita, entre fevereiro e agosto. Os alunos selecionados: 1º Lugar no gênero Poemas: “O Lugar Onde Vivo” Escola Municipal Joaquim Gabriel de Miranda Aluna: Andrielle Novaes Umlauf Professora: Vânia da Veiga Miranda. 1º Lugar no gênero Memórias Literárias: “Do Morro ao Cristo” Colégio Estadual Drª Zilda Arns Neumann Aluna: Taynara Maísa Bietkoski Clarinda Professora: Roberta Moreschi Gabardo Nunes Edição: CorreiodoLitoral.com – com informações de Adriana da Silva Machado

Com R$ 20 você pode apoiar maricultores da Ilha Rasa

Projeto de ostreicultura da Associação dos Maricultores de Ilha Rasa, em Guaraqueçaba, é um selecionados para receber recursos por meio da Bolsa de Valores Socioambientais (BVSA). O BVSA é uma plataforma virtual de doação do Instituto BM&FBOVESPA, na qual pessoas físicas e jurídicas contribuem com projetos sociais e ambientais que necessitam de recursos financeiros. No final de agosto foram divulgados oito novos selecionados, entre eles o da Ilha Rasa, completando uma relação de 13 projetos de organizações de todo o país. Os recursos captados serão destinados à implantação de mesas de cultivo baixios (áreas de depressão às margens de um rio, causada pela vazante) e áreas autorizadas pelos órgãos ambientais, gerando renda para pequenos pescadores da Ilha Rasa de maneira ambientalmente correta. A Associação dos Maricultores de Ilha Rasa (Amair), fundada no ano de 1995 na região de Ilha Rasa, é formada por oito famílias associadas de pescadores artesanais que se beneficiam da maricultura. A organização tem como missão incentivar o cooperativismo nas atividades de definição da maricultura visando o estímulo à produção e controle da qualidade pelos próprios associados, bem como outras ações em conjunto que venham em benefício destas atividades. O valor total para o financiamento do projeto é de R$ 80.000,00. Investimento socioambiental Para se tornar um investidor socioambiental, basta se cadastrar no portal, escolher os projetos para os quais quer contribuir – de acordo com o tema, público beneficiário ou região – e montar sua carteira de doações. A BVSA recebe doações a partir de R$ 20,00 (com cartão de crédito ou boleto bancário), que são integralmente direcionadas para o projeto. Pessoa Jurídica conta com benefício fiscal, o valor das doações são dedutíveis, como despesa operacional, até o limite de 2% do lucro operacional da empresa (limitada às pessoas jurídicas tributadas pelo regime de lucro real). Os projetos listados têm orçamentos que variam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil e que foram rigorosamente selecionados de acordo com os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da ONU. Com a nova listagem, a BVSA disponibiliza 13 projetos de organizações de todo o País, que passam a ter acesso a recursos financeiros de forma segura e transparente: todos os valores captados são repassados integralmente pelo Instituto BM&FBOVESPA às organizações, sem qualquer cobrança de taxa ou dedução; as organizações, de sua parte, publicam periodicamente relatórios de prestação de contas no portal, como uma empresa de capital aberto. Desde sua criação em 2003, a BVSA já arrecadou mais de R$13,4 milhões, destinados a 116 projetos de todo o Brasil. Veja detalhes e como investir no projeto https://www.bvsa.org.br/projeto/27/ostreicultura-renda-para-o-pequeno-pescador-e-preservacao-ambiental-na-apa-de-guaraquecaba

Ex-prefeito José Baka tem direitos políticos suspensos

O ex-prefeito de Paranaguá José Baka Filho (gestões 2005/2008 e 2009/2012) teve os direitos políticos suspensos pela Justiça pelo prazo de três anos. A decisão, datada do dia 10 de setembro, atende ao pedido do Ministério Público do Paraná, em ação civil pública por ato de improbidade administrativa, na qual é questionada a nomeação de uma bacharel em Direito para o cargo de procuradora jurídica ambiental, sem que a mesma fosse inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, o que tornaria ilegal o exercício da função. Além do ex-prefeito, também tiveram punições impostas pela Justiça a servidora nomeada irregularmente para o cargo e os dois ex-secretários municipais de Meio Ambiente, que atuaram enquanto ela exerceu a função (como chefes diretos). Eles também tiveram suspensos seus direitos políticos. A decisão judicial prevê, ainda, que todos os requeridos percam eventual função pública que estejam exercendo e paguem multa civil no valor (corrigido) correspondente a 15 vezes a remuneração percebida pela servidora no último mês de desempenho do cargo de procuradora jurídica ambiental. Os requeridos estão impedidos, também, de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos. Em agosto, Baka (PDT) também teve a candidatura a deputado federal indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR).

Próximo sábado é dia para lembrar de limpar praias e rios

O Dia Mundial de Limpeza de Praias, Rios e Lagos (dia 20) terá ações em Guaratuba e em Pontal do Paraná. Mas as atividades já começaram em outros pontos do Litoral. A Associação de Surfistas de Guaratuba organiza, a partir das 15h do dia 20, que cai num sábado, sua 19ª Caminhada para Limpeza das Praias na praia dos Paraguaios (Brejatuba). Serão distribuídas 250 camisetas para os participantes. No mesmo dia, a Associação Mar Brasil promove a limpeza Pontal do Paraná. As ações serão em Pontal do Sul e na Ponta do Poço. A concentração está marcada para as 8h, no Parque Municipal do Manguezal do Rio Perequê, ao lado do Centro de Estudos do Mar da UFPR (CEM). Ilhas Nesta quinta-feira (11), 17 pessoas da comunidade de Piaçaguera entre alunos da Escola Municipal Rural, professores e funcionários do Porto de paranaguá percorreram a orla marítima. Pela manhã, os participantes se dividiram em duplas e percorreram as margens da comunidade de Piaçaguera, recolhendo o lixo. O maior volume recolhido foi de plástico, principalmente embalagens e sacolas. Além disso, foram encontrados principalmente artefatos de pesca (cordas, pedaço de rede e boias de isopor), calçados, itens de metal, entre outros materiais. No período da tarde, os voluntários participaram da triagem do material. Foram recolhidos cerca de 60 Kg de resíduos que foram depositados em oito sacos de 120 Litros. A equipe da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), agora, está organizando um retorno à escola, para apresentar os resultados do trabalho, ressaltando a importância de cada um contribuir com a limpeza das praias. As próximas ações acontecem neste sábado (13), na Ilha do Mel, em Brasília a partir das 9h e Encantadas, a partir das 14h.

Câmara de Morretes investiga compra de semáforos que não funcionam

Os vereadores de Morretes investigam a compra de dois semáforos pela prefeitura pelo valor de R$ 52 mil e que estão há 11 meses sem funcionar. A Câmara criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 25 de junho e deverá concluir a apuração no dia 26 de outubro. O assunto virou notícia estadual nesta sexta-feira depois de reportagem da Rádio Banda B, de Curitiba. A comissão é presidida pelo vereador Luciano Cardoso (DEM) e ainda tem Airton Tomazi (PSC) e Flávia Rebello Miranda (PT) como membros. Conforme a repórter Elizangela Jubanski, da banda B, os vereadores buscam informações sobre os valores pagos aos semáforos desde outubro do ano passado. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada para apurar essas supostas irregularidades. A denúncia foi feita pela vereadora da cidade Flávia Rebello Miranda (PT) à Rádio Banda B nesta sexta-feira (12). “Eles foram instalados em outubro e até agora não funcionam. Pedimos a nota fiscal dos semáforos com esses valores fora da realidade e até agora ninguém nos falou nada, ninguém nos fala nada”, disse a vereadora Flávia Rebello Miranda, à emissora. Em todo município, esses são os únicos semáforos implantados, disse Flávia. Outros orçamentos estão sendo feitos para que esse valor seja investigado. “Já fizemos orçamento com outras empresas que chegaram a nos passar valores entre R$ 6 mil a R$ 10 mil”, afirmou. Fonte: Elizangela Jubanski/Banda B e Câmara Municipal de Morretes

Paraná é o 2º em créditos para pescadores artesanais e piscicultores

O superintendente federal da Pesca e Aquicultura do Paraná, José Antonio Faria de Brito, fez um balanço de sua gestão e aponta que a produção de pescados no Paraná triplicou em três anos. Brito assumiu o cargo em junho de 2011. Segundo a superintendência, naquele ano a produção estava em torno de 25 mil toneladas/ano. Hoje, a última estatística apresentada pelo Instituto Emater, na Festa das Orquídeas e do Peixe – Seminário de Piscicultura, no último dia 29 de agosto, apontou uma produção de 74 mil toneladas/ano. “Este aumento se dá pelo estímulo que os pequenos produtores rurais estão tendo do Governo Federal, através do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que dispõe de R$ 4,1 bilhões para investimentos e crédito”, afirma o superintendente, que tem viajado pelo interior do Estado e em suas palestras tem apresentado as políticas públicas voltadas para o setor. “A última edição da revista Veja, traz uma matéria onde a presidenta Dilma Rousseff destaca a importância do Ministério da Pesca e Aquicultura. Ela foi questionada sobre a importância deste Ministério. Sua resposta: “Muita gente fala mal e eu acho isso errado. Nós temos um grande desafio na área da pesca, não só porque nós temos mais de 7.000 quilômetros de costa marítima, mas pela quantidade de água doce que temos pelo país”, disse. E acabou defendendo a criação de tilápia, segundo ela “fundamental” para o país Outros Números Hoje o brasileiro está consumindo mais peixes. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS- ONU) é ser consumido 12kg por habitante, estamos consumindo 14kg por habitantes – graças a políticas públicas como a Semana do Peixe, que incentiva o consumo, a queda de preços e o aumento da produção, são inúmeras ações referentes a este evento. O Paraná está em segundo lugar, entre todos os estados, no que diz respeito aos investimentos e créditos para pescadores artesanais e pequenos produtores que abraçaram a piscicultura. Só perdemos para Santa Catarina, pois lá existe a pesca industrial. Em todo o Brasil foram registrados de janeiro a agosto deste mês R$ 240 milhões e o Paraná com R$ 30 milhões – números do Banco do Brasil – Plano Safra da Pesca e Aquicultura. “São números magníficos, percebemos a importância deste setor, que cresce a cada dia, um novo tempo se aproxima, com melhoria para toda a população,” finalizou o superintendente.

APUFPR diz que Pontal não tem estrutura para mais professores e alunos

Pontal do Paraná não tem condições de receber mais professores e alunos que virão com a ampliação do número de cursos no Centro de Estudos do Mar, reclama a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR). Vídeo mostra carências da instituição. A partir de 2015, o CEM passará a ter dois novos cursos: Engenharia Civil (50 vagas), Engenharia Ambiental e Sanitária (50 vagas). Ficam mantidos os cursos de Engenharia em Aquicultura (antigo Tecnologia em Aquicultura), Oceanografia e Licenciatura em Ciências Exatas. A associação publicou, nesta quinta-feira (11), e seu site um texto denunciando os problemas da cidade – entre eles o valor das tarifas do transporte coletivo, as carências na saúde pública e o valor dos aluguéis – e a falta de moradias para os estudantes prometidas pela Reitoria também para o Setor Litoral, em Matinhos. A reportagem publicada no site da associação é ilustrada com uma rua alagada. Leia: O município de Pontal do Paraná possui aproximadamente 23 mil habitantes distribuídos em 48 balneários e uma estrutura precária com serviços voltados principalmente a turistas durante o período de temporada. O Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fica sediado no balneário de Pontal do Sul, e possui um prédio no balneário de Mirassol para os cursos de Aquicultura e Ciências Exatas. Com a economia ligada à pesca, ao comércio e ao turismo, o município oferece poucas opções para os habitantes, inclusive em serviços básicos e infraestrutura. “Não tem pronto-socorro, não tem suporte, os bombeiros pra chegar aqui demoram mais de meia hora. Um ambiente em que apenas algumas das torneiras têm água tratada, isso de poucos anos. Não temos saneamento básico”, diz o docente do curso de Ciências Exatas Eduardo Marone. O transporte coletivo, por exemplo, além de não possuir linhas para muitos trechos, possui uma tarifa alta para os moradores, com a maioria dos valores em R$ 4,50. A segurança é um problema que atinge não só a comunidade acadêmica, como toda a população, visto que há falta de iluminação nas ruas e há pouco policiamento na maior parte do ano, apenas em período de temporada. “A falta de segurança que tem na cidade preocupa. Nunca tem policiamento, a iluminação é terrível. A gente não se sente muito seguro aqui na cidade, só quando sai um com outro, mas sozinha não dá pra andar, principalmente menina”, afirma a estudante do curso de Oceanografia Vanessa Ballardin. Até mesmo operações simples como sacar dinheiro podem ser muito complicadas para a comunidade acadêmica do CEM. O balneário de Pontal do Sul possui apenas uma agência bancária, as outras três agências existentes estão em outros balneários do município e muitos quilômetros distantes do campus. “Tem gente que procura outras coisas na faculdade e que não tem, por exemplo, meu banco foi retirado aqui da cidade. A maioria das faculdades oferece banco dentro do seu espaço para os alunos, e aqui eu não tenho isso. Preciso fazer uma viagem de meia hora para poder retirar dinheiro”, explica a estudante do curso de Oceanografia Liége Toffoli. Moradia estudantil Os estudantes do CEM sofrem com a questão da moradia, pela falta de casas disponíveis na cidade e os altos custos de aluguel, visto que a Universidade ainda não desenvolveu nenhum projeto de moradia estudantil no campus. Em 2011 os docentes da UFPR aprovaram como ponto de pauta da categoria a garantia de moradias estudantis em todos os campi da UFPR. No termo da negociação assinado com docentes e estudantes, a administração da universidade firmou o compromisso de construir a moradia no então campus Palotina em 2012, no Setor Litoral em 2013 e em Curitiba em 2014. Para isso, foi desenvolvido um estudo diagnóstico e foi elaborada uma proposta de moradia entregue pela comissão à Universidade em novembro de 2011. Porém, até agora nenhuma das obras prometidas foi realizada. Para o CEM não há previsão de construção de moradia estudantil. Para os estudantes, a falta de moradia estudantil, reflete o descaso e desrespeito com a comunidade acadêmica. “Acho que a cidade já está comportando muitos estudantes, então era bom o governo olhar pra gente e fazer uma casa de estudantes”, defende Vanessa Ballardin. Em Pontal do Sul não há muitas casas disponíveis para aluguel durante o ano letivo, visto que a maioria dos imóveis é locada apenas durante a alta temporada. Além disso, de acordo com os estudantes, os valores dos aluguéis variam bastante conforme a chegada de grandes empresas no município, pois as imobiliárias aumentam os preços e dão preferência de moradia aos trabalhadores das empresas em vez de aos alunos, que muitas vezes estão no imóvel há bastante tempo. “O pessoal está aumentando mesmo o preço justamente porque a demanda está sendo maior, não somente de estudantes, mas também de funcionários de uma empresa grande que abriu, que traz muitos funcionários de fora pra cá que competem com a gente nesse mercado de aluguel. Então acabamos tendo que alugar uma casa com menos qualidade para poder pagar menos, e longe da faculdade normalmente”, conta a estudante. A chegada dos novos estudantes com a implementação dos novos cursos no CEM também preocupa a comunidade acadêmica pela falta de residências disponíveis para aluguel na região e pelo aumento dos valores dos imóveis com o crescimento da demanda. “Vai acontecer com certeza o aumento do meu aluguel”, afirma Vanessa. Reportagem em vídeo da APUFPR trata das deficiências de Pontal e destaca os problemas de infraestrutura do próprio CEM. Fonte, foto e vídeo: APUFPR