Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Salário mínimo

O salário mínimo do ano que vem será de R$ 788,00.A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou novo valor para 2015, que beneficiará 48 milhões de pessoas que têm renda vinculada ao piso nacional, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entre eles, mais de 21 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que ganham o mínimo. O aumento será de 8,8% sobre R$ 724,00. Por Lei, o governo usa o INPC como índice para reajustar esses benefícios. Nos últimos 12 meses até novembro, o indicador bateu 6,33%. O salário mínimo surgiu no Brasil em meados da década de 30. A Lei n.º 185 de janeiro de 1936 e o Decreto-Lei n.º 399 de abril de 1938 regulamentaram a instituição do salário mínimo, e o Decreto-Lei n.º 2162 de 1º de maio de 1940 fixou os valores do salário mínimo, que passaram a vigorar a partir do mesmo ano. O país foi dividido em 22 regiões (os 20 estados existentes na época, mais o território do Acre e Distrito Federal) e todas as regiões que correspondiam a estados foram divididos ainda em sub-região, num total de 50 sub-regiões. Para casa sub-região fixou-se um valor para o salário mínimo, num total de 14 valores distintos para todo o Brasil. A relação entre o maior e o menor em 1940 era de 2,67. Esta primeira tabela do salário mínimo tinha um prazo de vigência de três anos, e em julho de 1943 foi dado um primeiro reajuste seguindo de um outro em dezembro do mesmo ano. Estes aumentos, além de recompor o poder de compra do salário mínimo, reduziram a razão entre o maior e o menor valor para 2,24, já que foram diferenciados, com maiores índices para os menores valores. Após esses aumentos, o salário mínimo passou mais de oito anos sem ser reajustados, sofrendo uma queda real da ordem de 65%, considerando-se a inflação medida pelo IPC da FIPE. Em dezembro de 1951, o Presidente Getúlio Vargas assinou um Decreto-Lei reajustando os valores do salário mínimo, dando início a um período em que reajustes mais frequentes garantiram a manutenção, e até alguma elevação, do poder de compra do salário mínimo. Da data deste reajuste até outubro de 1961, quando ocorreu o primeiro reajuste do Governo de João Goulart, houve um total de seis reajustes. Neste período, além de os reajustes terem ocorrido em intervalos cada vez menores (o último, de apenas 12 meses), ampliou-se bastante o número de valores distintos para o salário mínimo entre as diversas regiões. Deve-se ressaltar que nos dois primeiros reajustes deste período o aumento do maior salário mínimo foi muito superior ao do menor, com a razão ente eles atingindo 4,33 em julho de 1954, seu maior valor histórico. A partir de 1962, com a aceleração da inflação, o salário mínimo voltou a perder seu poder de compra, apesar dos outros dois reajustes durante o Governo de Goulart. Após o golpe militar, modificou-se a política de reajustes do salário mínimo, abandonando-se a prática de recompor o valor real do salário no último reajuste. Passou-se a adotar uma política que visava manter o salário médio, e aumentos reais só deveriam ocorrer quando houvesse ganho de produtividade. Os reajustes eram calculados levando-se em consideração a inflação esperada, o que levou a uma forte queda salarial decorrente da subestimação da inflação por parte do governo. Em 1968, passou-se a incluir uma correção referente à diferença entre as inflações esperadas e realizadas, sem, no entanto, qualquer correção referente às perdas entre 1965 e 1968. Neste período, que durou até 1974, houve ainda uma forte redução do número de níveis distintos de salário mínimo, que passou de 38 em 1963 para apenas cinco em 1974. Também reduziu-se a relação entre o maior e o menor salário mínimo, que atingiu a valor de 1,41 no final do período. De 1975 a 1982, os reajustes do salário mínimo elevaram gradualmente seu poder de compra, com um ganho real da ordem de 30%. Em 1979, os reajustes passaram a ser semestrais, e em valores que correspondiam a 110% da variação do INPC. Além disso, manteve-se a política de estreitamento entre os distintos valores, que em 1982 já eram somente três, e com razão entre o maior e o menor salário no valor de 1,16. A partir de 1983, as diversas políticas salariais associadas aos planos econômicos de estabilização e, principalmente, o crescimento da inflação levaram a significativas perdas no poder de compra do salário mínimo. Entre 1982 e 1990, o valor real do salário mínimo caiu 24%. Deve-se destacar ainda que em maio de 1984 ocorreu a unificação do salário mínimo no país. A partir de 1990, apesar da permanência de altos índices de inflação, as políticas salariais foram capazes de garantir o poder de compra do salário mínimo, que apresentou um crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994 em relação à inflação medida pelo INPC. Com a estabilização após o Plano Real, o salário mínimo teve ganhos reais ainda maiores, totalizando 28,3% entre 1994 e 1999. Neste mesmo período, considerando-se a relação do valor salário mínimo e da cesta básica calculado pelo DIEESE na cidade de São Paulo, o crescimento foi de 56%. Há duas conclusões importantes a destacar a partir dos dados que mostra a evolução histórica do salário mínimo desde 1940. Em primeiro lugar, ao contrário de manifestações muito corriqueiras de que o poder de compra do salário mínimo seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram que não houve perda significativa. Em segundo, foi a estabilização dos preços a partir de 1994 que se consolidou a mais significativa recuperação do poder de compra do mínimo desde a década de 50. Em 2008 o Presidente Lula resolveu “arredondar” o valor do salário mínimo que seria pouco mais de R$ 413,00 para R$ 415,00, com vigência a partir de 01 de março. Em 2009 o reajuste deu-se desde 01 de fevereiro (R$ 465,00) e, em 2010, a partir de 01 de janeiro (R$ 510,00). Nos anos vindouros o reajuste praticar-se-á sempre no dia 1 de janeiro com pagamento, já com o reajuste incorporado, até o 5º dia útil do

Posto de guarda-vidas desaba em Praia de Leste

Um posto de guarda-vidas construído no verão passado pelo Governo do Paraná desabou na tarde deste domingo (28) em Praia de Leste, Pontal do Paraná. Segundo o empresário Marcelino Akyo Kobata, pessoas estavam embaixo da construção abrigando-se da chuva quando aconteceu a queda. De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete pessoas ficaram feridas, entre elas uma grávida que foi encaminhada ao Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. Um guarda-vidas que estava no posto também teve ferimentos leves. De acordo com o Simepar – instituto meteorológico do Paraná – ventos fortes atingiram todo o litoral na tarde deste domingom e chegaram 80 Km/h em Morretes. “Aparentemente foi um tornado que passou em Praia de Leste. Aconteceu agora pouco (uma hora atrás)”, informou Kobata ao Correio do Litoral.com. Leia o restante da mensagem enviada pelo Facebook: “Muitas casas destelhadas, uma pequena construção voou tudo, telhas, vidros de sacadas. Árvores tombaram, quando transitava pela rua vi voando telhas de eternit que passavam na minha frente. Até um pneu de carro vi correndo pela rua. Galhos de árvore voando”. "Ainda não temos informações oficiais do ocorrido. Mas certamente irão responsabilizar o construtor do posto de salva-vidas construída pelo atual governo do estado que não suportou o vento forte. E também a prefeitura que mesmo avisada no início da atual gestão, foi avisada para que comprassem telhas e lonas pretas para eventuais problemas assim, intempéries." "A defesa civil tem que ter material humano e telhas e lonas para pronto atendimento. Não deve deixar a população a mercê do tempo." No perfil do fotógrafo Acácio Murilo, além das imagens, é informado o valor do posto, que foi considerado muito caro na ocasião da obra: R$ 18 mil. Na manhã desta segunda-feira (29), o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, informou que o Corpo de Bombeiros vai verificar as condições de todos os postos construídos pelo governo e também pelas prefeituras. A afirmação foi feita na entrevista coletiva após a reunião de trabalho sobre a Operação Verão, no Quartel do Corpo de Bombeiros, em Guaratuba. Fonte: Marcelino Akyo Kobata Foto: Acácio Murilo (Comando Fotografias)

Campanhas querem evitar abandono de animais nas praias

Estudantes da Universidade Federal do Paraná e Secretaria do Meio Ambiente pretendem educar veranistas sobre cuidados e contra o abandono de animais domésticos durante as férias. Dia 27 de janeiro acontece a 1ª Marcha Animal, em Guaratuba. Coordenado por Waldir Silva, professor de Patologia Veterinária, sete estudantes de Medicina Veterinária, de Curitiba, estão distribuindo fôlderes sobre guarda responsável e a transmissão de zoonoses. O projeto, denominado “Controle de Zoonoses e da População de Animais Domésticos na Ilha do Mel e Litoral Paranaense”, já foi realizado em anos anteriores e tem como público-alvo os moradores do litoral e turistas, especialmente os que transitam na faixa de areia das praias com animais. A ação integra a Operação Verão 2014-2015 e conta com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná e Corpo de Bombeiros. Os estudantes participaram esta semana de um treinamento com oficiais do Corpo de Bombeiros que orientaram sobre o trabalho e destacaram que os animais na faixa de praia trazem preocupações também para os profissionais que estão trabalhando como guarda-vidas, na medida em que podem transmitir doenças. Além disso, conflitos entre quem leva os animais e quem se sente incomodado com eles na praia acabam desviando a atenção dos profissionais do objetivo principal do trabalho, que é garantir a segurança dos banhistas. Cuidados e responsabilidades A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio da Rede Estadual de Direitos Animais (Reda), elaborou algumas dicas para o bem-estar dos animais de estimação que acompanham as famílias nas férias e temporada nas praias. A Reda foi criada pelo governo estadual com o objetivo principal de defender os direitos dos animais que convivem com as pessoas, principalmente no meio urbano. A primeira dica é certificar-se de que as vacinas estão em dia e que o animal está em perfeito estado de saúde. Outra medida muito importante e que evitará aborrecimentos é providenciar uma plaquinha de identificação para o animal, contendo o telefone do responsável. Se for viajar para longas distâncias, é importante verificar também se há necessidade de licenças especiais para o transporte. Animal de estimação também têm bagagem para ser levada nas férias. Inclua na bagagem guia e coleira, ração a que está acostumado, documentos de registro, carteira de vacina e outros documentos necessários, potes de água e comida, além de sua caminha e cobertas. Leve também alguns medicamentos para casos de emergência ou os remédios que ele possa estar tomando no momento. Proibição – Antes de levar o animal de estimação para a praia verifique se há alguma proibição para evitar possíveis transtornos. No município de Matinhos, por exemplo, é proibida a circulação e permanência de cães na areia, por meio da lei 1008, de 2006. Cuidados com o calor – Altas temperaturas, como as que ocorrem nos dias de verão na praia, podem representar uma ameaça para a saúde de um animal que não está acostumado a elas. Certifique-se de que animal pode ter um refúgio à sombra quando sair para passear com ele. Neste caso também é importante levar água fresca e uma tigelinha para que ele possa beber ao longo do passeio. Na praia, é preciso cuidado especial com cães de focinho curto, pois podem superaquecer mais rapidamente do que os cães de focinho longo. Os comportamentos que podem indicar superaquecimento são: respiração muito rápida e ofegante, salivação além do normal, problemas de coordenação motora, se enrolar como se estivesse com frio e até apresentar vômitos ou diarreia sem motivo aparente. Limpeza – Recolha sempre as fezes do animal de estimação. Além de educado, esse ato pode evitar a proliferação do bicho geográfico. Não é permitido levar animal de estimação em áreas protegidas como, por exemplo, na Ilha do Mel. A proibição se deve ao fato de que estes locais abrigam espécies silvestres, possuem ninhos de pássaros e outras aves, além da presença de repteis. 1ª Marcha Animal Ambiental do Litoral A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos também está preparando, para o dia 27 de janeiro, a 1ª Marcha Animal Ambiental do Litoral, que será em Guaratuba. O objetivo é promover uma interação entre as pessoas e os animais, numa convivência pacífica e harmoniosa nos espaços de convivência e também alertar a importância de alguns cuidados com os animais. “Vamos divulgar orientações de cuidados básicos com os animais durante a temporada de verão, a partir de ações que promovam a saúde humana e assegurem os Direitos Animais”, informou a coordenadora da Reda, Rosana Gnipper. A 1ª Marcha Animal Ambiental do Litoral será realizada no mesmo dia em que se comemora a Declaração Universal dos Direitos Animais (Duda), proclamada em Assembleia da Unesco, em Bruxelas, no dia 27 de janeiro, em 1978. Com informações e fotos da UFPR e Sema

Guaratuba: lança-perfume na 29 de Abril e foragido no Morro do Cristo

A Polícia Militar realizou, neste sábado (27), prisão de foragido e apreensões de adolescentes com drogas nos dois pontos mais movimentados de Guaratuba. Na avenida 29 de Abril, policiais do Serviço Reservado (P2) encontraram frascos de lança-perfume com adolescentes em uma casa. “Uma equipe da P2 foi até o local e identificou um adolescente portando uma garrafa de lança-perfume”, disse a tenente Caroline Bail Rodrigues, que comandou a ação. O rapaz foi apreendido e encaminhado até a delegacia da Polícia Civil Após o flagrante, os policiais militares retornaram à casa para verificar se havia mais ilícitos e durante a atividade abordaram dois adolescentes que comercializavam frascos de lança-perfume por R$ 20,00 cada. A dupla foi apreendida e encaminhada à delegacia local. Logo depois, outra equipe abordou o motorista de um carro quando o rapaz fugiu em alta velocidade. Na revista pessoal, a equipe encontrou 9 gramas de maconha. O suspeito, de 30 anos, foi encaminhado à delegacia. Foragido No Morro do Cristo, o ponto mais movimentado da praia, um rapaz com mandado de prisão possuía um mandado de prisão em aberto foi preso durante abordagem para verificação de documentos A prisão do foragido no Morro do Cristo aconteceu por volta das 8h30 quando os policiais militares patrulhavam a pé pelo local e realizavam abordagens a pessoas suspeitas. Durante a verificação dos dados pessoais do rapaz, a equipe descobriu que ele possuía um mandado de prisão em aberto por furto, expedido pela Comarca de Curitiba. Fonte: Marcia Santos / PMPR

PM apreende 875 gramas de cocaína em Guaratuba

Policiais militares prenderam, em flagrante, no fim da tarde desta quarta-feira (24), dois homens em Guaratuba. Na residência onde estava um deles foram encontrados 875g de  cocaína. As prisões se deram em dois momentos: uma em Barra do Saí e outra em Coroados, ambos balneários localizados no município de Guaratuba. “Está é a maior apreensão de drogas feita nesta temporada de operação Verão, até o momento, e ainda se trata de uma das drogas mais caras de destrutivas”, ressalta a tenente Caroline Bail Rodrigues, Comandante das equipes que fizeram a ação. “Foi uma ação de muita técnica policial, de muito profissionalismo por parte dos nossos policiais, que estão de parabéns pelo trabalho”, disse a tenente, que também lembrou que mais cedo as equipes já haviam encontrado, em outra situação, uma bucha da droga. O cabo Claudinei Justino, um dos integrantes da equipe, contou que patrulhavam pela Avenida Guanabara, em Guaratuba, quando avistaram um rapaz em atitude suspeita, e o abordaram. "Com ele encontramos um pouco de uma substância, análoga à maconha, que posteriormente pesada, deu 20g. Questionado sobre a procedência da droga, o rapaz se propôs a nos levar até o local", conta o cabo. Depois disso, os policiais seguiram até o local indicado por ele, em uma residência, no bairro Coroados, no mesmo município. “Chegando lá encontramos um rapaz, que permitiu nossa entrada na casa, onde foi encontrada uma grande quantidade de um pó branco, análogo à cocaína, que após pesado somou 875g”, descreve Justino. Após a abordagem residencial, o material apreendido e os dois rapazes detidos, ambos de 25 anos, foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Guaratuba para que as medidas cabíveis ao caso fossem tomadas. Um deles, o que estava com a droga em casa, já tinha passagem pela polícia.

Prefeitura de Morretes terá de adaptar prédios a deficientes físicos

A Justiça do Paraná determinou que o município de Morretes adapte os seus prédios públicos às pessoas com necessidades especiais de locomoção. As obras devem seguir uma ordem de prioridade, devendo começar pelos postos de saúde e pela sede da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), passar pelas escolas e terminar nos complexos esportivos. A decisão foi proferida em Ação Civil Pública movida pela Associação Brasileira de Cidadania e Defesa dos Interesses dos Consumidores, Idosos, Deficientes físicos e de proteção ao meio ambiente (Asbracide) sob o argumento de que os edifícios públicos da cidade não são adaptados conforme norma técnica NBR 9.050 (da Associação Brasileira de Normas Técnicas) para acessibilidade de deficientes, o que prejudicaria o acesso dessas pessoas aos serviços públicos. Na contestação, o município de Morretes alegou que muitos dos imóveis são tombados por possuírem relevante valor histórico e cultural, o que não permitira que as adaptações fossem feitas. Além disso, os procuradores da cidade afirmaram que era preciso haver uma estimativa dos valores a serem gastos com essas obras, para que fosse possível avaliar a viabilidade da execução delas para os cofres públicos. Ao julgar a ação, o juiz Adriano Vieira de Lima ressaltou que “a acessibilidade deve ser garantida a todos que, como cidadãos, têm o direito de ir aos órgãos públicos, pleitear prestação de serviços e atendimento e, para tanto, não deve encontrar qualquer barreira”. Critérios No entanto, devido às limitações financeiras e de execução de obras da prefeitura, o juiz estabeleceu três categorias de prédios públicos, de acordo com o nível de urgência para adaptação às necessidades de deficientes físicos. A primeira delas abrange as instituições que exigem reparos imediatos, como postos de saúde, a sede da Apae e a rodoviária de Morretes. A segunda seção inclui entidades que precisam de reformas, mas não com a mesma velocidade, como as escolas, a Câmara dos Vereadores e o módulo policial. Já o terceiro nível engloba os imóveis que não precisam de adaptações tão urgentes, como o ginásio de esporte, o teatro municipal e o cemitério. Com base nessa divisão, Lima julgou parcialmente procedente a Ação Civil Pública e condenou o município de Morretes a apresentar projetos e iniciar as obras da primeira categoria de prioridade em 90 dias, as da segunda, em 180, e as da terceira, em 240 dias. Clique aqui para ler a decisão: cidade-morretes-pr-adaptar-predios Processo 0000134-36.2006.8.16.0118 Fonte: Sérgio Rodas / Conjur Foto: Deputado Pastor Gilson de Souza

Sem árvores, sem água

O agrônomo e pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), especialista em questões amazônicas, Antônio Donato Nobre, é enfático ao dizer que o desmatamento, inclusive o permitido por lei, deve cessar imediatamente.Atribui a falta d´água e as secas prolongadas à supressão das florestas, especialmente, a amazônica. “A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo a proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”, afirma. No estudo, “O Futuro Climático da Amazônia”, recentemente divulgado, assegura que a mudança climática não é mais uma previsão científica e sim uma dura realidade. Que “estamos indo para o matadouro”. Em quatro décadas, desmatou-se na Amazônia o equivalente a três estados de São Paulo ou 184 milhões de campos de futebol, na proporção de quase um campo para cada brasileiro. A área desmatada corresponde a uma estrada com 2 km de largura, da Terra até a Lua e isso sem falar na degradação florestal. Foram cortadas, segundo ele, 42 bilhões de árvores, 3 milhões por dia, 2.000 por minuto. Quem percebe nitidamente a falta das árvores é o clima que se transformou em um juiz rigoroso, que conta as árvores derrubadas, que não esquece e nem perdoa. Os céticos fizeram com que os governos não acreditassem no aquecimento global. O resultado foi o aumento das emissões fazendo com que o clima no planeta, conforme fora previsto, entrasse em colapso e bem mais rápido do que se pensava. No arco do desmatamento, o clima já mudou. A duração da estação seca aumenta ano após ano e o volume das chuvas diminui. Os agricultores do Mato Grosso foram obrigados a adiar o plantio de soja porque não choveu. A cada ano, na região leste e sul da Amazônia, isso se verifica. A seca de 2005 foi a maior em cem anos, a de 2010, maior que a de 2005. O efeito sobre a Amazônia é um fato. O fenômeno é mundial e tem a ver com o que se faz no planeta, especialmente com a destruição das florestas. Não é só o CO2 que sai, mas a falta da floresta destrói o sistema de condicionamento climático local. Para Nobre, ela é uma espécie de seguro, um sistema de proteção. Não se sentiu antes os efeitos dos 500 anos de destruição da Mata Atlântica, porque existia a Floresta Amazônica. A sombra úmida da Amazônia não deixava perceber os efeitos da destruição da mata local. Compara a Amazônia a um tapete tecnológico. A floresta é abundante em seres vivos e qualquer um deles supera toda a tecnologia humana somada. O tapete tecnológico da Amazônia é formado pela fantástica somatória dos seres vivos nela existentes e que operam no nível dos átomos e moléculas, regulando o fluxo de energia e controlando o clima. A Amazônia transporta a umidade continente adentro. O oceano é fonte de toda a água. Ao evaporar deixa o sal no oceano. O vento empurra o vapor gerado para dentro do continente. Na América do Sul, atinge 3.000 km na direção dos Andes e carrega umidade graças às árvores que ele chama de ‘gêiseres’ da floresta. Explica que, uma árvore com dez metros de raio de copa libera pela transpiração, mais de mil litros de água por dia. Numa estimativa, da bacia Amazônica, que tem 5,5 milhões de Km², os ‘gêiseres de madeira’ transpiram cerca de 20 bilhões de toneladas de água diariamente. Esse fluxo de vapor é maior que o próprio rio Amazonas. O ar segue continente adentro recebendo o vapor da transpiração das árvores e se mantém úmido, com capacidade de fazer chover. Essa é uma das principais características das florestas. É o que hoje faz falta em São Paulo, porque acabaram com a floresta local, a Mata Atlântica. Na Amazônia chove muito e o ar é limpo tal qual nos oceanos onde chove pouco. As essências das árvores sobem para a atmosfera e com radiação solar e vapor d’água, reagem com o oxigênio precipitando uma poeira finíssima que atrai umidade. É um nucleador de nuvens. Quando chove, a poeira é lavada, mas como tem mais gás, o sistema se mantém. A floresta funciona como um ar-condicionado produzindo um rio amazônico de vapor. A maciça formação de nuvens baixa a pressão atmosférica e puxa o ar que está sobre o oceano para dentro da floresta, como uma espécie de bomba biótica de umidade, uma correia transportadora. Na região as árvores são antigas e têm raízes que buscam água a mais de 20 metros no lençol freático. A floresta está ligada a um oceano de água doce embaixo dela, quando chove, a água se infiltra pela esponja de raízes abastecendo o aquífero. Diz que estamos localizados em um quadrilátero que chama da ‘sorte’. Vai de Cuiabá a Buenos Aires no Sul, de São Paulo aos Andes e concentra 70% do PIB da América do Sul. Na mesma latitude estão os desertos do Atacama, o Kalahari, o deserto da Namíbia e o da Austrália. A região deveria ser um deserto. Mas não é. É irrigada e úmida e isso se deve a Amazônia que exporta umidade. Durante vários meses do ano a umidade chega através de ‘rios aéreos’ transportando o vapor que é a fonte da chuva do quadrilátero. “Onde tem floresta não tem furacão nem tornado”, diz. A floresta promove a regularização do clima, atenua os excessos e impede os eventos destrutivos. Considera que parar o desmate, apesar de fundamental, não resolve mais. A solução agora é fazer um esforço de guerra, zerar o desmatamento, replantar florestas e refazer os ecossistemas. Que paralelo pode ser feito com o futuro em Itapoá? Distante da Amazônia está próxima a São Paulo que, como ressalta Antônio Nobre, presenciou, incredulamente, seus reservatórios secarem e a cidade ser tomada por carros-pipas transportando água para a população. Aqui o problema não é escassez. É de captação em volume suficiente para atender o acréscimo da demanda no verão. A solução apontada está na construção de novas estações e na ampliação da rede de distribuição. Ao contrário de São Paulo, existem remanescentes significativos de florestas de planície costeira, Mata Atlântica em bom estado de conservação. E árvores, muitas

Lixo em Santa Terezinha

Não se aguenta mais o cheiro do lixo acumulado em Santa Terezinha (Pontal do Paraná). Pelo jeito a Operação Verão se atrasou em assumir o serviço, e a Prefeitura se antecipou em abandoná-lo. Por que não acontece o contrário: a Operação Verão se antecipa e a Prefeitura atrasa o abandono dos serviços? Fora isto, a educação dos moradores deixa a desejar, pois acumula o lixo na calçada das esquinas. Sujeito a chuvas e cães… João Donha

Mar paranaense continua com balneabilidade 100%

A balneabilidade da água na orla paranaense se mantém própria para banho na maioria dos locais monitorados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).. Dos 90 quilômetros de faixa de areia, apenas 200 metros em área de baía, na Ponta da Pita, em Antonina, estão impróprios para banho. As informações estão no 4º boletim de balneabilidade da temporada divulgado nessa quarta-feira (24) pelo IAP. O monitoramento da qualidade da água é realizado desde a criação do órgão ambiental e avalia a concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli) na água, que possibilita a verificação da contaminação por esgoto sanitário clandestino, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Por isso, o IAP alerta para que ao alugar uma casa para a temporada, o veranista verifique se o imóvel está devidamente ligado à rede de esgoto do município ou se a fossa séptica está devidamente limpa. O boletim com as informações sobre o monitoramento das prainhas artificiais do lago de Itaipu e do terminal turístico do rio Paranapanema, no norte do Estado, será divulgado na sexta-feira (26). No Ano Novo o boletim referente ao Litoral será emitido na quarta-feira (31) e o do interior na sexta-feira (2). Sinalização – No Litoral, os veranistas podem acompanhar a qualidade das águas por intermédio de bandeiras instaladas na orla, em totens eletrônicos e outros serviços do Governo do Paraná. A bandeira de cor vermelha significa que a água está imprópria para banho nos 100 metros à esquerda e à direta da sinalização. A azul indica que a água possui bons índices e pode ser aproveitada pelos banhistas.

Informe da Prefeitura de Guaratuba

A Prefeitura de Guaratuba pede desculpas pelos transtornos temporários causados pelas obras na orla. Também alerta aos usuários para que tomem cuidado com os obstáculos e evitem estacionar em locais proibidos ou onde possam prejudicar a acessibilidade. O projeto original de revitalização da orla previa a conclusão somente em agosto de 2015 e nós exigimos a antecipação. Apesar dos transtornos temporários, as obras estão bem adiantadas e em breve proporcionarão mais conforto e espaços de lazer para todos. Atenciosamente, Evani Justus