Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Cachaça de Morretes é a 3ª Indicação Geográfica do Litoral do Paraná

A Aguardente de Cana e Cachaça de Morretes acaba recebeu, nesta terça-feira (5), o registro de Indicação Geográfica na modalidade Indicação de Procedência, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Com esse registro, o Brasil chega a 119 Indicações Geográficas, sendo 85 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras). O Paraná tem 13 IG e a região litorânea, três, incluindo o "Barreado do Litoral do Paraná" e a "Bala de Banana de Antonina". A cachaça de Morretes, com primeiros registros históricos do século XVI, já foi premiada internacionalmente e hoje é exportada devido a sua qualidade única, garantida pelas características climáticas e pelos processos de produção. Agora, o Paraná conta com 13 produtos com Indicações Geográficas, segundo estado no país. A Indicação Geográfica é garantida, inicialmente, para três empresas que compõem a Associação dos Produtores de Cachaça de Morretes (Apocam): Casa Poletto – Ouro de Morretes, Porto de Morretes e Magia da Serra. O processo foi protocolado no INPI em 27 de março de 2020 e contou com a colaboração do Sebrae/PR para a criação de uma associação, coleta de documentos, divulgação de matérias na imprensa, captação de relatos de moradores sobre a importância do produto, além de um levantamento sobre aspectos econômicos, culturais e históricos. “A cachaça de Morretes é um produto fino, bem elaborado, com pureza, transparência, suavidade e sabor inigualável, fabricada em meio à natureza a partir de um processo de produção que fornece grande qualidade. É um símbolo de Morretes e a Indicação Geográfica colaborará para expandir o mercado nacional do produto além de estimular o turismo na região, o que colabora para a geração de renda e empregos locais”, afirma o gerente da Regional Leste do Sebrae/PR, Weliton Perdomo. O processo contou com parcerias do Governo do Estado, por meio da secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), e da Agência de Desenvolvimento Cultural e do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (Adetur Litoral). Primeiros registros dos produtos em Morretes são do século XVI. Foto: José Fernando Ogura / AEN. O registro é garantido por conta das características típicas da região. A matéria-prima, cana-de-açúcar, plantada na localidade, chamada de havaianinha, é produzida na região Reserva da Biosfera da Mata Atlântica ao pé da serra, área reconhecida pela Unesco pelo seu patrimônio ecológico, e que confere características únicas ao solo, além de um clima quente e de baixa umidade. Os primeiros registros de produção de cachaça são do século XVI. Ao final desse século, a cidade recebeu a permissão para que fosse instalado um dos engenhos centrais de açúcar. Ao final do século XIX, com a chegada de imigrantes europeus havia mais de 50 engenhos na região. Após altos e baixos na produção, no início do século XXI a produção foi retomada. A cana de açúcar utilizada nas cachaças de Morretes é colhida manualmente e não recebe qualquer tipo de herbicida ou produto químico, além de obedecer a padrões de produção que garantem um produto natural e orgânico. A cana não é queimada e é lavada antes de ser moída para o uso. A fermentação da bebida chega a durar cerca de 25 horas e o processo de destilação leva cerca de três horas, o que garante uma cachaça com baixa acidez, além de não receber açúcar. O líquido é armazenado em alambiques de cobre. Todo o processo é acompanhado por um profissional especializado que segue rígidos padrões de produção. A estimativa é que são produzidos cerca de 100 mil litros ao ano, com cerca de 30 pessoas envolvidas com a produção nas três empresas da região. Segundo Sadi Poletto, presidente da Apocam e proprietário da Casa Poletto, produtora da cachaça Ouro de Morretes, o processo traz uma cachaça de alta qualidade para o consumidor. Sadi Poletto, proprietário da Casa Poletto. Foto: Arnaldo Alves / AEN “Essa conquista consolida todo um trabalho, Morretes tem a cachaça em sua história, o saber, a expertise. Esse respeito que estamos concretizando com o resultado do INPI, que dá visão a sociedade brasileira do Morretes já fez para a cachaça, única e genuinamente brasileira, da importância desse destilado”, celebra. A bebida é reconhecida até mesmo internacionalmente. As cachaças Ouro de Morretes e Porto Morretes já receberam prêmios em um Concurso Mundial de Bruxelas, na Bélgica e a segunda já foi eleita a melhor cachaça do Brasil. A Porto Morretes também tem a maior parte de sua produção destinada para a exportação, em especial para os Estados Unidos. Fulgêncio Torres, proprietário da Porto Morretes. Foto: divulgação. “Já realizamos também vendas para a França, Canadá e outros países. É uma bebida muito valorizada no exterior, o que nos garantiu um crescimento no ano passado. Mas ainda queremos expandir essas vendas para o mercado nacional. Competimos no mercado por conta da qualidade e não a partir do preço como é o caso de grandes indústrias. Acreditamos que a Indicação Geográfica pode resgatar a cachaça que é um patrimônio histórico e cultural da nossa cidade e expandir a nossa marca para todo o Brasil”, explica Fulgêncio Torres, proprietário da Porto Morretes. José Carlos Possas, proprietário da Magia da Serra | foto: Divulgação Andressa Voi Possas, gerente da Magia da Serra, destaca que o turismo da região já está em alta no fim do ano e que o selo deve auxiliar ainda mais na comercialização e divulgação. “Quando recebemos a notícia, ficamos superfelizes. A IG vai além dos nossos produtos, ela representa toda a cidade, a região, o litoral do Paraná e agora temos o reconhecimento do nosso produto, que é diferenciado, que tem qualidade. Quem sabe a gente consiga trazer ainda mais produtores daqui para a nossa associação, para ter essa chancela, com a regulamentação”, finaliza. Produtos com IG no Paraná Com a Cachaça de Morretes, o Paraná

TCP realiza campanha de 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero

Campanha faz parte do Programa Pelo Fim Da Violência Contra a Mulher que acontece no Terminal pelo terceiro ano consecutivo. Foto: Divulgação/ TCP Entre os dias 25 novembro e 10 de dezembro, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, realiza a campanha "16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero", como parte do Programa Pelo Fim Da Violência Contra a Mulher. Este é o terceiro ano que a TCP realiza a ação, que conta com uma série de iniciativas voltadas para conscientização e combate à violência de gênero. O Gerente de RH e Qualidade da TCP, Washington Renan Bohnn, reforça a importância da adesão ao programa: "a violência de gênero assume múltiplas facetas, afetando os direitos básicos de saúde, segurança e integridade de muitas mulheres. Ao apoiar essa causa, a TCP evidencia sua responsabilidade social e seu compromisso em fomentar ações para uma sociedade igualitária. Não podemos mais tolerar atos de violência, que são muitas vezes perpetuados dentro de lares e em famílias que deveriam ser exatamente a referência de respeito, proteção e apoio. Ao promover esta campanha, damos voz às vítimas mais vulneráveis, oferecendo a orientação e o apoio essenciais para que possam se manter fortes e resilientes." Este ano, a campanha contará com a participação de Vandecy Dutra, da Secretaria da Mulher de Paranaguá, além de palestras sobre casos de violência e a situação atual em Paranaguá e no litoral, atividades interativas sobre o dia a dia das mulheres e pequenas atitudes abusivas que precisam enfrentar, e a realização de uma aula de Krav Maga para as colaboradoras. Programa pelo Fim da Violência contra a Mulher Foto: Divulgação/ TCP A TCP aderiu ao Programa pelo Fim da Violência contra a Mulher em 2021, tornando-se a primeira empresa a participar da iniciativa criada a partir da cooperação técnica firmada em 30 de junho de 2021 entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Grupo Mulheres do Brasil. O programa visa criar uma rede de apoiadores composta por pessoas e instituições para desenvolver a conscientização e superação da violência de gênero e violência doméstica por meio de ações direcionadas às mulheres e aos familiares que venham a ser atendidos pelo programa. Por meio da adesão, a TCP firmou o compromisso de ofertar vagas de trabalho a mulheres em situação de violência de gênero atendidas pelo Sistema de Justiça e Assistência Social. A empresa também facilitará a implementação de medidas que permitam o afastamento do local de trabalho e modificação da rotina diária de trabalhadoras vítimas de violência doméstica. Além disso, foi criada uma identidade visual para o programa para que ele seja amplamente conhecido e divulgado no Terminal. Foto: Divulgação/ TCP

Um pouco da história do xadrez no Brasil

Foto: Jcomp / Freepik Um dos jogos mais aclamados do mundo, é inegável que o xadrez alcançou um determinado significado cultural para a sociedade e que poucas modalidades de tabuleiro conseguem igualar o seu alto patamar de relevância para muitos brasileiros. Não por acaso, o jogo é reconhecido oficialmente como esporte da mente pela IMSA (International Mind Sports Association) — assim como o poker, as damas, o bridge e o go. Porém, antes de abordarmos o tema história do xadrez no Brasil, é válido compreendermos as raízes e as principais características desse título secular. Considerada uma das modalidades que mais demandam foco e concentração, o xadrez, dentre inúmeras características, requer raciocínio lógico apurado e bastante desenvoltura estratégica.  E, como sabemos, o jogo não apareceu da noite para o dia, tendo a sua forma mais antiga, a “Chaturanga”, nascida em meados do século VI — na Índia. Logo, foi somente no século XIX que o xadrez ganhou o formato que conhecemos atualmente. Sendo que o primeiro torneio internacional da modalidade foi disputado apenas em 1851, na cidade de Londres. A realização desse evento, em solo inglês, foi muito importante, pois ajudou a popularizar o jogo no continente europeu e ainda serviu de inspiração para o desenvolvimento da cronometragem moderna, por exemplo. Isso posto, você pode estar se perguntando neste momento: “E quando o xadrez finalmente chegou ao Brasil?”. Pois bem, sem mais delongas, a seguir iremos trazer os principais acontecimentos que marcam a trajetória da modalidade no país. O início do xadrez no Brasil Não se sabe exatamente quando a modalidade realmente alcançou o nosso país. No entanto, há registros históricos de que o pianista português Arthur Napoleão (1843-1925) foi o primeiro grande incentivador da prática do xadrez no Brasil e com participação direta na idealização da primeira escola da modalidade. Exímio enxadrista e amigo do último imperador do Brasil, Dom Pedro II (1825-1891), Arthur era craque na música e no jogo, sendo o responsável por redigir a coluna de xadrez publicada na extinta revista “Ilustração Brasileira”. Em 1876, ele foi convidado por João Caldas Vianna Filho (1837-191), barão e visconde de Pirapetinga, para criar o primeiro clube de xadrez do Brasil — movimento muito importante para o crescimento do título em solo nacional. A profissionalização do xadrez no país No século XX, mais precisamente em 1930, foram fundadas a Federação Brasileira de Xadrez (FBX) e a Associação Brasileira de Xadrez (ABX). Dessa forma, com a filiação da FBX à Federação Internacional de Xadrez (FIDE), ocorrida no final da década de 1930, os jogadores passaram a jogar torneios internacionais com maior frequência. Com a maior participação de brasileiros em eventos pelo mundo, o nível do xadrez nacional subiu bastante nas décadas seguintes. Até que, em 1972, o gaúcho e lendário enxadrista Henrique Costa Mecking, também conhecido como “Mequinho”, entrou para a galeria de ídolos do esporte ao se tornar o primeiro brasileiro a conseguir o título vitalício de Grande Mestre Internacional de Xadrez. Além do campo profissional, também é importante destacar que o xadrez está incluso na educação escolar de muitos estados, e com a participação de universidades federais. No Paraná, por exemplo, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) já sediou um simpósio sobre xadrez. A lista de todos os enxadristas brasileiros com o título de Grande Mestre Internacional Desde Henrique Mecking, o xadrez nacional tem revelado exímios enxadristas para o mundo. Hoje, de acordo com a Federação Internacional de Xadrez, são 15 brasileiros com o título de Grande Mestre Internacional de Xadrez no currículo. Veja abaixo, em ordem alfabética, quem possui essa honraria no país. Alexandr Fier; André Diamant; Darcy Lima; Evandro Barbosa; Everaldo Matsuura; Felipe El Debs; Gilberto Milos; Giovanni Vescovi; Henrique Mecking; Jaime Sunye; Krikor Mekhitarian; Luís Paulo Supi; Rafael Leitão; Renato Quintiliano; Yago Santiago. Foto: DG-RA / Pixabay A nova era do xadrez nacional: plataformas online ajudam a fomentar o setor No século XXI, com a evolução tecnológica dos computadores e o consequente aprimoramento dos programas de xadrez para dispositivos eletrônicos, o arquivamento de partidas ficou bastante acessível aos usuários, facilitando o estudo da modalidade e o aprimoramento técnico dos competidores. Além, é claro, da facilidade de jogar xadrez online contra jogadores do mundo todo. Não por acaso, todos os anos surgem novos sites da modalidade no Brasil — e a comunidade de jogadores conectados nas plataformas digitais não para de crescer no país. Hoje, um dos melhores jogadores de xadrez online do mundo é o catarinense Willian Henrique Hille, sendo o primeiro brasileiro a alcançar o top 10 internacional da categoria “bullet chess”, no site “Chess.com”. Todavia, vale ressaltar que esse boom virtual está longe de ser algo exclusivo dentro da cena dos esportes da mente em solo nacional. Podemos tomar como exemplo o poker, popular modalidade de cartas que ganhou muita força nas plataformas digitais com diversos conteúdos interativos para iniciantes aprenderem a jogar e séries de eventos competitivos semanais que podem ser disputados por todos os níveis de jogadores. Movimento esse que, através de plataformas como o PokerStars, já está estabelecido no Brasil há quase duas décadas. Hoje, segundo dados da Confederação Brasileira de Texas Hold'em (CBTH), a modalidade já conta com mais de 7 milhões de praticantes — o que faz do poker o esporte da mente mais popular em nosso país. Algo que certamente serve de inspiração para o xadrez alçar voos cada vez maiores no segmento digital.

Pets de Guaratuba têm bingo beneficente e feira de adoção

A Associação dos Protetores de Animais Unidos de Guaratuba (Apaug) promove um bingo beneficente no próximo domingo (10). O objetivo é arrecadar recursos para atender os animais em situação de rua. O evento acontece a partir das 15h, no salão paroquial da igreja de São José Operário, no bairro Piçarras. As cartolas custam R$ 10,00 e haverá diversos prêmios e brindes. O lanche, vendido também para arrecadar recursos, contará com bolos, pastéis, cachorro quente e bebidas. No dia 13, quarta-feira da semana que vem, a Apaug, SOS Vira Lata e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizam uma feira de adoção de cães e gatos. Será no Espaço Litoral, na rua Antônio Rocha, a partir das 18h. Para a adoção é necessário:Ser maior de 18 anosDocumento de IdentidadeComprovante de endereço

Empresa tem 36 vagas para limpeza da orla de Pontal do Paraná no verão

Nesta sexta-feira (8) a Agência do Trabalhador de Pontal do Paraná recebe os interessados em trabalhar na limpeza da orla durante a temporada de verão. São 36 vagas: 27 coletores, três motoristas de quadriciclo (Carteira B), três supervisores de equipe e três orientadores sociais. Os candidatos devem levar Carteira de Trabalho, documentos pessoais e currículo. A ação terá entrevistas diretamente com a empresa contratada pela Sanepar para realizar o serviço, a partir das 8h30. A Agência do Trabalhador fica na rua Baronesa do Cerro Azul, nº 386, em Praia de Leste.