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Papagaio-de-cara-roxa, ameaçado de extinção, é resgatado em Guaratuba

Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) foi retirado da Ilha do Mel e encontrado em residência

Servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guaratuba (SMMA) e do Instituto Água e Terra (IAT) realizaram, em trabalho conjunto, o resgate de um papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), provavelmente vítima do tráfico ilegal de animais silvestres.

A ação foi realizada com base na Resolução Sedest/IAT nº 13/2022, que estabelece os critérios e procedimentos para o resgate de fauna silvestre em áreas urbanas e periurbanas, seguindo os protocolos do PRfau (Protocolo de Resgate de Fauna).

Relatos preliminares indicam que a ave foi retirada ilegalmente da Ilha do Mel, em Paranaguá, e transportada de forma clandestina. A ave apareceu no pátio de uma residência onde o morador optou por realizar a entrega voluntária do animal, ciente de que poderia ser responsabilizada criminalmente caso permanecesse com a ave. 

Segundo o agente de fiscalização da SMMA Álvaro Beal, manter o animal se enquadra no crime previsto no artigo 29 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto nº 6.514/08, que trata de matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.

Espécie sob risco de extinção

Recentemente, o Governo do Estado atualizou a Lista de Espécies da Fauna Ameaçada do Paraná, por meio do Decreto nº 6.040/2024, classificando o papagaio-de-cara-roxa como uma espécie vulnerável (VU) categoria considerada sob risco alto de extinção. Essa ave é um importante símbolo da rica biodiversidade da Mata Atlântica e merece toda a nossa atenção e proteção.

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Segundo Edgar Fernandez, biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, essas aves, retiradas brutalmente de seu habitat natural, são frequentemente transportadas em condições precárias, colocando suas vidas em risco. O tráfico de animais não é apenas um crime ambiental é uma ameaça direta à sobrevivência de espécies inteiras.

O técnico em meio ambiente Rafael Galão da Silva, coordenador do setor de fauna do IAT no Litoral, relata que a ave passará por uma avaliação para verificar suas condições de saúde. Em seguida, será definido seu destino final, que poderá ser a devolução à natureza no habitat de onde jamais deveria ter sido retirada ou, caso isso não seja possível, sua destinação a um criador conservacionista autorizado. 

🚫 Lembre-se: capturar, vender ou manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é crime ambiental.

Ações como essa reforçam o compromisso da Secretaria com a proteção da fauna e o combate ao comércio ilegal de animais.

📢 Denuncie o tráfico de animais!
Ajude a preservar a natureza. Se você souber de atividades ilegais envolvendo animais silvestres, entre em contato com os órgãos responsáveis.

🌱 Cuidar do meio ambiente é um dever de todos nós.

Fonte: SMMA-Guaratuba

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