PF faz operação contra compra de votos por vereadores de Paranaguá

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (24) a operação Voto Não Tem Preço, contra crimes eleitorais na cidade de Paranaguá.
De acordo com a PF, a investigação teve início após denúncia de possíveis crimes eleitorais cometidos por candidatos a vereadores por meio da compra de votos, visando a beneficiar vereadores da região no pleito eleitoral de 2024.
Entre os alvos estão os vereadores Fábio dos Santos (PSDB) – atual presidente da Câmara –, Renan Brito (PP) e Bruno do Idamir (PP). Os dois primeiros foram reeleitos e Bruno da Idamir ficou na suplência.
O atual vereador Waldir Leite (PSD), que não disputou eleição, e sua esposa Marilis Rocha da Silva, conhecida como Mari Leite (Agir), eleita no dia 7, também estão sendo investigados. Mais de 50 pessoas constam da investigação, informou a PF.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, incluindo os três gabinetes dos vereadores na câmara e residências nos bairros Estradinha, Vila do Povo, Vila Horizonte e Ilha dos Valadares.
Câmara emite nota e informa que está colaborando com investigações:
“Na manhã desta quinta-feira, 24 de outubro, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação em gabinetes da Câmara Municipal de Paranaguá, a fim de dar continuidade às investigações a respeito de supostas ilicitudes que teriam sido praticadas durante o último pleito eleitoral.
Durante toda a operação, que teve início por volta das 6h da manhã e perdurou até às 11h, a Casa de Leis buscou colaborar com a Polícia Federal, a fim de facilitar a obtenção do êxito esperado na diligência.
Na ocasião, apesar da existência de mandados de busca e apreensão, nenhum computador foi levado pelas autoridades policiais, apenas a realização de espelhamento de informações, (técnica utilizada na criação de cópias exatas dos dados em tempo real), contidas nos equipamentos eletrônicos de alguns gabinetes alvos da operação.
A Câmara Municipal seguirá colaborando plenamente com as investigações e reitera seu compromisso com a transparência e o respeito à legalidade.
A instituição reafirma sua confiança no trabalho das autoridades policiais e judiciais, e garante que continuará cumprindo sua função de legislar, representando os interesses da população de Paranaguá.
Novas informações serão divulgadas conforme o avanço das investigações, as quais correm em segredo de justiça.”
