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Necropsia e enterro de baleia mobiliza 60 pessoas na Ilha do Mel

Vídeo produzido pelo LEC/CEM/UFPR

Foram dois dias de esforço coletivo para a realização da necropsia e destinação da baleia jubarte, que apareceu morta no dia 18 de maio, na Ilha do Mel (Paranaguá).

O animal media 13 metros e tinha cerca de 30 toneladas. A operação envolveu cerca de 60 pessoas, entre elas a equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná que atua Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), Prefeitura de Paranaguá, moradores da Ilha e técnicos do Instituto Água e Terra (IAT). 

Devido a estrutura e a logística disponível na ilha, a decisão comum entre prefeitura, IAT e PMP-BS/UFPR foi de enterrar a carcaça da baleia para manter a produtividade associada ao processo de decomposição do animal – essencial inclusive para garantir a produtividade pesqueira da região –, para evitar mau cheiro e preservar a saúde pública da comunidade local. 

Segundo o médico veterinário Andrei Brum, que coordenou a necropsia, apesar do estado avançado de decomposição do animal, o estudo revelou marcante infestação parasitária, e lesões vasculares e renais no animal.  “Esse quadro de saúde alterado foi o que possivelmente contribuiu para o encalhe da jubarte”, afirma. Análises complementares estão sendo realizadas para identificar detalhes sobre o estado de saúde da baleia encalhada sem vida. 

Sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. 

O projeto tem como objetivo avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos.

O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O Laboratório de Ecologia e Conservação do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (LEC/CEM/UFPR) é responsável por monitorar e avaliar os encalhes no Paraná: Trecho 6, que abrange os municípios de Guaratuba, Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba.

Fonte: LEC/CEM/UFPR

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