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Juíza proíbe bloqueio, mas não impede protesto no ferryboat

Fotos: Grupo Ponte de Guaratuba

Nem uma ordem da justiça impediu a manifestação em favor da construção da Ponte de Guaratuba, na manhã deste sábado (7). Durante duas horas a travessia do ferry boat foi interrompida e liberada diversas vezes.

A maioria dos manifestantes comemorou o resultado apesar de não ter havido a paralisação total da travessia. Houve momento tensos, mas nenhum confronto com os policiais liderados pessoalmente pelo capitão Cesar Kamakawa, comandante da Companhia da Polícia Militar responsável pelas praias.

O protesto começou no horário marcado, às 10h, com aproximadamente 50 pessoas nos dois embarcadouros na margem sul da baía de Guaratuba e apenas seis jovens na margem norte – que dá acesso a Matinhos. A Polícia Militar e a Polícia Militar Rodoviária acompanhavam de longe os dois grupos enquanto um grande efetivo da “Operação Sete de Setembro” orientava os motoristas que se dirigiam a Guaratuba.

Interdito proibitório – Às 10h30, o subtenente Freire entregou a liminar ao pedido de interdito proibitório solicitado pelo Estado e pelo DER e assinado pela juíza da Vara Cível de Guaratuba, Giovanna de Sá Rechia, na sexta-feira (6). A ordem proibia o fechamento da travessia e a ocupação da rodovia, determinava multa de R$ 5 mil em caso de desobediência e autorizava o uso de força policial para o cumprimento da liminar.

A juíza baseou sua decisão na informação de que o fechamento da travessia seria durante todo o final de semana e não por duas horas apenas, como foi amplamente divulgado pelos grupos no Facebook que organizaram a paralisação.

Protesto – Os manifestantes, que nesse momento já passavam de 100, resolveram mudar o protesto para um “abraço” à bilheteria do ferry boat para impedir a cobrança da tarifa de embarque.

A estratégia foi logo abandonada depois que os funcionários da Concessionária Travessia de Guaratuba obrigaram os motoristas a irem a pé pagar o bilhete. A esta altura, já por volta das 11h, além de quatro carros que haviam passado antes de pagar, a Polícia Militar obrigou a passagem de mais uns 10, enquanto os manifestantes discutiam o que fazer. O ferryboat seguia transportando veículos, com atrasos provocados pelo protesto de aproximadamente 15 minutos em cada embarque.

Por mais de uma ocasião, os manifestantes mais jovens deitaram na pista para impedir a passagem dos carros. Faltando 10 minutos para o fim do protesto, a polícia, já com um reforço da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), de Paranaguá, liberaram a fila de aproximadamente 10 veículos. Houve nova tentativa dos jovens em impedir a passagem e todos acabaram indo até a rampa de embarque onde uma balsa já havia chegado lotada, incluindo um novo reforço policial.

O bloqueio do desembarque durou cerca de cinco minutos, durante os quais gritaram palavras de ordem, cantaram o Hino Nacional, alguns exaltaram o sucesso da manifestação e houve quem reclamasse da ausência das centenas de pessoas que apoiaram a paralisação pelo Facebook. Às 11h58, um líder que portava o megafone decidiu que já era meio-dia e o protesto acabou.

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