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Agora é lei: Guaraqueçaba é a Capital Estadual da Pupunha

Imagem: Divulgação

Por meio da Lei 21.577/2023, por iniciativa do deputado Anibelli Neto (MDB), o município de Guaraqueçaba recebeu o título de Capital Estadual da Pupunha, como reconhecimento por ser o maior produtor da espécie de palmito no Paraná.

Essa conquista é respaldada pelos dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater). Com um clima e solo favoráveis ao seu desenvolvimento, a pupunha tem se destacado como uma das principais fontes de renda para os produtores da região litorânea do Paraná. Além de ser um alimento saboroso e versátil, o palmito pupunha também oferece diversos benefícios para a saúde, sendo uma importante fonte de ferro, potássio e cálcio.

Diferentemente de outras espécies, a pupunha não oxida rapidamente, o que a torna uma opção prática para a indústria, podendo ser vendida in natura ou em diferentes cortes. Isso impulsiona o aspecto comercial do produto e fortalece ainda mais o setor.

Dos 80% da produção de palmito do Paraná provenientes do litoral, um terço é proveniente do município de Guaraqueçaba. Em 2020, a área plantada na região alcançou 3,2 mil hectares, com aproximadamente mil produtores cultivando a pupunha. Os agricultores familiares, que possuem pequenas propriedades, são responsáveis pela maioria da cultura, com uma média de três hectares por família.

No ano passado, foram produzidas impressionantes 11,2 mil toneladas de pupunha, totalizando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 33,6 milhões na região. Guaraqueçaba, em particular, contribuiu significativamente para esses números, com uma área de cultivo de 1.157 hectares, mais de 4 mil toneladas produzidas e um VBP de R$ 12,15 milhões. Mais de 500 famílias locais estão envolvidas no cultivo da pupunha, o que representa 20% da população do município.

Vale ressaltar que a pupunha foi introduzida na região nos anos 90 como uma alternativa sustentável à extração do palmito de juçara, uma palmeira nativa ameaçada de extinção e cuja colheita é proibida por lei. A pupunha, além de impulsionar a geração de renda, promove a preservação ambiental, mostrando-se como a melhor opção litorânea para esse equilíbrio.

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