Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Projeto de Monitoramento das Praias soltou 15 aves reabilitadas

Na última semana a equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação, que realiza Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no Paraná, devolveu à natureza uma gaivota (Larus dominicanus), um atobá (Sula leucogaster) e duas fragatas (Fregata magnificens).

As aves foram tratadas no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Fauna Marinha (CRED) do Centro de Estudos do Mar da UFPR, em Pontal do Paraná.

Nestes dois primeiros meses do ano, o LEC-UFPR reabilitou e devolveU à natureza 15 aves marinhas, entre elas, seis gaivotas, cinco fragatas, dois atobás e dois bobos-pequenos (Puffinus puffinus).

“A soltura é um dos momentos mais gratificantes aos profissionais que atuam com fauna marinha, pois nos permite colaborar com o meio ambiente e reforça o resultado do nosso trabalho”, comentou a médica veterinária, Carolina Jorge.

Acompanhamento da saúde das tartarugas

Através de parceria entre LEC-UFPR e Associação MarBrasil, pesquisadores realizaram, na última semana de fevereiro, capturas intencionais para marcação e soltura de tartarugas marinhas no Paraná. 

A ação faz parte do Projeto de Análise Ecológica e de Saúde de tartarugas marinhas com ocorrência no litoral do Paraná, em parceria com o Projeto Rebimar e Projeto Biota, coordenados pela Associação MarBrasil. SISBIO/ICMBIO: 74581-2 (UFPR/MARBRASIL). 

De acordo com a equipe envolvida, o monitoramento avalia o estado de saúde da tartaruga-verde juvenil (Chelonia mydas) no entorno dos Parques Estaduais da Ilha das Cobras e da Ilha do Mel, conforme Autorização de Pesquisa em Unidade de Conservação do Paraná.

Segundo a pesquisadora Tawane Yara Nunes, o objetivo é estimar parâmetros populacionais como sobrevivência e abundância, e entender o uso de área pelas tartarugas, identificando quais são as áreas mais importantes para a conservação da espécie.

 “Com essas informações conseguimos analisar os impactos à espécie e observar quais são as áreas mais vulneráveis devido à sobreposição com as atividades humanas, como as portuárias”. ressalta. 

Análise

Quanto à análise de saúde, o projeto conta com biólogos e veterinários que realizam análise sanguínea e tecidual para identificação de alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos, na dieta e danos em níveis moleculares. A equipe também observa a condição corpórea do animal, massa corporal, crescimento e avaliam se há a presença de tumores (fibropapilomatose).

 “Com esses dados acompanhamos a saúde das tartarugas ao longo do tempo. Quando temos animas recapturados, conseguimos observar como estava a saúde dele na primeira vez que a gente capturou e como está agora, assim como identificar possíveis fontes de impactos a estes aniamis” complementa a pesquisadora Camila Domit.

Até o final do ano os pesquisadores devem realizar mais quatro campanhas para estudar a espécie no litoral do Paraná, incluindo a inserção de transmissores satélite para viabilizar acompanhamentos de longo prazo.

Leia também