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Colégio 29 de Abril, de Guaratuba, aprova modelo cívico-militar

O Colégio Estadual 29 de Abril, em Guaratuba, seguirá o modelo cívico-militar que o governo do Paraná pretende implantar em cerca de 10% da rede estadual em 2021. A informação foi dada em nota divulgada pela direção do colégio no Facebook. O texto não informa o número de votos.

A mudança foi aprovada pela comunidade escolar que votou em consulta desde a realizada nesta semana. O quórum mínimo de participação foi atingido na noite deste sábado (31). Para aprovar a mudança era necessário o comparecimento de mais de 50% de professores, funcionários, pais e alunos com mais de 18 anos e que a maioria simples (50% mais 1) vote a favor.

A nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.

Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola. O governo informa que vai investir R$ 80 milhões no programa. De acordo com o governo, o novo modelo vai melhorar o aprendizado e, sobretudo, a disciplina.

A APP-Sindicato, que representa os professores estaduais critica a mudança e o processo de militarização da educação. Professores destacam que todos os recursos para o programa sairão do orçamento da Educação e que serão gastos em uniformes e pagamento dos militares, mas as aulas adicionais serão ministradas por professores da rede estadual, os civis. A gestão financeira pelos militares também poderá tirar poder das Associações de Pais, Mestres e Funcionários.

Entre as consequências para as escolas que adotarem o modelo, será o fim de ensino noturno, que existem em algumas delas, inclusive no Colégio 29 de Abril.

No Litoral, são mais sete escolas escolhidas pelo governo e que realizaram consultas:

Antonina – C.E. Moyses Lupion.
Matinhos – C.E. Professora Abigail dos Santos Correa.
Paranaguá – Escola Estadual Faria Sobrinho, C.E. Dídio Augusto de Camargo Viana, C.E. Zilah dos Santos Batista, C.E. Helena Viana Sundin.
Pontal do Paraná – C.E. Helio Antonio de Souza.

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