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Concessionária pede subsídio para manter transporte coletivo em Guaratuba

No dia 9 de janeiro, motoristas e outros trabalhadores do transporte coletivo de Paranaguá encerraram uma greve que durou quase um mês. Um dia depois, na quarta-feira (10), a Câmara de Vereadores aprovou, em regime de urgência, um projeto da prefeitura que autorizou um subsídio mensal de R$ 226,8 mil para a empresa Auto Viação Rocio manter os ônibus funcionando no Município.

A notícia é do jornal Plural Curitiba, que acompanhou, junto com a imprensa local, a paralisação e o reflexo que ela teve na população. “Nas redes sociais, usuários do transporte público da cidade celebraram o fim da greve”, conta o jornal.

A greve em Paranaguá foi motivada pela falta de pagamento de salários por causa da queda na receita da concessionária durante a pandemia. O valor do subsídio deve servir “para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão do serviço de transporte coletivo urbano de Paranaguá, em virtude dos impactos econômicos e sociais à prestação do serviço, decorrentes da pandemia da covid-19”. 

Situação semelhante aconteceu em outras cidades como Curitiba, Toledo, Foz do Iguaçu e também Guaratuba. Aqui, o impacto da pandemia gerou um prejuízo mensal de R$ 35 mil, segundo planilhas da empresa Oceânica Sul verificadas pela prefeitura. De acordo com a contabilidade do município, ficou demonstrado que os gastos da empresa são maiores que a receita da venda de passagens.

Com a redução de público, diminuiu a frequência dos ônibus, mas as linhas permaneceram, assim como os empregos. Até o momento, a pequena estrutura local tem sido bancada por outra empresa do grupo, a Araucar, localizada no município de Araucária, informou a empresa ao Jornal de Guaratuba. Os seis motoristas e uma funcionária administrativa de Guaratuba foram mantidos e o gerente local foi remanejado para a sede do grupo de onde auxilia na administração remotamente. 

De acordo com a empresa, os salários estão sendo pagos e houve apenas alguns atrasos no auxílio alimentação, mas que isso foi regularizado. Não se cogita demissões, mas a empresa afirma que não tem mais recursos para comprar combustível, o óleo diesel que mantém os ônibus circulando. A expectativa é conseguir a aprovação do subsídio.

O repasse mensal para cobrir as despesas já foi aprovado pela equipe técnica da Secretaria das Finanças e Planejamento, pela Procuradoria-Geral do Município e pela Comissão Municipal de Mobilidade Urbana. Projeto de lei que autoriza o subsídio foi encaminhado à Câmara de Vereadores e está sob análise das comissões. O Jornal de Guaratuba apurou que ele poderá ser votado ainda neste mês de abril.

Ao mesmo tempo em que espera a concessão do subsídio para sobreviver, a empresa torce, como todo mundo, pela vacinação como única alternativa viável para o fim da pandemia e volta à vida normal.

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