Dia do Índio terá arte de Daniel Conrade e artesanato
O Museu Paranaense celebra o Dia do Índio, dia 19 de abril, com uma exposição do artista parnanguara Daniel Conrade.
Junto com a mostra “A Arte de Daniel Conrade: Povos Indígenas e Natureza”, indígenas da tribo Fulni-ô, do interior de Pernambuco, vão mostrar sua cultura e seu artesanato.
A abertura da exposição das obras de Daniel Conrade será no dia 19 de abril, às 18h. Na mostra, os visitantes poderão conferir as pinturas do artista, que registrou com perfeição povos indígenas e a vegetação e a fauna da Mata Atlântica. Destacam-se os retratos dos amigos indígenas Mbyá-Guarani, de Guaraqueçaba, que compartilharam com Conrade seus conhecimentos sobre a arte tradicional. Também impressionam as imagens de tucanos, onças, periquitos e lobos-guará representantes da fauna paranaense.
Nascido em Paranaguá, Daniel Conrade cresceu entre montanhas e rios, o que lhe deu intimidade com a natureza e profunda identificação com o modo de vida das populações indígenas. Esses temas serviram de inspiração para os seus trabalhos artísticos, dedicados à ilustração científica e à arte naturalista. Em 2016, lançou no Museu Paranaense o livro A Arte Guarani-Mbya de Guaraqueçaba, aldeia Kuaray Guata Porã, uma preciosa etnografia, na qual registrou em desenhos, pinturas e textos a arte escultórica dos indígenas Guarani do litoral do Paraná. Daniel faleceu em janeiro de 2017.
Fulni-ô precisam comprar até a água que consomem
O diretor do Museu Paranaense, Renato Carneiro, conta que no ano passado recebeu a visita inesperada dos Fulni-ô, chefiados por Towê Veríssimo, que ficaram vários dias no museu. A surpresa acabou tornando-se uma grande parceria. “Neste ano, com aporte de recursos do Governo do Paraná e da Secretaria da Cultura, vamos estreitar ainda mais esses laços, para conhecer e difundir a cultura Fulni-ô em Curitiba. Para isso, serão feitas apresentações e vivências com os integrantes desta tribo nas instalações do museu, voltadas para o público em geral, mas principalmente para estudantes que tradicionalmente visitam o MP em abril, por conta da celebração do Mês do Índio”, explica.
Os indígenas Fulni-ô vêm à Curitiba divulgar sua cultura e artesanato. Os objetos e adornos, como colares, cocares e pulseiras estarão à venda no museu e a renda será revertida para a aldeia. Atualmente, o povo indígena Fulni-ô precisa comprar até mesmo água potável para consumo, além de outros suprimentos. Os índios estarão no Museu Paranaense nos dias 11, 13, 25 e 27 de abril, durante todo o dia; nos dias 19 e 30 na parte da manhã e no dia 2 de maio na parte da tarde.
Os Fulni-ô habitam o município de Águas Belas (PE). É a única tribo do Nordeste que conseguiu preservar a própria língua, chamada Ia-tê, assim como o sigiloso ritual Ouricuri, que acontece em agosto. O que é de conhecimento público é que, durante o ritual, é realizada a eleição das autoridades máximas da tribo: o Pajé, o Cacique e a Liderança.
Mês do Índio no Museu Paranaense
Exposição e venda de artesanatos da tribo Fulni-ô
Dias 11, 13, 25 e 27 de abril o dia todo
Dias 19 e 30 de abril na parte da manhã
Dia 2 de maio na parte da tarde
Entrada gratuita
Abertura da exposição “A Arte de Daniel Conrade: Povos Indígenas e Natureza”
Dia 19 de abril às 18h
Período expositivo: até 16 de julho de 2017
Entrada gratuita
Museu Paranaense
Rua Kellers, 289 | São Francisco | Curitiba-PR
Terça a sexta-feira, das 9h às 18h
Sábado, domingo e feriado das 10h às 16h

Curitiba, 13 de abril de 2016.
Foto: Kraw Penas/SEEC
Fonte e imagens: Secretaria de Estado da Cultura