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Empresários de Pontal criam movimento para defender nova rodovia

 

A Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Pontal do Paraná (Aciapar) criou a campanha “Quem é de Pontal sabe que é bom” para defender a construção de uma nova rodovia.

A campanha também defende melhorias de infraestrutura e apontam alguns problemas crônicos no município: “Alagamentos frequentes, crescimento desordenado, desemprego, trânsito, insegurança e falta de investimentos em turismo e infraestrutura”, elenca a divulgação da campanha.

“Mesmo com bons resultados durante a temporada, não conseguimos sobreviver com dignidade. Precisamos de mais investimentos para receber melhor os veranistas, atrair moradores e oferecer qualidade de vida e um futuro melhor para os pontalenses”, afirma Gilberto Espinosa, presidente da Aciapar. O grupo informa que realiza reuniões periódicas para discutir assuntos como limpeza urbana, receita do município, falta de pavimentação, “marginalidade”, entre outros.

“Estamos vivendo uma situação crítica, afastando turistas e investidores. Temos que apoiar o desenvolvimento, desafogar o tráfego e trazer mais segurança e modernização para Pontal”, diz o empresário Luiz Carlos Mansur.

Polêmica

Uma das primeiras “lutas” do grupo é pela aprovação da construção da nova rodovia entre a PR-407 (Estrada das Praias) e a Ponta do Poço – cuja próxima audiência pública está marcada para o dia 10 de março.

O projeto divide opiniões em Pontal. Os críticos argumentam que ela vai provocar um grande impacto ambiental e social e beneficiar sobretudo um terminal portuário privado que está sendo construído na Ponta do Poço, no final da estrada.

Uma audiência pública chegou a ser realizada pelo Governo do Paraná, autor do projeto, no dia 23 de janeiro e reuniu cerca de mil pessoas. Dias depois, a juíza Bianca Bacci Bisetto, da Comarca de Pontal, atendendo pedido da Promotoria de Justiça, determinou que o Governo promovesse uma nova audiência pública.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) considera que os estudos de impacto ambiental precisam ser complementados e que é preciso maior prazo para que as instituições analisem os documentos.

De acordo com o MP, o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) elaborado não contem maiores informações sobre os projetos da ferrovia, linhas de transmissão de energia elétrica, saneamento e gasoduto e seus respectivos impactos ambientais.

Críticas a ONGs e “estudantes”

“Esta faixa vai mudar o perfil de todo o município, trazendo desenvolvimento e oportunidades de emprego. A nova estrada é a espinha dorsal de Pontal do Paraná no que diz respeito a melhorias para o comércio, segurança, educação e saúde”, diz o comerciante Walter Cavalcanti.

“Infelizmente, muitos parecem gostar da situação de pobreza, de falta de cultura, de recursos e de desorganização existente hoje em Pontal. Muitas ONGs e estudantes – que depois vão embora, nos deixando com ainda mais problemas – são contra tudo e jamais apresentaram soluções. É possível sim aliar desenvolvimento à preservação ambiental. É possível sim termos um crescimento ordenado, desde que o município se organize, que o poder público tenha boa vontade e competência. O que não se pode é condenar uma população a viver contando trocados ou atrasando contas”, diz a dentista Luciane Novisk.

Fonte: IEME Comunicação  – Edição: Correio do Litoral

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