Gaeco cumpre mais 7 mandados de busca em Guaratuba na operação contra os PMs gêmeos
O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu nesta sexta-feira (7), sete mandados de busca e apreensão em Guaratuba.
É um desdobramento da Operação Fish, que apura possíveis crimes praticados pelos policiais militares gêmeos: Ricardo Chiarello Marchesi (2º sargento) e Rodrigo Chiarello Marchesi (soldado). Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara da Auditoria Militar e executados em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.



Com o cumprimento das ordens judiciais, o Núcleo de Curitiba do Gaeco dá prosseguimento às apurações iniciadas na primeira fase da operação – deflagrada em agosto deste ano. De acordo com o Gaeco, naquela ocasião, foram localizadas quantias em dinheiro, drogas, armas e munições ilegais em uma sala ocupada exclusivamente pela Rotam (Ronda Ostensiva Tática Metropolitana) e em um veículo estacionado no pátio da Companhia em Guaratuba. Pelos fatos, foram presos e denunciados os dois irmãos policiais militares.
De acordo com o Ministério Público, são apuradas possíveis práticas de abuso de autoridade, fraude processual, peculato e porte ilegal de armas e drogas.
A partir dos mandados cumpridos nesta sexta-feira, em residências localizadas em Guaratuba, foram apreendidos aparelhos de telefone celular e equipamentos eletrônicos (notebooks, tablets, pendrives e Hds) que serão analisados no curso das investigações.
A Polícia Militar se manifestou através de nota. Leia:
Em paralelo às investigações do Ministério Público, por meio do Gaeco, foi instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar possíveis crimes cometidos pelos policiais militares.
Vale lembrar que toda a operação teve atuação direta da Corregedoria da Polícia Militar e os mandados cumpridos pelo Gaeco, nesta sexta-feira, foram expedidos pelo Juízo da Vara da Auditoria Militar.
Os dois militares foram afastados das funções, proibidos de usar fardamento e armamento da corporação ou particular, tiveram suspensos logins e senhas de acesso aos sistemas de investigação policial e estão proibidos de manter contato com envolvidos das investigações, por qualquer meio.
A Polícia Militar do Paraná não compactua com qualquer desvio de conduta de seus integrantes e todas as denúncias são investigadas para reestabelecer a verdade dos fatos.
O Correio tentou contato com os suspeitos e com suas defesa e não obteve sucesso. O jornal está disposto a ouvir a publicar a versão dos denunciados.
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