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MP abre inquérito por causa de uso de balsa de Paranaguá em Guaratuba

Balsa Rainha dos Valadares na baía de Guaratuba – foto: Rr Travessias / Arquivo

A 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Paranaguá abriu inquérito para apurar se houve descumprimento do contrato pela empresa Três Mosqueteiros no transporte por balsa na Ilha dos Valadares. 

O motivo é o deslocamento da embarcação Rainha dos Valadares para ser utilizada, temporariamente, na travessia da baía de Guaratuba, onde a empresa BR Travessias, do grupo Três Mosqueteiros, é concessionária do serviço. O Ministério Público analisa se a retirada de uma das duas balsas em Paranaguá, mesmo que temporariamente e sendo uma de reserva, configura quebra do contrato.

De acordo com o termo de referência do contrato incluído no inquérito, deveriam estar presentes na travessia de Paranaguá os seguintes equipamentos: 2 balsas, sendo a principal com capacidade de no mínimo 24 veículos por viagem e no máximo 32 veículos por viagem, e uma reserva com capacidade de no mínimo 14 veículos por viagem. A Rainha dos Valadares tem capacidade de 44 veículos. No momento, a operação em Paranaguá é feita com uma balsa com capacidade para 21 veículos.

Procurada, a empresa afirmou que ainda não foi notificada e que vai se pronunciar depois de tomar conhecimento do teor do inquérito.  

Nova balsa para 140 veículos vem de Manaus pela costa

Em Guaratuba, de acordo com o contrato de concessão, a BR Travessias precisaria, em 90 dias do início da concessão, ter capacidade para transportar simultaneamente 360 veículos. Isso já deveria estar ocorrendo. Atualmente, com três ferry boats e uma balsa transportam cerca de 230 veículos. O DER chegou a autuar a empresa e ode multá-la por causa do atraso.

Uma nova balsa, com capacidade de 140 veículos, foi comprada de um estaleiro de Manaus (MA) e deveria começar a operar em julho. De acordo com a BR Travessias, ela está sendo preparada para o deslocamento por mar. O equipamento, de cerca de 700 toneladas, vai navegar pela costa até o Paraná numa viagem que deve durar cerca de 20 dias. Depois, ainda terá de passar por uma nova adequação de acordo com as plataformas de embarque do local. Até lá, a Rainha de Valadares é considerada indispensável na travessia em Guaratuba.

Sem contratempos” – Criticada pelas constantes demoras e filas, principalmente nos finais de semana, a BR Travessias comemora um raro final de semana tranquilo. No sábado e no domingo não houve registro de contratempo, ou seja, quebra de equipamento e confusão como tem sido comum. Segundo a empresa, operando com os três ferries e a balsa, foram transportados 4.600 veículos neste dois dias.

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