Oliveira defende união e independência da Câmara
No seu discurso de posse na Presidência, o vereador Mordecai de Oliveira, sinalizou para o fim das disputas autofágicas que aconteceram na Câmara de Guaratuba. Também defendeu, com ênfase, a independência do Legislativo.
Em votação aberta, Oliveira foi eleito com 12 votos. O adversário, Almir Troyner, teve 1 voto apenas, o próprio.
No início de sua fala, ignorou o ataque sofrido minutos antes, quando Troyner disse que o novo presidente não o “representa”. Oliveira citou nominalmente os 12 vereadores, inclusive Troyner, e afirmou que “pensamentos e atitudes divergentes” não devem permanecer. “Não devemos nem podemos nos fixar no passado quando temos em nossas mãos a nobre missão de edificar, de construir novos dias para nossa Guaratuba”, disse.
Sem interferências
Oliveira fez questão de pontuar que a Câmara fez história ao promover uma eleição da Mesa sem nenhuma interferência externa e ressaltou o compromisso de defender a independência da Câmara. “Precisamos estabelecer para a sociedade a diferença entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo e essa diferença só estará clara quando não houver interferência de outros poderes no Poder Legislativo”, declarou.
Foi além: “A Câmara Municipal precisa cumprir o seu papel na sociedade e sua expressão é a atuação independente. Em tempos de informação rápida nas redes sociais não há espaço para quem se omitir ou for dependente de poderes e poderosos”.
Eleição histórica
Eleito pela terceira vez consecutiva no cargo, fato inédito na história do Legislativo local, Oliveira liderou uma união também histórica entre os vereadores. Estiveram ao seu lado vereadores de todos os partidos representados na Câmara, de situação e de oposição, o que inclui os novatos, os veteranos, os aliados da Mesa eleita para 2015-2016 e os da Mesa 2013-2014 – estes últimos haviam se oposto a Oliveira no segundo mandato.
A nova Mesa Diretora foi completada com Sergio Braga na 1º secretaria, Itamar Junior na vice-presidência e Alex Elias na 2º secretaria. A articulação inclui a nomeação pelo presidente dos membros das comissões permanentes de forma que represente a nova composição da Câmara.
Tentativa de cassação
A fase de disputa acirrada pelo poder na Câmara, iniciada pela campanha de Troyner a presidente com ataques feitos a Oliveira no Plenário da Câmara e nas redes sociais, teve um capítulo surpreendente com a tentativa da suplente Ana Maria Correia da Silva de impedir a diplomação de seu companheiro de chapa, o vereador reeleito pela sexta vez Sergio Braga.
Minutos antes da solenidade, realizada no dia 15 de dezembro, Braga recebeu de um oficial de Justiça uma notificação para se defender do processo movido por Ana Maria.
A companheira de bancada e de formação do Pros, havia usado um problema contábil na gestão de Braga como presidente da Câmara (em 2004) para tentar cassar seu mandato. Tentou impedir que a Justiça Eleitoral o diplomasse e não conseguiu a liminar.
Braga já se defendeu e o caso dever ser julgado após o recesso do Judiciário. O vereador disse que seus advogados garantem que o processo de Ana Maria será arquivado e suas contas serão aprovadas.