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Operação Cidade Segura termina com 17 prisões e cinco mortes de suspeitos

Foto: Sesp PR / Divulgação

A Operação Cidade Segura 4, deflagrada no Litoral do Estado e em Santa Catarina, prendeu 17 pessoas nesta sexta-feira (8). Quatro pessoas foram mortas no Paraná e uma em Santa Catarina.

A operação coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná teve como alvo facções criminosas que atuam no tráfico dos dois estados. A ação contou com a participação de 350 policiais civis, militares, penais e científicos e aconteceu de forma simultânea em Paranaguá, Colombo, Itapema e Jaraguá do Sul, as duas últimas em Santa Catarina. 

As equipes cumpriram 53 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas seis armas de fogo, seis celulares, além de drogas como cocaína, haxixe, maconha e ecstasy. Foram recuperados pouco mais de R$ 1 mil, uma moto furtada e dois coletes balísticos.

A Polícia Penal realizou revistas nas cadeias públicas de Guaratuba e Paranaguá, bem como o encaminhamento de monitorados que estavam violando a tornozeleira eletrônica nesta região. Além disso, foram realizadas 30 transferências de apenados para Piraquara. 

“Os policiais trabalharam durante mais de 6 meses para que a operação acontecesse com bons resultados. O foco agora é passar mais segurança para a população”, disse o delegado de Matinhos, Thiago Fachel.

“Cidade Segura” – A primeira fase da operação foi lançada em agosto deste ano, em Curitiba, com foco no policiamento ostensivo. 

Quatro pessoas foram presas e dois menores apreendidos e encaminhados à Delegacia do Adolescente. Além disso, mais de 380 veículos foram vistoriados e, destes, 52 autuados por irregularidades. Na segunda fase, a operação aconteceu em Maringá. A ação mobilizou 300 policiais civis e militares, com apoio do efetivo de Curitiba e de . Foram 31 prisões e mais de 130 kg de drogas apreendidos.

Já a terceira edição foi deflagrada no Sudoeste com a prisão de 77 pessoas e apreensão de mais de 100 celulares, drogas, armas e anotações referentes ao tráfico de drogas. 

A ação aconteceu simultaneamente em Campo Largo, Francisco Beltrão, Mangueirinha, Mariópolis, Palmas, Pato Branco, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste e Vitorino.

Cinco mortes

Metralhadora artesanal apresentada pela PM / foto: PMPR

Segundo a Polícia Militar do Paraná, durante as ações de cumprimento de mandados, “cinco pessoas vieram à óbito em confronto com as equipes policiais”.

Quatro no Paraná, em Matinhos, no bairros Mangue Seco e Tabuleiro. Foram mortos Fabio do Nascimento (40), John Lucas dos Santos (25), Leandro Cardoso Belarmino (36) e Leonardo Viana Pereira (30).

Três deles estava, sob monitoramento eletrônico. Entre eles, John Lucas dos Santos, que não estava na lista de procurados, mas teria apontado uma metralhadora artesanal para os policiais militares da Rone que chegaram até a casa onde estava, no bairro Tabuleiro, para cumprir um mandado de prisão contra outra pessoa. Segundo a PM, ele foi baleado e em seguida atendido por socorristas, mas não resistiu.

A quinto óbito foi registrado no estado de Santa Catarina. Um foragido do Paraná morreu durante ação conjunta da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) da PM do Paraná e a PM de Santa Catarina, realizada em Itapema, no Litoral Norte catarinense.

O Marlon Alcântra, de 33 anos, procurado pelo crime de homicídio ocorrido em Matinhos, estava escondido em uma residência no Bairro Morretes. Ao tentar efetuar a prisão, os policiais encontraram o suspeito acompanhado de uma mulher de 20 anos.

Segundo a PM, durante a abordagem, o homem reagiu e disparou contra os policiais, que reagiram. Ferido, ele ainda foi atendido pela equipe médica do Samu, mas não resistiu.

Nenhum policial ficou ferido durante a ação. A mulher, também de Matinhos, não possuía mandados de prisão em seu nome e não sofreu ferimentos.

Durante a inspeção no local, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) encontraram um carregador de pistola municiado sob o colchão e uma quantidade de maconha. 

Esses itens foram apreendidos para análise. Os policiais envolvidos no confronto prestaram depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Itapema, conforme o procedimento padrão em “casos de uso de força letal”.

Durante a inspeção no local, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) encontraram um carregador de pistola municiado embaixo do colchão, onde também havia e uma pequena quantidade de maconha. 

Foto: PMSC / Divulgação

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