Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Câmara analisa criação de Ouvidoria e dívida com a Sanepar

Três projetos de lei, uma proposta de emenda à Lei Orgânica e um projeto de resolução da Câmara deram entrada na sessão desta segunda-feira (13). Também foi recebida uma Moção de Aplauso.O Projeto de Resolução, da Mesa Diretora, institui a Ouvidoria Parlamentar, que terá como função, entre outras coisas, receber solicitações, reclamações, elogios, críticas e sugestões e encaminhá-las aos órgãos competentes da Câmara, além de propor as medidas necessárias.Os projetos de lei e a proposta de emenda à Lei Orgânica são de autoria do prefeito Roberto Justus. O Projeto de Lei 1.417, trata da alteração do logotipo do Município que será usado nos bens públicos e informativos. O PL 1.418, cria o Fundo Municipal de Sucumbências de Atividades Jurídicas e fixa critérios para rateio dos valores. O PL 1.419 pede autorização da Câmara para o Município parcelar débitos de R$ 625 mil com a Sanepar. A emenda à Lei Orgânica inclui a Procuradoria Fiscal, recém-criada, como órgão patrocinador das causas do Município, ao lado da Procuradoria-Geral.Os projetos e a proposta foram encaminhados para análise e parecer das comissões permanentes.A Moção de Aplauso, assinada pelos vereadores Almir Troyner, Claudio Nazário, Maria do Neno e Itamar Junior, homenageia Jocilei de Macedo e Ana Paula Agostinho de Macedo, da Associação Guaratubana de Ciclismo. Ele será colocado na Ordem do Dia da próxima sessão, segunda-feira (20).Tribuna – Apenas um vereador, Professora Paulina (PT), utilizou a tribuna para pronunciamento. Ela criticou as medidas do governo Temer que retira direitos dos trabalhadores, como a Reforma da Previdência e as mudanças na legislação trabalhista.Também falou da situação dos professores estaduais e criticou o governador Beto Richa por retira direitos. A vereadora, que professora estadual, afirmou que a categoria está em estado de greve e se prepara para aderir á greve nacional da educação,marcada para 15 de março.A íntegra de sessão pode ser assistida aqui no site da Câmara: http://www.camaraguaratuba.pr.gov.br/tv-2/sess%C3%B5es-em-videoRedação final do Correio do Litoral com informações da Câmara de Guaratuba

O mar, o surf e os negócios

No último final de semana, passei o sábado e o domingo trabalhando como juiz na última etapa do Circuito Guaratubano de Surf. Uma tarefa árdua, pois além de foco total nas ações dentro do mar e muita atenção aos detalhes das manobras de cada atleta, tenho que deixar meu coração de lado e agir com total imparcialidade para atribuir notas a muitos dos meus amigos e companheiros de surf que estão ali na água.A escala para os juízes é de três baterias trabalhando e uma de folga, o qual invariavelmente te deixa pela areia assistindo mais uma bateria, pois são apenas 15 minutos de descanso, sendo impossível uma siestinha, por exemplo.Foi em um destes intervalos que me peguei acompanhando uma das melhores baterias do campeonato. Quatro atletas, todos muito talentosos, disputavam onda a onda, manobra a manobra, as duas vagas restantes na final de sua categoria. Como eu disse 15 minutos é muito pouco tempo para folgar, imagine para surfar, se coloque no lugar deles.As séries de boas ondas demoram aproximadamente entre 3 a 7 minutos para adentrarem à costa, e são normalmente compostas por três ondas. Fora isso, recebem influência dos ventos e das marés que por sua vez, são influenciadas pelas fases da lua. São estas infinitas variáveis que tornam o surf sucesso de público e simpatizantes, um mercado que movimentou em 2016 aproximadamente U$ 22 bilhões e mais de 35 milhões de praticantes ao redor do mundo, segundo a WSL. Liga Mundial de Surf.Competi poucas vezes no surf, mas uma coisa que sempre precisei trabalhar nos momentos pré baterias é a concentração. Diferente do futebol, por exemplo, o surf é um esporte individual, você toma todas as decisões sozinho e o sabor da vitória será um néctar provado somente por ti, assim como todo o fel da derrota.Muito parecido com o que encaramos atualmente em nosso mundo dos negócios. Tomamos decisões rápidas em nossas empresas, sozinhos, exatamente como em uma grande sessão de onda que fecha à tua frente. Você tem duas opções: se posicionar e se preparar para o tubo da sua vida, buscando a nota 10, ou você pode desistir pela segurança da espuma com a certeza de se livrar de um grande caldo.O mar é como o mercado. Uma imensidão inexplorada ao redor do mundo, sujeita a bonanças e tempestades, as quais você pode apreciar da areia ou surfar lá de dentro.Afinal o que você quer para seu negócio? Surfar ou ficar na areia?Rafael Alves é publicitário, diretor da Tarrafa Propaganda e da Brava Mídia, há 5 anos desbravando o mercado publicitário a partir do Litoral do Paraná. https://www.linkedin.com/in/rafael-alves-25ab7821

Uma cidade comestível

No interior da Inglaterra, Todmorden, uma pequena cidade, fornece verduras para seus habitantes, durante o ano todo.Tudo começou com o projeto “The Incredible Edible Todmorden” (“A incrivelmente comestível Todmorden”), que consiste no cultivo de hortas comunitárias em espaços públicos da cidade. Os vegetais produzidos são disponibilizados gratuitamente para qualquer morador.Mais de 40 locais na cidade, das floreiras nas ruas, ao quintal da delegacia de polícia, jardins públicos, pátios de escolas, centros de saúde e até o cemitério local. Como objetivo incentivar a comunidade a cultivar os seus próprios alimentos e sensibilizar as pessoas sobre os recursos que consomem.O projeto levou dois anos para ‘pegar’. Na reunião de apresentação eram apenas seis pessoas. Agora é aceito por grande parte dos moradores e é divulgado nas escolas da cidade. A prática da horticultura, além de proporcionar alimentos saudáveis, aproximou as pessoas e melhorou o relacionamento entre vizinhos.As pessoas querem ações positivas nas quais possam se engajar e têm consciência de que o momento requer a responsabilidade de todos para obter qualidade de vida, relacionamento, alimentação segura e respeito ao meio ambiente.Transformar espaço público em hortas comunitárias não é tarefa fácil. Mas, em Todmorden, o comprometimento dos gestores públicos e a dedicação dos moradores, tornou isso possível.Ao tomar conhecimento, foi inevitável imaginar algo semelhante acontecendo em Itapoá. Claro que em consonância com as condições locais. Afinal, não estamos na Inglaterra e não seria possível transformar uma cidade litorânea extensa como a nossa, em uma grande horta comunitária. Mas, existem espaços vazios nas escolas e por que não nesses locais?Educadores reconhecem que a horta escolar tem se mostrado um instrumento eficaz na educação dos jovens, estimulando o hábito da alimentação saudável e equilibrada, além do sentido planetário da responsabilidade humana com o meio ambiente.Algumas escolas em Itapoá desenvolveram ou desenvolvem, isoladamente, pequenas hortas que poderiam ser multiplicadas e ampliadas. No entanto, o ‘calcanhar de Aquiles’ desse tipo de projeto parece estar na ‘terceirização’ da horta para os alunos e professores. A horticultura exige conhecimento técnico, experiência e dedicação exclusiva para ser produtiva. Não é todo professor que está capacitado ou mesmo, aprecia a atividade. O objetivo primeiro é ministrar aulas, não cuidar de hortas. Por essa razão muitos projetos semelhantes têm duração efêmera e acabam não dando certo.Uma alternativa poderia ser a construção de um projeto envolvendo a Secretaria de Educação, a Secretaria de Agricultura e o escritório local da Epagri. Caberia a Secretaria de Educação, disponibilizar o espaço nas escolas e cuidar da orientação pedagógica; a Secretaria de Agricultura da operacionalização do projeto, disponibilizando um profissional treinado para a formação e manutenção da horta e; o escritório da Epagri do fornecimento de mudas e sementes e a necessária orientação técnica.As hortaliças produzidas seriam fornecidas, prioritariamente, a merenda escolar e, o excedente, gratuitamente, às famílias dos alunos, contribuindo para uma alimentação saudável, baseada no consumo de verduras frescas e sem agrotóxicos.Quem sabe, embrião de uma incrivelmente comestível Itapoá.Itapoá (verão), 2017.

Juizado Móvel estará nas praias durante o Carnaval

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) instalará juizados especiais nas praias neste Carnaval.A partir do dia 24 (quinta-feira), as equipes estarão distribuídas em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná. Na Ilha do Mel os atendimentos acontecem no dia 28, no período da tarde.O programa aborda as matérias que são de competência dos Juizados Especiais Cível e Criminal e ainda as relacionadas à Infância e à Juventude. Entre as solicitações, está a perturbação do sossego como uma das maiores demandas durante o período festivo.São encaminhados também para o projeto os casos que envolvem usuários de entorpecentes. Nessa situação, o acompanhamento é realizado por uma equipe especializada, que possui profissionais da área da psicologia. O Programa de Alternativas Penais em Prevenção ao Uso de Drogas (PAPPUD) recebe todas as questões que envolvem problemas ligados ao uso de drogas.Entre os dias 29 de dezembro de 2016 e 4 de janeiro de 2017, os servidores do Tribunal efetuaram 50 atendimentos afetos a essa questão.Questões de TrânsitoUma van também estará percorrendo as praias paranaenses levando informações e prestando atendimentos. Os interessados podem buscar os serviços do Poder Judiciário nas situações que envolvam acidentes de trânsito. Basta chegar até a van com os documentos pessoais e do veículo para dar andamento ao processo.O agendamento da audiência acontece na hora ou é possível fazer a conciliação entre as partes minutos após o ocorrido.A ação faz parte da Operação Litoral do TJ-PR, de responsabilidade da 2º Vice-Presidência do órgão.Na primeira etapa do projeto (entre 29 de dezembro de 2016 e 4 de janeiro de 2017) foram efetivados 813 atendimentos, esse número corresponde a processos ajuizados e a orientações diversas à população.Juizados Especiais nas Praias durante o CarnavalData: 24/02 a 2/03Locais: Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e Ilha do Mel (Paranaguá)Com foto e informações do TJ-PR

Guarda-vidas desafiam seus limites em disputa nesta 4º

Guarda-vidas que atuam em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná disputam nesta quarta-feira (15) o 20º Troféu Elite do Corpo de Bombeiros do Paraná.O evento acontece desde a década de 90. A abertura será às 8 horas na Praia Mansa de Caiobá, com largada às 8h30.Sessenta guarda-vidas participam da competição que terá mil metros de natação. Eles são divididos por categorias, de acordo com faixas etárias.Cada grupo contém quatro guarda-vidas que disputam separados por técnicas de deslocamento equipado: com pranchão de salvamento, equipado com kit de busca aquática em mergulho livre (snorkel, máscara e nadadeira), com cinto de salvamento aquático e nadadeira e, ainda, sem equipamento.Troféu Elite do Corpo de Bombeiros do Paraná Data: 15/02 (quarta-feira) Horário: 8 horas Local: Praia Mansa, em Caiobá

Acidente com 3 caminhões e 2 carros mata uma pessoa na BR-376

Uma pessoa morreu e três ficaram gravemente feridas em acidente na BR-376, por volta do meio-dia desta terça-feira (14).O acidente envolveu três caminhões e dois carros, na altura do no km 676, dentro do município de Guaratuba, na Serra do Mar.A rodovia chegou a ficar totalmente bloqueada. O tráfego só foi liberado totalmente às 19h55.Incêndio – Pouco antes do meio-dia, um caminhão explodiu e pegou fogo próximo à divisa entre Paraná e Santa Catarina – Guaratuba-Garuva/BR376-BR101. Não houve vítimas

FGTS Contas Inativas: entenda

A partir de 10 de março todo o trabalhador que tiver saldos em contas inativas do FGTS poderão efetuar saque, mas afinal, o que é contas inativas e como será a liberação dos valores.O que são Contas Inativas do FGTS?Contas Inativas é toda aquela conta que não recebe depósitos, em que o empregado pediu demissão, segundo a CEF no Paraná são em torno de 2,4 milhões de trabalhadores nessas condições.Como saber se tenho conta inativa do FGTS?Existem várias possibilidades de consulta, vamos conhecer as opções;1º) Você pode dirigir a uma agência da CEF portando a CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social e número do PIS e solicitar extrato no setor do FGTS.2º) O empregado que possuir o Cartão do Cidadão, poderá cadastrar uma senha e efetuar a consulta pela internet no link https://servicossociais.caixa.gov.br/internet.do?segmento=CIDADAO01&produto=FGTS3º) Também através do link http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/contas-inativas/Paginas/default.aspx4º) Pelo aplicativo FGTS Fácil no celular, que poderá ser baixado na plataforma do Play Store.5º) Pelo telefone 0800.726.2017Qual o calendário de pagamento?Mês de nascimento do trabalhador Saca a partir deJaneiro e Fevereiro 10.03.2017Março, Abril e Maio 10.04.2017Junho, Julho e Agosto 12.05.2017Setembro, Outubro e Novembro 16.06.2017Dezembro 14.07.2017Fica atento ao prazo pois termina em 31 de julho de 2017.Como posso efetuar o saque?a) Com o cartão do cidadão o empregado deverá procurar um caixa eletrônico da CEF e efetuar o saque no limite de até R$ 3.000,00 por conta inativa.b) Caso o empregado tenha a senha, mas não possui mais o cartão do cidadão, poderá efetuar o saque, mas no limite de R$ 1.500,00.c) O trabalhador poderá procurar as lotéricas e correspondentes da CEF, mas também limitado a R$ 3.000,00.d) O trabalhador que possuir valores acima de R$ 3.000,00 até R$ 10.000,00 precisa apresentar na agência da CEF munido da carteira de identidade.e) O trabalhador que possuir valores acima de R$ 10.000,00 precisa apresentar na agência da CEF munido da CTPS e RCT – Rescisão de Contrato de Trabalho.Os trabalhadores que possuir contas na CEF poderá solicitar que o valor seja transferido diretamente pra sua conta.Página no Face: https://www.facebook.com/pages/FATEL-Contabilidade/153676888120928 Grupo no face: https://www.facebook.com/groups/fatelcontabilidade/ www.fatelcontabilidade.com.br [email protected] @fatelcontabilid

Confira os resultados do Guaratubano de Surf Amador

Barra do Saí encerra com chave de ouro Circuito Guaratubano de SurfNo último fim de semana, (11 e 12), a praia da Barra do Saí, em Guaratuba, recebeu a última etapa do Circuito Guaratubano de Surf, apresentado por King Surfboards e realizado pela ASG (Associação dos Surfistas de Guaratuba).Foram definidos não só os vencedores da etapa como também os campeões do circuito, que levaram como prêmio uma prancha novinha para casa.Com tempo bom e sol aberto típico de verão, um ótimo público compareceu às areias para testemunhar um verdadeiro show de surfe. Ondas de até 1 metro e ótima formação durante todo o fim de semana, permitiram aos mais de 100 competidores inscritos nas nove categorias do evento, realizar manobras de expressão e fluidez em mais alto nível.O destaque da etapa ficou por conta dos atletas Péricles Dimitri, vencedor da cetegora Open e Marcelo Saporski, vencedor da máster.Confira abaixo o resultado da etapa e o ranking final:Open – Resultado 1 Péricles Dimitri2 Fábio Martins 3 Aminandes Pamplona4 Ronaldo AlvesOpen – Ranking Final 1 Péricles Dimitri – 2539 pontos2 Marcelo Saporski – 2087 pontos3 Aminandes Pamplona – 1997 pontos4 Fábio Martins – 1900 pontosMaster – Resultado 1 Marcelo Saporski2 Márcio da Veiga 3 Márcio Odevagen4 Sandro RohdenMaster – Ranking Final 1 Marcelo Saporski – 2900 pontos2 Márcio Odevagen – 2349 pontos 3 Oziel de Souza – 2212 pontos4 Diomar Ratão – 1385 pontosMirim – Resultado 1 Fábio Martins2 Lucas Boni 3 Lucas Catapan4 João SchaichMirim – Ranking Final 1 Lucas Boni – 2710 pontos2 Yasser Chiah – 2456 pontos 3 Fábio Martins - 2000 pontos4 Lucas Catapan – 1820 pontosInfantil – Resultado 1 Anuar Chiah2 Patrick Roberto Fritz3 Marcos Paulo4 Leonardo MartinsInfantil – Ranking Final 1 Marcos Paulo – 2151 pontos2 Anuar Chiah – 1729 pontos 3 João Vitor Arruda - 1710 pontos4 Ian Sondahl – 1000 pontosFeminino – Resultado 1 Andressa Carvalho2 Carol Michely3 Sibele Muniz4 Elienay FonsecaFeminino – Ranking Final 1 Andressa Carvalho – 3000 pontos2 Carol Michely – 2700 pontos 3 Sibele Muniz - 2400 pontos4 Gabriela Chiocca– 2100 pontosLongboard – Resultado 1 Vinícius Hirata 2 Márcio Costa 3 Jahyr Neto4 Alexandre VeronezeLongboard – Ranking Final 1 Vinícius Hirata – 2710 pontos2 Márcio Costa – 2629 pontos 3 Aliatar Custódio - 1791 pontos4 Jahyr Neto – 1620 pontosLongboard Feminino – Resultado 1 Bárbara Sieno 2 Neide Afonso 3 Analyce Murara4 Carol CavalariLongboard Feminino – Ranking Final 1 Bárbara Sieno – 3000 pontos2 Analyce Murara – 2349 pontos 3 Carol Cavallari - 2160 pontos4 Neide Afonso – 1556 pontosWild Card – Resultado 1 Marcos Silva2 Wagner Ferreira 3 Alex Eliseu4 Lincoln ZellaWild Card – Ranking Final 1 Alex Eliseu – 2610 pontos2 Lincoln Zella – 2458 pontos 3 Anselmo Cuco - 1968 pontos4 Wagner Ferreira – 1900 pontosCuritiba – Resultado 1 Ítalo Conceição 2 Caio Rios3 Alexandre Mathias4 Vitor GrossCuritiba – Ranking Final 1 Alexandre Mathias – 2710 pontos2 Caio Rios – 2629 pontos 3 Bruno Odevagen - 2195 pontos4 Vitor Gross – 1593 pontosFonte e fotos: Rafael Alves Divulgação ASG

Artigo: Porque não construir a Ponte de Guaratuba

Em longo artigo publicado, na sexta-feira (10), no jornal Impacto Paraná, o jornalista Marcus Aurélio de Castro expõe diversas razões contra a construção da ponte sobre a baía de Guaratuba. Na sua opinião, com argumentos sólidos, a melhor opção é a abertura da BR-101, nos fundos da baía, entre o trevo de Morretes na BR-277, até o final da BR-376, entre Guaratuba e Garuva. Mas acha que o Governo do Paraná errou ao incluir outros trechos ao projeto lançado no final de 2015, e que não saiu da gaveta da Casa Civil – leia aqui: Único interessado desiste do Complexo Viário do Litoral Leia o artigo cuja reprodução foi autorizada ao Correio do Litoral pela Impacto Paraná, que enviou o arquivo do texto. Ponte na Baía de Guaratuba, por Marcus Aurélio de Castro Histórico GUARATUBA é o principal balneário do litoral do Paraná. Há muitos anos acolhe paranaenses de todas as regiões do estado, muitos dos quais constituem patrimônio auxiliando no processo desenvolvimentista do município. O acesso sempre foi difícil. A atual BR-376 não era asfaltada e a rodovia Garuva-Guaratuba, estreita, perigosamente sinuosa, constantemente ficava encoberta pelas águas de rios e ribeirões. A média de uma viagem de Curitiba a Guaratuba, pelo referido acesso, era de 10h00. A alternativa era vir pela atual BR-277 até o balneário de Praia de Leste. Depois, conforme a maré, entrar com o veículo na praia rumando para Matinhos e de lá para Porto Passagem. O automóvel ficava nesse local e os veranistas atravessavam em lanchas até Guaratuba. Mais tarde vieram os “ferry-boats” e tempos depois as balsas. A BR-376 foi asfaltada duplicada e, infelizmente, não houve a duplicação da Garuva-Guaratuba cujo asfalto permaneceu durante anos com uma incrível seqüência de buracos. O asfalto chegou, também, no lado de lá, com a duplicada BR-277, a Alexandra-Praias, além de outros acessos. Ponte Não é de hoje que se discute a necessidade ou não de implantar uma ponte sobre a baía. As manifestações a favor são contraditórias, uma vez que as pessoas que clamam pela obra não apontam, como deveriam, o local exato da construção, nem a fonte de recursos necessários para a implantação do empreendimento. Décadas atrás, um veranista, engenheiro curitibano, criou um projeto de uma ponte que poderia ser construída, segundo ele, nas proximidades do local por onde trafegam os “ferry-boats” e as balsas. Na sua justificativa, o engenheiro asseverava, entre outras coisas, que a ponte possibilitaria a passagem de cerca de 2000 caminhões/dia. A localização e o volume previsto de veículos pesados, ao invés de ajudar, atrapalharam os planos do idealizador. Grande parcela de guaratubanos e de veranistas se insurgiram com a idéia e passaram a divulgar críticas ao projeto. Principalmente relacionadas com a implantação de uma estrada urbana, no centro do nosso maior balneário. Várias entidades, dentre as quais o Instituto de Engenharia do Paraná, o DNER (atual DNIT) e o DER do Paraná, reuniram-se com autoridades e populares nas dependências do Iate Clube. Falaram técnicos e políticos e a ideia de implantar uma ponte, na entrada da baía, foi sepultada. O então Superintendente do DNER sugeriu a BR-101 paranaense, a partir de uma das colônias da Alexandra-Praias, até as BRs-101/376, passando pelos fundos da baía de Guaratuba. Periodicamente, algumas pessoas realizam atos e manifestações ordeiras reivindicando a ponte. Não analisam friamente as consequências. Isso aconteceu recentemente, na crista das manifestações que tomaram conta das ruas das cidades do país. Em entrevistas a jornais e a blogs, as pessoas justificam de várias maneiras a sua posição perante o assunto: 1. ”Uma ponte traria o desenvolvimento para Guaratuba...” Questão – Guaratuba já é o município praiano mais desenvolvido do pequeno litoral paranaense. Mesmo sem baías para transpor, Matinhos e Pontal do Paraná ficam atrás de Guaratuba em crescimento socioeconômico e em vários outros itens. Que garantias teríamos que uma obra com esse custo, num momento de crise financeira, traria desenvolvimento para Guaratuba? 2.”As filas quilométricas NA TEMPORADA são um atraso de vida...” Questão – Um argumento que não deve ser utilizado. Primeiro, porque as filas diminuíram consideravelmente graças às providências técnicas e operacionais da concessionária dos “ferry boats” e das balsas. Segundo, porque não se justificaria construir uma obra faraônica para utilizá-la plenamente em alguns fins de semana e em dois ou três meses/ano. Existem empreendimentos prioritários nas áreas de saúde, segurança e educação, bem como de duplicação de estradas estaduais. 3.”Com o nevoeiro, a balsa não trafega e eu perco a aula...” Questão – O nevoeiro faz parte do complexo das condições do tempo, afetando, durante o inverno, todos os transportes. Nos primeiros dias de outono/inverno , o Aeroporto Afonso Pena chega a ficar fechado durante horas causando o efeito cascata em todo o país. Centenas de vôos são ou cancelados ou atrasados. O mesmo ocorre até no Rio, com o Galeão e o Santos Dumont. Detalhe relevante para quem clama pela ponte: A Ponte Rio-Niterói é fechada ao trânsito, durante nevoeiro mais forte. Engavetamentos ocorrem nessa ponte, na baía de Guanabara, por causa do nevoeiro, ocorrência comum em várias outras pontes em outros estados e em outros países. 4.”Se alguém tiver um problema grave de saúde, morre na fila...” Questão – Se todos nós reconhecemos a perda de 15 a 20 minutos no acesso via “ferry-boat”, porque vamos arriscar levando um paciente em estado grave pela travessia da baía? Joinville tem melhores hospitais e médicos do que Matinhos e Paranaguá. E o tempo de viagem para Curitiba pela BR-376 ou pela BR-277 é quase o mesmo. Aliás, esse argumento corrobora a necessidade de que Guaratuba lute por um Hospital digno de sua população fixa e da população flutuante. Problemas graves... De onde viriam