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Paranaguá inicia produção de mosquito Aedes estéreis

Imagem: Forrest Innovations
Imagem: Forrest Innovations

Paranaguá inicia projeto-piloto de criação de mosquitos estéreis da espécie Aedes aegypti. A intenção é reduzir a proliferação do transmissor da dengue em cerca de 90%.

O projeto está sendo desenvolvido pela multinacional de biotecnologia Forrest Innovations em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e Prefeitura do Município. A experiência servirá para implantar o projeto no restante do país.

Nesta segunda-feira (20), equipes começaram a instalar armadilhas em inúmeros bairros da cidade para a coleta de ovos do mosquito.

Técnicos da Forrest explicaram que serão selecionados ovos que não estejam contaminados com dengue, Zika vírus e chikungunya. Após isso os espécimes são levados para o laboratório, onde recebem uma alimentação com produtos que garantem em 100% a esterilidade dos mosquitos.

Após isso, os Aedes Aegypti machos estéreis são soltos em todo o município, através de um avião que virá dos EUA somente para o projeto-piloto. Os mosquitos são liberados com uma espécie de paraquedas, algo que garante a integridade do inseto, que tem a função de reduzir a incidência da dengue e de outras doenças.

Os técnicos da empresa ressaltam que o mosquito macho não pica o ser humano, sendo que somente a fêmea pode transmitir doenças como a dengue, Zika vírus e chikungunya, e inclusive a febre amarela. De acordo com os técnicos, é necessário que todas as ações paralelas contra a dengue continuem, como a vacinação contra a doença, bem como a eliminação de criadouros, limpeza das residências e áreas públicas, que incidem na diminuição da proliferação do mosquito transmissor.

O uso dos mosquitos estéreis machos é autorizado pela Anvisa, Ibama e pelo Ministério da Saúde. O laboratório para proliferação dos Aedes Aegypti estéreis será no Aeroparque, próximo ao aeroporto local, onde ficará localizado o avião destinado a soltar os mosquitos na área urbana.

O projeto terá duração de um ano, ou seja, até novembro de 2017. Nos primeiros quatro meses do projeto serão utilizados 160 milhões de mosquitos estéreis, com divulgação de estatística da efetividade para a sociedade.

Com informações de Leonardo Quintana Bernardi

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