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Paulo Roberto Jamur é preso em investigação sobre desvios na saúde em Cuiabá

Foto: Polícia Federal

O empresário Paulo Roberto de Souza Jamur foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (28), em Curitiba, em uma investigação de fraude na saúde de Cuiabá (MT).

Paulo Roberto Jamur foi secretário das Finanças de Guaratuba entre 2005 e 2008, na última gestão de seu pai, o ex-prefeito Miguel Jamur, já falecido. Segundo a Polícia Federal, hoje ele é sócio do ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, na Cervejaria Cuyabana. 

Os dois foram alvos de mandados de prisão na Operação Cupincha, segunda fase da Curare, deflagrada pela Polícia Federal, Célio Rodrigues foi preso em Cuiabá.

Os agentes da PF também cumpriram mandado de busca e apreensão na sede da cervejaria. A empresa teria sido utilizada para lavar parte dos recursos desviados pelo grupo investigado.

Ao todo, foram emitidos 13 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e medidas de sequestro de bens, direitos e valores. Uma pessoa se encontra foragida.

De acordo com a PF, como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de efetuar saques e emitir cheques, para, supostamente, esconder os eventuais beneficiários.

Paralelamente, segundo a PF< o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

“O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado”, informa a Polícia Federal.

O Correio não conseguiu contato com os envolvidos até a publicação desta notícia. Este texto poderá ser atualizado.

Fontes: Polícia Federal e Gazeta Digital de Cuiabá

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