Sequestradores de gerentes cooptavam pessoas na cidade dos assaltos
Os suspeitos de sequestrarem gerentes de banco para cometerem assaltos cooptavam pessoas nas cidades onde agiam para fazerem levantamento sobre a vítima, sua rotina e sua família. Os cúmplices também eram responsáveis por planejarem a fuga e a movimentação dos criminosos na cidade.
A informação é da Polícia Civil, que apresentou, na tarde desta quinta-feira (19), o resultado da Operação Jaguar, realizada pelo grupo Tigre depois de dois meses de investigações em Matinhos e outras cidades do Paraná e Santa Catarina.
Nos dias 9 e 10 de junho a quadrilha sequestrou o gerente do Banco do Brasil de Matinhos e manteve sua família de refém para roubar a agência. De acordo com a Polícia, o líder da quadrilha é Ronei Goes Camargo, identificado como ex-pastor evangélico. Ele teria atuado em Matinhos e em outro sequestro. Seria o responsável também em acompanhar o gerente até o banco e pegar o dinheiro.

No outro assalto semelhante, na cidade de Jaguariaíva, nos Campos Gerais, no último dia 23 de maio, “permaneceram com a mulher e o bebê filho do gerente bancário dentro do carro e colocaram a arma na cabeça do bebê e afirmaram que se a mãe tentasse acionar a polícia eles disparariam contra a criança”, contou o delegado de Jaguariaíva, Derick Moura Jorge, segundo o jornal Paraná Portal.
Ronei e Dhonata Marques dos Santos foram presos em Curitiba no dia 12 de julho e teriam sido reconhecidos por vítimas do sequestro de Matinhos. Com eles foram encontrados R$ 180 mil cuja numeração das cédulas coincide com as que foram roubadas no Banco do Brasil.
De acordo com a Polícia, os dois entregaram outros dois participantes do assalto em Matinhos, que também foram reconhecidos: Liude Meneis da Silva e Rodrigo Pedroso de Moraes. Liude foi preso no início desta semana, juntamente com a esposa Lorena Calixto, em Foz do Iguaçu.
Também foram presos na operação Camila Alves, Ozéias Troi, José Vicente Filho e Marco Antonio Nicleviski.
Rodrigo Pedroso de Moraes e outros quatro homens estão foragidos: Cleverson Camargo Gonçalves, Luiz Alexandre Canestraro e Patrick Leonardo Correa Krutqueviski.