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Decapitações podem ter sido ordenadas por ‘tribunal de exceção’

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (23), em Paranaguá, suspeitos de terem decapitado pessoas condenadas por um ‘tribunal de exceção’, nas palavras do delegado Nilson Santos Diniz.

Foto: JB Litoral

Em uma operação batizada de Adsumus (“estamos presentes”, em latim, para dar um recado de que as instituições não aceitam um poder paralelo) foram detidos três homens, duas mulheres e dois adolescentes. Todos eles teriam envolvimento com as decapitações que aconteceram recentemente na cidade.

Foram presos Darcy do Nascimento Junior, de 32 anos, Tiago Xavier Luna, de 29, Adrian da Costa de Araújo, de 28 anos, Daiany Dinis Vida, 28, e Wanessa Leite Mariano, de 27 anos. Dois menores, um com 16 anos e o outro com 17, foram apreendidos. Segundo a Polícia, vídeos e fotos arquivadas em um celular mostram os sete cometendo os homicídios.

Uma mulher de 20 anos também foi presa sob acusação de tráfico de drogas porque foram encontrados entorpecentes na casa onde estava e que foi alvo da operação.

As investigações começaram no dia 25 de outubro, depois que o corpo de Josemar Martins dos Santos foi encontrado boiando no rio Emboguaçu. No dia 8 de novembro, apareceu outro corpo sem cabeça, no mesmo rio, de Osmar Teixeira Policarpo, de 35 anos.

As prisões aconteceram nos bairros Jardim Iguaçu, Emboguaçu, Santa Cecília e Porto dos Padres.

A Polícia Civil também investiga se o grupo teve participação em outros dois homicídios com decapitação acontecidos no início de 2018 em Paranaguá e também outras pessoas envolvidas nos homicídios.

As outras possíveis vítimas do tribunal de exceção são Diego Silva de Souza, de 30 anos, que teve o corpo encontrado decapitado na região do bairro Beira Rio, no dia 24 de janeiro, e Joacir Cabral do Nascimento, de 43, que foi encontrado em uma área de manguezal na Vila São Carlos, também sem cabeça, no dia 15 do mesmo mês.

De acordo com o delegado Nilson Diniz, os crimes foram cometidos depois de um tribunal, onde pessoas julgavam delinquentes que cometiam abuso sexual ou algum transtorno na região. A pena era morte a facadas e decapitação com um machado. Por fim arrancavam o coração do condenado.

Foto: Agora Litoral

Fontes: Folha do Litoral / Agora Litoral / JB Litoral

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