Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Secretária de Saúde: “se não tiver o remédio, pago do bolso”

“Não faltam medicamentos da lista oficial na Farmácia Básica de Guaratuba”, foi taxativa a secretaria municipal de Saúde de Guaratuba, Jemima Aliano. E ela lançou uma espécie de desafio: se houver um remédio da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, comprados pela Prefeitura, receitado na rede pública que não esteja disponível na Farmácia Básica do Município neste momento, basta mostrar a receita que ela paga do próprio bolso.

As afirmações foram feitas na manhã desta quinta-feira (28), na Câmara de Vereadores, durante audiência pública sobre o cumprimento do Plano Municipal de Saúde no 2º quadrimestre deste ano.

Durante uma hora e meia, Jemima falou sem contestações para um público de cerca de 40 pessoas, entre eles alguns conselheiros de saúde, mas a maioria servidores da secretaria. Parte da apresentação foi assistida pelos vereadores Professora Paulina (PT), Donizete Pinheiro (PPS), Alex Antun (DEM) e Nei Stoqueiro (PPS).

Segundo os dados da secretária, a saúde pública no município está muito bem. Diferente do quadro apresentado na segunda-feira na Câmara por alguns vereadores e manifestantes. A falta de medicamentos foi um dos problemas citados, o que a secretária Jemima e se compromete, neste momento, a “bancar” a afirmação.

De acordo com o relatório da Secretaria de Saúde, a Prefeitura compra e distribui na Farmácia Básica quase todos os 131 remédios da Relação Municipal de Medicamentos (Remume) – alguns são enviados pelo Estado via Consórcio de Saúde do Litoral (Cislipa). Além deles, são entregues 10 medicamentos comprados e enviados pelo Ministério da Saúde e 7 que são fornecidos gratuitamente nos estabelecimentos da Farmácia Popular.

Para atender os pacientes, ainda estão disponíveis 126 medicamentos no Pronto Socorro e 261 no Hospital Municipal.

De acordo com o balanço da Secretaria, foram gastos R$ 150 mil para atender 12 mil pessoas com os remédios padronizados pelo SUS (Remume) e R$ 38 mil para atender 101 pacientes que obtiveram decisões na Justiça para receberem remédios não padronizados.

Números otimistas

Sobre os outros setores, a apresentação da Secretaria mostra avanços em todos. De acordo com Jemima, isto é resultado dos grandes investimentos que Guaratuba faz no setor. Segundo ela, em 2016, 34% das receitas próprias do Município foram destinadas à saúde. Em 2017, até agosto, foram gastos 26,61%, bem mais do que os 15% mínImos constitucionais.

O quadro ao lado confirma a afirmação e compara com o que foi gasto nos demais municípios do Litoral em 2016 (em vermelho) e até o 2º quadrimestre de 2017 (em preto).

Veja os números e outros dados apresentados na Audiência Pública

 

 

Leia também