Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Celina e Beatriz Abagge vão pedir anulação de julgamento

Dulcinéia Novaes entrevista as duas, em 2016. Assista em: https://globoplay.globo.com/v/5114796/

Os advogados de Celina e Beatriz Abagge, acusadas pela morte do menino Evandro Caetano, ocorrido em 1992, em Guaratuba, vão pedir a anulação do julgamento e uma indenização do Estado. 

A decisão ocorre após a divulgação pela série da Globoplay de gravações que indicam que houve tortura dos condenados, revela reportagem de Francielly Azevedo, na CBN Curitiba.

O advogado Antônio Augusto de Figueiredo Basto, que representa as acusadas de serem mandantes do crime, montou o pedido de revisão criminal, que deve ser peticionado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) nos próximos 15 dias.

O corpo de Evandro, que tinha 6 anos, foi encontrado sem as mãos, vísceras e cabelos em abril de 1992. As investigações apontaram que a criança foi morta em um ritual de magia negra encomendado por Celina e Beatriz Abagge e três pais de santo: Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula. 

Os cinco chegaram a confessar o crime, mas depois alegaram que foram torturados pela polícia para admitir o ritual. As sessões de tortura teriam sido cometidas por policiais do Grupo Águia da Polícia Militar (PM).

O caso teve cinco julgamentos. Em 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão. Já Celina não foi julgada porque, como ela tinha mais de 70 anos, o crime prescreveu. Os pais de santo também foram condenados pelo sequestro e homicídio do garoto a 20 anos de prisão. As penas de Osvaldo e Davi se extinguiram pelo cumprimento e Vicente de Paula morreu de câncer em 2011 no presídio.

Figueiredo Basto também vai protocolar um pedido na Corte Internacional de Direitos Humanos, na Procuradoria-Geral da República e na Ordem dos Advogados do Brasil.

O promotor do caso na época, Paulo Lima, destaca que em março do ano passado, quando soube dos áudios, pediu para que a promotoria de Guaratuba analisasse as gravações. Conforme ele, não houve omissão, pois, o Ministério Público sequer sabia da existência do material.

O promotor explica que a revisão criminal deve ser analisada por um procurador de Justiça e para que o júri seja cancelado é preciso comprovar a inocência do acusado.

https://www.solitaire-masters.com/

Leia também